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euranet Plus Olá boa tarde bem-vindos ao casa comum com Duarte paigo e Mariana I da Silva que se juntará a nós dentro de minutos Jão os comentadores deste espaço habitual de comentário da Renascença à hora de almoço de quarta-feira mais adiante ao painel junta-se João Oliveira erod deputado do PCP começamos por olhar para a atualidade nacional que tem sido marcada eh pelo orçamento do estado muito se tem falado nas dificuldades de marcação a das reuniões entre primeiro-ministro e o secretário-geral do PS e também de encontros que luí Montenegro teve com a iniciativa liberal e o chega à porta fechada que não terão sido comunicados aos órgãos de comunicação e social Duarte Pacheco esta discussão de agendas e de reuniões secretas que Afinal são discretas faz sentido numa altura em que o governo tem cerca de duas semanas para apresentar a proposta de orçamento do estado para 2025 muito boa tarde a todos que nos acompanham e assim prazer estar estar consigo aqui eh olha eu eu eu fico triste é a melhor expressão que eu posso utilizar porque nós Devíamos estar a discutir política Devíamos estar a discutir matérias em concreto eh olha queremos baixar o IRS ou não queremos baixar o IRS queremos reforçar o orçamento da saúde ou ou não eh na defesa precisamos de gastar dinheiro com a defesa perante o contexto Internacional onde estamos e atingir aquelas metas que nós nos comprometemos dentro da Nato o ideal era que nós tivéssemos a discutir Essas matérias e não propriamente eh se a reunião é à sexta-feira ou se é a segunda e coisas desse género quer dizer sinceramente eu não tenho paciência para isso e eu acho que os portugueses também não os portugueses querem os seus problemas resolvir não esse tipo de de de comentário em relação à descrição de algumas das reuniões eu eu tenho certeza que vou dizê-lo mas tenho ser que a Mariana teve a mesma experiência enquanto ministra do Dr António Costa que e realizam-se n reuniões eh que não são não são noticiadas mas são importantes para resolver os problemas o próprio Dr Pedro Nuno Santos enquanto foi ministro dos assuntos parlamentares reunia com com deputados e com os líderes das geringonça no seu gabinete na assembleia e sem aviso prévio à comunicação social que essa reunião ia ser às 3 da tarde ou ia ser às 5 eram reuniões de trabalho para partir pedra para tentarem encontrar soluções e não próprio para marcar posições e E era bom que voltássemos a esse registo de modo a que o país tenha orçamento porque é isso que que o país precisa mas Pedro Nuno Santos não gostou H da descrição destas reuniões que aconteceram eh na segunda-feira de manhã entre primeiro-ministro iniciativa liberal e chega depois também no dia anterior termos assistido a uma troca de comunicados sobre as dificuldades entre marcar agendar um encontro entre Pedro Nuno Santos e o primeiro-ministro a Mariana Vieira da Silva não deveria já também o PS e ter sido já mais concreto sobre o que quer para este orçamento do Estado bom eu Julgo que o principal problema é mesmo da contradição que assistimos entre umas reuniões serem discretas e no outro caso haver comunicados completamente desproporcionados e provocatório sobre a marcação das reuniões eu não tenho nenhum problema com reuniões discretas Mas ou são todas discretas ou nenhuma é porque senão o que aparenta estar em ca com aquele comunicado é mesmo a ideia de que num caso provocamos o partido com quem supostamente queremos dialogar com comunicado Eu não me lembro de alguma vez ter visto um comunicado do governo naquele Tom e com aquele com aquele registo e no outro fazemos as reuniões discretamente como Aliás a maioria delas devia ser porque as reuniões são para trabalhar não são para serem públicas e portanto o que está aqui em causa é essa contradição entre Num caso tornamos pública dificuldade em marcar uma reunião e as outras reuniões fazemos sem informar ninguém eu Julgo que isso faz parte aqui de uma estratégia que tem sido seguida e já aqui tínhamos falado sobre isso desde antes do verão que é de pressão sobre o ps sem um diálogo concreto sobre as matérias orçamentais é pressão no geral e fica mal ao governo utilizar os