🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
Esta é a história do dia da Rádio observador como o governo quer salvar o orçamento do estado e esse pensamento eu posso resumi-lo dizendo que estamos relativamente ao oramento do estado para 202i na su porque estamos conscientes que os doos não são solução na reunião do Conselho Nacional do PSD na segunda-feira a encerrar um discurso de 20 minutos Luís Montenegro deixou o aviso não quer governar em duodécimos ou seja sem orçamento do Estado aprovado não há solução esta sexta-feira depois de vários solavancos o primeiro-ministro e o líder da oposição Pedro n Santos reúnem-se para falar sobre a proposta do orçamento para o próximo ano haverá ainda uma saída para esta crise é precisamente sobre isso que vou falar com o Miguel Santos carrapatoso editor adjunto de política do Observador eu sou o Ricardo Conceição e esta é a história do dia de sexta-feira 27 de setembro bem-vindo Miguel Olá Ricardo no episódio de de terça-feira da história do dia com a Rita Tavares falamos daquela guerra dos comunicados e da forma como chegamos aqui a este momento da discussão orçamental neste momento quando finalmente a reunião entre Pedro Nunes Santos e Luís Montenegro em que ponto é que estamos desta novela eu juntava à guerra de comunicados aquelas declarações de luí Montenegro no Conselho Nacional do PSD no arranque da da semana em que disse finalmente que não aceitaria governar eh em Duel de décimos e portanto consequência prática disso é havendo um chumbo orçamental teria de haver eleições antecipadas H isso também foi visto como um ato de de hostilidade por parte do luí Montenegro que fez outras considerações como sugerir que Pedro Nuno Santos estava a revelar imaturidade e infantilidade junto também eh a ida de Pedro Nuno Santos ao terreno em que sabendo que luí Montenegro Tinha agenda em Nova Yorque para est na na assembleia geral da ONU desafiou o primeiro-ministro a ir ao terreno fez uma série também de os incêndios ver ver o ver o o ver o os locais mais afetados pelo pelos incêndios portanto arranque o arranque da semana foi marcado de facto por essa crispação mas temos vindo a assistir a uma diminuição da da da tensão entre as partes o que parece significar que eh tanto PSD como partido socialista perceberam que era era preciso algum baixar de decibeis e algum recado para que as negociações pudessem avançar ou um exemplo que foi notícia do Observador eh Hugo Soares enviou uma mensagem aos deputados do partido social-democrata a pedir que não participassem em mais debates televisivos ou radiofónicos ou tampouco falassem sobre o orçamento do Estado precisamente para não comprometer as negociações que vão começar a sério a sexta-feira mas ele próprio acabou por falar não é é verdade isso tem uma explicação o próprio disse-o na na no debate de Antena 1 já havia o compromisso já estava agendado e portanto eh não quis cometer a descortesia de de Cancelar esse mesmo debate eu usei aqui o termo novela que Neste contexto pode ter um tom depreciativo no sentido de folhetim H daqueles folhetins mauzinhos mas isto Miguel é ou não é normal haver esta tensão haver esta discussão O que é que nos diz a história das discussões orçamentais para não não fazermos arqueologia política Vamos só olhar para o que foi o início e o fim e da geringonça eh no início houve pelo menos as negociações eram discretas e eram fluídas não havia um drama enorme à volta das negociações claro que havia aspectos mais difíceis mas não havia este drama todo já no final já perto do final da geringonça todo aquele período foi muito semelhante àquilo que estamos a viver muitas linhas vermelhas muito eh drama associado muitos eh muitas vozes a dizerem O que é que devia deveria ou não acontecer eh e assim que se percebeu H primeiro com o bloco de esquerda E depois com o PCP de que a esquerda poderia estar mesmo tentada a ROM per corda eh vimos o partido socialista a a chamar-lhe um figo naturalmente por muito que agora digam o contrário na altura perceberam rapidamente tinh tinham aí uma oportunidade para fazer exatamente o que Luis Mont negro está a fazer agora ou seja vitimizar se dramatizar António Costa fez exatamente a mesma estratégia E também tivemos na altura Marcelo Rebelo de Sousa a pressionar muito a esquerda a viabilizar o orçamento e depois de uma segunda fase A pressionar muito Rui RIO eh para que desse a mão a António Costa dando como exemplo aquilo que fez quando era líder do PSC líder da oposição com António Guterres portanto as situações são muito idênticas o final da geringonça é muito parecido resultou numa maioria absoluta do partido socialista resultou numa maioria absoluta do partido socialista é muito Idêntica Claro com com algumas diferenças mas é muito Idêntica à aquela situação que estamos a viver agora sendo que agora estamos supostamente a início de ciclo e já parece que passaram anos desde aquelas eleições de março deste ano ex e e foram só em março regressemos aqui então então aos pontos da da discórdia a questão do IRS jovem aqui é fulcral e já agora o que é que diz esta proposta do IRS jovem que muitas