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é hoje nosso convidado Patriarca de Lisboa Dom Rio Valério muito bem-vindo faz hoje precisamente um ano que entrou solenemente na na Diocese de Lisboa que balanço faz antes de mais eu quero saudar todo o nosso auditório enviar daqui as mais intensas efusivas bênçãos de Deus pois é há um ano exatamente e na igreja do Mosteiro do geronimos dedicada à Nossa Senhora nós estávamos reunidos para iniciar uma nova etapa seja da minha vida pessoal seja da vida do patriarcado volv nova missão para um missioná uma nova missão com novos desafios com novos caminhos com tanta coisa a acontecer e a jornadas mundiais da juventude tinham sido há pouco tempo logo ali e volvidos este tempo quando nós falamos de balanço há um primeiro ponto que é necessário remarcar muito bem que é aquela de que nós estamos para servir e portanto o balanço a ser feito ou a pertencer a alguém sinceramente Julgo que não terá que ser tanto por mim ou por nós mas exatamente aquilo que será a nossa avaliação é aquela constatação de que o os mesmos sentimentos que presidiam no meu coração há um ano atrás de uma disponibilidade total de uma vontade eh férrea para servir para servir a igreja para servir Jesus Cristo para servir a causa do evangelho para servir a cidade para servir a Humanidade para servir o patriarcado essa disponibilidade e esse esse sentido profundo ele continua a existir portanto é uma chama que não se extinguiu antes pelo contrário disse Logo no início que queria ser um bispo próximo das pessoas sente-se próximo das pessoas Do Cler da diocese das pessoas das Comunidades eu acho que quando um bispo Toma posse de uma diocese no caso o patriarcado é também o patriarcado que Toma posse do bispo e nessa medida eh eu sinto que as pessoas do nosso patriarcado e querem estar sempre próximas do seu bispo e do seu Patriarca eu sinto a sua presença onde vai sente mas onde vou mas não só onde vou eh ainda agora por esta ocasião do primeiro aniversário Eu Tenho recebido ainda esta noite mensagens de pessoas que por exemplo nem sequer prefiram a e o sentido da nossa fé declaram-se mesmo crentes católicos ou então não não cristãos sequer não é e que se sentem próximos e e portanto Isto é fascinante porque realmente vivemos aqui a experiência de que um bispo não se pertence a si um bispo pertence a uma comunidade pertence a um povo é parte integrante desse povo o Santo Agostino dizia com muita propriedade Cristão convosco Bispo para vós ou pastor para vós esta comunhão profunda que nós aqui estamos a a experimentar e que queremos obviamente por ela agradecer a Deus e agradecer a São Vicente a proximidade dos bispos também se revela na forma como f dos problemas concretos da da vida das pessoas Lisboa tem vários problemas e e o senhor Patriarca tem-se manifestado particularmente preocupado por exemplo com o aumento da pobreza que é visível no número crescente de Sem Abrigo nomeadamente na cidade de Lisboa como é que isto se resolve antes de mais eu gostaria de dizer que na nossa perspectiva Cristã aquilo que do ponto de vista sociológica é problema para nós é oportunidade e é oportunidade de evangelização é oportunidade de pastoral é a oportunidade de e incrementar o sentido construtivo de uma nova sociedade eu devo dizer que já de há vários anos e também pela pela situação de ter sido pároco numa paróquia da Periferia de Lisboa estas situações que eu vou chamar assim mais extremas do ponto de vista social não são propriamente uma novidade eh onde estive como páraco tive ocasião verdadeiramente de conhecer o drama daquilo que enfim numa definição que eu não gosto de nada mas vou usá-la por motivos práticos que eram os bairros não sociais mas os bairros de latas eu conhecia um pouco essa essa experiência essa necessidade das pessoas e qual é o grande ponto a sublinhar em primeiro lugar é ter descoberto que nesses contextos a luz da dignidade do ser humano continua a prevalecer a estar acesa e em segundo lugar o que eu encontrei e aquilo que tem sido a Minha experiência é que a pessoa quando vive ou quando cai numa situação lá está problemática como essa é uma pessoa com cultiva um profundo sentido da Necessidade relação aos outros de não ser autossuficiente e por isso é um contexto muito próximo ao da ao desenvolvimento da Solidariedade ao desenvolvimento da comunhão e normalmente as pessoas que por razões várias empreendem e um estilo de vida que é o da pobreza São pessoas que acreditam na humanidade São pessoas que acreditam no ser humano e por isso esperam dos outros das instituições a vário nível da igreja esperam uma mão de ajuda esperam o surgimento de um cneu e isso portanto é a preparação de um contexto para depois atuar e como é que nós eh queremos atuar como sab em Lisboa nós estamos a atuar em diversas frentes se me permite esta esta discão Sim há várias instituições ligadas umas ao patriarcado outras à igreja à igreja e até da sociedade civil de vários Horizontes da comunidade de Vida e Paz falamos da associação João XI por exemplo Ora bem mas vamos agora contemplar e fixar o nosso olhar naquilo que esses diversos projetos oferecem não são só e apenas ajudas meramente físicas empíricas mas são ajudas de outra ordem a companhia a atenção a escuta o o o estar próximo dessas pessoas e portanto como vê a pobreza é um apelo é um grito que nos obriga a cultivar o sentido da integralidade do ser humano o ser humano não necessita só daquela comida para saciar a sua fome não necessita só daquele cobertor para o o confortar no tempo do frio o ser humano precisa de muito mais do que isso e em Lisboa nós temos esta realidade que eu iria dizer que é uma realidade provocada pela providência de Deus pelas diversas instituições