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Estas são as tardes da antena 3 com o Tiago e a Catarina e ora bem se há pouco estávamos a falar do ganho dos tubarões e de um tubarão que tinha o poder de escolha de ser vegetariano recebemos agora também as cabeças eh de um livro chamado reflexões sobre a liberdade identidades e famílias temos connosco Joana Mortágua e Maria Castel bran como estãoa não chamou tubarões calma não não tubarões o o o o gan sobres é incrível porque ele tem essa liberdade e luta pela Liberdade de ser vegetariano não é e é incrível portanto Ainda bem que vocês estão cá Como estão bem dispostas faz parte do do do rol de liberdades que nós tivemos em conta quando escrevemos Quando pensamos este livro era a liberdade de um tubarão ser exatamente comer aquilo que el que ele quiser comer até porque o mundo parece fazer-se Ao jeito e é uma espécie de grande oceano para tubarões que andam nele h e de alguma forma este livro é quase uma uma grande Leitura para o sítio onde estamos para a praia que frequentamos e para a possibilidade desses tubarões fazerem parte de um dia de sol e de nós chafford armos na na água por exemplo só simplesmente eles andam aí os tubarões eles andem aí andem aí não mas bem-vindas obrigada Ora bem eh este este livro que é um livro de reflexões e de muitas cabeças muitas opiniões e não é um livro de resposta dizem aqui vocês logo na primeira página é é um exercício de democracia não é alargar o diálogo as opiniões como é que vocês antes de tudo conseguiram H juntar Estas pessoas todas e como é que escolheram Estas pessoas todas para para darem as opiniões como é que fizeram Esse Ok se calhar podemos ir a ti e a ti a ti e a ti bom eh foi um processo relativamente caótico imagino isto começou com um telefonema e meu para a Maria e depois nosso para a Susana e a partir daí pensamos OK agora estamos as três nisto Eh vamos encontrar 20 pessoas para para meter nisto também mas nós achamos que era impossível eu achei que era impossível impossível não porque porque é muito difícil tu quereres ou se é muito difícil tu aceitares ou achava eu aceitares escrever um livro com pessoas que com quem tu discord muito não é no caso de pessoas do PSD que são muito do PSD com pessoas do bloco de esquerda como que está aqui sentada à minha direita e eu acho que isso é um também do mundo em que nós de facto Vivemos em que de repente as pontes estão a estão a cair nesse grande oceano que tu falavas mas as pontes estão a cair e e e depois foi uma chapada luva Branca Ainda bem que conseguimos mas uma tábula Redonda gigante em que toda a gente senta discuta opiniões e fala sobre sim e e e tens da Teresa Leal Coelho à à Fernanda Câncio a Catarina fortado e até alinor belza exatamente a Pedro stres tra violante tantas pessoas diferentes eh a partir do momento Isto é um processo coletivo a partir do momento em que eh encontras em que algumas pessoas se juntam depois outras é mais fácil outras acabam por se juntar nós tínhamos um critério que é queríamos uma maioria de mulheres fácil porque aquele livro ao qual nós não estamos a responder tinha uma maioria muito expressiva de homens Vocês já estão na fase de aquele programa que não se pode dizer o nome é é é é é mais ou menos isso não é porque nós queríamos que as pessoas percebessem que não é bem uma resposta tipo não daquela é uma é uma participação num debate que foi aberto e ainda bem que foi aberto mas foi aberto nos termos H um bocadinho fechados porque são pessoas que pensam todas mais ou menos igual e nós quisemos Agar para ou seja nós não não nós dizemos que não respondemos porque nós não não estamos sequer isto não não nasce nem da mesma motivação Nem nós estamos ao mesmo nível com todo o respeito por pelo pelos autores nem o objetivo é autores lá no outro livro nem o objetivo é o mesmo eh o objetivo deste livro era mostrar diversidade é Mostrar toda a diversidade que existe na sociedade Portuguesa em termos de famílias de famílias que são diferentes de vivências de sexualidade de identidades eh de várias identidades sejam de identidades de género de orientações sexuais de pessoas racializadas de escolhas do Poder da escolha do direito à escolha da eutanásia do aborto ou seja era mostrar bom pessoal o mundo tem peixes de muitas cores eh e e todos devem poder caber cá dentro Vamos tentar conseguir dar a liberdade a todos para ver cá dentro e isso é fundamentalmente diferente e filosoficamente diferente do objetivo do outro livro que era dizer não não não pessoal isto agora somos todos amarelos E andamos todos no mesmo sentido caso contrário e o mundo vai ruir e vem aí o Apocalipse sim fantástic que a diferença não sei se sim sim sim sim sim eu queria era saber assim Mais especificamente como é que vocês qual é que foi o primeiro nome que que vos ve