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regressar à rotina é difícil com observador não tem de ser até 26 de setembro Assine por apenas 3,60 por mês e ten acesso a todo o conteúdo do jornalismo independente mantenha-se informado todos os dias por menos observador informação clara e de confiança à distância de um clique e agora com 40% de desconto hoje trago-vos uma exposição de pintura luz e escultura que mais do que uma mostra é uma reflexão artística no mundo onde o ruído sonoro e visual nos coloca em constante desassossego precisamos de parar refletir procurar a essência do Belo da simplicidade numa palavra da natureza porque a vida também se faz fora dos dispositivos como o telemóvel como o computador os seus dois autores são dois artistas de mão cheia a pintora é Paula Gouveia O Escultor Carlos Ramos e a exposição onde pensas que vais vai estar patente de hoje até 6 de outubro no coletivo 284 às Amoreiras em Lisboa Olá Paula e Olá caros bem ajme ter aceitado este meu convite bem-vindos à rádio observador Olá boa tarde olá boa tarde é um grande prazer estar aqui a falar a falar com vocês e vou apresentar vou falar com com cada um para para vos conhecer um bocadinho melhor a Paula É coimbrã E H tem um atelier em Sacavém porque em Sacavém ali perto do rio trancão não porque e como como eu vim de Coimbra portanto e quando cheguei a Coimbra há há cerca de 10 anos atrás quando chegaste de Coimbra de Coimbra exatamente e tinha dois filhos e portanto eh foi complicado para mim e portanto tentar como moro ali eh no real forte e portanto ali foi ótimo porque e estava próximo de casa e conseguia Ah tu moras ali també Ok arranjaste ali uma casa S sim sim sim muito bem tu desenvolves é tem que dizer que a que a que a Paula desenvolve o seu trabalho nesta área a formação dela tem a ver com com o design e arquitetura de interiores eh com decoração com moda também fizeste um pósgraduação em moda na na Paris American Academy EC de bozar e de mode em Paris e também no design mod na cena Atex no porto Se não me engano ou em Guimarães Porto sim h e portanto também DS aulas em em em em design de interiores e depis os seus projetos tem a ver com a parte Residencial a parte de restauração a parte de hotelaria comercial corporativo eventos e está no teu site e home staging Isto é o quê home staging não sei o que é home staging é é um é um conceito que vem que vem muito dos Estados Unidos que nós através eh quando se vende uma casa nós eh podemos fazer pequenas pequenas alterações eh que fazem com que a casa eh se venda muito mais facilmente não é às vezes são pequeninas alterações que eh dão dão um ar interessante à casa para qu um p s sim sim tá bem Hing acho um conceito extraordinário interiorismo moda e artes plásticas no fundo é é são estas tuas áreas tu és autodidata na parte da pintura pronto és um artista muito muito eh completa estou a pensar nestas estes trabalhos teus que eu vi que vi umas imagens numa exposição chamada avatares que houve num Igreja em em em em Toledo em São Vicente incrível todo aquele visual era uma coletiva imagino sim sim sim sim sim e e tu na decoração de arquitetura arquitetura de interiores H tens esta componente que tu gostas muito da natureza é componente sensorial nos seus trabalhos e inclusive foste premiada tu veste tiveste este da luxury lifestyle Awards em Há dois anos em Nova York H foi foi tiveste este prémio do do best luxury Restaurant interior Design em lisbon não sei qual destes restaurantes era era o japonês não oim Oii sim É oiki eu vi algumas imagens e tens vários em Cascais e o aog da praça o people by House e este de facto é uma coisa extraordinária porque tu tu usas muito muito material também da natureza da própria natureza não usas S sim sim porque eu cada vez mais acho que eh parte sensorial aliás os cinco sentidos é é muito importante não é portanto nós quando entramos num espaço é muito bom senti-lo portanto tanto ao nível visual como do do paladar eh neste caso num restaurante portanto se nós conseguimos juntar todos esses sentidos acho que eh conseguimos uma linguagem que vai muito ao encontro do de das pessoas não é exato e portanto e eu levo um bocadinho e essa essa mensagem em tudo o que faço não é portanto nós se se tivermos em atenção e às vezes o pequeno detalhe a diferença parte sensorial nós sentimos muito mais confortáveis e portanto hoje em dia como a nossa vida é um corre corre acho que darmos eh irmos à essência