que existem eu acho que nós estamos a caminhar no sentido de dar uma resposta integral H pessoa integral H pessoa no seu too mas que tarda não é essa resposta estamos em 2024 e Já devia ter avançado uma estratégia Nacional de de combate à pobreza e de e e de resolver a situação destas pessoas em condições sem Uhum eu Julgo que o problema da pobreza não pode ser pensado resolvido estruturado no no sentido de uma cidade ou de uma região nem sequer de um país é a Europa atualmente que tem que tomar consciência de que ao mesmo tempo que é este continente que possui dentro de si as forças produtoras de grandes riquezas seja a partir da indústria seja a partir das novas tecnologias seja a partir agora por esse por esse desafio que é a inteligência artificial seja a partir de uma tradição histórica Mas esta mesma Europa está a ser hoje lar lar um viveiro de novas formas de pobreza Uhum que não são só aquelas que nós encontramos representadas nos Sem Abrigo nos abandonados nas pessoas que pedem que pedem comida nas pessoas que nos batem à porta não não a Europa tem que tomar consciência de que quando há uma pessoa que já não tem razões para a sua vida por muito dinheiro que tenha a Europa tem que tomar consciência de quando por exemplo os jovens já não acreditam no amanhã encontram-se num profundo desespero numa profunda desilusão numa apatia num tédio permanente a Europa tem que compreender isto é uma forma de pobreza do ser humano porquê Porque se significa que parante alguém que é ser humano mas que lhe falta qualquer coisa que o mobiliza para realizar esse ser humano que é ao mesmo tempo um projeto na Liberdade e europ por isso é que eu acho que um dos efeitos que a União Europeia deve atender e que eu me auguro que isso aconteça e o Papa Francisco aliás tem insistido muito nesse sentido é que olhe para os grandes desafios europeus aqueles que verdadeiramente nos batem à porta e nos entram dentro de casa permanentemente para que haja aqui uma resposta global de todos os países que pertencem à União Europeia bom e um dos Desafios é a imigração in também se interliga Quest interliga-se e situa-se dentro deste contexto porque não podemos quer dizer h estar a dar um a fazer um esforço enorme como estamos a fazer enquanto país enquanto sociedade dade aqui em Portugal e concretamente aqui em Lisboa está a ser feito um esforço enorme para responder às solicitações e às diversas condições mas depois sabemos que Muito provavelmente a pessoa que hoje segunda terça-feira ou segunda-feira ou quarta-feira está a ser atendida aqui a Lisboa e que está a ser aqui ou escutada que está a ser aqui acompanhada Muito provavelmente passado uma semana ou 15 dias ela já está no Luxemburgo ou já está na Alemanha Então se houvesse aqui uma estratégia Europeia no seu todo isto seria tudo muito mais Olhe seria tudo muito melhor para a própria pessoa que é isso que nos interessa por exemplo já agora permita-me esta Esta parte eu eu eu neste mês de agosto dialoguei com uma técnica que está a trabalhar e nos serviços de imigração da Suíça né E impressionou-me porque alguns não é muitos alguns dos utentes que ela atende na Suíça lá no seu serviço pessoas que passaram por Portugal ou ou pela Espanha ou que tinham vindo da Grécia e quer dizer e e e e aterram ali na Suíça atram ou chegam ali na Suíça como se tivesse a pisar solo europeu pela primeira vez eu sei que que a Suíça não integra a união europeia eu sei isso não é mas isto foi um exemplo para dizer que quem fala da Suíça pode falar do Luxemburgo Pode falar então se houvesse aqui um trabalho em rede que tivesse a contemplação disto tudo então para aquel aquela pessoa não seria já muito mais prático até para uma questão de encontrar a habitação de encontrar emprego o processo ter começado já no momento em que e nos visita em que chega aqui ao nosso continente por isso aquilo que que eu aplaudo e que é a minha opção é que a resposta para estes grandes desafios ou grandes problemas tem que ser numa perspectiva de integralidade ao nível europeu tem de haver mais solidariedade entre os países sendo que os países também não têm todos as mesmas condições económicas para receber tanta gente eh pergunto-lhe por isso se é favorável à definição de uma política de cotas por exemplo para a imigração eu não sou obviamente e não sou porque nós Portugal temos a experiência de ser um país de imigrantes uhum somos de novo cada vez mais um país de Emigrantes mas a emigração está encarnada e presente naquilo que é a estrutura espiritual a estrutura cultural a identidade mais profunda do próprio ocidente não nos esqueçamos de que a nossa referência cultural e não é só do ponto de vista religioso é aquela figura que se dá pelo nome de Abraão que foi chamada a sair da sua terra para ir para um lugar diz a Bíblia que Deus lhe indicava e a partir desse instante e o ocidente identifica-se com o percurso deste homem o qual saiu repara e e a mim interessa-me fazer referência a esta figura bíblica para sublinhar este ponto ele saiu não porque quis mas porque respondeu a um apelo é exatamente o que sucede com a quase totalidade daquele que nos visitam provavelmente eles tal como os nossos Imigrantes do passado os meus tios não é os meus familiares o meu próprio avô que nos anos 20 30 sentiu-se obrigado a chamado a ir para o Brasil o meu avô depois os meus tios nos anos 60 sentiram-se chamados a ir para a França mas não foram porque quiseram não foram por vontade própria mas houve um imperativo superior que era aquela consciência de organizar uma vida com outras condições e de trabalhar para melhorar e para oferecer melhores condições à sua família portanto há este imperativo é bom que nós tenhamos presente de que um imigrante por definição não