meios de comunicação do governo para fazer esse tipo de provocação Julgo que ninguém gosta daquele tipo de carta eh a e e e temos rapidamente ultrapassar este momento eu tenho aqui sempre reafirmado é ao governo que cabe governar e propor e portanto eh o ónus da iniciativa não é do partido socialista é do governo e é preciso passar Rapid o governo o PS tem mantido sistematicamente a mesmo o mesmo registro sobre a disponibilidade para negociar e portanto é preciso passarmos desta fase H nem sei bem como qualificar porque eh aquele comunicado é é mesmo algo que parece mesmo que ninguém quer negociar porque senão não faria um comunicado com aquela natureza e portanto eh o governo entende que deve falar com todos os partidos está no seu direito mas então todos os partidos têm que ter o mesmo registro de diálogo e não eh NS casos uma uma lógica acusatória eh fazer um comunicado escrito sobre dificuldade em encontrar datas para reuniões nunca se viu tal coisa mas o PS estaria disponível a manter uma reunião discreta ou o Pedro nun Santos não tem defendido que quer reuniões públicas A questão não é essa a questão é divergência ou são todas discretas ou são todas públicas Porque nós não podemos nós não podemos Estar Neste registo agora para que as reuniões possam ser discretas tem que haver uma confiança partilhada que aquele comunicado de domingo à noite não permite Nós também temos que reconhecer que aquele tipo de comunicado tem um efeito tem uma consequência e portanto aquilo que o partido socialista quer depois de ter estado mais de um mês à espera dos dados que pediu para poder e fazer as reuniões é que o processo ganhe normalidade e isso é tudo que não tem existido Pacheco esta relação difícil aparente relação difícil entre Pedro Santos e luí Montenegro pode colocar em risco um orçamento para o próximo ano aí concordo com a Mariana não é o comunicado que que vai má a relação que existe entre os dois líderes a relação já é má e por isso é que girou aquele comunicado porque aquilo que seria natural é que as pessoas pegassem no telefone e rapidamente até forma direta se entendessem e definam um dia e uma hora para se encontrar e tava o problema resolvido o facto de não terem sequer essa capacidade e essa disponibilidade para falarem diretamente e resolverem situações é que depois leva este tipo de situações e e isso pode ser dramático porque tem que haver uma relação de confiança a não quer dizer de concordância mas uma relação de confiança entre o os líderes dos dos principais partidos sabendo que quando estão dizer algo É vai mesmo acontecer que a palavra eh conta que a palavra é para respeitar etc e temos sinais inequívocos de que não existe confiança já agora só dizer mas o objetivo para aquilo que eu entendi não não não tem nenhum papel dentro do governo mas é que havia intenções de manter as três reuniões do no mesmo registo eh e foi o o Pedro Nuno Santos que não quis fazer a reunião de forma discreta e e a partir daí gerou-se a confusão comp partir aquele comunicado era impossível qualquer di era antes mas antes disso Antes disso era antes disso que antes desse que daquele comunicado que estava estava esse em cima da mesa e que o Pedro Santos não não não quis eh muito bem tá na sua opção mas depois também não se pode vitimizar tendo em conta o que aconteceu este início de semana e este esta troca de comunicados Mariana da Silva como é que o PS se apresentará na sexta-feira na reunião com o primeiro-ministro bom eu eu Julgo que é importante que todos os agentes políticos possam contribuir para um certo arrefecimento o chamado gelo nos pulsos porque eh Este é o pior ambiente no qual reuniões possam podem decorrer e portanto não apenas os partidos políticos mas também o Presidente da República H as a função do Presidente da República é naturalmente poder intervir mas essa intervenção não dev ser pública e não deve ser num tom de ameaça nesta fase do campeonato era mesmo preciso voltarmos a um registro de normalidade e de diálogo e não de H ocupar o espaço público com ameaças contra ameaças acusações respostas e portanto aquilo que eu espero é que a reunião possa ser ao contrário do que tem sido todo o processo até aqui Serena e em função