e conseguirmos sentir isso tudo é muito importante da importância também desta exposição onde pensas que vais que nos interpela logo que entramos tem aquele espalho gente tá a ler as letras ação e tem esse espelho porque no fundo é tem a ver connosco nós ficamos logo pá Isto é comigo e é de facto H vida para além dos ecrãs e das sim e acho que nós artistas temos temos que conseguir passar essa mensagem não é nós temos que ter um propósito de vida não é portanto se nós pudermos ajudar a arte É isso mesmo não é portanto nós ar Exatamente é para nós irmos e nós podemos pensar H em algo melhor e e nesse sentido achei que achamos que que que portanto esta temática estava tão tão tão em voga hoje em dia não é porque todos nós H estamos a ficar completamente cansados engolidos o alcoólicos e não é e o Frin temos que parar pensar temos que portanto esses teus óbitos digamos assim o o tempo onde tu maneiras de tu parares por exemplo a fotografia é um é um óo que tu gostas muito sim sempre gostei eh sempre que gostei muito aliás no meu trabalho mesmo artístico vou buscar muito essa essa Essência O aiki é um refle um reflexo disso portanto eu peguei na natureza há um dos painéis que foi foi uma das coisas que que na altura eles gostaram imenso quando quando eh portanto tive esse prémio eh eu pegi de uma peça muito pequenina e consegui ampliá-la ir ao filamento que tem a ver muito com o sushi e portanto nesse sentido a pessoa chega lá e aquilo é uma ilusão de ótica maravilhosa e portanto a pessoa quase sente que a parede não é Lisa e portanto são esses pequeninos detalhes que eu acho que hoje em dia é muito muito importante há há outra coisa que tu que tu além dos parceiros pela natureza mas já lá vamos já ter estado a falar disso há est também experiência de voluntariado o que é que tu fazes de voluntariado Paula só poros não é dar sacos do para o banco alimentar à porta do restaurante do do dos supermercados esp não não é só isso não ali na minha zona tentar e porque porque eu preocupo-me muito com o outro é é é algo que para mim é muito importante acho que hoje em dia só vale a pena viver em comunidade e todos eh na mesma direção e portanto isso não acontece Cada um pensa em si pensa no seu no no seu eu e mais nada e portanto Sim somos muito egoistas uhum trabalhei durante muito tempo com a ref sim final do dia muito cansada já mas acho que é sempre muito importante e e acho que quando regressamos e vamos para casa sentimos des canados mas sentimos cheios porque conseguir é gratificante portanto é um antídoto bom e que nos faz seguir em frente dizer não uma maneira muito importante de parar de facto e pensar nos outros é sempre bom Carlos Ramos tu nasceste aqui em Lisboa não ées com o librão não nasci em Lisboa sim design gráfico é muito a tua a tua área o foi muito a tua área o ex libes e medalhística também também fala-me um bocadinho só desta coisa ex libri para mim é aquelas marcas que há nos livros ou nas bibliotecas ou são títulos de posse de um livro pronto e portanto que inventas como é que fazes é para particulares ou para durante um período fiz eu fiz parte da academia Portuguesa de livis Ok a convite de uns amigos e e pronto inventava esses símbolos e criávamos criávamos símbolos para tinhas encomendas de particulares por exemplo pessoas que têm bibliotecas S exemplo Senor António Luís Melo PED para fazer para ele pôr um carimo nos livros todos dele da biblioteca del sim são pequenos papéis tens entrevistá-lo e perceber o que é São pessoas que conhecemos bem e que sabemos o o que é que a pessoa é para poder transmitir para o lies e depois procuras esse título de p normalmente reflete a personalidade de cada pessoa ou um hobby Portanto tem a ver com o Don do Liv é engraçado já já não tens feito já não fazes hoje em dia não não há alguns tempos que não fazes são coisas que vão passando pela vida sim fazes fazer o o teu período o período azul do Picasso São fases sim São fases e depois estava a dizer que isso é um papelinho Pequenino eu já que quer er impresso no livro normalmente são pequenos papéis porque são são impressos eram impressos em de uma forma gráfica em tipografia hoje em dia pode ser offs até já essor depois meti isso dentro do livro é isso cola-se na contracapa do livro ou na pronto seria o título de posse dizia este livro é meu exato e medalhística tu tu medalhística também fiz fiz alguns trabalhos Algumas medalhas foram passadas a bronze outras não é sempre