vezes estamos a falar do IRS jovem esquecemo-nos de explicar que Reed proposta é esta não é Começando por este para essa última pergunta na prática o que o governo quer ou queria era uma redução de de dois ter3 do IRS para jovens até aos 35 anos que passariam a pagar 15% até estamos a falar de uma redução até a oitavo Escalão ou seja ficariam de fora mesmo um grupo muito minoritário ou ficaria de fora melhor dizendo um grupo muito minoritário de rendimento então eu vou soltar aqui um lamento para te dar hipótese de continuares a resposta que é olas quer dizer quem não tem 35 anos está tramado tu ficas fora por um ano ou dois tanto quanto sei se meses e e e e há um ponto importante aqui que é independentemente da situação profissional se já ganha muito já ganha pouco neste intervalo até o oitavo Escalão eh das funções que tem ou não na empresa h e do nível de escolaridade e portanto é um corte cego eh Essa é a proposta e do ou é é a proposta original do governo logo veremos qual será a proposta final eh o partido socialista nomeadamente Pedro Santos entende que esta medida é em Justa e é injusta e é um exemplo que é muitas vezes dado imaginando que um jovem com 34 anos na mesma empresa tem as mesmas funções passaria a pagar menos 2/3 de IRS um jovem com 36 ficaria na mesma e portanto o partido socialista considera que essa que é o teu caso tanto quanto sei eh Portanto o partido socialista considera que a proposta é injusta h ineficaz e muito provavelmente não opinião do partido socialista e não só mas aqui centrando no partido socialista inconstitucional e portanto não quer de todo que esta proposta seja e ou ou faça parte do orçamento do estado e há outros pontos complicados ou ou pistas que nos permitam vislumbrar um desfecho para tudo isto há um há uma pista interessante e está no texto que foi publicado no observador Assinado por mim e pela Rita Tavares que é o acordo ou a proposta de acordo de concertação social que é um acordo negociado com patrões e sindicatos eh e nesse Nessa proposta de acordo o irc a proposta do governo para o irc eh está transcrita eh tal como ela foi pensada Originalmente portanto uma redução do em dois pontos percentuais em 2025 as empresas passariam a pagar e 19% de irc uhum e depois um há um calendário até a cumprir até 2028 com mais reduções portanto um corte transversal aqui uma das Linhas vermelhas de Pedro n Santos na questão do IRS jovem está de facto existe de facto essa referência na proposta de acordo mas é uma referência muito vaga sem calendário sem modelo sem valores o que indicia que de facto o governo estará a falar a sério quando diz que está disposto a modelar muito essa medida e aproximar-se Decididamente ou seriamente do partido socialista ainda assim alerto h o partido socialista discorda profundamente da filosofia da proposta do governo Ah o que o partido socialista defende um tal um modelo de IRS jovem que já existe é totalmente diferente da proposta do governo portanto é preciso aqui um grande esforço de imaginação e criatividade eh para tentar antecipar como é que o governo consegue pegar na sua proposta e aproximar-se de facto muito para não dizer totalmente uhum do modelo que o partido socialista defende existe margem e essa margem será esgotada até ao limite para que o interesse Nacional o interesse das pessoas o interesse do país possa sobrepor-se a qualquer outro Muito obrigado e bom trabalho muit Obrigado já voltamos à conversa com o editor adjunto de política do Observador Miguel Santos carrapatoso ainda haverá saída para esta proposta de orçamento do Estado 2025 não havia mulheres assim ou havia muito poucas mulheres assim em Portugal ela era genuinamente uma mulher revoltada Esta é a história de Vera Lagoa a mulher mais temida pelos poderosos de todos os regimes afrontou aazar desafiou os militares de Abril e ridicularizou os que se achavam donos do país tens medo em Lisboa tens medo medo bem claro isso é palavra chave para me levar para Rua pedras na mão se for preciso a grande provocadora é uma série para ouvir em cinco Episódios faz parte dos podcast Plus do Observador é narrada por mim José mata com banda sonora original de molin estreia a 1 os podcast Plus do Observador tem o apoio da Kia estamos de regresso à conversa com Miguel Santos carrapatoso editor adjunto de política do Observador Miguel se a proposta de orçamento do estado não chumbar e no Parlamento ninguém morre no dia seguinte o sol volta a nascer ou Não esperem que sim agora uma coisa ficou Evidente esta semana quer pelas declarações de Marcelo ril de Sousa quer pelas declarações de Luís Montenegro durante muito tempo demasiado tempo houve muitos cenários sobre o que poderia acontecer em caso de chumbo orçamental a questão dos do démos depois Pedro Nuno Santos e falou na hipótese de vir aprovar um orçamento retificativo se este fosse chumbado tudo isso se desfez esta semana quer Marcelo ril de Sousa quer Luís Montenegro disseram quase taxativamente que se o orçamento do Estado fosse chumbado haveria uma crise política logo eleições antecipadas Tu disseste quase taxativamente ou seja podemos afirmar quase sem