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cí água do céu Caiu água do céu chuva molhou esse meu coração chuva molhou esse meu coração caiu água do céu Caiu água do céu chuva molhou esse meu coração chuva molhou esse meu coração meu coração tá sangrando sangrando sem parar meu coração tá sangrando sangrando de escutar um grito da terra que vem pelo ar dos homens das Serras das Minas Gerais e Caiu água do céu Caiu água do céu chuva molhou esse meu coração chuva molhou esse meu coração meu coração tá sangrando sangrando sem parar meu coração tá sangrando sangrando de escutar um grito da terra que vem pelo ar dos homens das Serras de tudo que há eu ouo o som que vem na poeira capoeira Cachoeira vem D as águas som rolando eu vou sonhando sonhando com a beleza de um lugar a gota d’água vai caindo eu vou ouvindo o seu som o vento vai me possuindo não posso entender como você pode ficar aí sentado na escrivani olhando dia a dia desse mundo esse mundo é você Caiu água do céu Caiu água do céu chuva molhou esse meu coração chuva molhou esse meu coração chuva molhou esse meu coração chuva molhou esse meu coração i i ao vivo na rádio observador e que bem que começamos hoje recebemos Miguel Abreu diretor do festival todos e também um evento que Celebra a diversidade e multiculturalidade que está de regresso desta vez à ras e recebemos também Max Lisboa que abriu este ao vivo aqui na rádio observador e que bem que e que bem que foi bem-vindos aos dois muito obrigada por estarem aqui connosco bem-vindos à rádio observador olha Miguel se calhar começamos aqui por por ti o festival mudou-se para arroz este ano porque arroz eh a pergunta Tem que ser feita à Câmara Municipal de Lisboa que é entidade promove este festival juntamente com a nossa Associação à academia de produtores culturais e nós de três em três anos mudamos de Freguesia a uma escolha da Câmara de Lisboa muitas vezes também trabalhada connosco por acaso esta vez foi mesmo só decisão da da Câmara Municipal de Lisboa no final do do evento do ano passado onde estivemos na Freguesia de Santa Clara e a decisão de arroz eu penso que tem a ver com a grande dimensão que esta junta de Freguesia atualmente tem é um território muito vasto e onde que habitam pessoas muito diferentes de várias etnias de vários estratos sociais de várias faixas etárias e onde se sente precisamente porque ao mesmo tempo que esta multiplicidade de pessoas existe também estão arrumadas em alguns guetos naturais que foram construindo umas zonas mais pobres umas zonas mais ricas e a convivialidade entre Uns e Outros não parece estar tão desenvolvida no bom sentido no sentido em que nós entendemos ser o bom sentido que é o sentido da convivialidade e portanto a nossa missão deste festival todos caminhada de culturas sempre foi desde 2009 eh proporcionar espaço de encontro entre os lisboetas tradicionais e os novos lisboetas as pessoas que chegam à cidade para precisamente combater o Gueto para combater o preconceito e pensamos que só pelo convívio de uma forma muito informal muito natural que vai p pela escola vai pelos espetáculos vai pela gastronomia vai pelo jardim pelo espaço público se podem proporcionar sem que a pessoa pense demais sim e deixando que o coração sinta demais eh é é um é um festival de proximidade portanto nós trabalhamos rua a rua porta a porta casa a casa trabalhamos em espaços não convencionais raramente estamos em teatros eh trabalhamos em igrejas em escolas no Jardins praças públicas e eh essa proximidade é o grande convite de apresentação já já conhece este músico Olha já conhece o Max Lisboa que por acaso nós conhecemos a tocar numa rua de Lisboa e que em 2011 vindo do Brasil é integrado na orquestra de todos que nesse ano se funda e esta mistura e depois há brasileiros e há indianos e há ucranianos e há paquistaneses E por aí fora conforme as comunidades se vão envolvendo a causa no fundo é a grande Matriz deste festival a causa comum que unas pessoas mais do que as diferenças é procurar as proxim CL