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viva e bem-vindos ao dúvidas públicas entrevista de economia da Renascença que para além de poder ouvir a esta hora está sempre disponível para ver e ouvir em podcast e em rr.pt o nosso convidado de hoje tem toda a sua vida profissional ligada à agricultura é por isso que hoje falaremos muito dos dias da brasa a tragédia provocada pelos incêndios que ainda aola o país mas também da situação dos Agricultores e do que eles esperam do próximo orçamento de estado tendo tudo isso em vista o convidado de hoje diz que falta pragmatismo em Portugal e não esconde que convive mal com decisões ideológicas muitas vezes pouco Racionais e pouco científicas não se considera um homem do campo ou pelo menos assume que também gosta de praia nascida em Alenquer a gastronomia Alentejana é das que mais Aprecia mas diz que no verão o ideal é um peixe grelhado à Beiramar formado em engenharia zootécnica está na cap desde 19 90 é secretário geral da organização desde 1999 para Além disso é também administrador do Instituto de emprego e formação profissional e membro do Conselho económico e social do europeu e do Nacional Luís Mira é o convidado de hoje deste dúvidas públicas uma entrevista conduzida por Sandra Afonso e por arsenio Rais agradecemos a presença de Luís mira no dúvidas públicas e começamos pelos incêndios que têm fustigado o país além das mortes feridos e da perda de habitações e equipamentos industriais em qu Dias cinco dias já arderam mais de 120.000 hear no norte e centro do país a Confederação já tem alguma ideia dos prejuízos para agricultores produtores florestais e Pecuária Olá bom dia não é não é ainda a tempo para isso as pessoas ainda estão a a recompor-se do da tragédia que os assolou mas as informações que temos em conos que arderam 60% é impossível que não haja muitos agricultores e produtores florestais afetados e e todas eu acho que uma das características deste desta vaga de incêndios foi que ardeu muito perto do litoral as pessoas estavam tinham uma ideia pré-concebida como Há outras que só ardia o interior que que estava e abandonado e que estava sem pessoas a viverem lá não foi não foi isso que se verificou se olharmos para as imagens das televisões vemos carros ardidos vemos oficinas vemos indústrias vemos obviamente casas vemos também alguma Floresta mas vemos mais das outras imagens do que destas Ninguém está acoberto do fogo e num clima mediterrânico num país que não aposta em três prioridades a primeira a prevenção a segunda a preven e a terceira a prevenção nós já iremos a soluções queria só perguntar-lhe se conta de qualquer forma e tendo em vista esse Panorama que descreveu nomeadamente conselhos que em que 60% foi consumido pelas pelas chamas se conta desde já com o o o algum apoio do do do próprio Governo do Estado e se gostaria se a cap gostaria de ser ouvida nesse processo para se chegar digamos à lógica da distribuição desse apoio pronto quando a capu vida não é a cap aqui o Luis Mira nem a direção da Cap nós quando é eh pedido uma opinião à Cap nós vamos juntos as pessoas no terreno neste caso iremos reunir com as associações que estão nessas regiões e ouvir os afetados e tentar construir uma solução para esse problema portanto é importante que estas eh respostas sejam articuladas e e seja identificado exatamente o é que está em questão porque senão as soluções depois saem ao lado isso quer dizer que a cap deveria ser ouvida a cap enquanto representante enquanto representante dos Agricultores nós quando falamos não somos nós são as são os agricultores que estão no terreno quando se quando a cap cap ocupa 146 representações eh digamos dos Agricultores no ministério da da Saúde olha na na RTP enfim em no conselho económico social em todos são 142 lugares E aí o que vamos eh levar é a posição das pessoas que vivem no mundo Rural é isso que é a nossa tarefa e já já teve ou já começa a ter feedback e do terreno do dos industriais dos proprietários industriais ises devem ir queixar-se à cip nós do dos Agricultores Sim há pessoas que ficaram sem estufas há pessoas que ficaram sem olivais há pessoas que ficaram sem vinhas depois há ideia que só o que arde é o Eucalipto não nestes fogos arde tudo até ardem os carros e as pessoas não se vão queixar ao fabricante do carro que o carro ardeu com as circunstâncias que se reuniram eu acho que desta vez os especialistas e os organismos responsáveis por essa matéria chamaram a atenção disso especialistas disseram vento forte de Leste temperaturas altas humidade baixa estão Reunidas as condições para ver incêndios de grandes dimensões e este é que é o problema ou a prevenção é feita estruturadas eh para evitar que os incêndios tomem grandes proporções e aqui eu vou eh eh repetir o que dizem os especialistas quando um incêndio tem grandes dimensões ele já não se não se combate espera-se que as condições mudem e que a temperatura baixe a humidade aumente para que ele se extinga mas é aqui é assim em Portugal como é assim no Canadá ou nos Estados Unidos porque não há forma o incêndio se for no seu início toda até eu consigo apagamos esse incêndio se ente tiver 10 km de frente nunca há meos que cheguem não há maneira de o fazer e portanto como é que isto se resolve resolve-se com prevenção eh não é não se resolve com a solução que Portugal encontrou legisla-se e aplica-se multas e empurra-se para as câmaras para resolver o problema e e e para para as pessoas e para as pessoas mas é com multas e com legislação Não este é um problema de todos os portugueses como acabamos de ver agora isto não é um problema dos rurais não Isto é um problema de todos e este problema de todos só se resolve com a ajuda de todos isso leva-nos à questão da da limpeza dos terrenos e agora Sempre que há estes incêndios eh eh levanta surge a questão de de da Lei não estar a ser cumprida e das matas não estarem a ser limpas e os terrenos não estarem a ser limpos porque é que isto