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C continentes na rádio observador todas as semanas viajamos pelo mundo para analisar a geopolítica internacional sempre com a ajuda do Historiador Bruno Cardoso Reis Bom dia Bruno bem-vindo Olá bom dia obrigado bom dia já sabe que agora os cinco continentes tem duas partes num programa de uma hora Bruno na segunda parte Vamos fazer um balanço à assembleia geral da ONU Mas nesta primeira parte como é habitual vamos às guerras e à Europa começamos com a guerra no médio Oriente Bruno e muitas vezes falamos em Gaza Ora agora o foco está no Líbano com eminência de um ataque terrestre de Israel ao país H tivemos agora também a informação de que o líder do holá terá e morrido nos ataques de Israel H pergunto que Impacto e é que esta morte pode ter e também Qual o histórico das relações entre Israel e o Líbano bem eh realmente é um pouco um paradoxo porque o Líbano e Israel começaram por ser em 1900 a seguir à Segunda Guerra Mundial quando ambos se tornam Independentes eh são os dois únicos estados no médio Oriente que não têm uma uma população maioritariamente muçulmana Eh Ou seja o Líbano é basicamente criado até como um refúgio digamos assim so proteção francesa de eh grupos cristãos cristãos maronitas sejam da linha Ortodoxa seja até da linha católica eh e também de uma série de grupos vamos pôr Assim entre aspas heréticos do do Islão por exemplo os drusos h e eh e depois também os próprios chitas h de facto o Líbano e e Israel começam por ter uma série de décadas basicamente até aos anos eh final dos anos 60 início dos anos 70 eh várias décadas em que têm relações relativamente boas pelo menos bastante melhores com os outros estados árabes É talvez a fronteira mais estável de e e e com menos os problemas de de Israel hh muito como resultado disso o Líbano teve uma participação muito limitada na na guerra contra a independência de Israel em 1948 em que os estados árabes tentam eliminar Israel logo à nascença eh e depois disso na nas seguintes isso começa realmente a mudar quando a LP começa a ter uma presença cada vez maior no Líbano a partir do final dos anos e da sua própria Fundação e da sua crescenta atividade também de eh de da com ataques contra Israel a partir de final dos anos 70 e sobretudo a partir de 19 171 quando é expulsa da Jordânia onde tenta tomar o poder contra o rei eh o sein o pai do atual rei da Jordânia e e realmente passa para o Líbano e isso vai criar uma dinâmica D estabilização que é crucial depois na própria guerra civil libanesa a partir de 1975 eh e Israel vai realmente começar a envolver-se cada vez mais e sobretudo em em 1982 faz uma invasão em grande escala tenta ocupar até a capital libanesa também para forçar a expulsão dos palestinianos eh desde aí sucedem-se uma série de décadas de guerras de envolvimento de Israel no no Líbano sobretudo no sul do Líbano onde Israel se mantém até 2000 portanto até ao final do do século XX eh e onde voltou depois em 2006 Eh aí realmente nessas guerras é que o W bolá vai emergir realmente a partir do início dos anos 80 como o grande movimento de resistência mais eficaz eh contra eh contra Israel e aí também que vai emergir esta figura de nasrala ele é o número dois do do movimento do hezbolá partido Deus é isso que quer dizer hezbolá criado muito com o apoio do Irão do novo irão revolucionário da da República islâmica criada em 1979 h e e depois assume no fundo a fia do Movimento em 92 quando o o líder anterior é morto também por Israel H realmente o o hezbolá não é um movimento como os outros na relação com o irão ou seja não é como hamaz ou como os utis é um movimento especial próximo especialmente importante especialmente próximo até em termos religiosos a sasala não é por exemplo o líder secular como era Ismail ania o líder do amas que aliás é um movimento sunita é um clérico shí é alguém que tem uma relação até religiosa com o próprio gria supremo do Irão portanto numa república de aatas que é o irão no fundo azala é muito um deles não é e portanto isso do meu ponto de vista torna realmente muito mais provável uma uma escalada bastante perigosa h o Israel realmente mostrou aqui ter um nível de informações muito superior em relação ao hezbolá do que tinha em relação por exemplo ao amas fez uma operação de decapitação Sem precedentes muitas vezes Israel tem assassinado líderes destes movimentos do amas do es bolá Mas neste caso basicamente foram assassinados ou estão gravemente feridos todos os principais dirigentes eh do do do es bolá portanto é um nível digamos de capitação sem precedentes isso provavelmente torna