deixa a sua terra porque quer ou por vontade própria Mas porque as circunstâncias agora está a ver o que é nós colocarmos estas cotas às pessoas podemos estar Pode ser que outro esteja a ser exagerado mas nós podemos com essa perspectiva podemos estar a condenar alguém ou muitos alguéns condições de sobrevivência ou senão mesmo de morte agora o que eu acho é que em vez de cotas eu prefiro falar de uma outra coisa é de uma política de integração é uma política de acolhimento e é isso é o que nos falta uhum porque reparem eu também Compreendo que se vai para estas soluções ou para estas propostas soluções muito extremas hã quando de facto não se vislumbram outros caminhos mas há outros caminhos imagino o que era se todos os responsáveis das Nações europeias eu estou a pensar aqui concretamente da União Europeia se sentassem para definir muito bem e para traçarem alguns pontos algumas perspectivas alguns rumos de acolhimento e de integrar aqueles que nos batem à porta aqueles que cá chegam sabem eu para finalizar um grande receio que eu sempre tive mas não só em relação a esta questão em particular é que e estejam a acontecer e como é que eu i dizer possibilidades alternativas chances que nós não estamos a ser capazes de desenvolver e e sobretudo perdoem-me Esta palavra tão e sobretudo aproveitar a ração para nós pode ser uma chance para a Europa uhum o a quem governa o desafio é grande não é na na nas políticas que tem que definir e nas decisões que tem que tomar mas os vários países que estão a enfrentar problemas com a imigração esses problemas têm a ver com as condições socioeconómicas da própria população residente e portanto é preciso os governos também olharem para para quem vive para quem é natural do país eh voltando aqui a Lisboa sendo Lisboa neste momento uma cidade com excesso de turismo é das cidades do mundo com mais turistas por habitante isso tem significado também um aumento de receitas e Vindas do Turismo essas receitas Não não é obrigatório que sejam canalizadas para ajudar a resolver os problemas dos residentes Olhe duas coisas em jeito de premissa primeiro eu vivi alguns anos em Roma e portanto se e há experiência do que é uma sociedade inundado invad por turistas é Roma que me deu Exatamente esse esse ensinamento e e e e portanto é lá está é uma riqueza até pelo facto de contribuir muito e para uma interação geracional e e Nacional ou internacional entre as pessoas em segundo lugar relativamente ao ponto a que refere de facto não sou como sabe técnico que possa estar a fazer a programação e portanto é é é um terreno que eu não domino de todo e e eu is honestamente não sei bem o que é que lhe de responder a essa pergunta aquilo que para mim seria desejável era que nas eh definições eh de canalizar meios e recursos tivesse sempre presente a dignidade de cada ser humano isto para mim é vital é fundamental e do ponto de vista ético é o que distingue o ocidente com toda a sua tradição filosófica antropológica ética humanista de outros contextos culturais que não o tem mas a dignidade de cada ser humano merece tem direito a recursos sejam eles oriundos de onde for e Admito que o que se referiu do Turismo possa ser uma desses casos eh eu gostava de voltar um bocadinho atrás e falar de novo dos Sem Abrigo em Lisboa porque eh o senhor Patriarca manifestou recentemente a intenção de criar uma paróquia eh em Lisboa vocacionada para para esta população Qual é a sua ideia exatamente quando é que isto vai avançar onde é que vai e como é que vai funcionar em primeiro lugar devo dizer que uma paróquia é uma instituição é uma estrutura que eh fundamentalmente tenta responder a dois requisitos o primeiro lugar é o da proximidade uhum e em segundo lugar é o da dádiva e quando nós no patriarcado começamos a tomar consciência da necessidade de aos nossos irmãos Sem Abrigo oferecermos muito mais do que o simples alimento material ou então a roupa de que eu fazia há pouco nós aqui começamos a pensar em abraçar um projeto que Aliás não é propriamente uma no ocidente outras grandes cidades já o já vivem já se propet nesse sentido convista duas coisas a primeiro lugar é para promover a real proximidade da igreja com uma faixa da população significativa e em segundo lugar é de fazer chegar essas pessoas a esses irmãos e essas irmãs uma palavra um sentimento um auxílio eu se me permite vou aqui contar uma história que me marcou extraordinariamente quando posso ainda hoje como Patriarca pelo menos uma vez por mês eu tento acompanhar um grupo que vai apoiar Os Sem Abrigo Levando comida levando vestuário por vezes medicamentos e e por vezes dá-se também outro tipo de auxílio quando isso é possível quando isso isso é necessário mas faz isso numa das instituições ligadas à igreja não é um é é é um grupo que surgiu numa Paróquia onde eu fui pároco e que onde surgiram dois grupos desta natureza e que uma vez por mês se vem cada um dos grupos em Domingos diferentes mas que vem a Lisboa fazer essa partilha e eu quando posso e tenho disponibilidade eu acompanho a grupo aqui há dias aqui há dias foram deu 2is TR meses eu cruzei E numa dessas minha vindas com um senhor que era angolano e que me contou um pouco a sua história e então um certo ponto ele estava-me a dizer assim Senhor Patriarca eu estou aqui não tenho papéis logo não tenho trabalho logo não tenho habitação logo não tenho onde dormir logo não tenho onde comer e depois ele terminava assim E também não tenho ninguém a quem me possa queixar e dizer aquilo que estou a viver e que estou a passar aquilo marcou-me quer dizer no meio de tanta carência este homem não tinha alguém com quem pudesse dialogar a quem pudesse narrar a sua a sua real também há carência da atenção de facto não é da atenção