dos objetivos concretos que cada partido naturalmente em função dos votos que teve deve ter defender esta semana esta terça-feira eh luí Montenegro eh assumiu referiu que não não irá governar em do démos rejeitou essa possibilidade eh depois desta questão da das reuniões eh colocou esta esta regra para o governo podemos assumir então que a única solução do Arte Pacheco é que se não houver um orçamento aprovado iremos ter eleições antecipadas aí depende a vontad também do senhor presidente da república e portanto nunca saberemos eh até lá chegar o que é que o senhor presidente porque ele agoraa não foi Claro eh ele já ele antes anteriormente quando tivemos processos orçamentais difíceis Ele disse à partida qual era a consequência e ficou transparente para todos a poderem decidir e agora o senhor presidente ainda não o disse eh agora eu compreendo a posição do do primeiro-ministro está está no governo há cerca de se meses tem um programa que quero implementar a e portanto estar no poder só por estar no poder Vivendo em du a décimos ingerindo o dia a dia mas sem conseguir ter os meios e disponíveis para implementar aquilo que que ele acha que é útil para o país e com o qual se comprometeu eh não faz sentido então dis muito bem se não me dão as condições mínimas de governabilidade temos que ir embora agora eu continuo a acreditar que é possível evitar esse cenário porque esse cenário é péssimo para o país é importante termos um orçamento eh no próximo ano temos o prr que tem que ser gasto tem que ser utilizado as autarquias percebem isso mesmo então todas elas interessadas em que haja orçamento independentemente da sua cor política e por isso é muito importante termos orçamento para isso é também importante que o partido que amb mas vou falar do governo vou falar do PS e o governo tem que estar disponível para dialogar na perspectiva de e modelar algumas das suas isto era aquilo que eu gostaria se tivesse maioria absoluta não tenho se calhar só vou alcançar 30% 40% daquilo que eu desejava mas tem que estar disponível para isso mas por outro lado por parte do partido socialista também tem que existir isso e aqui eu não tenho visto essa abertura porque aquilo que nos é dito é há há duas áreas onde não podem mexer que é no IRS jovem e no irc Ora bem isso é logo dizer ao governo deite para o lixo aquilo que são as alterações fiscais mais relevantes do seu programa uma coisa é dizer Olhe não concordamos com esse modelo que o governo tá a propor temos aqui uma alternativa Então vamos lá conversar e se calhar chega-se a meio da ponte não é ficar uma pessoa de um dos lados da ponte à espera que o outro atravesse a ponte toda sozinho para para lá chegar ao pé dele e lhe apertar a mão é chegar até meio da ponte e o partido socialista e Dr pedo Santos tem que estar disponível para isso Luiz Montenegro quando fez esta afirmação faz uma tinha penso que tinha DIT terça-feira foi na segunda-feira à noite disse também que esta posição não é uma chantagem na nem uma pressão política no entanto Mariana ver da Silva também já mencionou algumas intervenções que o Presidente da República tem tido nomeadamente sobre questões relacionadas com o orçamento do Estado eu perguntava-lhes se o PS sente-se ou não pressionado e por por pelo presidente da república e agora também por Luís Montenegro nós estamos no dia 25 de Setembro hoje o orçamento será aprovado e entreg na Assembleia da República pelo governo no dia 10 de outubro tudo o que nós devemos evitar e eu sendo deputada tenho que contribuir para aquilo que digo que deve acontecer é um ambiente de debate de discussão na praça pública e de eh e de um clima de agudizar de posições que coloque tudo tudo todos numa situação de eh impossibilidade de recu e portanto o partido socialista depois da primeira reunião durante o mês de agosto pediu um conjunto de informação que chegou há pouco mais de uma semana e agora é preciso que as reuniões decorram aquilo que eu disse soubre o Presidente da República é que estar no dia 23 de set a dizer o que é que acontece e a cenizaro para que aquilo que o Presidente da República diz desejar ocorra é um contributo para criar um ambiente que já é a terceira vez desde o início