Redondo isto não é sempre Redondo pode ser várias formas procurava a medalha contemporânea portanto fugir um bocado àquele tradicional de bronze redondo e tentei fazer até em pedra fiz medalhas tu tem em pedra em pedra Sim foi por exemplo não é aquelas coisas grandes que tu fazes de aqui não não pequenas medalhas pequenas pequenos múltiplos em pedra arranjei uma forma deas gravar gravar pedra jogava com as tonalidades da cor fazia colagens procurava formas diferentes era um trabalho muito engraçado eu acho isso muito engraçado tiveste alguma encomenda assim mais estranha que te lembres de medalhas os 100 anos da ponte não Não me recordo não acabou Ok tu trabalhas muito com os os materiais a pedra já não tanto come inicialmente inicialmente foi a pedra portanto como qualquer Escultor a engraçada pedra portanto aquele dá-nos uma sensação de posse não éum e o o domínio da pedra pegarmos numa pedra aquela coisa Rija conseguirmos dar-lhe alguma forma é importante centímetros centímetros fortes mas com o tempo percebemos que a pedra também não não o melhor portanto e queremos experimentar outros materiais e hoje em dia na escultura contemporânea tudo pode entrar não é uhum perdeu-se aquela aquela ideia do da escultura paren que vai ficar para toda a vida hoje há coisas muito efêmeras Podemos trabalhar com papel poder trabalhar só o conceito às vezes Ok e hoje em dia usas mais o ferro ou o aço hoje sobretudo trabalho muito com ferros com com o ferro com o ferro a carbor normal e o as corton quando é peças de exterior são os materiais com Privilegio tu é É engraçado porque porque E tu tens tu expões já desde 96 portanto vai fazer quase 30 anos exatamente na galeria de arte do casinho estrilo portanto a gente começou aí da gente tem dezenas e dezenas de Exposições que tu tens e eh e coletivas individuais H estás em coleções também nos Estados Unidos em Inglaterra na Holanda em Angola tens uma série de coisas em gol e e e e fizeste algumas coisas muito muito curiosas eu estou agora a pensar nestas tuas colaborações com a CNB com com Nacional de bailado por exemplo esta coisa da sagração da Primavera do por exemplo em que fizeste tudo e mais alguma coisa só não dançastes s se S po de facto os panos os diz doos figurinos os panos de cena e sim pintamos pintamos eu eu e um colega pintamos 80 e tal fatos uns fatos de seda portanto todo o figurino sim todos peças únic todo o figurino do bailado foi pintado por nós ISO foi Há quantos anos foi este 2010 sim sim talvez 2010 houve uma C teatro Camões então foi essa sim sim foi ess pintamos o plan do agora há pouco tempo repuseram há ou TR anos houve uma os fatos têm acompanhado alguns baros que então a pintar Fizemos fizemos joalharia fizemos quase tudo recuperaram recuperaram os adereços e recuperar os adereços só não dançamos meso o guarda-roupa da boca o pan de boca de cena fo foi foi um trabalho muito giro e era uma equipa eras tu com mais não só eu eu e um amigo Ok incrível eu e o José grazina pintor também estás neste filme do Alva Queiros o artista no seu Atel fizeram para para C já foi HS anos também máquinas de cena adereços e estas coisas cenografia é uma co Tu gostas né Sim gosto muito no fundo a máquina de cena é uma esc viva quase não é portanto e tenho trabalho com algumas companhias de teatro e tenho feito as as máquinas de cena tenho feito cenários e dá-te gozo é é é diferente só fazer as culturas que são posições acabam por ser as culturas eu quando passei pela pelas Artes gráficas por publicidade também fiz muito trabalho em volume em três dimensões Uhum que era que era necessário para decorações sei lá de montras de tínhamos que fazer o trabalho em volume portanto e A escultura talvez tenha nascido desses trabalhos este este T outras coisas que eu que eu gostei muito no teu currículo Carlos que é a questão da obra pública tu tens estas às vezes são coisas mais simples o regicídio ali na no praço do Comércio uma placa que Tu fizeste ou ou a parte das vítimas de intolerância Aquela aquele São Domingos está aquilo contra aquele massacre dos judeus em 156 H mas também há os os combatentes do ultramar ali em Cintra em Covas de Ferro Alde onde se tem o exatamente e depois há este H peço a palavra isto não conhecia em Coimbra não é essa em Coimbra Sim foi essa resultou de uma exposição também conjunta com a Paula mas tinha veste mais amor por favor tem a ver com isso foi nessa altura fo fo anos fo foi um convite Galerias municipais foi um