acontece na sua opinião é por uma razão muito simples que Cap diz desde o princípio você pode obrigar mas para obrigar Tem que haver condições para isso e a lei diz se o proprietário não fizer a câmara tem que o fazer Mas as câmaras não têm meios para isso nem dinheiro para isso e o o proprietário também não tem porque eu tenho aqui esta faixa de terreno C Eu numa proteção de uma aldeia ou de uma vila eu todos os anos tenho que gastar dinheiro para limpar aquilo mas mas por eu porque não todos eu não eu não consigo o problema é que com algum azar como esse terreno ard de x em x anos ele nunca retira daí nenhum nenhuma receita e todos os anos tem que investir não não mas se não arder também também não tira receita porque ele não dá não aquilo não tem mas a ver as pessoas acham que todo o território em Portugal e eu posso lá p coisa Qualquer no terreno e tenho rendimento não é verdade não é verdade nós não não não temos e so o ponto de vista dos solos um país que se Caracterize por solos ricos é nas nos estuários dos tejos dos vários dos tejos dos rios que se têm os tais terrenos que têm maior riqueza para ser fazerem boas culturas quer dizer o interior do país quem conhece o país o centro do país que é pedra e pedra e SOS que não têm praticamente nenhum eh valor do ponto de vista agronómico não tem a possibilidade de ter água porque a água hoje com a tecnologia que existe mudou tudo através do conhecimento que e os israelitas trouxeram com a rega gota a gota e com toda essa tecnologia que desenvolveram eh para resolverem o problema deles no deserto Portanto o deserto é areia não tem nada e eles cultiva-se lá tudo portanto hoje desde que exista a água há essa possibilidade de mudança mas o país não pode ser todo regado isso é impossível também é possível aumentar um bocadinho mas ponto mas é necessário que exista sobre esse ponto de vista também uma estratégia eu aqui já desculpem lá a palavra já Estou farto de estratégias e de planos já Estou farto já não já não aguento mais é preciso investimento é preciso ação agora vamos ser também pragmáticos quem governa seja que governo for esta semana é preciso mais dinheiro para os incêndios a semana passada é preciso mais dinheiro para as prisões na semana anterior é preciso mais dinheiro já não me lembro para qual era o problema isso não escola saúde é preciso mais dinheiro mas quer dizer mas suposto faça opções e TR cerza mas o os governos e as pessoas todos querem tudo ao mesmo tempo aliás vê-se pensem na agenda e o que é que virá para a semana vier para a semana outro problema porque vai surgir a todos os os tudólogos deste país é com o dinheiro que se resolve tá certo mas o dinheiro nós já temos a carga fiscal que temos isto não não não há solução que seja só Sem pôr dinheiro dinheiro dinheiro dinheiro tem que haver prioridades Como disse e bem agora sim senhora deixa a saúde para trás para pagar a a limpeza ao proprietário Esta é a questão deixa eh as prisões para alguma coisa tem que ficar para trás porque o dinheiro não dá para tudo um país que demora 50 anos para decidir um aeroporto e ainda tá ele já foi decidido cinco vezes mas que ainda não o fez lá está a questão do que eu disse não me falem mais em planos e em estratégias e que ainda não concretizou porque Possivelmente não houve condições para isso a primeira financeira porque depois aparece outra prioridade depois aparece outra idade depois queremos que o jovem fique dizer então vamos pôr mais dinheiro para que o jovem Vamos pôr os pés na terra ver a disponibilidade que temos para isso e isto não é uma coisa que se faça num ano o problema disto é que isto é uma questão estrutural a prevenção tem que ser feita continuamente e estruturadas para nada quer quer-me traduzir esse contínuo a estruturados querme explicar um bocadinho eu explico que é muito simples as pessoas percebem muito bem h quando eu limpo um espaço rural aqui também eu gostava de corrigir porque é só fogos florestais não são fogos florestais são fogos e não e e mesmo rurais vimos agora n alguns casos foram bem urbanos não é rural pois porquê Porque as casas também foram invadindo o espaço rural Porque não houve ordenamento porque agora T ai vamos fazer ordenamento quê Vamos destruir as casas todas que lá estão ou vamos fazer e fazer daquilo campos de futebol pados sem sem sem nada é que as pessoas têm que ter noção do que é que estamos a falar e portanto nós não temos num país nórdico em que os índices de humidade e temperatura normalmente não eram com as alterações climáticas se isto já houve fogos grandes em França que eles nunca tiveram deixem as condições mudar e vão ver o que é que lhes acontece portanto agora nós temos um índice muito elevado porquê Porque não fazemos uma uma uma eh investimento não há outra palavra na prevenção e a prevenção não é daqui a 15 dias os jornalistas e as pessoas já começou a chover acabou-se já não se fala mais nisto não mas depois vai haver um problema com as chuvas nas zonas idas pronto Sim senhora vem outra vez e vem os ambientalistas dizer que é assim que é s mas o problema é que tem que se começar já a trabalhar para que no próximo ano não existam condições para que eh se repita este cenário e eventualmente não suportar esse investimento nas pessoas nos proprietários nos pequenos proprietários nem nas autarquias que não têm condições para não é retira a palavra pequenos É nos pequenos nos médios é em todos não aquilo não dá então eu calhe numa rua que tem um uma uma data de Comerciantes e eu digo não mas eu não tenho aqui nada para proteger eu não pago a polícia aqui o comerciante que paga o é que tenho que ser eu se as pessoas tivessem eh noutro os assuntos que dizem respeito à sociedade a mesmo princípio Então isto era um caos e o caos que existe nesta matéria tem a ver com isso melhoramos melhoramos é verdade não estamos igual ao que estávamos temos vindo a melhorar mas e temos que eh aumentar mas lá está eu eu não não queria aqui ser populista