do prr que estamos a viver de incerteza e depressão e portanto aquilo que me parece é que este é mesmo o momento de se fazer as reuniões de o fazer com tranquilidade e não por exemplo de usar o briefing do conselho de ministros para dizer frases como ninguém quem sabe o que o PS quer porque não é uma frase e eu estou particularmente à vontade que um membro do governo deve dizer no briefing do conselho de ministros num momento que para todos os efeitos é inicial da negociação e portanto eu Julgo que é preciso mesmo cnar os ânimos baixar o Tom fazer as reuniões sendo certo que este Nunca será porque não existe uma maioria para aprovar o orçamento que a AD gostaria de ver aprovar Claro e portanto e deixemos as negociações de correr façamos eh um debate dentro da reunião primeiro e depois fora porque senão Todos estamos a contribuir para um ambiente que se torna muito difícil de ser um contexto para a negociação agora H aquilo que foi sempre sido dito que era uma responsabilidade do partido socialista está à vista que o próprio governo reconhece que não é ao debater e ao fazer reuniões com todos e portanto e esta pressão sobre o partido socialista que nunca foi exigida ao PSD durante os últimos 8 anos é excessiva agora o partido socialista defenderá os seus princípios e as suas ideias como sempre fez ao longo da nossa democracia sendo um fator de estabilidade Mas também de defesa dos princípios pelos quais fomos eleitos ontem o Ministro dos assuntos parlamentares disse que ainda não há um um documento definido pelo menos até a reunião de sexta-feira com o partido socialista do Arte pachico não deveria também já o Executivo ter algumas linhas definidas ou deve estar completamente disponível eh e aberto a integrar propostas que possam sair da reunião de sexta já só duas notas faz aquilo que que a Mariana referiu em primeiro lugar a abertura do Governo foi desde o início para conversar com todos os agentes partidários eh e portanto quer nas reuniões de Julho quer nas reuniões de Setembro eh as conversas foram abertas a todos eh sabendo que há partidos que dizem há partida que nós vamos votaremos contra mas estamos aqui à mesma para vos ouvir eh e isso eu acho que é uma boa uma boa tradição a pressão sobre o partido socialista resulta do facto da não existência de uma maioria absoluta O que é natural e fazia a referência aos últimos 8 anos nos últimos 8 anos quanto muito poderíamos colocar uma questão Paralela em dois porque eh e um deles o orçamento chumbou e fomos para eleições E estávamos a sair de e ainda não tínhamos saído uma pandemia e ninguém exigiu a PSD oro não era não era o primeiro orçamento aí é que está a diferença aí é que está a diferença porque se um governo tem maioria absoluta não precisa de de fazer estabelecer este diálogo é sempre positivo é é sempre a ouvir é H sugestões são boas e Vindas dees partidos e foi sempre feito pronto não não não estou a dizê-lo portanto Fê fê-lo bem quando não tem maioria absoluta mas tem um acordo deciência parlamentar como era o caso com outro partido é com esse que o diálogo vai vai vai se manter naturalmente portanto os outros partidos da Oposição não são chamados eh a essa responsabilidade a responsabilidade acontece quando o partido do governo não tem maioria absoluta no Parlamento nem tem acordo com ninguém e aí A grande diferença é entre o primeiro e o segundo orçamento quer dizer mesmo os os portugueses compreendem que deitar e um orçamento para o lixo e der roubar um governo ao fim de seis meses de Mandato é eh não é não é correto na Perspectiva que ganhou eleições tem legitimidade para implementar o seu programa e para que se vejam os resultados e depois aí assim no segundo daqu a um ano ó meus amigos Olhe vocês disseram isto mas é que estamos a ir um caminho completamente oposto àquilo que vocês desejavam e disseram que iam ia acontecer Portanto vamos ter pôr um fim a este a esta caminhada aí não é se meses depois o governo já apresentou algumas das medidas madamente ao nível do irc e ao nível do do IRS jovem eh E tá está e o ministro doos parlamentares fez a repetiu diversas vezes a mensagem estamos disponíveis para negociar Aliás só a abertura dessa negociação já H outros líderes