convite da câmara que ahi nasceu aí que nasceu aí isto tem pessa palavra temha a ver com uma com os 50 anos daquela crise da crise académica foi e isto é o quê concretamente a estátua é o quê e e é este conjunto escultórico é composto na crita académica depois tudo aquilo acontecer houve uma ação que era o como é que se chav lembra-me Paula do das Flores houve uma distribuição Os estudantes distribuíram flores pela população numa manifestação de de spaz e de conqu estação também no fundo que aquilo na altura era uma coisa muito fora não é portanto eu peguei na no tema das flores que tem muito a ver com o meu trabalho que são as rosas no fundo é um grande r r agamos a ver isto ainda agora estamos a ver isto no coletivo 24 Grande R de rosas que dei o nome também do peço a palavra para o associar ao ao movimento estudantil muito bom depois também tens uma coisa em Santarém o tempo de sonhar uma uma sim uma pequena Peça também que que foi uma encomenda da câmara e em Luanda e em Luanda tenho um tenho a terra uma grande peça em as corten que também foi uma encomenda de foi na altura que foi construído o hotel Sana ok lá eu trabalhei muito com eles e e pediram-me encomendaram aquela peça pois tu fazes também e eh tens também várias obras encomendadas por câmaras estou a pensar na de prença Nova de de de Coimbra de santar claro já falamos disso além de outros clientes que tu tens os hotéis por exemplo o Epic Sana o mirado Mir tem muitos hotéis sim que nos seus trabalhos muito bem e há uma coisa engraçada no teu trabalho que não que tu dispensas esquissos fala-se disso eu li isso não test sobre ti e e projetos em papel tu vais tens um impulso de fazer diretamente trabalhar na matéria diretamente o trabalho O trabalho é todo mental o meu processo criativo passa todo pela cabeça não é aliás como toda a gente Sim mas tu guardas lá não tens que pôr no no pap guardo e construo dentro da minha cabeça a peça e muitas vezes altero a e e muitas vezes não as faço porque o projeto não era bom alteras na cabeça e ela tá construir e desfaço na cabeça não não vamos Apagar ISO examente tens que explicar e explicar às pessoas como é que se faz esse esse processo de reboot dessas memórias dar jeito o meu o meu desenho é é um desenho muito elementar muito um desenho muito básico não que eu não saiba desenhar mas não preciso de fazer um desenho elaborado para depois construir a peça ok muito bem muito bem eu queria ainda saber uma coisa de de ambos que é sobre Paula vou começar por ti H esta tua propensão para as artes começou des desde pequenina tu gostavas muito os teus paravam a museus aou Exposições tu tinhas muito jeito para desenho tiveste um bom professor como é que nasceu esta coisa do queres ser artista às vezes não é fácil eu penso que vem um bocadinho de família acho que H já já nasceu a a minha trisavó portanto e o meu pai é da madeira e portanto eh já existia alguma relação com as artes acho que vem daí não é ela ela ela tens coisas dela eh não ela el ela ela gostava muito de pintar pintar Mas nada de eh gostava de traçar e portanto eu acho que vem por aí eh depois H eh aliás nós nós eh na madeira eh tínhamos um lugar que hoje é é um lugar de artes e foi da minha trz avó important era que é o que era o quê que é o centro de de artes que é ali na na na calheta já sei exatamente eh e ainda hoje tenho fotografias dessa casa que era da minha avó e portanto essa referência essas origens acho que vem tudo daí não é portanto ehis tua formação e assim depois em termos da minha formação eu sempre eh desde muito nova eu lembro-me o meu quarto era todo artístico a cama a forma eu já já saiu um bocadinho da Caixa não é portanto tive uns pais maravilhosos porque eh Nessa altura o design Hoje os cursos de design nada tem a ver com com a nossa altura não é portanto hoje eh nós nós tiramos formação em artes eh e e pronto já é completamente diferente na altura Eh toda a gente achava que ai não Ares vais morrer à fome vais morrer à fome ex que não és Doutor ou advogado ou engenheiro ou arquiteto sentido os meus pais foram maravilhosos porque apoiaram me eu fui sair de Coimbra fui para o porto depois do porto fui para Paris foi na altura da Guerra do Golfo aquilo era uma enorme confusão portanto eu muito novinha e os meus pais deixaram-me ir e apoiaram e e hoje deve tudo H porque acho que e o não Não interessa se se vamos ter muito dinheiro ou se não vamos ter muito dinheiro eu acho que o o importante é sermos