Vídeo: PS vs AD. Governo preparou-se para os incêndios?

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[Música] É certo que ainda há incêndios por extinguir mas no plano político já se chegou à fase de rescaldo começam a ouvir-se algumas críticas à forma como o Governo está a gerir este docier dos incêndios são nossos convidados neste tir temas Eduardo cabrita antigo ministro da administração interna de um governo PS agradeço a sua presença e João Almeida que foi secretário de estado também esta pasta da administração interna de um governo liderado por Pedro pazes coalho bem-vindos E obrigado por serem juntado a esta emissão feita hoje aqui no terreiro do Passo local que conhecem bem fica já ali o ministério onde trabalharam durante alguns anos Eduardo cabrita começa por si ontem escutá-lo dezir algumas críticas ao atual governo considera que a prevenção não foi nos últimos meses uma prioridade sugere que há uma relação Direta com aquilo que está a acontecer no centro e norte do país aquilo que eu disse e é fundamental neste momento transmiti-lo com primeira palavra é que este é o momento do combate e aí o sistema de resposta Melhorou significativamente a capacidade de coordenação mecanismos de apoio à decisão o empenho de meios e neste momento que estamos com e mais de 50 incêndios ativos com cerca de 5.000 efetivos no terreno a palavra fundamental é exatamente de confiança na capacidade operacional da estrutura da Proteção Civil nos bombeiros que são a e coluna dorsal do sistema de Proteção Civil n estruturas como a da Guarda Nacional republicana através da unidade de emergência proteção e Socorro eh cujo primeiro Comandante é o atual Comandante geral da GNR o primeiro Comandante oriundo da própria da própria da própria força agora o que é essencial Nós aprendemos muito com a tragédia 2017 que influenciou até decisivamente a mudança do mecanismo europeu de proteção Cil do qual estamos agora a beneficiar e que não existia com estas características puramente em 2017 por isso é que alguns colegas seus ontem perguntavam a Luís Montenegro então em Marrocos é porque em 2017 Marrocos chegou primeiro que qualquer país europeu Este mecanismo foi criado em 2018 muito inspirado não para responder a Portugal naturalmente para responder a toda a Europa mas muito inspirado por aquilo que foi o o trauma não só para Portugal de 2017 Ora bem a componente o elemento essencial é que é fundamental ter e dramaticamente e sobretudo quando já se perderam vidas todas são importantes todas eh mas quebrou-se aqui algo que era muito significativo que foi 6 anos sem nenhuma vítima civil durante 6 anos infelizmente morreram alguns bombeiros pilotos e outros profissionais mas durante 6 anos não houve nenhuma vítima civil mas e qualquer uma aqui é fundamental neste momento estamos todos centrados neste tema mas o que é essencial é que o planeamento a preparação o perceber que os acontecimentos extremos têm a ver com a dimensão do nosso modelo de Floresta que leva anos a mudar e com algo que não é só português isso que é a dimensão do risco das alterações climáticas e que são reais não são uma invenção de de propaganda de eco de eco terroristas a a É por isso essencial e o que eu disse ontem foi que este é o tempo do combate mas que o cadavão cão cão cada pois que é que é que desde desde março nós ouvimos muitos planos muita coisa não é hoje poderemos discutir muita coisa nunca ouvimos que o planeamento da prevenção estivesse que é uma cultura que tem de ser reanimada em cada dia senão tenderá as bater se este mas dier que há uma relação direta relativamente a essa eventual lacuna do Governo na prevenção deos fundamental é que isto é esta é uma lição para todos Esta é uma lição para todos e fundamentalmente para quem neste momento é governo que esse essa questão da prevenção é fundamental e que cada verão prepara-se sobretudo no outono e no inverno antecedentes claramente a prevenção não esteve na prioridade política não sei posso ter estado desatento mas não costumo estar nestas áreas não vi nenhum discurso em que este tema este tema manifestamente não marcou os últimos se meses da vida portuguesa João Almeida esteve desente Eduardo cabrita como João Almeida pergunto se esteve desatento Eduardo cabrita não eu acho que está equivocado porque acabou de dizer ainda agora eu não queria começar por aí nós estamos num período muito difícil a primeira palavra obviamente é para quem está no no terreno a combater é uma palra todos nós estamos solidários e obviamente de profundo lamento eh pelas vidas Que se perderam e de sentimentos aos mais próximos dessas pessoas Acho que isso é o sentimento que que que nos ocorre em primeiro lugar eu também não acho nunca o fiz quer enquanto exercia funções no ministério da