parlamentares a criticarem a dizer o governo já está a recuar não não está a recuar está a ir Encontro à aquilo que são questões levantadas pela pelo principal partido da oposição e com quem Queremos nos entender Para viabilizar o orçamento Marana Vera da Silva para fechar o tema o partido socialista eh será flexível para negociar ou questões como IRS jovem irc são mesmo linhas vermelhas e pergunto-lhe já se há outras propostas que o partido pensa levar na reunião com o primeiro-ministro trabalharemos até sexta-feira para essa reunião Eu queria afirmar o seguinte já já aqui tive a oportunidade semana após semana de destacar a medida do IRS para os menores de 35 anos não é uma medida de política é uma verdadeira revolução fiscal e o governo não pode ter a expectativa de uma medida que afeta brutalmente a progressividade do IRS contra a Qual o partido socialista sempre se manifestou possa ser o eixo de um orçamento que conte com o voto do partido socialista não se trata de uma medida de política simples trata-se de algo que vai afetar para sempre a nossa cobrança de impostos e a forma como nós olhamos para o ir enquanto um mecanismo redistributivo da riqueza e por isso e é preciso termos atenção que para fazer revoluções no sistema fiscal precisa de existir uma maioria no na Assembleia da República que não não não só não existe Como existe uma eh maioria super relativa no sentido em que o PSD nem sequer lhe basta um partido para poder e fazer aprovar as suas as suas propst e o CDs e portanto eh não façamos disto uma espécie de eh birra porque não é disso que se trata o partido socialista considera que aquela medida é brutalmente injusta quer do ponto de vista intergeracional quer do ponto de vista de ter pessoas de 34 anos que ganham 10 vezes mais que outras e acabam por pagar os mesmos impostos isso não é aceitável do ponto de vista do partido socialista e mais do ponto vista do partido socialista é até h arraiar o desafio àquilo que a constituição diz sobre o IRS e portanto não não tomemos as medidas como se elas tivessem todas o mesmo Impacto ou todas a mesma dimensão porque esta tem um impacto brutal na redução da Receita e brutal na alteração estrutural da forma como nós olhamos para as políticas redistributivas e é por isso que o partido socialista é contra e não transformemos isto numa questão menor ou num desentendimento menor é uma visão diferente daquele que é o papel do IRS para a criação da Justiça fiscal sem mais tempo seguimos agora para o tema europeu euronet Plus ao pel junta-se o eurodeputado João Oliveira do PCP bem-vindo novamente ao casa comum Olá boa tarde viva Boa tarde João Boa tarde no início no início desta semana a comissão Europeia desbloquear 500 milhões de euros do Fundo de coesão era um valor que já estava programado para Portugal eh para uma ajuda para a recuperação dos estragos provocados pelos incêndios da semana passada João Oliveira perguntava se estes se este desbloqueio dos 500 milhões de euros é suficiente ou deve a comissão europeia acionar também um fundo de solidariedade eh que também já foi solicitado por eurodeputados portugueses Olhe de facto a sua pergunta encerra as questões mais complexas que a abordagem desta questão tem eh eu diria por diferentes motivos primeiro eh porque coloca a questão de saber se 500 milhões é um montante correspondente àquilo que são as necessidades de reparação digamos assim dos prejuízos causados pelos incêndios em segundo lugar se a utilização destas verbas provenientes de dos fundos de coesão eh é a mais adequada e em terceiro lugar se isto significa a impossibilidade ou possibilidade de recorrer ao fundo ao fundo de solidariedade da União Europeia ou até outro tipo de de mecanismos nomeadamente à à reserva para ajudas de emergência h e eu vou procurar de forma muito sintética dar resposta a estas diferentes questões eh primeiro o o montante dos 500 milhões naturalmente que é um montante digamos assim do ponto de vista da referência Eh que que fica do ponto de vista quantitativo não é um montante pequeno e portanto eu diria que 500 milhões de euros digamos assim para arrancar com algumas medidas de recuperação dos prejuízos causados pelos incêndios eu diria