à cabeça se calhar não não não é preciso apontar tanto o dedo mas como é que vocês chegaram ao esta lista de nomes foi tipo pá eu acho que a Catarina fortado fazia muito sentido neste livro não não não eu acho que a Fernanda cano também podia podia vir para aqui a primeira pessoa em que Nós pensamos H foi foras próprias foi foi Zana prta que foi para quem ligamos para para para para coordenar este livro também e que infelizmente não consegue estar aqui porque está a dar aulas Hum mas mas depois foi um boc eu acho que foi um dos objetivos era que as três suger isss mos nomes Uhum é porque Há muitas pessoas no mundo não é Há muitas pessoas no mundo que querem e tem coisas para dizer Claro e e e tu só escolheres 20 é assim um bocado difícil eh H mas mas o objetivo era serem representar em aspectos políticos diferentes ou seja de não ser toda a gente de esquerda toda a gente de direita toda a gente centrista toda a gente amarela encarnada ou que seja h eu acho que isso conseguimos fazer e portanto a partir desse objetivo principal e e o outro que a Joana falou tínhamos um slot para mulheres um slot mais ou menos parecido com o slot para homens que o outro livro tinha porque era era is era um objetivo forte que nós tínhamos e depois a partir daí tu começas a ver se calhar agora esta lista tá a ficar um bocadinho mais para a esquerda vamos pôr aqui pessoas que estão maisas era uma ponderação permanente e depois o engraçado é que nós temos perspectivas diferentes sobre o que que é esquerda sobre o que que é esquerda e o que que é direita o quê achas aquilo direita não ao contrário Mas tu achas à direita para Joana não é verdade Daniel olha eu tenho uma pergunta de alguma intenção poética mas eu acho que vocês vão vão tratar isto cara a cara que é o que é que pode um livro fazer em 2024 pela que é ela própria um grande discurso polifónico O que é que este livro pode fazer para para amanhã este livro é polifónico ele mesmo não é Portanto ele não é um livro com uma tese nem nem é um Manifesto como a Maria costuma dizer é um livro em que literalmente nós não sabíamos os textos umas das outras até o livro estar publicado não os conhecíamos eu não li os textos dos outros podias ler se tu quisesses não não até tá publicado ou seja até est compilado Não não até est revisto e e não houve um processo hou critério Editorial de tentar alterar os textos uns dos outros ex Nós não pedimos temas a ninguém cada pessoa escreveu livremente sobre o que quis dentro de um espetro de e pronto temático e que que que nós tínhamos e portanto ele é um livro polifónico e eu acho que ele manda uma mensagem Maria não sei se tem a mesma perspectiva mas ele manda uma mensagem para mim é uma mensagem importante que é atenção Há sim uma vaga acionária Ultra conservadora no mundo que quer fazer reverter os direitos das mulheres que quer Eh tentar meternos todos na mesma caixinha Mas calma aí porque ainda está aqui quem quer resistir a isso e eu acho que essa esse sinal para a sociedade é importante que hum há ali vozes Ultra conservadoras e nós não vamos ignorá-las porque ignorar esse tipo de movimentos não tem dado muito certo nos países onde T onde eles têm eh ganho o espaço ganhar é eh a pergunta é super interessante porque cada vez mais a sociedade como a Joana dizia há esta vaga mas esta vaga não é só de pessoas que são Ultra conservadoras e reacionárias é de pessoas normais que começam a olhar para uma grande diferença sim pessoas normais normais eu concordo com não mas mas mas pessoas que não nem às vezes nem sequer são muito politizadas mas mas mas começam a olhar para a diferença com uma certa desconfiança é normal nós olharmos para aquilo que é muito diferente com uma certa desconfiança faz parte da natureza humana e e a partir daí depois é preciso desconstruir e dizer bom mas a a democracia é isso mesmo é tu abrires portas para o outro é tu dizeres eh bom vem ser aquilo que tu quiseres dizer aquilo que tu quiseres Eu Vou defender Essa é aquilo que lix não é mas eu vou defender a liberdade tu dizeres aquilo que quiseres mesmo que eu discorde de ti e e e nós acho que queríamos que este livro fosse isso fosse uma abertura para as pessoas poderem inclusivamente ler o livro estou sempre a dizer isto ler o livro discordar do livro Isso é ótimo e discordar de uma forma construtiva Para conseguirmos ter um debate sério eh um debate democrático onde na discordância vamos chegando cada vez mais perto daquilo que será uma espécie de verdade não é não não é preciso ser uma verdade absoluta mas conseguirmos eh questionar os nossos próprios ideais ao mesmo tempo questionamos os dos outros mas sempre com muito respeito e sempre com a a intenção de construir uma sociedade mais aberta e Essa sociedade mais aberta é é que por isso é que não é o Manifesto porque essa sociedade