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e em dia de segunda ronda negocial do governo com os partidos com acento parlamentar sobre o orçamento do estado para o próximo ano advogado e cronista habitual do observ do Observador Nuno Gonçalo pças partilha com os leitores e ouvintes do Observador uma reflexão sobre o debate em torno do tema mas não só é muito mais do que isso Nuno Gonçalo poas bem e obrigado pela novidade boa tarde é título desta crónica deixar-se ir e chegar a expressão que logo no primeiro parágrafo do texto escreve que talvez tu defina define o quê Nuno Define um certo modo de de estar e de de ser pelo menos H se calhar lendo o texto Talvez seja mais fácil de perceber mas enfim mas na n alguns setores n algumas áreas de de atividades sociais etc h e acho que neste caso Enfim estava a falar do da questão do orçamento de estado também um bocadinho a mesma coisa no fundo as coisas vão-se deixando ir e E acabamos por chegar normalmente nunca sabe muito bem a Porto hum não pelo menos aquilo que se tem visto acho que acho que tem sido assim uma grande cacofonia eu também falo sobre isso no texto H sem que se perceba ao certo o que é que se está de facto a discutir e que portanto que que que ideia e que ou que no fundo que que futuro é que é que se ambiciona com através de um de um de um de um instrumento importante como é o orçamento do Estado Hum e no fundo quer dizer nós estamos reduzidos a só a alguma tática e e e bastante barulho é uma é uma coisa que eu que eu pelo menos lamento mas eh enfim se calhar também nós estamos num ponto que permita que as coisas sejam de outra maneira hum nessa reflexão eh sobre o orçamento e como é que tem decorrido o debate H conclui que h melancolia e apatia começam na Perspectiva na sua perspectiva a parecer o melhor e refúgio foi-se a a esperança não eu acho que isto pode ser uma grande vantagem não é um não não não vejo isso como como uma catástrofe H isso até se calhar é até um sinal de que nós chegamos um um se calhar ao nosso ao nosso patamar máximo de de desenvolvimento e de crescimento que podíamos podíamos de facto ambicionar se ambicionamos mais do que isto ou não eu acho que seria possível Mas enfim mas se calhar o país também não H é como o outro puxa Puxa mas se calhar não dá mais e portanto mas mas o debate em si tem sido inconsistente mais do que inconsistente porque é um vazio completo não é H vão-se discutindo assim umas coisas e o sobre sobre fiscalidade que quer dizer mas mas são sempre assim um um ponto ou dois que de repente se Torn um ponía de honra h para uns e para outros mas quero dizer mas não há ali uma uma ideia uma ideia de futuro quer dizer em que medida é que essas medidas por exemplo são relevantes ou não h para o país que gostávamos de ser h eu acho que se calhar a maneira mais fácil é resumimos isto um bocadinho à apatia Nós já somos se calhar o país que não o queremos ser mas pelo menos aquilo que podemos ser e portanto é é é tão legítima essa perspectiva como outra qualquer e prevalece a estratégia política ou partidária em torno da discussão do orçamento do estado mais do que H saber exatamente que caminho queremos trilhar quais devem ser as prioridades não mas mas eu acho que a perspectiva política ou partidária devia ser precisamente essa não os partidos servem os partidos servem para para para representar as pessoas e no fundo para representar visões diferentes da sociedade e daquilo que querem para para o país o problema é que nós acabamos por resolvir um bocadinho esta a perspectiva política ou partidária só no sentido do jogo e da Luta pelo poder exato acho acho que só a acho e a política também é isso e é muito isso mas não é só isso e e e acho acho que não devia ser só isso eh e Portanto acho que nos viciamos aqui um bocadinho nesta coisa do jogo da tática um bocadinho eh eh eh Luís Freitas lovizão da da da política Se quiserem eh para dar corpo a esta esta reflexão sobre aquilo que somos enquanto sociedade invoca o caso de Artur Batista da Silva um burlão que se fez passar por professor universitário numa universidade dos Estados Unidos consultor da ONU e do Banco Mundial comeceu de resto antina em alguns órgãos de comunicação social em Portugal Este é um exemplo que também ajuda ajuda a definir aquilo que somos Ah eu acho que ajuda bastante eu acho aliás um ponto pelo menos o o que eu tento transmitir no texto é precisamente Esso é que eu acho que ele não precisava de ter mentido hum provavelmente teria lá chegado na mesma através Através de outros meios e no fundo isso continua continua a ser feito por por muita gente eu é um enfim o o o o o elevador social é uma coisa que que que funciona normalmente em períodos de de de crescimento económico e isso mudou-se muito n algumas fases por exemplo do século 21 de facto a mobilidade social é uma coisa que que que ainda está de facto talvez por ser estada a esse ponto mas mas intuitivamente eu diria que naturalmente Nos períodos de maior crescimento económico ela se ela se manifestou e e portanto quando nós deixamos de a ter H voltamos outra vez ao ao ao ao pequeno aos pequenos vícios dos passados e portanto assim uma espécie de de comportamento de corte que que que eu acho que vai vingando e o caso do Artur Batista da Silva foi foi é um bocadinho esse também quer dizer eu acho que o grande erro dele Na altura foi foi precisamente ter inventado um currículo que não tinha se não tivesse inventado bastaria ter também Aparecido e provavelmente teria tido se calhar hoje ainda aqui andava H com com com tempo de antena e espaço em todo lado portanto e não seria caso único e Nuno revela também nesta nesta crónica publicada hoje em observador.pt que regressou há pouco de férias pode esta visão e esta reflexão decorrer do embate Outra Vez com a realidade o regresso das férias e aquela depressão associada no meu no meu caso particular não até porque eu nunca desligo nunca desligo totalmente portanto isto é uma coisa mais evolutiva não é o não é eu não me faço de roturas pessoalmente portanto até nisto para mim para mim é sempre evolutivo acho que nós estamos agora a chegar aqui uma fase importante que a discussão do orçamento de estádio e portanto essas coisas ficam se calhar um bocadinho mais evidentes po para Dars eleições outra vez e as pessoas animem mas é uma é um certo folclore que vai que vai fazendo falta e a Democracia Aliás está um bocadinho viciada nisso só no folclore as eleições e depois passa tudo e essa a reflexão que Nuno Gonçalo posas faz neste artigo com o título deixar-se ir e chegar Nuno Muito obrigado pela sua disponibilidade mais uma vez para participar neste colonista do dia Nuno Gonçalo poças advogado o colonista habitual foi hoje a esta rubrica do Observador o colonista do dia