felizes Exatamente é preferível sermos felizes com pouco do que felizes com muito exat e portanto nesse sentido e dedico-lhes h realmente eh portanto uma diia de gratidão Grand exatamente muito grande muito grande e é daí que vem Carlos e tu como é que er em Pequenino já desenhava muito gostavas sim sim aliás o desenhavam como todas as crianças mas tinha jeito já reparava seu trabalho e a memória que eu tenho mais mais antiga do destas coisas foi quando em pequeno eu morava perto do Castel São Jorge Uhum E isto já aconteceu com outros colegas que não recordo agora do nome de havia um senhor que ia ao castelo com os com um monte de lápis e papéis e pegava nas crianças estavam a brincar e panha aquela gente toda a desenhar falar de Miúdos se calhar de 5 anos de 4 anos 6 anos para essas idades bit e eu recordo-me que nessa altura eu preocupava muito a irme no período em que ele estava para acompanhar aquele trabalho desen que era girir mas depois a minha vida penso que não foi programada neste sentido do ser artista as coisas foram acontecendo até mesmo o ser Escultor desde a primeira exposição quando vi da primeira exposição não era Com intenção de seguir Car seguir fazer uma carreira de Escultor não tinha não tinha essa noção e as coisas de repente aconteceram foram acontecendo tendo encomendas Fi tendo encomendas H uma responsabilidade quando começamos a vender para com as pessoas que nos compram não é claro claro portanto e e senti que não podia parar e e estou muito realizado com o meu trabalho e voltando à obra pública acho que quando fiz as minhas primeiras obras públicas foi quando eu senti que afinal vou ficar cá com alguma coisa isso é muito importante e hoje que já sou avô penso muito os meus netos podem dizer que foi o avô que fez estto foi Av exato mais amor por favor é uma exposição que aconteceu em Coimbra isto há 5 anos estamos a falar em em fevereiro que foi se não me engano Até abril de 2019 estava esta rádio a nascer a rádio é observador e foi uma exposição conjunta dos dois vocês já os vossos trabalhos já se já se ligavam muito e mas não foi a única tiveram mais além destas que estamos agora a falar desta onde pensas que vais no coletivo 284 H além e além desta do mais amor por favor tiveram mais Exposições conjuntas já trabalhávamos aliás começamos dois a trabalhar com uma galeria que já não existe do nosso amigo Luís Madureira que já faleceu já faleceu que era maravilhoso que era aqui um Lisboa não era em Sintra era no concelho de Sintra e foi aí que nos conhecemos e começamos a a fazer uma ligação grande entro o nosso trabalho já L vão quantos anos uns quantos uns quantos sim H 10 10 talvez talvez mais mais talve esta foi H cinco pelo menos esta em Coimbra que tá muito cheir mais já h mais muito bem Estamos então a falar desta onde pensas que vais isto é uma pergunta que é ali que se pode ler e podemos ser interpelados por ela aqui neste coletivo 24 eu gosto muito desta desta garagem escura que é uma galeria extraordinária ali na na Rua das Amoras número 72 H Aliás a exposição estava programada para ser até dia 29 de setembro Se não me engano mas foi prolongada de hoje Portanto até 6 de outubro é é é é muito bom todos os dias já sabe das 3 às 7 da tarde H como é que vocês escolheram esta galeria que eu gosto tanto Foi ela que V escolheu ou vocês propuseram como é que isto Acontece isto passou pela Paula portanto foi Paula como é que tu de Repentes triste este espaço Já conhecias sim não não conhecia desafi aseos não eh portanto ligaram-me gostaram muito o meu trabalho eh depois eh existe pessoas n neste lugar maravilhoso e de uma enorme sensibilidade a Cristina que tem ex que houve logo uma uma sinergia imensa e uma e um porque realmente ela pensa muito como eu e tem muito bom gosto e é muito boa promotora el ex e portanto Mas é uma pessoa sensível eu acho que hoje em dia é muito importante existir sensibilidade quando fazemos algo não ser tão Mercantil tão economicista mesmo os jovens dois falta-lhes o brio hoje em dia o sacrifício nós nós depois fazer as coisas com brio eh é muito importante e tá-se a perder um bocadinho faz-se no desenrasca E ai não há tempo fazer as pessoas não sacrifício ó vou dormir menos mas vou fazer bem hoje em dia é importante também fazer bem não é nem que nem que ficou menos umas horas de solho depois compensa examente mas depois eh é maravilhoso o que sentimos e portanto fo foi foi assim portanto Levei alguns dos meus trabalhos