administração interna quer depois eh de andarmos a fazer passa culpas entre entre governos eu acho isso absurdo acho que não eh traz nenhuma vantagem acho que devemos aprender e Ir melhorando e não estarmos a a a falar de como foi nesta ou naquela altura em função dos partidos mas sim nesta ou naquela altura em função daquilo que aconteceu no terreno quando eu digo que o que acho que o Eduard está desatento É porque tem a ver com as suas próprias palavras terminou a dizer que e eh eh as épocas e estas ocorrências preparam-se no outono e no inverno antecedente no antono e no inverno que antecederam este verão governava o partido socialista e portanto eh eh eu não estou a acusar ninguém de não ter feito o que devia em termos de de prevenção mas se alguém não tivesse feito o que devia em termos de prevenção era o governo do partido socialista foi quem fez o planeamento de toda a prevenção deste ano e eu não acho que se Deva acusar atenção portanto não acho que se Deva pôr em causa por isso é que às vezes quando entramos nesse espaço a culpas Depois acabamos apanhados nestas nestas circunstâncias eu acho que neste momento a situação é muito difícil devemos concentrar-nos nisso não há até ao momento nenhuma evidência de que tenha falhado alguma coisa naquilo que é são as circunstâncias operacionais ou de prevenção O que há e é muito importante ter noção é que há uma resposta que eu acho que está a ser eficaz e atempada nós vimos Provavelmente o pedido de auxílio externo mais rápido sempre às vezes há alguma e eh tentação para não se pedir logo ajuda pediu-se imediatamente ajuda o mecanismo europeu foi ativado como se viu a montagem imediata de uma task force ao nível do governo liderada por o ministro e a trabalhar no terreno para responder e eu acho que isto é essencial para serenar dentro do possível quem está em situação extrema quer os autarcas que obviamente estão a lidar com esta situação de emergência nos seus territórios e com as suas populações e explicar que o Governo está próximo e que está atento para poder atuar imediatamente nas suas necessidades quer as populações foi importante ouvir hoje por exemplo o ministro Castro Almeida dizer que para a reconstrução de habitações e para a recuperação de eh eh empresas vai-se tão longe quanto possível incluindo reprogramando Fundos europeus e eu acho que essa garantia e deix já agora pegar nessa questão da da reprogramação dos Fundos europeus porque e permita-me aqui também recuperar algumas dessas declarações que fez na entrevista à unau ontem à noite o senhor disse que o plano de recuperação e resiliência tem mais investimento em prevenção e ordenamento Florestal eduarte cabrita como é que explica então que o anterior governo e na reprogramação que fez do prr e tenha H pedido 0 € de reforço para a área da floresta Vamos lá ver porque há aí verbas que devem ser executadas esta é que é a diferença nós temos o prr tem eh mecanismos de apoio ao combate designadamente na compra de de meos aéreos que está a ser concretizada e que mas nós não podemos centrar antigamente a preocupação sempre era em torno do comp 2/3 do 2/3 a 3/4 do investimento em Proteção Civil era visto Como investimento em combate Este é um tema e isso disse-o aqui que é tem a ver com uma dimensão de alterações climáticas e corajosamente prosseguir aquilo que é a mobilização da alteração da floresta isso passa por zonas de proteção passa por entendo que é um retrocesso não é não é neste momento a prioridade mas entendo claramente que é um retrocesso e retirar o Ministério do ambiente do centro da daquilo que é a dimensão de prevenção porque eh colocar tratar as florestas como uma questão de agricultura e não como uma questão aqui de e eh mobilização de um país em que a floresta é quase totalmente privada mas que no centro e no norte está-se a fazer o cadastro começou depois de 2017 o cadastro no Centro e no norte é fundamental que esse esforço do chamado bupi seja prosseguido seja concluído para Se permitir mobilizar até é preciso dizê-lo para que tenha escala porque o minif fundo e o na gestão da floresta das micro as microp parcelas procedentes de heranças indivisas e é absolutamente inviável economicamente e indefensável não mas por isso mesmo masivos governos não têm conseguido a resposta não não que o governo de PS deu resposta lançando aquilo que nunca tinha sido feito que é exatamente o cadastro Florestal teve ser teve Passos muito significativos começou exatamente na na área dos sete municípios da zona de pedrogão experimentalmente provou provou aí deve e está neste momento numa fase adiantada e que permite a mobilização designadamente com uma gestão integrada até uma gestão da que terá de ser provavelmente pública Sem pôr em causa a propriedade uma gestão