nem faciliti esta eh isto não se faz com conversa isto faz-se com eh ação com com o dinheiro porquê Porque a natureza passado um ano ou do anos ou o máximo 3 anos está na mesmoa era justamente isso que que lhe queria perguntar num dos vossos últimos comunicados eh pedem soluções estáveis e duradouras o que eu o que eu queria saber é que tipo de soluções O que é que o governo pode fazer o que que neste caso os agricultores e os proprietários eu explico primeiro Este é um assunto como outros que há em que o governo e a oposição T que se juntar e ter uma coisa estável não pode haver uma uma um nome quando H lá um governo e tem uma ideia depois vem outro governo muda-los um consenso partidário é preciso Um consenso Nacional não é só e o não é só o presidente da república e o governo e o Parlamento não são todos e as câmaras e as Sims e os cidadãos portanto temos que nos entender primeiro que o caminho é por ali e que daqui a 10 anos depois vamos ver se temos que emendar o caminho porque as circunstâncias também se vão mudando isso nunca aconteceu os governos mudam e mudam as estratégias e mudam a e depois num ano é que era as comunicações que o CESPE na comunicava No outro ano quer dizer andamos sempre nisto e em termos práticos Que tipo de Med as medidas eram vamos a ver foram definidas faixas de proteção das e aldeias e das vilas e essas faixas de proteção têm que ser mantidas que são as faixas de proteção secundárias têm que ser suportadas por um orçamento de toda estado não pode ser o on sobre o o o proprietário e o Digamos que o governo disse não as câmaras é que têm a quer dizer isto é tudo a empurar a responsabilidade uns para os outros se não dá as coisas têm que ser Não é com a lei que eu vou fazer um obrigar a uma prática que ela é impossível e portanto porque que isto não funciona ah é por causa de lei não então agora vamos vamos prender os proprietários todos que não limparam vamos e e claro já sabia que eles não iam limpar Então disse não então a câmara limpa mas a câmara não tem meios para fazer isso e voltamos a ao início do problema porque para fazer isso é preciso dinheiro e portanto vamos primeiro porque as coisas não se fazem todas lá está as Tais prioridades vamos estabelecer prioridades vamos ver onde é que essa situação de proteção é necessária e vamos implementá-la mas não é com com letra da lei é com trabalho e neste caso com algum dinheiro já agora nesse concreto O que é que os agricultores portugueses poderiam fazer também da sua parte para evitar este tipo de tragédias os agricultores portugueses Fazem tanto que cumprem as leis têm uma zona que têm que fazer um limpar Só o facto de terem os terrenos digamos em agricultura é das maiores proteções que existe contra o fogo as áreas que estão definidas como agrícolas quando sobrepõe as áreas que tem agricultura com as áreas ardidas vê que o mapa é ao lado porquê porque exatamente porque as pessoas estão lá porque tem valor eu volto outra vez à questão tudo o que tem valor protege-se o que não tem valor ninguém quer proteger nem o estado ponto aqui tá o problema mas temos que proteger as pessoas e os bens dessas pessoas porque não tem valor aqui mas aqui tem que a mata tem valor mas tem outro tipo de valor não a mata tem valor quando o próprio proprietário agere Nesse sentido porque que a questão das e produções florestais que economicamente geram valor ardem muito pouco porque eles as protegem Porque eles asão estão estão geridas estão geridas porque eu não posso permitir que aquilo desapareça o valor todo e portanto eu por isso é que elas não ar a questão de que é a espécie a ou a espécie b c arde demais isso é um mito agora arderam carar de tudo isso não é é um mito e tá provado técnica e cientificamente que é um mito o que tem gestão Florestal e gestão agrícola tem menor probabilidade de arder do que o que não tem pronto É dizer assim não arde nada não não é verdade também arard muito pouco nunca dá eh estes problemas desta dimensão porque é que eh isso acontece por causa deste princípio que eu volto outra vez a referir eh é preciso criar uma proteção dos bens e das pessoas que tem que ser suportada por todos não pode ser o ónus no proprietário desse bocadinho seja ele pequeno ou médio agricultor ou grande não é um problema da dimensão já agora só pegando nisso é esta atividade agrícola pelo menos historicamente é uma atividade pouco segurada H E isso mantém-se esse cenário isso evoluiu n alguns n alguns riscos é por por por às vezes por dificuldade de definir objetivamente o caso do sinismo por exemplo uma seca quando é que começa a seca e quando é que acaba uma tromba de água tá definida são x l de água em tanto em tanto numa hora Fin seca não começou quando acabou quando T algumas especificidades da da própria atividade que Torn dião seguras contra incêndios é segurável não há isso tem seguro não mas são poucos aqueles que o fazem pronto isso aí já é outro problema mas vamos lá ver aí só tem duas soluções e isto é como os automóveis o seguro é obrigatório pois H uns também na tiram isso acontece em todas as os casos não é as que as próprias habitações todas deviam ter seguro contra incêndios portanto há aqui que são depois também é preciso ver que muitas destes anúncios de apoios lembro-me do que já passou a união europeia vai apoiar os fos Sim senhora uma grande coisa não sei quantos milhões Pois vamos ver a elegibilidade do apoio e dessa verba utilizamos uma pequeníssima parte porque não cumprem condições e os requisitos para que isso se faça portanto é um bocadinho já vamos falar no orçamento de estado que eu digo do orçamento de estado agora vocês promovem Aqui Esta discussão e bem sobre o orçamento mas a discussão interessante era sobre execução porque o orçamento é uma intenção e o que se executa na maioria dos casos não tem muito a ver com aquilo que se propôs é quase sempre infinitamente menor nãoé antes de falarmos do do orçamento de estado e o primeiro-ministro prometeu