que é digamos assim um um ponto de partida que não é eh despiciendo e portanto esses 500 milhões de euros podem vir a a significar uma ajuda e grande nessa capacidade de recuperação e de resposta a esses prejuízos eh a questão que fica por saber é se verdadeiramente e essa é a resposta à segunda à segunda parte da sua pergunta eh se o desbloqueio destas verbas que na prática já estavam alocadas a Portugal por via das políticas de coesão é de facto o instrumento mais adequado e não me parece que seja as políticas de coesão não tem como objetivo dar a reparação a catástrofes naturais a problemas como incêndios eh a reparação de prejuízos que ocorrem num terminada circunstância as políticas de coesão e os fundos de coesão servem para dar resposta a problemas que os países enfrentam de forma desequilibrada e assimétrica h e portanto os fundos de coesão destinam-se a compensar os países eh por determinados impactos que as políticas europeias têm que precisam de ser Compensados para garantir digamos assim algum equilíbrio na situação entre os diversos países o facto de Portugal já ter já ter eh digamos assim eh do âmbito das políticas de coesão afetado um determinado montante a determinados objetivos da política de coesão digamos assim que que não permite que sejam agora desviados 500 milhões para a resposta aos incêndios garantindo-se que continuamos a ter os mesmos montantes para a política de coesão e portanto a primeira a primeira resposta a essa que eu queria dar à sua pergunta de forma muito direta é que é preciso assegurar que os 500 milhões que saem das políticas de para esta resposta de emergência aos incêndios sejam Compensados para que não fiquem a faltar nas políticas de coesão e por fim eh o o fundo de solidariedade e a reserva de ajudas de emergência h o fundo de solidariedade e as reservas de ajuda de Emergências são dois mecanismos digamos assim que existem na União Europeia para dar resposta a situações de catástrofes naturais e à reparação dos prejuízos que essas catástrofes causam a reserva de ajudas de emergência é digamos assim um expediente mais rápido para assegurar uma capacidade de resposta em caso de catástrofe naturais mais no imediato tem no entanto um alcance mais limitado ao contrário o fundo de solidariedade digamos assim é um um um um mecanismo com uma proteção uma capacidade de resposta aos prejuízos mais significativa mas é mais demorado porque ele exige a avaliação dos danos e dos impactos económicos que decorrem dessas catástrofes naturais e o que significa em muitos casos um desfasamento não só temporal mas eventualmente até em termos de montantes eh por coincidência ou não ontem mesmo na comissão de orçamento que faz parte tivemos a discutir um relatório a propósito do do recurso de vários países da União Europeia ao fundo de solidariedade para compensar prejuízos que sofreram em 2023 e eu queria deixar apenas esta referência a Itália registou na cheias na zona da Emília Romana de 2023 registou prejuízos de 8,5 mil milhões de euros aquilo que tá proposto é um apoio de 379 milhões a eslovénia 7,3 mil milhões está proposto 428 milhões a Áustria 208 milhões está proposto um apoio de cinco a Grécia prejuízos de 2,3000 milhões um apoio de 101 eu estou a dizer isto para para exemplificar aquilo que estamos a tratar cheias e catastrofes naturais ocorridas em 2023 estão ainda em decisão no âmbito do Fundo de solidariedade aqui no Parlamento europeu e para além da demora já lá vai mais de um ano em relação a algumas dessas catástrofes já lá vai mais de um ano para além da demora na resposta do Fundo de solidariedade o alcance da resposta digamos assim em relação ao volume total dos impactos é muito limitado porque há uma exigência de comprovação digamos assim dos prejuízos a reparar e da da possibilidade de recursos aos Fundos europeus do Fundo de solidariedade para fazer essa reparação e portanto eu diria que e eh Há uma exigência e com isto concluo há uma exigência grande do governo português de procurar encontrar todos os mecanismos que possam permitir financiar digamos assim o com fundo com financiamento europeu hh eh digamos assim os mecanismos de reparação dos prejuízos causados pelos incêndios é importante