concreta uma estrutura como é a paróquia é um lugar de escuta é um centro de acolhimento é um ponto onde a pessoa se pode aproximar e depois tendo Então essa definição de paróquia sabemos que o principal Dom que se faz é realmente Jesus Cristo o salvador da humanidade aquele que dá sentido à nossa vida e à nossa existência Jesus portanto é aquele que para esses irmãos e para toda a humanidade pode fazer a diferença no seu dia e na história da sua vida o objetivo é mais Pastoral é mais de apo exclusivamente complementar ou outro que que as instituições daja existe como nó sabemos e já H um bocado falávamos sobre isso exatamente e aqui Era exatamente aquele de oferecer o que é particularidade e prerrogativa de uma de um algo de instituído que a igreja oferece à sociedade mas isto é uma prioridade sua por exemplo para o próximo ano Pastoral que agora vai ol tudo aquilo que tem a ver com o ser humano particularmente com o ser humano que sofre que está numa situação de debilidade ou fragilidade isso é sempre prioritário eh no pós JMJ a a diocese tem conseguido manter e uma dinâmica ao nível da pastoral juvenil é também uma prioridade sua para para este novo ano Pastoral Olha antes de mais deixe-me dizer que JMJ em Lisboa é sempre o motivo de agradecimento de júbilo é sempre o motivo de uma grande alegria e nomeadamente mobiliza a uma atitude de gratidão porque de facto Foi um momento forte pujante de igreja de juventude de esperança de esperança aquilo que nós temos verificado e portanto Este é um meu testemunho é que por um lado Aquela aquele entusiasmo que há um ano atrás era tão visível nascas e também enfim naqueles jovens que como água que corriam as nossas Avenidas não só esse entusiasmo se Manteve como curiosamente tem levado os nossos jovens a uma nova consciência de ser em igreja e de estarem na sociedade a Adesão a projetos acreditarem nos valores e no na palavra do evangelho para nós é sempre um motivo que nos comve quando eh se assinalou o primeiro aniversário da conclusão das Jada Mundial da Juventude nós programamos fazer uma celebração assim muito simples muito na Sé uhum de Lisboa e quando estávamos a preparar havia algumas visitações porquê primeiro era agosto era férias estava muito calor hoje não havia jovens cá e aquilo que nos surpreendeu literalmente foi que a aquela Sé Catedral de Lisboa encheu-se completamente dentro e fora e isso é um sinal da da mobilização que se mantém do entusiasmo que se mantém Isto é um sinal que vem de Deus e Deus está a insistir que enviou o seu filho Jesus Cristo ao mundo para salvar o mundo e eu agora vou usar aqui esta palavra é que Jesus Cristo não desistiu dos nossos jovens uhum muitas instituições e quem sabe por vezes não sei a igreja se calhar já desistiu a os jovens de hoje estão perdidos mas aquilo que eu tenho recepcionado e interpretado é que Cristo está noos a dizer de que ele não desistiu de todos dos jovens e também não quer que os jovens desistam dele e os jovens estão noos a dar exatamente esta prova sinal de que não desistem de Cristo não desistem dos grandes desígnios dos grandes Sonhos dos grandes projetos eu aqui quero aproveitar o ensejo para enviar uma palavra de agradecimento ao Papa Francisco que verdadeiramente tocou de uma forma inaudita de uma forma maravilhosa o coração dos nossos jovens e uma vez que ele agora está a realizar uma grande viagem Pastoral para lhe dizer a partir daqui que Lisboa e concretamente os jovens de Lisboa estão com ele o senhor patriarcas esteve quase um um ano à espera de bispos auxiliares agora já os tem não é dom Nuno Isidro h e Dom Alexandre Palma estas novas ajudas permitem-lhe encarar o novo ano Pastoral com outra dinâmica foi Lisboa que esteve à espera foi Lisboa que esteve à espera naturalmente os bispos auxiliares são sempre o motivo de Esperança na medida em que trazem um novo ar trazem Um Novo Olhar trazem noir novas experiências e nessa medida eh não vou dizer que agora é que vamos começar a trabalhar a sério porque temos feito isso desde H um ano para cá e continuando o trabalho dos meus predecessores mas não haja dúvida nenhuma de que eh agora é uma nova energia um novo dinamismo que que que que irá acontecer e que irá estar presente na na na diocese nas suas diversas Vertentes quando eu me referia que o senhor Patriarca Estava à espera é porque a falta de bispos auxiliares também exigiam mais de si em termos de agenda e eu gostava nesta altura de falar um bocadinho mais de do ponto de vista pessoal como é que é o dia a dia do Patriarca já sei que começa cede não é sempre a correr hoje Já correu não é dizia ali fora há bocadinho é verdade sim quanto é que correu e a que horas normalmente e mas as minhas irmãs e os meus irmãos que nos estão a ouvir tê que entender de que eh quando e não faço isso por Caroli não faço isso eh é é é por propósitos pastorais que eu comecei a fazer essa prática na medida em que temos que ir à experiência onde eu estive não é onde eu ganhei este hábito particularmente eh que foi eh na diocese que estive anteriormente e como fui também Capelão militar foras Armadas mas quando era parco também era necessário acompanhar os jovens nas suas caminhadas tinha que estar em em forma pronto a palavra que se usa e e que acho que é socialmente bem aceit é que temos que estar em forma para os poder acompanhar nas suas e nas suas marchas nas suas corridas e portanto mas ao mesmo tempo a corrida para mim não é só uma atividade física é uma atividade onde nós vamos pensando e vamos rezando e por vezes acontece também que Deus me dá a oportunidade de no decorrer da corrida poder fazer algum bem como por exemplo quando aqui em Lisboa encontramos um irmão ou uma irmã uma pessoa não é mais necessitada Como já aconteceu Olha