um combate aos criminosos e apontou para interesses particulares V estas palavras que já causaram polémica um ataque aos proprietários não vejo nisso uma declaração de um político num numa situação de combate político e a tentar tapar digamos o espaço de manobra política aou outras forças não vejo é assim os políticos às vezes também sabe que é muito eu digo mas não se revê nestas declarações Não não revejo até porque elas o problema não está aí o mas está na questão que já tratamos na prevenção eh também já há dados científicos sobre eh todas essas questões os incendiários isso já foi estudado em Portugal e os especialistas explicam que ponto número um não há interesse nenhuns no fogo porque os incêndios 80% deles são eh as as ignições estão a 2 Km das casas onde as pessoas vivem eh se esse interesse dos madeireiros eles eram iam P fogo era no meio das coisas que eram on daquilo ardia mais mais do ponto de vista comercial quando arde o preço da Madeira 10 não tem não tenho nenhum interesse agora eh Há aqui sempre populismos e as pessoas em desespero acreditam em qualquer coisa e querem acreditar é necessário até para sobreviverem para precisa arranjarmos até nós nos problemas que temos Encontramos uma uma eh uma lógica qualquer seja ela qual for não interessa essas declarações para mim são exat amente num âmbito de um patamar político de combate político e com uma reduzida H aderência àquilo que é a realidade e infelizmente dos fogos e e todo em todos os períodos se verificarem eh hoje por acaso ouvi e uma rádio a comparação do que é que o presidente ramal Anes tinha feito o que é que o presidente Mário Soares tinha feito todos eles tomaram uma atitude eh um combateu os fogos outro fez outro mas quer dizer a razão não está aí o combate é já um recurso e é um recurso que e não não não vem resolver o problema vem e no princípio na ingnição sim a partir daí toda a gente já explicou isso não é com mais 50 aviões Não isso não é impossível nunca haverá equipamento suficiente quando os focos tomam a dimensão que estes tomaram nas proporções que estes tomaram com as circunstâncias de temperatura e e e humidade Que tal tempestade perfeita mas a gente já sabe que isso vai esta conversa vai existir outra vez infelizmente eu não sei se é para o ano se é daqui a 3 anos mas vai a grande diferença que eu noto hoje para há uns anos atrás é que os especialistas identificaram já isso e disseram atenção Isto vai estão aqui as condições Reunidas e é aí que temos que aproveitar também isso mas sem fazermos o trabalho de casa não conseguimos ter boas notas uhum essa história do aplica-se aqui nós não fazemos os trabalhos de casa e depois queremos passar com distinção não dá olhemos então um bocadinho para o orçamento de estado e perguntava O que é que considerava absolutamente digamos essencial e prioritário que estivesse inscrito no próximo orçamento do Estado olha em primeiro lugar que eh houvesse orçamento de estado essa é a primeira questão acho que se formos num sentido de de a décimos ou qualquer outra solução com eleições outra vez já agora se não houver o que é que acha que deve acontecer deve-se ficar o governo a governar com do décimos ou deve acho que deve acontecer a situação que trouxer maior estabilidade ao país este tudo este estes períodos de instabilidade para os investidores para quem tem empresas é o pior que há porque a pessoa espera não avança na na dúvida não avança eh eu acho que do ponto de vista agrícola o que era importante que tivesse no orçamento de estado e eu ligo aqui à ação da Cap no orçamento de estado com o acordo de concertação porque é aqui que as coisas se juntam nós como sabem fazemos parte da comissão permanente conservação social onde agora nesta altura do orçamento há sempre uma coisa que apaixona ao país que é o rendimento o rendimento mínimo e o salário mínimo para todos perceberem O que é que estamos a falar havia já uma uma proposta um acordo que vem detrás para os 855 um acordo de rendimentos de rendimentos e preços e agora estamos numa fase em que o governo já deu sinais que queria aumentar esse valor ora em termos de concertação social para a cap há uma linha vermelha que tem a ver com a parte económica dos Agricultores que é o bom funcionamento do Ministério da Agricultura e a linha vermelha é é se o governo não cumprir o que prometeu na campanha eleitoral de e colocar as direções regionais sobre a tutela do Ministério da Agricultura nós não assinamos acordo nenhum e as mantiver portanto no ministério da coesão manter a as as direções regionais de agricultura no ministério da coesão é o mesmo que para o ministério da administração interna as polícias estarem na ccdr quando o mino da administração interna quisesse em Bragança dizer olha o senhor vá lá tinha que Telefonar ao colega para dar uma instrução para isso não funciona a tutela das do Ministério da coisão não tem nada a ver com a agricultura e os serviços não foram não não saíram do sítio estão no mesmo local a tutela estas coisas que depois parece que as as os edifícios as pessoas saíram daqui e foram para lá não eles estão lá no mesmo sítio já já já receberam algum sinal positivo por parte do Ministério da Agricultura O problema não é com o Ministério da Agricultura o ministro da Agricultura Tá desejando que isso aconteça também porque é a forma de ter uma por exemplo agora houve estes incêndios Quem faz o levantamento dos prejuízos agora parece o ministro nas mãos do pronto tá bem tá mas mas então tem que fazzer ao outro quer dier as coisas depois não funciona mas agora até pode funcionar mas quando há ajudas da pac que têm um período muito curto para serem controladas pelos e pelas direções regionais seja lá por quem for pelo pelo estado português que é para facilitarmos a conversa e em que o organismo pagador que é tutelado pelo Ministério da Agricultura como é que vai dizer ao funcionário Olhe você hoje tem que lá ir a este e a este e a este sítio esta semana