mais difícil a sucessão e também uma direção estratégica aqui Clara e isso do meu ponto de vista também significa que o papel do Irão será aqui especialmente importante eu resisto muito a esta ideia de que esta visão muito Simplício há umas potências que mandam em tudo e depois o resto é tudo marionetas e portanto não acho que o es bolá seja simplesmente um instrumento do irão mas é realmente muito mais próximo do que a maior parte dos outros movimentos que estão Aliados ao irão na região e neste momento eu diria que está numa situação de grande fr idade por causa desta decapitação da sua liderança e portanto como eu dizia acho que aqui realmente a decisão do Irão será crucial eh o irão realmente não tem boas opções porque claramente Israel tem informações muito boas sobre o es bolá tem um nível de penetração no movimento muito superior ao H mais portanto pode realmente provavelmente causar muitos estragos ao movimento se houver aqui uma decisão de escalada de uma guerra em grande escala eh entre o hes bolá e o irão e e Israel e provavelmente também tem informações e contração grande no próprio irão Eu recordo que o líder do amas foi assassinado em plena capital iraniana não é por acaso que estão a aparecer notícias de que o guia e supremo o aiatola camne está refugiado em parte incerta não é sim está no local sur é o a única coisa que sabemos exatamente mas mas mostra bem que é um receio real de que ele poderia ser um alvo e que Israel até poderia ter alguma ideia de onde é que ele estaria eh e por outro lado se o irão não responder também é uma enorme perda de face quer dizer é uma demonstração enorme de ência de incapacidade de proteger ou estes movimentos que que no fundo são os seus aliados de reagir em relação a Israel de concretizar estas ameaças que faz sistematicamente de uma Retaliação sem precedentes e portanto realmente é difícil ver que o que o irão deixe de reagir Ou seja que haja aqui realmente uma uma escalada mas há realmente um risco de que eh aparentemente Israel consiga ter aqui um nível de informações e de eficácia por exemplo não não conseguiu ter com com a mas portanto isto realmente torna muito mais provável uma escalada perigosa eh e uma intensificação do conflito no no médio Oriente e e o alargamento também do conflito em termos em termos regionais uhum Bruno vamos agora à guerra da Ucrânia Vladimir zelenski foi finalmente aos Estados Unidos é uma visita que se aguardava com muita curiosidade e já que zelenski também elevou a expectativas escutam falado plano para a Vitória e é verdade que sai aqui com um novo apoio mais de 7.000 milhões de euros eh podemos dizer que zelensk sai dos Estado Estados Unidos da América com aquilo que cria à partida para a viagem eu acho que não podemos dizer isso embora eh provavelmente também digamos os objetivos declarados eh correspondem muito a esta e este este esforço da Ucrânia no fundo para procurar apoios sendo que os dirigentes ucranianos sabiam que era pouco realista ou seja eh no fundo condições para uma vitória eh bem implicava a a revisão pela administração biden das famosas linhas vermelhas portanto não só um reforço do apoio mas sobretudo eh uma eliminação de de algumas destas linhas vermelhas no emprego de armamento mais sofisticado mais avançado com mais alcance isso não aconteceu e também não aconteceu uma outra questão que era eh no fundo procurar eh garantir um apoio consensual ou seja bipartisan como se diz na linguagem política Americana ou seja dos dois grandes partidos eh do partido democrático e do Partido Republicano É verdade continua a haver senadores congressistas republicanos que apoiam eh fortemente a Ucrânia eh mas a verdade é que o atual líder do Partido Republicano Donald trump o seu vice-presidente JD Vent estão muito longe de ser apoiantes da Ucrânia muitas vezes parecem até reproduzir a narrativa mais da Rússia do que propriamente da Ucrânia eh e desse ponto de vista realmente a viagem não resolveu esse problema eventualmente até o pode ter agravado um pouco porque houve setores eh no Partido Republicano que se irritaram com a visita de zelens que é uma fábrica de munições na Pensilvânia já falamos aqui algumas vezes disso ao longo da semana eh é uma digamos uma visita que faria todo sentido é Recordar no fundo que muito o apoio militar americano à Ucrânia eh muito do dinheiro destes milhares de Milhões de Dólares são usados para comprar armamento em empresas Americanas portanto não saem na verdade dos Estados Unidos embora sejam vitais para a Ucrânia não deixam de ser muito bons para a economia americana para a indústria americana que são