e e e a coisa correu muito bem e a partir daí temos trabalhado imenso e e e tem funcionado muito bem da parte dos dois H tem algumas coisas aqui antigas ou fizeram coisas grande parte são coisas novas peças exposição temos algumas coisas antigas sim sim que Já trouxeram do vosso trabalho tamb eu tenho uma ou duas peças Eh que que liga aí porque porque a minha temática tem sempre muito a ver com com as pessoas com a natureza com a essência com a essência com a fuga mesmo nos interiores como como designer h eu tenho sempre essa preocupação de ir muito à essência é muito importante mesmo nos materiais porque essa Essência faz-nos sempre sentir bem tudo o que é e genu e verdadeiro não é exato Como os materiais naturais o linho tudo o que é natural faz-nos sentir bem e portanto foi foi foi a partir daí que hum portanto esta exposição mais que uma exposição H uma reflexão artística vocês aqui a ideia é um bocadinho e neste mundo de ruídos sonoros visuais mundo desassossego vocês este A exposição é um bocadinho porque tem muita natureza também e as pessoas e e as pessoas em pontos de fuga E no meio da confusão e da cidade e tudo vocês querem apelar um bocadinho a este esta paragem esta à simplicidade às coisas bonitas da natureza à reflexão pensar nas cois pensar nas coisas e e haver uma ligação à terra e à natureza coisa que se tem perdido a pessoa começa a ter uma vida por vezes mesmo no campo acaba por ter uma vida demasiado Urbana e afastada das pessoas e da terra isso faz muita impressão e e engraçado tenho ouvido falar muito sobre isso as pessoas mesas crianças das cidades perderam completamente a ligação com o campo perderam e e os e os pais afastaram as crianças do campo afastaram as crianças da arte da da ligação entre pessoas e as Crianças hoje dia tão-se isolar muito eu penso que não é intencional da parte aos pais como é evidente mas há uma falta de atenção e de reflexão sobre o que é a nossa vida hoje em dia não mas caros aquela coisa de entreter as crianças com telemóveis e com desde os meses de idade em restaurantes ou assim em casa para não estarem com eles na altura das refeições em que podemos estar em comunh telemóvel faz falta mas não os pais não podem cotir isso nas crianças nem nem pode ser um telemóvel um escape para o pai sado um substituto dos Pais Claro não po ser sim até porque é preciso continuar ir a museus eu lembro os meus filhos sempre foram muito museus comigo e portanto este pequeninos eh hoje h às vezes olham para mim dizer a mã mas há uma coisa maravilhosa é porque eles estiveram lá eles independentemente de quererem ou não ir hoje adultos eh eles têm uma reflexão eh quando veem algo sabem sabem ver sabem ter a sua própria opinião e portanto só essa forma de poder visitar e ir ver eh estes espaços onde h a nossa ideia o nosso pensamento é muito importante não é portanto também faz com que eles cresam hh de uma forma diferente porque hoje hoje em dia eh mesmo em qualquer profissão é muito importante esta parte artística em todos nós em qualquer profissão é muito importante ter ess engraçado tu dizes de eles terem visto e Ter vido a museus ter da natureza porque pelo menos a semente está lá deixaste as sementes eu faço isso bás que é mau agora eles terem um dia agora tem fase tem adolescências tem podem passar isso e não querem muito mas está lá e um dia há de germinar outra vez e eles vão de perceber que a importância que teve isso deixar essa base eu eu fiz isso com os meus filhos e faço com os meus eu o o ano passado fao com os seus netos o ano passado foi com os meus quatro netos a Paris po levar ao luv eu pensei estes tipos não se vão calar com Eurodisney eu não sei como é que vou fazer quando quer ir a Eurodisney então não falaram nunca de Neo Disney a conversa deles é que quer ver a a Monalisa Pois é eles estavam nervosos a ver a Mona Lisa foi uma coisa impressionante estou a falar do meu neto que o an passado tinha 5 anos mais pequeno ele tava do já estava com essa fixação de não falaram em gostaram mas gostaram asas e aqu tiveram sentados a ver quadros tiveram mmas comentavam minha neta comentava a roupa porque ela começou a achar que vestiam de determinada maneira E comentava porque é que eles vestiam assim por que há tantos n porque que há tantos n neste per um dos meus sobrinhos di a pai ao meu irmão porque pai tudo partido nesta qu veros de mil sem braços ou outra sem cabeça Quer neste Museu tá tudo partido porque não há nada completo