este o seu trabalho dis pá você não manda em mim agora manda ali Isto não funciona isto só tinha lógica naquilo que me parece isto que eu vou dizer é uma e sensibilidade minha que era a estratégia do governo socialista que era acabar com o Ministério da Agricultura e nessa lógica tinha algum sentido acabar com o Ministério da Agricultura e colocá-lo na coisão nesta lógica de que não só o Ministério da Agricultura também tem as florestas e bem ou as coisas funcionam articuladas ou isto não serve para nada para nada é completamente inoperacional é uma medida que gostavam de ver no orçamento de estado por exemplo não não não e eh repare isso isso não custa dinheiro a orçamento de estado é uma condição é uma condição Nossa para assinarmos o acordo de concertação é uma condição da Cap ou as direções regionais voltam à tutela que nunca deviam ter saído ou então não contem connosco assinam com Quem quiserem mas nós não corrija-me se estou errado e houve uma promessa eleitoral nesse sentido hou uma promessa do Prime não feita pelo pelo Dr Montenegro na campanha eleitoral que isso era para reverter e eu quero acreditar que Promessa é para cumprir mas já passaram se meses e por isso já nós não vamos aliás nós temos marcado reuniões com as nossas organizações para o final deste mês para se isso não acontecer fazermos manifestações no país Nós só temos uma palavra e se esta solução não era boa com o governo eh socialista não é boa com este governo não é por mudarem os governos que as soluções passam de a boas não é como os treinadores de futebol estão num clube não prestam se se mudam para outro clube são os melhores do mundo não estamos a falar outra vez de tratores na nas ruas estamos a falar as manifestações têm várias formas uhum podem ser umas de uma maneira podem ser outras de outra mas sim obviamente estamos a falar de tratores na rua se isto para nós é uma linha vermelha em relação ainda à conserta social h já receberam alguma proposta com valores do ministério do trabalho já tivemos temos mantido reuniões bilaterais com a senhora Ministro do trabalho e com o ministro da Agricultura H há uma intenção do governo em apresentar um valor Esso ainda não aconteceu deve acontecer na próxima semana o que é que a cap colocou como e enfim contrapartida para que isso acontecesse ponto número um a linha vermelha que eu já acabei de dizer e ponto número dois que e as ajudas que são pagas 100% pelo orçamento comunitário e que em Portugal representam uma valor inferior àquilo que representam em Espanha em França na Alemanha nós 50% um bocadinho mais do do que recebemos de Bruxelas é que são ajudas dessas os espanhóis têm 82 os franceses têm 86 posso perguntar porquê porquê Porque foi uma opção na na arquitetura da nossa política agrícola comum e também teve a ver com as nossas condições quando Nós entramos para a união europeia os franceses já lá estavam há há 30 anos mas isso pode ser negociado eh sim nessa altura teria sido negociado e foi negociado da melhor maneira agora tem sido opções dos governos políticas posso dizê-lo políticas as opções são nesta matéria são sempre políticas e não parece um país que toda a gente sabe que as compensações de Bruxelas são menor do que noutros países que o estado venha a a recolher milhões de euros de impostos desses pagamentos portanto aquilo que pedimos neste caso é que haja isenção nas ajudas 100% comunitárias que são pagas diretamente por Bruxelas aos agricultores Portugueses e que isso não seja tributado em RC e RS segunda medida que pedimos tem a ver com também uma isenção fiscal que não faz sentido nenhum existir este custo que são nas equipas de sapadores que fazem o trabalho de prevenção durou todo o ano o estado cobra Iva sobre os os equipamentos de proteção sobre os equipamentos que eles utilizam para trabalhar sobre e o Gas óleo que podia ser Gas óleo e agrícola e que não é Portanto o estado dá com uma mão e tira com outra porque essas equipes são pagas pelo e fundo Florestal permanente uma parte desse valor mas o Iva o Ministro das Finanças está sempre a arrecadar e é aqui que nós achamos que deveria se queremos mesmo ajudar a que haja mais prevenção Então temos que ser consequente e a consequência era essa uma terceira questão que colocamos no orçamento de estado tem a ver com os trabalhadores estrangeiros o estado nem para os trabalhadores estrangeiros toda a gente tem mu enfim e bem ência porque se vem as dificuldades com que eles vêm mas o o estado não tem complacência nenhuma e tem uma taxa liberatória de 25% sobre os rendimentos que os trabalhadores est até o ano passado e foi a cap que conseguiu esta mudança nós parecemos parece aqui um Sindicalista mas os sindicatos não querem saber desta matéria para nada porque os seus associados não são nepaleses nem do banglades foi que disse isto porque é eh inaceitável que dois trabalhadores um português e um nepalês trabalhem lado a lado e que eh este ano já não é eu já vou explicar como mas que até oo ano passado a ganhar eh 90000 € ou o salário mínimo o português leve para casa a totalidade do dinheiro e o nepalês fi sem 25% como tem um baixo salário está isento o o português está isento o nepalês não está isento porque é abrangido por esta taxa o estado portugês não consegue atribuir um um visto de residência porque tivesse um um visto de residência já mudava a sua tributação fiscal e passava a ter a mesma tributação que o trabalhador português repare que o estado é bom para receber dinheiro de imposto e de Segurança Social mas para resolver isto é mas hoje nas horas extraordinárias e em tudo o que está acima do salário mínimo o nepalês leva 25% e e o que querem pedir é que isso termine e não a gente pediu só para pelo menos até aos 1000 € fazia dizer exão fiscal pelo menos até aos desta taxa liberatória Porque isto penaliza muito e e isto causa um problema muito grande porque é que a cap tá meter isto porque repar o que é que o nepalês vai pensar é que o patrão tá a roubar