mais aberta é suposto ser hiper plural uhum quer dizer a nossa intenção era fazer isto tudo com muito respeito mas depois convidamos o Hugo vardin para para a apresentação do Liv estava aqui estava aqui calado que nem um rato mas já tinha est aqui preparado e ele fez questão de insultar à avó de toda a gente como aliás é seu apanage e e pronto e fazer vários comentários sobre a vida sexual de de de de parentes próximos e longinquos de de cada uma e cada um de nós e portanto lá foi a parte do respeito e também do Daniel Oliveira também séri eu tenho aqui uma dúvida e porque é é uma coisa que às vezes me vai parar à cabeça se nós no fundo conseguimos mesmo mudar a opinião de alguém não é não é de alguém que tem uma opinião parecida com a nossa mas uma pessoa que ten uma opinião assim muito muito conservadora ao ler este livro pode ou não abrir Vocês acreditam que pode abrir portas para se calhar vou começar a pintar com outros lápis de cor ou seja vou vou vou aumentar o meu a minha caixa de carand e vou acrescentar mais pontos de vista depende depende da perspectiva desculpa não sei se queres responder a esta masero mas então só uma coisa muito muito breve depende da da da perspectiva com que tu fores ler tudo e qualquer coisa há textos aqui que são mais muito mais longe in custo de uma posição conservadora H textos que são mais próximos o que seja mas depende dos preconceitos que tu entráis na conversa se tu tentares eh ver o outro a posição do outro sempre a partir de uma de uma perspectiva de eu quero mesmo entender o que é que esta pessoa está a dizer então aí mesmo que tu discordes podes acrescentar algumas cores daquilo que as pessoas dizem quanto mais não seja para que tu conseguis hã eh entrar de de mãos abertas e de peito aberto e não e não te fechares cada vez mais na tua caixa eu acho que quando tu tentas convencer o outro depois do outro lado quando tu tentas convencer demasiado a outra pessoa essa pessoa fecha-se Tu não podes entrar no numa conversa por isso é que não é um Manifesto tu não podes entrar numa conversa a dizer eu vou-te explicar porque é que tu estás errado tens que entrar numa conversa a dizer eu quero ouvir o que é que tu tens para dizer e a partir daí deixa-me discordar ou concordar vai lá falar com o Paulo Oter assim a Joana vai discordar mas lá está mas isso é ótimo porque a Joana mesmo discordando e é da muito minha amiga e não é portanto nós temos um respeito mútuo em que pronto podemos discordar muito Eu discordo imenso da Joana há temas sobre os quais Nós já não fal concordamos em muito pouco concordam na discordância portanto iso é exatamente concordamos em discordar Tá tudo bem Tá tudo bem jo querias dizer alguma coisa ou é só discordo completamente não não não eu acho que há pessoas com que T um conservadorismo Ultra conservadorismo ativo estava eu tava a a simbolizar no palo Tero mas pessoas vamos vamos padronizar pessoas estilo palo Tero elas nós não vamos convencê-las de coisa nenhuma e estão profundamente têm direito a ter as suas convicções O problema não é esse o problema é quererem impor as suas convicções religiosas pessoais Morais eh como se elas fossem e para toda a gente e e isso eu não não estou de acordo quando se fosse universais exatamente agora esses nós não vamos conseguir agora há um debate na sociedade sobre o que é que das nossas convicções pessoais deve ou não ser lei uhum O que é que deve ser o padrão O que é que deve ser o Universal e esse debate é um debate que é diferente eu aí já não estou a debater a convicção de cada um eu estou a debater é o que é que deve ser quais é que devem ser os limites e da da lei o que é que a lei deve reconhecer eh como direito à convicção de cada um e quais são os limites disso e esse debate sim que é o debate sobre a Lei da eutanásia que é o debate sobre a lei do aborto que é o debate sobre o casamento sobre a adoção é um debate sobre as instituições e as leis eh e esse debate é o debate que eu acho que é possível sim ter muito bem muito obrigada por terem vindo eu acho que se nós se nós pensarmos numa o ser humano também era suposto só andar não é eu não sei não sei voamos nós erer suricatas eu não eu não podia vir aqui e não falar e não dizer a palavra su suricata tinhas uma aposta com quê com o vardin comigo mesmo ah porque ele é a pessoa para fazer esse é menina para fazer ess Poa nós respiramos debaixo de água portanto calma tá tudo bem reflexões sobre a liberdade oh Santa mar deiras esta hora identidades e famílias sim nessa mesma pluralidade as organizadoras Joana Mortágua e também Maria castal Branco ainda também ela está no meio de nós hoja 2 minutos para a hora certa Obrigado por terem passado cá nesta tarde de logo se vê na antena 3
1 comentário
No fundo ambas pertencem à burguesia, mas só uma tem tem consciência disso.