esteo por nest territo de arro temos estado a ligar mais à zona norte de arroela zona mais de picas e do saldan onde sentimos classes sociais mais ricas e recém chegadas ao bairro e que muitas vezes Nem sabem a história da de Arroios e a importância histórica até de resistência ao estado novo por exemplo daquele território e não conhecendo fazem alguma discriminação e nós próprios temos estado a promover a promover boas práticas de interculturalidade por exemplo no Dona Estefânia que é um hospital que neste momento trabalha com 141 nacionalidades tem vários problemas de comunicação porque muitos meninos e muitos familiares só já falam árabe ou ainda só falam árabe e e portanto é toda uma outra realidade que que se vai Conectando e ali os pais muçulmanos com os pais católicos com os pais hindus todos acabam por se entender porque a causa comum que era isso que eu estava a querer a conchegar a causa comum é neste caso a dor da criança e o bem maior da criança mas se a causa comum for a comida então todos querem participar e mostrar o seu melhor prato e coisas do género eh o espaço público de todos é uma causa comum como é que ele pode ser C habitável por todos enfim procurar causas comuns que agreguem em vez de separarem as pessoas Claro e Miguel Qual é a importância de de existir um um um projeto um evento com uma iniciativa como estas no nos tempos que correm eu acho que é toda de toda a pertinência desde nós continuamos começamos aliás éramos para fazer este festival só durante 3 anos e e depois de de três em três anos a coisa foi sempre evoluindo porque primeiro eram os problemas de alguns Imigrantes depois passaram a ser mais imigrantes e mais os refugiados que é outra comunidade que nós trabalhamos muito eh E mais uma vez a sensibilização dos lisboetas para terem a consciência de que esta situação de refugiado não é planeada qualquer um de nós aou virado a esquina ainda há pouco tempo este ligeiro que podia ter sido dramá tror de terra em Lisboa podia ter feito muitos lisboetas refugiados para outro sítio qualquer portanto Nós não escolhemos ser refugiados acontece ou não acontece esperemos que não nos aconteça mas eu encontro muitas pessoas e recebo muitos refugiados porque são médicos enfermeiros atores realizadores bancários agricultores e de repente todos ficam com este carimbo de refugiados sem falar em português muitas vezes nem sabiam que Portugal existia se não fosse o Cristiano Ronaldo Acho que nem fazam a mínima ideia que existia Portugal e portanto é todo um choque emocional afetivo que o hospital Dona Estefânia por exemplo é um bom testemunho de dessa dor psicológica que afeta à criança mas também afeta aos pais e e e são estas convulsões que o mundo está a ter que ainda mais justificam um festival como todos que é criar de uma forma como eu disse ao princípio muito espontânea muito natural muito informal espaços de encontro até costumo dizer que somos uma agência mesmo de encontros porque eh pois naturalmente as pessoas encontram Dão trabalho umas às outras é promover com lza os professores de uma escola com a outra que T as mesmas questões da interculturalidade encontram-se no todos promovemos vamos ter um grande debate no no banco de Portugal no dia 14 com dois professores do Brasil que vão estar em online e dois aqui em Portugal do um do por acaso vamos do isc Mas enfim a discutir a questão da desigualdade e da e da diferença como é que a diferença consegue coexistir com com com a com a com a desigualdade provocar a desigualdade enfim eh só portanto temos aqui também uma parte académica não chata aliás esta conferência tem estas participações académicas mas depois também tem um microc concerto com o Leo mid portanto é um bocadinho como estamos aqui ele canta os professores falam depois volta aar conversa com o público porque é preciso as pessoas pensarem nas coisas não é porque Como diz a letra desta canção que o Max Cantou esse mundo é você não é o mundo é aquilo que nós façamos que o mundo seja e portanto somos todos absolutum