não pode pensar de outra maneira como é que eu vou explicar um pês que não sabe português correto como é que eu vou convencer que ele tá a trabalhar com um português a fazer a mesma coisa a ganhar o mesmo e que ele recebe menos 25% não sou capaz nem ele vai acreditar uhum e portanto o estado português devia ter mais atenção nestas coisas e devia eh criar condições e aqui a cap é intransigente nisto os trabalhadores estrangeiros têm que ter condições de habitação e aqui também não posso deixar de dizer se não há eh instalações condignas nas explorações agrícolas foi porque a administração portuguesa não permitiu as essas houve empresas que quiseram construir casas de cimento e tijolo e não lhes deixaram a solução que lhe deram foi não senh eu ponha aqui contentores porque nós o que queremos é desenvolver as aldeias e as vilas e os senhores não podem criar aqui guetos e não permitiram isso pois deu o que dá agora e depois o os É sobre o o o o produtor que e eu queria deixar isto muito claro Portugal no setor agrícola 40% da mão deobra assalariada é estrangeira desses 40% 60 são asiáticos porque nós como temos tão condições tão mais de pagamento eh os que vinham do Leste já ninguém vem vão para a Alemanha vão para França que pagam muito melhor do que nós mas nós qualquer dia já nem os os asiáticos querem vir e portanto sem mão deobra estrangeira nós não conseguimos crescer do ponto de vista económico na jornada parlamentares do Sea voltou a defender a necessidade de imigrantes eh nomeadamente para a agricultura eh com estas alterações das regras de entrada está mais difícil encontrar mão deobra eu acho é que não melhorou ainda suficientemente as circunstâncias eh lá está ou se quiser eu pergunto de outra forma aumentou o trabalho informal não is acho que tá na mesma não não melhorou foi nada o objetivo disto era melhorar e ponto número um há umas centenas de milhares de pessoas que têm a sua situação para resolver isto Só se resolve com uma ação de choque sen não nunca mais saímos daqui temos sempre milhares ou centenas de milhares deles que não tem o problema resolvido segundo enquanto não forem reforçadas as capacidades a capacidade de emissão de vistos nos eh consolados desses países e assim o Nepal não tem nenhum consolado o banglades não tem nenhum consolado é preciso encontrar soluções para isso ah é só na Índia tá bem mas como é que agora uma pessoa vai até à Índia quer dizer nós estamos precisamos dessa mão deobra mas depois não criamos condições e atenção que nem custavam dinheiro ao estado português porque esses vistos são pagos podiam-se deslocar lá equipes que cobravam com o que cobravam pagavam bem o dinheiro que eles recebem portanto eu não consigo perceber Porque que o estado mais uma vez se o estado fosse gerido como uma empresa há aqui Coisas que resolvi no estante esta era uma delas não consigo perceber porque que nesses países que tão identificados que se sabe que há a condições para as pessoas virem para cá trabalhar alguns querem trazer a família mas que não conseguem não conseguem os serviços lá não têm capacidade para resolver isso depois arr mas ainda não nota essa quebra em termos de mand não mas quer dizer o problema que eu identifico é que dentro nós vamos continuar a precisar dessa mão deobra mas cá daqui a a pouco tempo as esses nesses países iso é pá não vai para Portugal porque isso aquilo primeir que arran lá o visto vai mas depis para Espanha vai para França vai para outro sítio qualquer e nós precisamos dessas pessoas tem ideia de quantas pessoas precisaremos no setor da Agricultura nos próximos anos assim eh essa é uma pergunta que eu lhe respondo objetivamente as pessoas não são sempre as mesmas nós desses trabalhadores e são cerca de 23.000 estrangeiros que estão a trabalhar na agricultura e agora você diz-me então ir para o ano eu preciso de mais 23.000 não então mas eu pergunto-lhe destes 23 Quantos é que eu mantenho cá para o ano quantos saem porque se saem 10.000 eu preciso diz são mais 10.000 não esses 10.000 são para tapar aqueles que saíram Mas se eu não quiser crescer pelo menos Esses são mas eu acho que nós vamos ter necessidade de crescer isso depois também tem a ver com outras questões porque por exemplo eh essa mão d’obra é utilizada em explorações que estão estruturadas para exportar eh fruta ou tículas se houver limita na utilização de água que começa a haver as empresas não conseguem crescer e algumas já estão a ter decisões de irem para o outro lado porque aqui não num país que não toma decisões que não não não não resolve nem dá solução e cumpre os prazos as empresas saem daqui vão vão vão para outro sítio ainda sobre o o Iva zero e em que houve um esforço para conter os preços e estava previsto o apoio aos agricultores H já estão saldadas as contas não não estão eh faltavam 20 milhões Há uns meses atrás aind ainda estamos com a mesma ver eu acho que esses 20 milhões nunca mais vão ser pagos eh o estado não é uma pessoa de bem nunca foi eh e esse é mais um um exemplo eh foi negociado esse valor a capa visou logo cuidado porque se isto tem que ser feito de maneira que o dinheiro que não for utilizado na primeira eh vaga de candidaturas tem que ser redistribuído o que acon aconteceu foi isso portanto e depois começamos com a a ministra anterior as relações nunca foram muito boas tinha a ver com estas situações quer dizer ela dizer eu já paguei tudo não pagou ela houve um conjunto de candidaturas as contas Eles é que as fizeram e nós chamamos a atenção antes da publicação da portaria Isto vai correr mal porque com esta fórmula de cálculo isto não não não se consegue porque assim eu lanço uma candidatura eu não consigo adivinhar ao até ao último Cent quantas pessoas vão candidatar e eu não posso receber uma ajuda sen não a pedir a partir daqui tem que arranjar uma forma que no fim redistribui oo dinheiro Isso foi feito porque o o a fórmula que foi eh utilizada era uma fórmula que permitia esta situação