que isso não seja feito à custa de outros objetivos nomeadamente dos objetivos de coesão e é importante que se eventualmente forem agora utilizadas verbas dos fundos de coesão elas não fiquem a faltar nos fundos de coesão e de alguma forma possam ser eh repostas e é preciso que o governo Português apesar do alcance limitado que tem queer a reserva para ajudas de emergência queer o fundo solidariedade não deix de ponderar também o recurso a esses mecanismos H eh eh eh pronto tendo em conta que Eles serão sempre mais demorados e eventualmente de menor menor alcance Marana Vieira da Silva deve o governo também tentar recorrer a este complemento de solidariedade e pedir alguma brevidade na resposta sim muito obrigada eu eu a primeira coisa que queria dizer é que a forma como o primeiro-ministro fez o anúncio nos limita bastante nesta análise porque eu eh compreendo E concordo genericamente com o que disse o João Oliveira que cumprimento mas e desde que a utilização do Fundo de coesão como aliás aconteceu na sequência da pandemia respeito os prin princípios da política de coesão e contribuia contribua para os mesmos objetivos eu não vejo nenhum mal muito menos pelo contrário na sua utilização a questão é que nós precisamos de saber de onde saem estes 500 milhões é da política de transportes é da daquilo que já estava previsto para desenvolvimento e das diferentes regiões de convergência de onde saem estes 500 milhões não é uma não é uma não é uma informação que nós possamos dispensar para fazer este comentário quanto ao mais o processo não é simp e portanto eu já o tendo feito também sei é preciso fazer aqui agora um um levantamento dos prejuízos e se se atingir o valor julo que o país deve fazer aquilo que sempre fez que é utilizar estes mecanismos na medida em que Muito provavelmente pelo que vimos na televisão atingiu esses esses valores txi que foi Prometida muita fiscalização há depois H distribuição deste valor para a recuperação H acredita que não vai acontecer o mesmo que aconteceu em 2017 temos que acreditar que não e o país o país e todos os agentes políticos devem aprender com com aquilo que são experiências quer positivas quer negativas e neste caso foi foi negativa mas eu ia lhar um exemplo agora de uma positiva que para e há penso que há 10 anos não sei se foi em 13 foi 14 e houve era o governo do do engenheiro Sócrates o ministro da Agricultura o ministro do terreno e a zona do Oeste foi e vítima de um de uns furacões que destruíram por completo tudo nadamente infraestruturas agrícolas o senhor Ministro esteve lá e aquilo que prometeu mais do que o dinheiro foi dizer vamos agilizar a ajuda para que ela chegue em tempo útil equipas do ministério vêm para aqui para vos ajudar a a fazer tudo o que tem que ser feito nós não vamos deixar que a burocracia mate as empresas que querem sobreviver Ora bem é que aqui aquilo que nós podamos a precisar independentemente se o dinheiro vem do fundo a fundo B fundo C se vierem de todos melhor eh independentemente disso é que não aconteça aquilo que estava a dizer o João Oliveira faça às cheias do ano passado em alguns países europeus é que passa um ano e que o dinheiro não chega às pessoas porque depois e a longo prazo Samos todos mortos e E aí já não há ajuda que seja possível vamos também acompanhar esta distribuição nas próximas semanas e as regras que serão definidas doarte Pacheco Mariana Vieira da Silva João Oliveira muito obrigada a por o casa comum desta semana ficamos por aqui para regressa na próxima quarta-feira euranet Plus Milano ZR
2 comentários
Caso haja eleições antecipadas, o PS corre o risco de voltar a perder as eleições. As eleições não são péssimas para o País, pois o país está mal. É mau sim para os partidos, principalmente para o PS
O PS enquanto esteve no governo durante anos, não resolveu os problemas existentes no país, tinha sempre um discurso de que a oposição só se preocupava em acusar. Agora que são a oposição estão preocupados com as soluções. Este governo só está a governar à 5 meses, quando os problemas vêm de trás. Muito sinceramente só muda a cor, são todos iguais. E como é óbvio o PS não se vai prejudicar até porque quer ganhar as próximas eleições