a última vez foi há poucos dias atrás ou há poucas semanas que um irmão invisual que andava literalmente perdido ali na naquela zona que ele não conhecia porque não não Eli ao pé de moscavo não não não vinha muito para lá e Então olha eu tive a oportunidade de nesse dia fazer essa boa ação de o acompanhar a Centro de Saúde Deia requisitar ece itas para ele e para o pai e para a mãe que estavam com ele em casa normalmente ele era acompanhado por um outro familiar portanto posso dizer que é um momento de profunda comunhão com a natureza naturalmente não é profunda comunhão com Deus de oração por vezes cção por isso é comunhão com Deus e e por vezes Deus dá-me também a oportunidade destes gestos de solidariedade corre sempre sozinho eu gosto muito de correr sozinho Exatamente porque é um tempo de exeção também de meditação e depois também porque h eu não sou capaz de de acompanhar ninguém porque eu tenho um ritmo que que é muito próprio não é chamamos-lhe corrida porque enfim fica bem mas de facto Eu compreendo que aquele sim é um caminhar um bocadinho mais mais veloz e vai ao seu vai ao seu ritmo sozinho muitas vezes em oração e tem conseguido manter esse esse esse vício da corrida esse bom vício graças a Deus nem e por vezes o que fica sacrificado mais não é oração mas o que fica sacrificado são as horas do do des mas isto é uma coisa que já vem de muito não é mas não me respondeu hoje quanto é que correu e uma hora é normalmente o que faz uma hora é normalmente é o que faço eu quero lhe dizer que por exemplo quando estava embarcado como Capelão militar hã Às vezes o navio partia às 4 da manhã acontecia não é estávamos e eu levantava mais três para ir correr ainda antes de partir para par par exatamente e como é que é o seu dia a dia tem uma agenda sempre muito complicada é muito cheia graças a Deus portanto não há possibil esta entrevista por exemplo marcamos várias horas também para ajustar as nossas agendas não é mas mas normalmente e o que é que sobressai portanto Nós temos dois três tipos de diga compromissos em primeiro lugar eh Há que ter em conta aquilo que são as audiências marcadas e que normalmente e exigem pedem requerem muito tempo as audiências são onde nós interagimos seja com o nosso clero seja com representantes de instituições ou então membros de outros organismos não é portanto é sempre um encontro para fazer balanços para refletir acerca de problemas presentes e portanto é é nesses momentos é nesses encontros que eu fico a conhecer não só eh h o estado a situação a condição dos organismos ou das instituições ou das associações ou das Comunidades mas é também onde nós temos a oportunidade para entrar um pouco na vida das pessoas porque sendo audiências privadas tem sempre ali este caráter menos formal que nos permite um desvio para e a vida pessoal E com os seus desafios por vezes com os os seus problemas portanto Isto é um ponto é uma parte importante da agenda sim o segundo são aqueles compromissos institucionais que nos levam a conferências que nos levam a encontros que nos levam a cerimónias que nos levam enfim digamos já no espaço público em que nos deslocamos inaugurações assinalar aniversários H Depois tem uma outra vertente que é aquela da celebração litúrgica Uhum que está muito presente também porque graças a Deus na na nossa tradição de Lisboa e por exemplo o momento que assinala um aniversário normalmente não se faz sem um momento de oração sem um momento de de louvor e depois eh Há também um pequeno espaço que eu dedico e seja a ir ao encontro de alguém e de que eu sei notícia de que tá em mais necessidade e portanto aí é uma iniciativa muito própria muito muito pessoal não é assinalada sequer mas arranja sempre tempo para isso e e eu tento e quando não é Olha quando não é às 6 terá que ser às 9 ou às 9:30 não é uhum eh E também há um um tempo para para a leitura para para o estudo para nos mantermos atualizados como se costuma dizer e depois e tento terminar o dia portanto se de manhã ele começa com o louvor na corrida tento terminar o dia com oração pessoal na nossa Capela que temos nas nossas casas a complicar isso tudo acresce o facto de ainda acumular as funções da da diocese da das Forças Armadas e de segurança não é aliás este fim de semana como já referiu esteve nos nos funerais dos militares da GNR que morreram na queda do helicó padre até que o santo padre não não nomei um novo Bispo para as forças armadas e forças de segurança na qualidade de administrador apostólico eh continua a exatamente a acumular e não tem ainda indicação quando é que haverá novo Bispo não tem ainda indicação sendo que obviamente a minha presença e também a minha prestação nas Forças Armadas e forças de segurança Eh agora eh continua mas um ritmo muito mais Brando daquilo que era quando estava a tempo inteiro para as forças armadas pontos mais importantes digamos assim não é quece os pontos mais importantes aqueles onde é entendido pelas próprias fias e às vezes pela própria tutela entend daqu a tutela os próprios Ministérios que a presença do bispo é importante e é requerida e então acompanhamos esses momentos bom no meio desta agenda e nesse dia que já nos que já nos falou como é que corre como é que se mantém informado o que é que privilegia a rádio a televisão os jornais olhe a rádio e os jornais são para mim uma uma prioridade e sempre presente por razões óbvias não é eh hoje em dia nós temos fácil acesso à rádio porque viajando também bastante e que rádio é que houve A Renascença obviamente Mas que que devo dizer que eu nesse aspecto sou muito plural ah depois através sobretudo dos novos meios de comunicação facilmente chega aos jornais diários eu por uma questão de não fazer publicidade n não vou dizer aqui mas