portanto esse valor nunca mais será par chegou a dizer que anterior Ministério da Agricultura nunca foi bem ministra H como é que é a relação da Cap com com o atual Ministro José Manuel Fernandes é é é uma relação boa de trabalho é uma pessoa que eh trata as coisas eh com as organizações não é só com a cap é com com as outras também e em que há até ao momento uma relação de confiança senteo que ele tem mais peso político do que a anterior titular sinto mas vamos lá ver o peso político da Agricultura eh é um dos problemas que existe no setor a democracia em Portugal com 50 anos e evoluiu ou regrediu porque as pessoas que viviam no interior do país vieram para as cidades e não houve nenhuma correção disso os deputados da zona interior toda do país desde Bragança até ao ou Algarve são menos do que os do porto portanto enquanto o sistema democrático português não corrigir e a falta de representatividade das zonas rurais a agricultura nunca poderá ter o peso que verdadeiramente tem e a Agricultura eu acho que infelizmente as coisas vão caminhar nro sentido eh nós hoje estamos aqui porque nalguma parte do país ou do mundo houve um agricultor que teve a cuidar das dos produtos para que nós possamos hoje almoçar sen não nem você nem eu podíamos estar aqui teníamos estar a tratar das da nossa comida portanto as pessoas esquecem-se desta desta facilidade com que hoje S obtém o alimento mas com uma população mundial a crescer a produção de alimentos vai ter um papel determinante e eu não sei se e mesmo um preço cada vez mais elevado porque não se fabrica mais terra não há eu posso fazer uma fábrica de parafusos de outra coisa Qualquer faço 10 fábricas mas eu não faço 10 superfícies agrícolas como Aquela que o país tem a única maneira é aquela que ninguém quer que é destruir e parques que são de preservação ou selva amazónica ninguém quer isso e portanto não há outra solução ou a solução se senhor é fazer o bif como agora já se diz em laboratório mas isso são soluções que ainda estão por perceber e é assim e este todo este território 90% do território mais de 90% do território nacional é ocupado por agricultura ou por Floresta se o bif vier da fábrica o que é que acontece estas áreas como é que se Ger e de uma forma ambientalmente correta estas áreas repare num num numa situação que é extremamente interessante a Europa investe milhões de euros na descarbonização da economia os governos e investem dinheiro dos contribuintes na descarbonização as empresas na descarbonização a paga-se eh uma parte dos impostos dos carros elétricos das bicicletas elétricas do tudo isso e depois temos focos como estes que temos agora que todo esse balanço do carbono vai todo para a atmosfera e o dinheiro que andamos a gastar é importante que seja gasto Mas temos que cuidar da outra parte se não se utilizar o o o espaço dedicado a estas atividades O que é que lá se faz não há vazios abandona-se para se verificar isto a gestão sustentável passa pelo primeiro prioridade que é a questão económica E é isso que temos queer não há programas de levar pessoas para o interior se não houver a possibilidade delas ganharem a sua vida lá estamos aproximarnos do fim mas ainda há aqui e dois ou três temas que que são essenciais eh um deles é que estão a crise na no vinho há especialistas que alertam para a possibilidade de uma crise sem precedentes h este ano há de novo a necessidade de destruir vinho O que é que está a acontecer eh crise do vinho responder rapidamente duas maneiras primeiro o tem que identificar aqui o Douro o Douro e a casa do douro aquilo que o governo fez aquilo que os políticos fizeram em colocar de novo a casa do dor com todas as funções Com inscrição obrigatória num país na União Europeia eu se for viticultor no Doro se quando este processo se tiver concluído sou obrigado a inscrever quer queira quer não queira só tenho duas maneiras ou apago ou ou ou ou vou-me embora e e não ait isso não existe numa Europa com os valores que que são colocados para todos os cidadãos mas existe em Portugal faz eh depois faz tudo faz eh eh contratação coletiva faz não os estatutos que lhe arranjaram contratação coletiva promoção gestão do do cadastro faz tudo quer dizer mas a quem serve esse faz tudo da casaa do douro e esse naon este anacronismo Só serve aos políticos e foi uma forma de ali os é municipalização das instituições Como era a municipalização da da da da Agricultura neste caso dos serviços agrícolas só pode servir a esses e as pessoas estão desesperadas os agricultores E sabe como é que é uma pessoa desesperada e confunde-se o problema que já vamos falar da crise no setor do vinho com a casa do dor é que vai resolver o problema não vai resolver nada o dor tem um problema estrutural que tem que ser resolvido isso isso dava para um programa relativamente à crise no setor do vinho Portugal tem um um consumo de cerca de 600 milhões de litros mas primeira nota de 2022 para 2023 esse consumo diminuiu 50 milhões 50 milhões que é muito Apesar de nós termos esse consumo com aquilo que produzimos são cerca de 700 milhões de litros Ainda temos que importar cerca de 120 para as exportações que fazemos senão o vinho não chega portanto nós ponto número um não produzimos vinho em excesso precisamos sempre de importar só que nos últimos anos temos importado mais do que aquilo que precisamos isso levou com a diminuição do consumo a que haja stockes em todo o sítio resultado preço baixo crise como é que se resolve eu acho que é é uma questão eh eu diria basta diminuir as importações para e isso fazer mas nós ou aumentar as exportações aumentar as exportações isso tenta-se tem-se tentado sempre e tá faz-se um grande esforço Nações de Promoção e tudo eh é verdade é mais difícil essa a outra Nós também não não podemos fechar fronteiras nós nós não defendemos isso nós não vivemos no obviamente portanto isso não é possível Qual é o caminho é só proteger mais a produção nacional é só os vinhos que podem ser eu