pública daquilo que são terrenos abandonados porque economia mudou havia o avô que vivia da floresta o filho que sabe onde é que está a parcela mas já não vive da floresta e o Neto que já nem sabe quais são as parcelas de terreno que tem e todos nós que temos uma origem parte uma origem Rural sabemos que esta é uma realidade dramática e mas que é também uma realidade perigosa Face aos riscos de e fenómenos extremos que não se passam só cá passam-se em países ricos e tecnologicamente avançados como a Austrália ouos Estados Unidos a propósito de João Almeida e muito rapidamente as câmaras municipais precisam ter aqui mais autoridade o autarca de Aveiro tem insistido nestes últimos dois dias que é muito difícil punir os proprietários que não limpam os terrenos e eh as câmaras enfim entrarem em propriedades privadas eh fala mesmo num Calvário administrativo o processo deve ser simplificado há uns anos mudou-se e esse processo Exatamente porque as câmaras tinham dificuldade na execução desse tipo de desse tipo de fiscalização e passou-se para a GNR e o que é facto é que a fiscalização feita pela GNR trouxe uma um melhoramento muito significativo o que nós temos de conseguir é naturalmente que ao nível local haja por um lado a sensibilização depois a próprio o próprio exemplo dado pelas autoridades públicas isso é essencial a exigência há um problema grave há um problema grave melhorou Melhorou nos últimos anos é indiscutível todos vemos mesmo circulante pelo país que há mais limpeza às bermas das estradas e eh zonas públicas mas ainda muito longe daquilo que deve ser feito por outro lado também há uma parte de aproveitamento da biomassa de retirar material combustível da floresta de o valorizar e de o rentabilizar e portanto essa ideia de que ou há Floresta totalmente pura ou à floresta negócio que arde não é verdade no a solução está a meio caminho na na floresta que dá rentabilidade incluindo na biomassa que dela é retirada para prevenção de incêndios florestais e pode também do ponto de vista energético e do ponto de vista económico ter um valor e portanto é esta cadeia que infelizmente ainda não conseguimos montar agilizar para que depois Não andamos não andemos sempre atrás do combate e achar que o combate vai conseguir o que obviamente perante circunstâncias excecionais como as que vivemos nestes dias obviamente não há combate que valha nem cá nem em nenhuma parte do mundo Eduardo cabrita Só mesmo para terminar H enquanto eh Ministro antigo o ministro da administração interna Que comentário poderia fazer aí este atentado naz embua bom aquilo há aqui um efeito que não está ainda explicado mas evidentemente nós temos aqui entrantes pela casa dentro péssimos exemplos normalmente vindos do maior país do outro lado do Atlântico que eh há ainda poucos dados a escola segura é um elemento que provou eh infelizmente e que de boa colaboração entre a estrutura as policiais locais e as estruturas do Ministério da Educação que foi criada do tempo e do ministro António Costa e da ministra Maria de Lourdes Rodrigues na administração interna e na educação que e que se veio a consolidar desde então infelizmente não chega a todos os casos a minha solidariedade com a comunidade educativa da Azambuja João Almeida faço-lhe a mesma pergunta também esteve no ministério da administração interna se se deparasse com uma situação como esta é absolutamente lamentável e nós aqui temos de compreender o que é que leva a um fenómeno se é um ato isolado se é algo se há aqui um fenómeno de mimetização eh ou se há outras questões que eu acho que em meio escolar têm de ser atendidas como por exemplo questões de saúde mental ou questão questões de acesso por exemplo é é algo que nós levantamos há pouco tempo no grupo parlamentar do CDs com a utilização dos telemóveis em meio escolar e que tem muitas vezes a ver com esta questão dos vídeos com os vídeos que se vem com os vídeos que se tentam replicar com o fazer aquilo que se vê fazer e o meio escolar estar um bocadinho afastado eh desta realidade eh que causa uma pressão tão grande sobre os jovens numa idade tão eh eh ainda tão próxima da infância eu acho que todos enquanto sociedade temos que refletir sobre isso sem perder de vista uma coisa não podemos refletir só relativamente à questão social há aqui uma questão e eh gravíssima de um atentado contra a vida de outras crianças que ainda que seja praticado por uma criança obviamente não pode ser de maneira nenhuma desvalorizada pelo contrário João Almeida Obrigada por ter vindo a este tirat temas e também agradecemos a Eduardo cabrita muito obrigada aos dois antigos responsáveis com a pasta da administração interna com funções governativas sendo que João Almeida ainda é deputado na Assembleia da República [Música]