aqui mas essa reflexão que hoje eles não se esquecem disso on dia mais tarde vão levos a serralves já levei este este ano fui ver agora a exposição que tá em serralves da japonesa essi incrível incrível uma festa eu já conhecia já conhecia o trabalho dela tinha visto uma exposição em Nova York vi em Paris agora agora vi não mas é muito interessante levos regularmente a ver não quer dizer que eles venham ter alguma ligação com as artes plásticas ou com as artes não mas ISO isso forma Torn As melhores pessoas mais sensíveis Eu lembro que o meu filho também foi muito interessante Nós também achamos como o Carlos que ele ia fartar-se e ai meu Deus met ter o meu filho no luvre e não ele pediu uma máquina fotográfica e em todas as peças que ele passava ele tirava uma fotografia portanto só e o mesmo acontece com a natureza as crianças têm que ir à natureza perceber como é que nasem árvores como é que são as plantas como como é que como é que uma montanha apareceu ali porque é que chove as pessoas têm que saber isso Ó Carlos H há há aqueles relatos que que eu tive de uns Miúdos num numa escola de Mafra que nunca tinham visto o mar estavam de Miúdos na Escola Pequenos ou aqueles que Jam com os os frangos são aquelas coisas sem cabeça como vem nos tabuleiros ou aqui um vê um bacalhau a nadar no ocenário e ficam de boca aberta P el do Bacalhau é uma espécie de ria é uma coisa chata porque é que uma visita de estudo de escola não é ver o mar por exemplo eraí uma boa ideia Claro que sim porque que muitas vezes tem a ver com questões sociais também o meu filho andou numa escola Pronto agora nem vou falar onde foi mas ele teve numa meu filho tem 42 anos portanto Isto não foi há muito tempo 42 não 45 não foi há muito tempo também e ele teve colegas na turma que nunca tinham visto o mar e que nunca tinham passado a ponto relativamente perto do isto para a zona de cintro para Essa zona sim sim fo é impressionante mas ISO mas tem a ver com questões sociais também claro que sim esses não tinham os pais não iam passar a praia Ericeira não necessariamente com pobreza mas também com essa tal falta de informação e sim sim mas é muito importante os Miúdos irem andaro a minha filha também hoje já é crescida tem 23 e eh É interessantíssimo porque ela tá na área das Finanças e mas acha incrível o poder desafiar-se a si de de observar e ter a sua própria opinião e e meter-se comigo a discutir qual algo que vê eh é é muito interessante sim muito importante esta esta exposição além destas esculturas que podemos ver Estas flores e em em em ferro feitas pelo pelo caros e estas pinturas grandes com estas pessoas que que pintou a Paula tem vocês têm muito a ver um com o outro ligam-se muito as vossas mas também criam já a pensar no trabalho do outro vocês comunicam alguma coisa antes s sim sim mas mas temos umas figuras humanas parece uns jacomet aquelas figuras muitas mas também tão na pintura da Paula pintura paa diz assim um contacto qualquer prévio tema pel Men acaba por ser um Dio essência é essência é muito Bon essaid é a natureza e as pessoas é vida nós somos vida através da natureza e portanto como o o Carlos retrata muito a natureza e eu eh também gosto muito eh portanto dela H é logo uma uma química de trabalho imensa grandes flores de metal que é uma marca identitária do teu trabalho Carlos muito acabo por me sentir um bocado escravo da flor não mas são tão bonitas Maso continua a ter muito prazer em fazê-las E tens uma dentro de uma gaiola de uma espécie de grade é para simbolizar uma rosa má uma rosa das coisas das mentiras do ok com a sua aparência de vondade esperas Pois uma rosa não tem que ser necessári o que existe mais hoje não é exato pronto e é uma exposição que denuncia este ferninho portanto para onde aí o para onde não é o tralhão o caus o estado de não consciência que que e para mostrar um bocadinho que não móveis e ecrãs não é tudo na vida há também aqui uma ao mesmo tempo eh aqui agora Paulo goveia estás a lançar também aqui na no coletivo 24 esta luz orgânica esta esta criamos luz H esta uma coleção de iluminação orgânica que são ciros no fundo que tu fazes em que aproveitas folhas naturais que dás um certo tratamento e tudo portanto traz a natureza para a iluminação de uma casa de um restaurante do que for n é sim exatamente e aqui mostras um bocadinho esse conceito e e para as pessoas CL é assim Já tens usado em projetos teus de S clar clar sim eh a luz a palavra luz para mim é muito