eu sou assinante de dois e consigo ter acesso a um terceiro e e portanto é por ali que man é um bom exemplo porque estamos numa numa fase em que se fala muito do financiamento dos meios de comunicação social e ser assinante é um sinal de que Ah sim sim esse sentido de justiça para mim é óbvio e quero dizer aliás que enfim em circunstâncias em que houve algum meio de comunicação que estava numa situação mais mais difícil eu cheguei a ponderar e cheguei a falar com alguém com responsabilidades sobre a possibilidade deitarmos uma ação de solidariedade para para vir porque deixe-me lhe dizer isto o jornalismo A informação é vital costuma-se a dizer para a democracia não é vital para que o cidadão se sinta verdadeiramente situado no seu tempo no seu país a cidadania cresce e desenvolve-se na medida em que o cidadão está verdadeiramente em contacto com as vicissitudes da comunidade com com a vida que sucede para além da sua casa para além da sua Paróquia para além da sua terra Isto é a cidadania no no sentido mais nobre da palavra e e por isso eh sou muito favorável a que haja um crescimento e haja um desenvolvimento e haja um espaço de respiro e um espaço de desenvolvimento da própria informação e do próprio jornalismo através da informação a que tem acesso vai estando a par da atualidade Como já aqui demonstrou nesta nesta nossa conversa a vamos entrar nesta altura numa fase de negociação do orçamento de estado h não sendo ainda certo que se consiga chegar a acordo como é que vê a a possibilidade de Portugal entrar numa crise política se não houver acordo a crise é é nunca é muito boa uma crise como nós sabemos porque uma crise é sempre um tempo de impasse mas dito isto eu gostaria era de Enfim fazer uma afirmação acerca do que no meu entender do meu ponto de vista deve ser um orçamento de estado ele deve refletir não só as grandes linhas estratégicas do ponto de vista económico não deve refletir só isso um orçamento de estado deve refletir também as grandes linhas estratégicas mas de humanidade de humanismo e Ness sentido qualquer orçamento de estado deve privilegiar eu compreendo aquele equilíbrio financeiro económico mas deve privilegiar sobretudo os valores que consagram cada ser humano a sociedade cada comunidade cada homem e que o orçamento de estado tenha um olhar enfim não vou dizer privilegiado mas um olhar atento para aqueles que na soci são os mais débeis e os mais fragilizados que já falamos aqui também hoje não é o orçamento de estado que deve consagrar quase que de um ponto de vista ético e de obrigatoriedade aquilo que é o apoio o auxílio a proteção a dar a cidadãos que não têm outras fontes não tê outro outro outro outros rendimentos não t outros meios de sobrevivência e isso deve est refletido ali no orçamento de estado portanto se pudesse dar um conselho era esse que daria aos políticos ente que um orçamento de estado não deve reduzir-se a ser um instrumento meramente económico ou financeiro ele deve refletir aquilo que são os grandes valores estruturantes de uma nação Enfim no nosso caso de Portugal que como sabemos desde do Afonso Henriques mas eu vou aqui buscar os grandes autores consagrados que sempre nos ensinaram a Estar atento à realidade da pessoa no seu concreto e da sua dignidade a agenda política de alguns partidos qu continua a passar pela pelos chamados temas fraturante e um deles é é eutanásia a lei que despenaliza a morte medicamente assistida foi aprovada já o ano passado falta ainda regulamentar mas o tribunal constitucional está há um ano exatamente para deliberar sobre o pedido de fiscalização Que sucessiva que foi entregue por deputados do PSC e também pela provedora de Justiça H em resposta a perguntas enviadas pela Renascença o tribunal respondeu ontem que não tem ainda uma previsão de data para tomar uma decisão compreendo esta demora num tema que é importante para para o país Olha eu como cidadão a primeira palavra que eu acho que deve ser Dita é que de facto não houve espaço nem tempo para refletir sobre esta questão que é transversal a toda a sociedade e aqui a todos di respeito e que a sensação que eu tenho é que foi tudo feito um pouco assim à pressa e e um pouco às escondidas Porque não houve um debate não houve uma reflexão nacional que falta que falta fazer eu acho que nós todos temos que ter consciência do que é que falamos quando estamos a falar de eutanásia a igreja Como sabe relativamente a esta matéria tem uma posição não é só Clara Mas tem uma posição extraordinariamente Bela porque assente na afirmação do primado e do valor da vida humana Eu costumo a dizer que a grande invenção de Deus segundo a escritura é a vida e pela vida tudo foi feito e tudo foi consagrado a igreja tem-se mobilizado em inúmeras iniciativas e dentro dela Tem surgido muitas associações muitas instituições o objetivo é exatamente aquele de zelar pela vida Estamos numa perspectiva também de valorizar sempre a dimensão paliativa os cuidados paliativos mas dito isto a igreja também desde o papa pios que eh tem uma reflexão eh própria sobre a obstinação terapêutica uhum que é aquela de dizer que eh moralmente falando o prolongamento da vida não pode ser a todo custo quando o prolongamento da vida significa prolongamento do sofrimento quando o prolongamento da vida significa o desfasamento da própria dignidade da pessoa enquanto ser humano nós aí temos que refletir e temos que podar muito bem as minhas palavras querem dizer apenas e somente um ponto É aquele da necessidade eu acho que como sociedade Deveríamos ter para dedicar mais tempo mais reflexão mais espaço a esta temática porque aquilo que eu mais receio de facto é que nós entremos aqui numa Ótica meia tecnicista meia economicista que depois vai desvalorizar e