responsáveis e o não querer conhecer o ignorar nós sentimos um grande racismo neste território de Picos eu fui vítima disso quando dois senhores iam atrás de mim a conversar e diam que já estavam fartos de pretos e de e de indianos e de monhé Eu sou branco não é Olhei para trás porque aquilo indignou um pouco e o pior Foi eles virarem para mim e dizer mas o que é que foi não podemos falar queres tirar-nos a fotografia não temos medo ti ó careca Ai meu Deus e eu disse isto não é normal nunca me tinha acontecido em 16 edições do festival de todos aqui bem no centro da cidade de Lisboa aqui junto à Praça José Fontana portanto eh os tempos estão-se a estremar de alguma forma e a importância de um festival deste que devia acontecer com outras organizações pelo país fora onde estão a chegar comunidades Imigrantes é de abrir portas conhecimentos reconheci a avó que vai tratar de uma criança africana uma avó Portuguesa que conhece uma criança africana e e que brinca com ela umaos que junta retratos improváveis banquetes ou piqueniques que nós fazemos que juntam pessoas de várias comunidades portanto já não é questão da multiculturalidade mas da interculturalidade as pessoas ainda estão muito na multiculturalidade que é cada um no seu no seu Gueto pretos para um lado ciganos para o lado brancos para outro carecas para outro chineses para outro não o mundo vai ser esta Como já foi aliás Lisboa no século X Há muitos quadros que o reproduzem Lisboa sempre foi uma grande capital uma grande cidade de encontro e de confluências de muitas culturas não não estamos a criar nada de novo isto tem SOS de tradição pôr em prática o tudo junto e misturado tudo junto e misturado é é fundamental porque este mundo realmente nãoé Max este mundo é is agora pegando aqui na música e falando aqui com o Max tu ontem ate no no festival acredito que tenhas tocado algumas músicas aqui do disco que tu trouxeste Max Lisboa e os super-heróis brasileiros Hum te cantaste lá está na abertura do do do festival todos como é que descreves o ambiente deste festival eh eu eu tenho um imenso prazer de participar né Desse festival desde 2011 que eu fui encontrado aí pelo Francesco que é um dos integrantes da orquestra todosas ruas de Lisboa fui fazer um teste acabou que deu tudo certo o pessoal gostou da minha Musicalidade das minhas canções e eu tive a oportunidade de estar trabalhando com pessoas fantásticas né E tá inserindo as as minhas ideias também que eu tenho essa mesma essa mesma ideia do festival todos sobre humanidade né a gente no Brasil tem um país que é muito misturado recebeu todo tipo de raça todo tipo de cor por séculos e nós temos muita dificuldade de de trabalhar com xenofobia Uhum E a gente vê que o festival todos ele ele Diminui um pouquinho da barreira entre as pessoas de várias nacionalidades e isso para mim é uma coisa muito importante então Então ontem foi com grande prazer que eu tive tocando ali na praça as minhas músicas e doando um pouquinho do que que eu posso para essa multic multicult mur uma palavra daquelas que enrola aqui uma desgraça e a gente vai rodando eu vou rodando os locais de Lisboa e a gente a gente vai percebendo como que é importante toda essa união dos dos povos aqui pra cidade pra economia local e esse festival ele é muito importante para para dar um para marcar um ponto sabe marcar Hum naade e pro país né em geral Claro e tu enquanto artista músico sentes que a música acaba por ser também um elo de de ligação entre as várias culturas não é é muito é muito bom ser ser músico né a gente tá sempre assim às vezes nem falamos a mesma língua da da música que estamos a ouvir e conseguimos sentir-nos conectados Portanto acho que a música também tem esse poder acredito que penses da mesma maneira é muito bom quando a gente consegue fazer isso quando a gente consegue que a música da gente Ela toque as pessoas para uma realidade só eh aquela parte lúdica né mas também uma parte séria né da da música e que isso fica leve né A música tem essa leveza de de de trazer a