margem para dúvida que sem orçamento há eleições ou é e imprudente pôr 100% do nosso capital nesta nesta aposta depois do que disse Marcelo Rebel de Sousa creio que é já vimos muita coisa não é não creio que é um dado adquirido que se este orçamento do Estado chumbar vai eleições antecipadas É verdade que Marcelo rubel de Sousa não deu esse espço publicamente Uhum mas todos os sinais que existem vindos de blé apontam nesse sentido no caso luí Montenegro é É verdade que não disse que se demitiria caso o orçamento do Estado fosse chumbado mas ao recusar e a ideia de governar em Du décimos também significa que não não está disposto a apresentar por exemplo um segundo um segundo orçamento eh é porque é que luí Mont negro não fala em eleições antecipadas Porque quem tem a competência de dissolver a assembleia da república e de convocar eleições é Marcelo R Sousa é o presidente da república portanto Luiz Montenegro como é como dá muita atenção essa esse aspeto mais institucional nunca falaria em eleições antecipadas mas não nesta fase pelo menos mas porém contudo temos assistido a a a um desfilar de de declarações fum ias mais ou menos inflamadas de um lado e do outro vão Montenegro e Pedro Nuno ter de reconhecimento vão Montenegro e Pedro Nuno ter de reconhecer publicamente que estão a a recuar ou a engolir um sapo para depois abrir a porta a que o orçamento passe há aqui uma questão que deve ser sempre h incluída quando estamos a a pensar no que pode acontecer ou tentar antecipar hh Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos não T grande simpatia um pelo outro do ponto de vista político e isso essa questão pessoal essa essa relação não queria pôr as coisas no plano pessoal mas essa pouca admiração política eh pode eh impor-se à questão mais racional de perceber que que quer um quer outro não tem grande coisa a ganhar com eleições antecipadas portanto não devemos considerar o fator humano agora é evidente que alguém tem de engolir um sapo Luís Montenegro porque pode ser obrigado ou terá de ser obrigado a abdicar de uma das propostas mais emblemáticas e da Aliança democrática quer na campanha eleitoral quer no programa de governo e pedo n do Santos se tiver de aceitar por exemplo que é uma hipótese eh que está a ser encarada com alguma seriedade por parte de gente ligada ao governo se luí se Pedro mon Santos tiver de aceitar uma redução transversal do irc Isso é muito difícil para o partido socialista eh recordo e há um histórico nisto que Antonio José seguro aceitou essa medida e e desenhou a com Pedro passos Coelho António Costa assim que chegou ao Largo do rato rasgou esse compromisso portanto Ficou sempre essa ferida aberta eh no partido socialista e Pedro Santos não querum erá seguir o exemplo de Anton é seguro mas H se não for dada assim uma espécie de de de margem de recu ao nosso oponente ou neste perante perante uma discussão tão complicada e tão séria como esta se tudo for fechado não há hipótese de desbloquear a situação há algum algum uma saída secreta algum algum uma linha Para onde para onde os dois cada um do seu lado poderá poderá sair Admito que sim e e e se os dois estão a falar a sério quando dizem que não querem eleições e porque não aproveit ninguém as eleições não é em teoria não poderemos depois Disc fal já falamos So isso mas para não complicar muito ou para não entrarmos em grandes cenários olhando para as sondagens que existem ao dia de hoje eh não aproveitar ninguém uma crise política há uma frase que nos foi dita por um elemento do governo que eu acho particularmente interessante aliás duas o governo não vai humilhar Pedro Nuno Santos uhum e a segunda frase é o governo tem consciência de que tem de dar uma saída a PED n hum do lado do partido socialista também temos alguns sinais de que as negociações estão a ser encaradas com seriedade isso se o clima eh for esse à mesa da reunião entre o Luís Monte neega e Pedro n Santos parece-me que pode haver algum espaço para cedências de parte a parte mas estes dois elementos não jogam sozinh sozinhos aliás Há muitas pressões há partidos a representar Há muitas ideias a defender Num caso e no outro as coisas chegaram a um ponto de crispação em que qualquer margem de recuo será sempre encarada como uma derrota lá está como um engolir de um sapo isso tem custos do lado do governo diz-se que que seria impensável um governo tão minoritário com um apoio parlamentar tão frágil perder autoridade por completo Se abdicar destas duas propostas ou ou se as mudar profundamente o lado do partido socialista há quem pense e há quem entenda gente próxima de penun Santos que eh ter uma Morte Lenta durante do anos ou durante quatro não é solução portanto Este é o momento para partir para partir e é o momento para que Pedro nun Santos ou que Pedro nun Santos tem melhor dizendo de afirmar a sua liderança se comprar um orçamento por um preço demasiado barato o partido pode não perdoar a Sant Obrigado Mig Obrigado Miguel Sant carrapatoso é editor adjunto de política do Observador esta foi a história do dia aopa música do genérico do João Ribeiro eu sou Ricardo Conceição bom fim de semana