aparentemente grandes preocupações Donald trump mas realmente eh Isso foi uma visita em scent na pennsylvania que é aqui um estado oscilante e portanto esses setores reagiram eh de forma muito crítica Isto mostra bem como realmente pelo menos um setor importante e que está a ganhar peso e que tem o candidato presidencial e do Partido Republicano realmente não não tem simpatia com com a Ucrânia e portanto desse ponto de vista acho que esta visita não alterou esses dados fundamentais embora não tenha sido completamente inútil porque eh lá está trouxe Mais ajuda que vai ajudar um pouco a reforçar as defesas antias da Ucrânia mas sempre nesta lógica de manter uma resistência eficaz uma defesa eficaz mas longe desta ideia de uma dinâmica de Vitória eh brunim mesmo antes da visita de zeland aqui aos Estados Unidos Vladimir Putin anunciou uma visão da doutrina nuclear da Rússia agora a incluir ataques Aéreos massivos H Bruno Será que que está a falar dos ataques de Kev com drones e mísseis Qual é o histórico da Rússia com a potência nuclear e também pergunto qual é o significado de tudo isto bem é o significado é isto não é verdadeiramente uma revisão séria de doutrina nuclear aliás até formalmente e a doutrina nuclear não se revê com uma não se faz uma revisão com uma declaração do presidente da Rússia não é portanto é um documento com outra dignidade eh portanto eh é isto no fundo mas sobretudo e mais substantivamente isto não é realmente uma revisão séria da da doutrina é mais um episódio desta tentativa eh da Rússia de fazer chantagem nuclear eh sobre os países ocidentais aparentemente estão eles estão convencidos que estão a conseguir a ter agora algum efeito sobretudo na em países como a al eh realmente a união a própria União Soviética a Rússia comunista quando se torna uma potência nuclear a partir de 1949 também tenta em várias ocasiões fazer isso fazer esta chantagem nuclear também temos manifestações em vários períodos por exemplo nos anos 70 foram muito intensas e nos anos 80 também eh com esta ideia mais vale eh vermelho do que morto não é portanto evitar a guerra a todo o custo fazendo todo o tipo de de cedências à à União Soviética essas posições nunca tiveram vencimento se tivessem tido por exemplo eh e já que estamos a falar da Alemanha por exemplo Berlim ocidental o Berlim livre teria sido perdido teria sido ocupado por tropas soviéticas durante muitas décadas eh porque realmente houve em várias ocasiões crises que pareciam ir levar a uma terceira guerra mundial e em que a união cética ameaçava com isso depois nunca concretizou essas ameaças mas realmente a lógica que prevaleceu sempre na doutrina e na prática mas nem sempre nas declarações da União Soviética foi a lógica da dissuasão ou seja da não utilização de armamento nuclear e até porque há outros potências nucleares também e portanto há sempre o risco de que essa utilização levasse realmente a uma Terceira Guerra Mundial nuclear que seria o suicídio para toda a gente é verdade que seria terrível para os países ocidentais Mas não seria menos terrível para para a Rússia ou neste caso para eh para a União Soviética eh portanto aqui o que eu acho que é fundamental sublinhar é que realmente em termos do histórico e e e já agora Recordar Este ponto que é importante eh a União Soviética eh chou a ter mais de 40.000 ogivas nucleares atualmente a Rússia continua a ser o país com mais armas nucleares uhum eh mas eh chegou a ter eh dezenas de milhares de armas nucleares e mesmo nessa altura eh os países ocidentais os Estados Unidos as potências nucleares europeias a grã-bretanha a França eh os seus aliados nunca cederam a essa essa chantagem portanto aqui o ponto que eu acho que é de sublinhar é o que o histórico mostra é eh não há nenhuma razão racional eh para esperar que essa escalada aconteça ela nunca aconteceu mesmo com a a em conflitos em que a União Soviética estava a perder o conflito por exemplo no Afeganistão contra atores não estatais que não tinham obviamente armas nucleares como os Estados Unidos também nunca fizeram recurso armas nucleares no Vietnam ou na Coreia por exemplo onde a a União Soviética eh apoiou não só com o armamento mas até com pilotos e aviões eh o ataque da Coreia do Norte às tropas norte-americanas portanto e seria mas fado absolutamente sem precedentes na história é alo que é rejeitado que é criticado até por Aliados países próximos da Rússia como a China ou a Índia já foi publicamente sinalizado isso por várias vezes e Seria algo que seria completamente eh injustificado injustificável uma mais uma vez uma violação ainda mais grave da Lei internacional