posso pôr um vinho de uma região com uma percentagem de vinho da União Europeia porque para a união europeia isso é um pouquinho diferente se o vinho é português ou se é espanhol ou se é francês é da União Europeia isto era como que antes de entrarmos para a união europeia para aqueles que nos estão a ouvir e que ainda se lembram que era isso o o os vinhos do alentejo não poderem ter um bocado de vinho do da estremadura quer dizer isso é um problema das próprias regiões neste caso é um problema do próprio país que tem que criar e mecanismos que identifiquem ao consumidor que esse vinho que ele tá a beber é um vinho que não é só português também tem de outras origens porque nos rotos vem VM e da União Europeia portanto isso é possível sei que o ministro tá sensibilizado para isso vamos ver não é só dizer que a culpa é sempre só do do ministro e as cvrs também têm aqui um papel a aai também tem aqui um papel e a têm todos um papel nesta matéria tem que ha mais fiscalização ainda a questão da escassez de água um problema Permanente em Portugal eh devem ser repensadas as culturas de regadio no no país ou ou repensada a gestão mais é voltamos à mesma questão a água é um fator limitante da produção Portugal Tem eh 14% da sua área agrícola é de regadio é preciso água para o país todo Não é só para as culturas de regadio eh é preciso uma rede nacional da água é preciso investir estruturalmente na água nós eh temos eh no nosso país chove mais água per cápita das pessoas que cá vivem do que em Espanha eh Nós deixamos é a água correr para o mar nós temos que gerir a água tamb e quando digo nós isso não se pode assacar individualmente as maiores perdas de eficiência de água são nos canais públicos o agricultor já faz uma gestão de água gota a gota não é aí que está o problem nem todos mas vamos a ver os agricultores para sermos pragmáticos temos dividir em dois grupos os que vendem para o mercado e para os consumidores que exigem um conjunto de regras e de situações e bem E os outros que não vendem para o mercado e aí temos uma diferença e cada vez vai ser maior os primeiros vão ter digitalização robótica tudo e os outros não vão ter mas quer dizer nós não não podemos é puxar todos para baixo T que existir os dois a realidade em Portugal terá sempre que ter agricultores pequenos e de Mat atenção mas a imagem da Agricultura ainda vim há bocado da televisão não é uma pessoa idosa com uma enchada na mão como se vê logo na primeira vez como existem nos materiais escolares agricultura doje Não é isso não é nada disso agricultura does são sensores são conhecimento Tecnológico São decisões que os agricultores eh que produzem para o mercado e que T explorações estruturadas como empresas A decisão já não é deles A decisão é do programa informático que tem que tem que analisar 60 parâmetros para saber qual é a data e qual é a variedade que eu vou semear E quando é que eu vou fazer porque isso tem a ver com as condições que estão ou não Reunidas para isso última pergunta Ursula Vl permitiu apresentar e nos primeiros 100 dias do novo executivo a estratégia para para a agricultura e e eu pergunto-lhe muito diretamente O que é que defende que deve mudar na pac deve mudar muita coisa e umas vão ser possíveis outras não vão primeiro dizer que essa intenção da vaner é uma intenção é boa é positivo a documento é positivo mas osores não vivem de intenções vivem de concretizações vamos ver se que concretizam é bom é o que é que mudou até agora nada pronto esta é a primeira questão segunda o que é que tem que mudar primeiro a estabilidade nós não podemos andar numa pac cada vez que há uma reforma da pac muda tudo não vamos traçar o rumo e vamos ter a pack ainda Começou agora vai no segundo ano em Bruxelas já se está a discutir a reforma da pac E isso tem sido assim todos os anos quando os agricultores interiorizaram aquela política já vai mudar outra vez portanto primeira questão estabilidade e previs idade naquilo que vai acontecer segunda questão simplificação portanto is é um processo administrativo terceira questão não podemos exigir aos agricultores na Europa que cumpram regras muito apertadas do ponto de vista ambiental dos dos medicamentos que usam e depois importar produtos que não cumprem nada disso E aí o consumidor já come tudo e já não há problema nenhum isso vai matar a agricultura em toda a Europa Essa é uma das razões do protesto que foi visto durante este ano portanto não podemos quando importamos sim senhora com as mesmas exigências que colocamos aos produtores no espaço da União Europeia se se mudassem estas três coisas mudava muito a terminar pedimos sempre aos nossos convidados que escolham um tema musical que de alguma forma lhes tenha marcado a vida digamos assim gostava de conhecer a sua escolha e que explicasse que partilhasse no fundo a todos os que os que nos ouvem Olha a minha escolha quando me perguntou e essa questão acho que é inequívoca e a música que mais talvez marcou ou que marca e que ainda hoje gosto de ouvir e que me faz eh me transporta alguma emoção e emoção é a coisa mais importante da vida é a música do filme África minha out of Africa com Mary striep e e o Robert redford porquê Porque eu quando vi o filme eh eu sou uma pessoa do da natureza do Campo da cidade da cidade não é o meu ambiente o meu ambiente é no campo à chuva ao sol a imensidão da África a a beleza e a força da natureza e toda aquela aventura que o próprio filme tinha em si e e a história de vida que era ter tudo e perder tudo a porque a natureza é difícil de vencer e e tem que se respeitar a natureza uma uma li Que todos deviam interiorizar eu gosto muito dessa mús a escolha musical de Lu Mir secal da agricultores de Portugal nosso convidado de hoje a qu obviamente agradeço a presença esta entrevista contou com o cuidado técnico de Rui Glória plastia de João Camp a imagem de mar Pedreira Michel vol na próxima Y
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Mais fogos em breve?