cultura e conectar mundos né tudo precisa de música Eu acho que tudo começou-se e faça ass né começou com a música então Eh eu eu me sinto uma pessoa muito feliz privilegiada pelo pelo universo de ser músico e agora muito mais feliz de ter voltado para Lisboa de estar aqui participando desse festival e eu não tenho nem palavras para agradecer toda todas as pessoas envolvidas com esse imenso festival que é o festival todos e também sou muito muito feliz por estar em Lisboa porque essa cidade ela é uma cidade muito viva e ela me dá muita força me dá muita luz eu tenho certeza que também não só para mim muitas pessoas que procuram Lisboa que vem para cá se sentem muito feliz com a atmosfera e claro que tem os problemas como citados pelo Miguel e a gente tá aí com a a música com a arte com a cultura com a comida com com tudo pra gente poder diminuir Essas barreiras PR pras pessoas se sentirem felizes Onde estão clo Claro que sim nós temos mesmo mesmo mesmo de acelerar até porque ainda temos mais uma música para ouvir do Max mas migel para fechar aqui achei Curioso o facto de existirem diversas atividades no festival uma tarde de chadrez um convívio dançante música H ainda tiveram ontem também a sopa serviram sopa de arroz H portanto há para todos os gostos para todas as idades podemos todos J toda umaação muito diversa imensa que eu aconselho que consultem o site do festival que www.festival.com mais simples não há e Vejam a programação por dia nos diferentes locais há muita programação para família muitos espetáculos em salas mais pequenas estão esgotados já há bastante tempo mas temos muitas atividades ao ar livre nomeadamente na Alameda de Dom Afonso Henriques também nos Jardins do Hospital Dona stefânia onde a entrada é por ordem só de chegada para completamente uh há AES de circo temos um circo marroquino na aloen sábado e domingo da parte da tarde temos dois concertos um com a Malo Garcia o outro com o Gum temos uma grande marcha de mais de 400 marchantes de variadíssimas nacionalidades no domingo à tarde e portanto também é só juntar à massa e fazer a parte da festa fazer parte da inicitiva e consultar a o nosso site para depois conhecerem a programação a pormenor bem muito bem é isso então passar pelo site do festival to muito obrigada por terem estado conosco vamos fear este ao vivo com mais uma música de Max Lisboa uma música agora para vocês inita ui vamos lá ver o que é que vai sair daqui eu penso em você quero te encontrar só PR te dizer que eu preciso do seu colo preciso do seu carinho eu gosto dos seus beijinhos e do seu jeito de dizer que me ama o seu amor é como água para mim preciso dele todo dia assim gostoso molhado beijinho colado ai tanto tempo faz que eu já não vejo você depois da quarentena ai parece nunca mais mas quando eu te encontrar eu juro vou fazer valer a pena nosso amor dói dói dói nosso amor corroi quando está longe ai meu deus do céu é Tanta Solidão o nosso amor dói dói dói nosso amor cori quando está longe ai meu deus do céu é Tanta Solidão ai se eu te encontrar o seu amor é como água para mim eu gosto dele todo dia assim gostoso molhado beijinho colado ai tanto tempo faz que eu já não vejo você depois da quarentena ai parece nunca mais mas quando eu te encontrar eu juro vou fazer valer a pena nosso amor dói dói dói nosso amor corroi quando está longe ai meu deus do céu é Tanta Solidão nosso amor dói dói dói nosso amor cori quando está longe ai meu deus do céu é Tanta Solidão ai se eu te encontrar vou te dar muitos beijinhos que maneira de Fechar este ao vivo Max Lisboa muito obrigada Miguel Abreu também muito obrigada por terem estado aqui connosco na rádio observador lembrem-se passar pelo site oficial do do festival todos programação até dia 15 de setembro foi mais um ao vivo na rádio observador hoje com apoio do técnico da Mariana Sousa Aguiar obrigada obrig obrigada por ter ouvido este podcast gostou pode subscrever pode partilhá-lo e também pode ouvir a rádio observador online em 98.7 em Lisboa e em 98.4 no porto