importante portanto vem desde a pintura Aliás a minha pintura há há partes dos meus quadros que têm que são escuros mas depois há sempre uma porta uma porta de luz neste exemplo há uma parece uma janela que abriu e vse o fundo uma coisa iluminada um quto ex quer dizer é para refletir nós podemos ir para lá de e portanto isso é muito importante na nossa vida é nós eh podermos caminhar sempre e portanto a palavra luz vem vem da pintura não é portanto da luz da luz da cor branca e portanto depois a a portanto e e e e sentirmo-nos iluminados é muito muito bom na vida na nossa vida portanto passei um bocadinho como tenho eh o meu bichinho de de dos interiores e portanto é a minha área também de Formação eh conjuntamente com a minha equipa que já agora agradeço e à minha equipa tudo o que tem a construir est examente porque materializam eh muitas vezes tudo aquil queele passo e nem sempre é fácil portanto tenho o Joaquim o Joaquim Azevedo que que é extraordinário eh é o responsável por toda a minha parte de de criação em termos de design e portanto eh através eh portanto comecei a olhar para a natureza eh e vi que havia muitas folhas no chão muita coisa que nós eh eh pisamos Galhos Galhos retorcidos folhas secas uma simples folha que que tu incorporas nestes candieiros mas depois tens que dar um tratamento Zinho para aquilo sei a estudar Isto é um processo que já vai longo não é portanto é uma ideia que tem há algum tempo eh e portanto começamos a estudar como é que podíamos pegar na na natureza eh e eh estagnar ali o seu processo Exatamente porque é frágil não é e e portanto como a vida e e nesse sentido em termos de umas técnicas conseguimos h encapsular a portanto essa essa essa folha essa flor e a partir daí e eh com com com uma forma muito artística porque porque todas estas Peças São únicas eh nós não fazemos peças iguais portanto cada pessoa pode ter uma peça um Exatamente exatamente e portanto surgiu eh dessa forma portanto aproveitaste esta exposição então para para também mostrar essa essas cri Lu porque porque é muito interessante ver as peças do Carlos Ao Lado dessas peças de luz e ver que são iguais no sentido a diferença é que a peça do Carlos é em ferro mas eu eu já agora eh eh eh deixo aqui uma palavra ao Carlos porque eu eu eh gosto muito do trabalho dele é de uma enorme sensibilidade e tem m fantos meus princípios mesmo em termos de Trabalho Acho acho a delicadeza porque o ferro é algo duro é algo algo frio e e e nós conseguimos através de uma flor fazer com que ela levite e pareça uma pétala super e leve e Sosa eo isso é maravilhoso Portanto acho isso um uma maravilha e depois também eh queria deixar aqui uma palavra porque nós mos não é todos os dias não não e fica registrado este está registrado nós já em Coimbra eh eu tenho uma grande amiga de de eh portanto infância que escreve muito bem já não mais amor foi ela que fez todos os texos maravilhosos Não não é Teresa Carreiro tresa Carreiro que é de Coimbra e portanto que já Desde já agradeço porque nesta exposição toda esta também Essência vive de todos estes detalhes e portanto os textos da exposição são são da Teresinha e portanto todo todo cada candeiro fala por si sim que conta uma história são são Peas diferentesa exatamente e e é graças a ela já que falamos da Catarina da ponte já digo quem é Catarina da ponte portanto fez a curadoria de uma exposição minha e foi a pessoa que escreveu o texto com que eu mais me identifico portanto e sobre a tua obra sobre o meu trabalho e eu agradeço-lhe muito olha aproveito agora para agradecer à Catarina o texto que ela fezer deixar de homenagem justo faz faz sentido muito bem nós Infelizmente não temos tempo para mais já sabia que o tempo ia voar quero muito agradecer aos dois a Paula goveia ao Carlos Ramos a vossa presença aqui o terem vindo esta disponibilidade para virem aqui para pararem e ver que enquanto está a inaugurar a vossa exposição no no coletivo assim que nos ouve Deixa então este convite final já sabe onde pensas que vais uma exposição de pintura luz e escultura dos Artistas Paulo goveia e Carlos Ramos que está patente então no coletivo 284 ali na rua das Amoras 72 em Lisboa de hoje então até 6 de outubro todos os dias das 3 às 7 a não perder deixe-se influenciar deixe-se levar deixe vai conseguir parar ao Entrar nesta espação mesmo a paragem e se interpelar por estas obras tão bonitas dest artifícios que aqui hoje acolhemos bem ajam Paula obrig obrigado