não vai ter em conta devidamente aquilo que é a condição e a situação da pessoa bom o país o que é facto é que já tem a lei confia que o tribunal Constitucional a possa declarar inconstitucional eu acho que uma lei tal como ela já está feita e uma lei que já chegou Onde esta chegou sinceramente h não se não Prevejo nem faço qualquer palpite nem profecia acerca daquilo que poderá ser a atitude do tribunal constitucional e e se me permite o meu silêncio não foi um silêncio de hesitação é que não gostaria que fosse entendidas minhas palavras e os meus pronunciamentos como uma espécie de pressão uhum por isso eu vou reservar-se ao silêncio relativamente a esta pergunta e aguardar eh queria também perguntar-lhe sobre o tema do aborto porque voltou e à ordem do Dia Depois do PS ter anunciado que tenciona propor o alargamento dos prazos legais das 10 para as 12 ou 14 semanas e também mexer na objeção de consciência dos médicos intenções de resto já criticadas tanto pelo Conselho Nacional de ética para as ciências da vida como pelos médicos católicos como é que avalia esta esta posição agora relativamente a uma matéria que já foi alvo de referendo no país a lei que temos resulta desse resultado desse referendo relativamente relativamente ao aborto Como sabe a posição da igreja é é muito clara é é muito assertiva e eh eu desde que andava no 11º ano que o desta temática eh tem alimentado muita discussão na nossa sociedade Sim já houve dois referentes não é sobre a matéria e eu lamento é que um tema que é tão delicado e que lida diretamente com vida do ser humano por vezes seja usado como uma arma de arremesso como um meio como um objeto para algumas forças afirmarem determinados interesses ou determinados objetivos eu acho que sinceramente isso não sei se isso é muito sério ou seja o aborto remete-nos imediatamente para estarmos a falar da vida de seres humanos e de seres humanos na sua vida na sua dignidade eu estou a falar tanto do feto como da mãe como da pessoa não é Acho que deveria de haver aqui um bocadinho mais de recato e de atenção e até de cuidado nós estamos a lidar com uma realidade ou com dimensões que da nossa parte tem o estatuto de sagrados a vida humana é Sagrada não pode ser assim eh tomada em determinadas ocasiões só porque sim ou só porque há ali outros interesses e outros objetivos que nós não sabemos mais quais são não acha não lhe parece Uhum que o ser humano deveria ser um valor h e um valor absoluto o ser humano deveria ser tratado com respeito com dignidade em todas as situações eu aproveito para para lhe perguntar ainda porque estamos nesta neste tema nestes temas fraturante eh e e porque Falamos também de vida humana relativamente aos embriões criopreservados para para serem usados em tratamento de infertilidade à luz da nova lei eh os dadores deixam de ser anónimos E desde agosto que esses embriões que estão preservados podem ser distribuídos agora o bloco de esquerda eh Apresentou um projeto para para tentar que que que esse material não seja destruído mas o Parlamento ainda não agendou a sua discussão Qual é a posição oficial da igreja relativamente a esta a esta matéria a posição oficial da igreja é que cada ser humano tem direito a um pai e a uma mãe a posição oficial da igreja é que a procriação depende sempre de uma união de facto de uma união real ou seja o amor acompanha o amor é a fonte o amor é a meta da vida de qualquer ser humano e qualquer ser humano tem desde o momento da sua geração da sua fecundação a uma presença efetiva de um pai e de uma mãe Esta é a posição oficial da igreja que aliás remete para aquilo que é a a própria identidade estruturante do amor O amor é unitivo e é fecundo e E é fecundo porque é unitivo e Em sua opinião devia assegurar-se aqui uma mudança na lei que mais profunda que evitasse para já a destruição deste material Porque falamos precisamente de vida humana exatamente uhum essa é a nossa perspectiva muito bem senhor Patriarca estamos a aproximar-nos do fim da nossa entrevista que já vai longa mas eu queria ainda fazer-lhe mais umas perguntas sobre relativamente à igreja está em processo Sinodal Qual é a sua expectativa para para a conclusão deste deste processo sendo que em Outubro vai decorrer à Assembleia que termina não é que encerra a segunda fase que Ener 16ª Assembleia Sinodal olha em primeiro lugar é preciso que nós aqui Digamos que foi o momento alto da vida da igreja do século XX eh o Papa Francisco é conhecido como aquele que propõe e e e e e que nos estimula para uma igreja em saída mas eh acompanha esta dimensão também a esperança e foi com grande esperança que nós vimos uma participação maciça hã de toda a Igreja Universal eh no processo Sinodal em curso por outro lado Foi um momento forte de comunhão há um ano atrás quando estávamos eh em Roma para iniciar exatamente a primeira sessão eh o que nós verificamos ali foi um encontro maravilhoso que parecia realmente um Pentecostes um novo Pentecostes de pessoas crentes oriundas de todo o universo depois houve uma grande maravilhosa celebração na praça de São Pedro onde aquela praça de repente aquilo era um um jardim e onde as suas cores as flores na sua diversidade representavam bem o que é esta Harmonia cósmica por um lado mas também a harmonia da igreja é um momento para minim a expectativa deste sínodo é que é um momento para a afirmação S da identidade e da vocação essencial da igreja que é ser uma igreja missionária uma igreja missionária significa que é uma igreja para servir é uma igreja para o mundo é uma igreja que faz das pessoas a razão de ser do seu operar a partir de Jesus Cristo e a partir de Deus e por isso é com grande entusiasmo é com um sorriso nos lábios e com um rasgado Horizonte de esperança no