um agravar desta guerra de agressão contra a Ucrânia que tem sido sempre sistematicamente rejeitada Pelas Nações Unidas pela maioria dos países das Nações Unidas em todo caso há haver uma escalada mesmo que no ar parece-me que H isso seria eh contra a Ucrânia e portanto tê de ser os ucranianos sobretudo a gerir e esses riscos até onde é que querem ir um ataque nuclear contra as potências ocidentais seria realmente no fundo um suicídio coletivo acho que isso é completamente irracional seria achar que Putin já perdeu completamente a cabeça vamos dizer assim uhum Bruno vamos fechar esta primeira parte na na Europa apanhamos vo até a Alemanha onde houve eleições jornais no brandemburgo ora vistos os resultados Afinal a não ganhou eh e pergunto se Afinal podemos dizer que está tudo bem em Berlim Bruno bem Berlim realmente é historicamente até capital do brandemburgo embora na verdade na atual organização Federal alemã não seja assim Berlim é uma cidade de estado como também breman e e Hamburgo eh mas realmente é basicamente a região de Berlim não é portanto a região em torno de Berlim eh aquilo que acabou por acontecer foi que afd realmente subiu muito passou de estou aqui a ver as minhas notas de 23% para quase para 29 por mas ao contrário do que as sondagens previam o SPD conseguiu subir ainda mais e conseguiu manter a liderança deste estado e portanto passou também de 26 para 30 30.9 por 31% Se quisermos do dos votos Eh agora portanto Isto mostra que apesar de tudo A Ascensão da afd digamos não é imparável não é não é impossível a outros partidos inclusive o SPD que tem tido dificuldades em várias regiões também eh ter estados eleitorais interessantes recuperar votos agora realmente não está longe de significar que está tudo bem eh o e a afd continua a subir bastante a quebrar recordes digamos assim eh mesmo na no contexto deste estado o SPD tem agora um trabalho muito difícil de criar com uma Coligação viável e provavelmente isso implica negociar com um outro movimento populista de esquerda H que eh atingiu os os 13% e passou a ser a a a terceira maior força e portanto realmente o populismo está a crescer na Alemanha ISO também nos recorda já agora é uma nota importante que a Alemanha continua a ser uma Alemanha Federal nós no tempo da Guerra Fria falávamos da Alemanha Federal para distinguir a Alemanha ocidental da da Alemanha comunista da Alemanha dita democrática eh a Alemanha democrática não era nada democrática mas a Alemanha Federal era mesmo Federal e continua a ser ou seja eh realmente isso é importante para perceber nomeadamente muitas vezes alguma fragilidade do governo central de Berlim que nos parece muito poderoso porque a Alemanha é realmente central e tem um peso económico enorme no contexto europeu da União Europeia mas em termos da dinâmica política alemã tem de contar muito com estas dinâmicas estaduais estados muito poderosos muito ricos eh portanto eh realmente a Alemanha é mesmo um estado Federal e Isso significa também que é um parceiro às vezes mais complicado em termos de política internacional em termos de política europeia porque tem de contar com estas diferentes sensibilidades e isso complicou-se ainda muito mais com a absorção da Dita Alemanha de Leste com a reunificação alemã em 1991 eh não é por acaso por exemplo que a FD é sobretudo um um um partido desta Alemanha de Leste que está muito melhor do que estava em 1991 mas continua a estar bem pior na maior parte das regiões do que a Alemanha mais ocidental muito mais rica muito mais Próspera e isso gera aqui frustrações que tornam tornam esta região mais suscetível ao populismo e depois isso cria problemas lá está em termos de dinâmicas de criar um consenso nacional para conduzir uma política externa mais eficaz e mais coerente muito bem Bruno eh ficamos por aqui nesta primeira parte mas agora relembro já sabe temos duas partes de cinco continentes já voltamos daqui a pouco aqui estees cinco continentes Bruno até já até já segunda parte dos cinco continentes na rádio observador agora sempre com uma hora de programa para analisar a geopolítica internacional Bruno Cardoso Reis bem-vindo de volta nesta segunda parte vamos aliás começamos com a reunião anual plenária da assembleia geral da ONU que decorreu esta semana em Nova Iorque Bruno vamos começar pelos básicos Afinal o que é a assembleia geral de Organização das Nações Unidas e que parte tem na história da ONU bem eh Olá a todos novamente é é realmente o mais democrático dos órgãos das Nações Unidas as nações unidas basicamente funcionam eh no seu o seu núcleo duro do sistema o chamado sistema das