coração que eu olho e que eu abordo e que eu me sintonizo com este sínodo mas tendo este sido um processo um caminho não é de de não não de um ano Mas de dois ou de três eh eh acredita que daqui para a frente eh este modo de estar Sinodal ouvindo Eh toda a comunidade vai manter-se Ou seja a igreja na prática vai mudar a forma de de de acho Olha eu acho que eh este sío eu eu acho que sim e e vou lhe dar um exemplo muito concreto um exemplo muito concreto a partir de deste sínodo quando há uma reunião seja ela Magna ou ou de mais reduzidas dimensões é impossível que essa reunião não Contemple a necessidade das pessoas escutarem uma à outra se ouvirem sabe que eh Isto é um pormenor né o Papa Francisco quis que na sala Sinodal aqueles grupos no desenvolvimento dos seus encontros passassem por três momentos O primeiro é er cada um se expressava segundo cada um se pronunciava sobre aquilo que o outro disse e que mais o impressionou e o terceiro momento era vá agora vamos ser sinodais e formular aqui um caminho uma proposta estes três momentos sabe que isto a partir do sínodo está a ser aplicado em todos os encontros que no âmbito da igreja estão a acontecer isto é maravilhoso porque antigamente O que é que se passava antigamente passava-se que estes encontros tinham sempre dois tipos de pessoas o que oferecia e falava e o que escutavam E recebiam hoje há esta participação Este é um pequeno exemplo que nos diz de que de facto Há um novo modos operand dentro da igreja que tem este áre e esta dimensão da sinodalidade com o objetivo de que todos contam mas também há resistências ainda como é que comenta essas resistências olhe e e não são só resistências não é H olhe mais do que comentar Eu rezo muito pelo santo padre para que o Espírito Santo verdadeiramente nunca deixe de o assistir com aquela força hoje usa-se muito uma palavra com aquela resiliência que é própria dos grandes e que é própria também daqueles que na igreja no seguimento de Jesus e no e no desempenho do serviço à causa do Reino de Deus Olhe sacrificaram tudo e por fim sacrificaram-se a eles próprios e revê neste neste modo de agir e neste exemplo do Papa Francisco absolutamente absolutamente H ele foi capaz de é um homem para mim se houvesse uma imagem que eu tivesse que usar o Papa Francisco é o homem que vai além de qualquer fronteira e Isto É extraordinário não apenas n aquela Fronteira enfim de qualquer fronteira e por isso ele consegue chegar a todo lado ele consegue chegar ao coração de pessoas de diversas proveniências de diversas latitudes e isso é maravilhoso e é um exemplo que ele nos está a dar e é exatamente isto que ele eh quer que seja o apanagio uma das particularidades do sínodo eh Dom Rio Valério vou ter ainda de lhe fazer uma última pergunta relativamente aos ab na igreja e ao processo aqui em Portugal Estamos numa fase crucial da entrega dos pedidos de indenização embora não tenha sido ainda definido o valor das compensações a dar é uma matéria de difícil consenso entre os bispos antes de maisis os abusos é um tema que toca Profundo no coração de todos nós a primeira palavra que me surge espontânea quando se me falam de abusos é perdão é pedir perdão em segundo lugar é uma palavra de compreensão ao sofrimento daqueles que foram vítimas e em terceiro lugar então é este momento de irmos ao encontro daquilo que é possível fazer para que haja uma reparação integral da pessoa da mesma forma que há pouco quando falávamos da situação dos nossos pobres falávamos do ser na sua integralidade eu aplico aqui também esta perspectiva o ser humano é um todo e um todo que necessita de ser reparado um todo que necessita de ser apoiado é por isso que este novo capítulo que se abriu na igreja em Portugal qu e tem verdadeiramente em vista no seu Horizonte esta dimensão da integralidade do ser humano no seu todo e por esse todo a igreja está disponível Como sabe a fazer estes espos que agora estão aí ainda em em diálogo com as nossas comissões diocesanas em vista a uma maior proximidade e um vir ao encontro das situações no seu concreto o processo tem corrido do seu ponto de vista nos Há sempre um tempo para para essas decisões não tem sido demasiado lento tem corrido Como devia eu penso que eh o o ritmo do o ritmo que tem tido este processo deve-se sobretudo a uma coisa é que eh somos muitos Graças a Deus não só do ponto de vista e pessoal ou individual mas também do ponto de vista de instituições são muitos que se estão a pronunciar e por isso é normal que quando há 21 comissões diocesanas e depois há um grupo Vita e depois há ainda mais um uma coordenação Central dos 21 comissões e depois há a Conferência Episcopal é claro tudo tem o seu tempo porque tudo isto tem que ser feito de forma refletida amadurecida mas tem sempre em vista exatamente o bem da pessoa relativamente aqui à Diocese de Lisboa não há nesta altura qualquer sacerdote suspeito e suspense de funções neste momento não os casos que houve estão resolvidos os casos que houve Como sabe tiveram o seu processo eh alguns deles aliás todos inclusivamente foram enviados para Roma para a congregação para a doutrina da Fé o qual que é o a Instância eclesial habilitada para tratar destes assuntos estudados e que depois nos remeteram para uma decisão final a partir da qual o sacerdote retomou a sua a sua vida normal muito bem agradecer-lhe por ter vindo conversar com a Renascença por ocasião deste seu primeiro aniversário como Patriarca de Lisboa eu é aqui agradeço e daqui para todos os nossos estimados ouvintes a minha bênção muito obrigada muito bom dia
1 comentário
a não existência de quotas para a imigração tem piorado as condições de sobrevivência para muitos portugueses. morte" enviem os imigantes ilegais para o vaticano