Nações Unidas funciona com a assembleia geral que é uma espécie de Parlamento Global portanto aí todos os 193 estadosmembros das Nações Unidas têm igual voz e igual voto eh mais uns quantos observadores o Vaticano voluntariamente é um observador sem direito a voto porque até para votar mesmo para SA abster estaria a tomar posição a Palestina pelas circunstâncias que conhecemos e também a união europeia eh mas eh portanto obviamente isso não é assim no concelho de segurança que é o órgão mais poderoso é o único que pode emitir resoluções vinculativas E também o único que pode lidar como indica o seu nome com questões de paz e de guerra e que inclusive pode mandatar autorizar legitimar uma ação militar uma ação eh contra enfim contra um estado que esteja em violação enfim dos princípios da carta etc eh a portanto a a o Conselho de Segurança é claramente mais poderoso mas como como sabemos aí estão apenas 15 estados sendo que cinco membros permanentes não só T um voto mas T um veto não é portanto podem impedir que essas resoluções sejam aprovadas mas portanto é aqui claramente o órgão mais democrático mais representativo estão estão todos os estados em em igualdade de circunstâncias depois há outros órgãos eh o o secretário geral por exemplo que é eleito aliás pela assembleia geral portanto também tem esse poder eh e o seu secretariado portanto no fundo a burocracia permanente das Nações Unidas eh e depois também o tribunal internacional da aia que os juízes também são escolhidos pela assembleia geral em concertação com o concelho de segurança eh mas portanto é realmente um órgão bastante democrático h e h como eu digo representa todos os estados membros funciona durante todo o ano com embaixadores representantes os chamados representantes permanentes mas depois tem este momento alto digamos assim em setembro eh por tradição desde desde a criação das Unidas em 1945 que é no fundo a sua a sua reunião plenária e aí por tradição também os estados fazem-se representar poros chefes de estado e de governo às vezes por ministros mas eh temos mais de 140 chefes de estado e de governo todo o mundo nesta eh por exemplo nesta reunião plenária e portanto Isso significa que sobretudo esta reunião em setembro que marca no fundo o início do ano diplomático não é não é não é do ano letivo mas é do do ano diplomático é realmente bastante importante eh tem tem sobretudo duas dimensões a assembleia geral e e sobretudo esta reunião plenária que é por um lado no fundo diplomacia pública se quisemos diplomacia parlamentar os estados publicamente dizerem ao que vão Quais são as suas grandes preocupações as suas grandes prioridades portanto permite fazer aqui uma uma síntese No Fundo Do que é que são as grandes prioridades para a maioria dos Estados eh evidentemente podem também aprovar resoluções que não sendo vinculativas não deixam de ter um peso político grande sobretudo se forem aprovadas com grandes a maiorias a e depois também é uma ocasião para diplomacia digamos discreta paralela a nos digamos nos corredores às vezes até mas nas salas de reunião em que os estados se encontram eh com os estados que querem não é eh bilateralmente com outros estados muitas vezes em em grupo por exemplo há uma reunião sempre dos Estados da cplp e e em Nova Yorque no fundo também para coordenar posições dos Estados da União Europeia enfim portanto há aqui múltiplas reuniões eh em múltiplos formatos eh e portanto isso também é eh uma dimensão mais discreta mas não menos importante inclusive porque muitas vezes permite encontros eh entre Estados que até nem têm relações diplomáticas normais eh por exemplo os Estados Unidos com o irão ou com cuba etc e portanto é realmente também desse ponto de vista eh bastante útil Embora tenha esta limitação de base que é realmente à partida as suas decisões vamos dizer assim as suas resoluções têm peso político eh ajudam a legitimar ou deslegitimar mas de facto não tem força vinculativa não não se Torn um lei internacional Bruno vamos avançar eh ainda para aquilo que foi o conteúdo desta assembleia geral desde o discurso da Palestina passando pelo discurso de Benjamin natania tivemos aqui vários destaques eh diria aqui que esse destaque também vai muito para o primeiro-ministro de Israel eh foi vaiado sublinhou que o país está a ganhar a guerra e a minha pergunta é os destaques andaram todos mais ou menos à volta dos conflitos quer aqui no médio Oriente quer também na Ucrânia e noutras paragens com já aqui falamos bem eh eu diria que muito sim ou seja foram claramente os aspectos que tiveram mais Eco e também das intervenções que tiveram mais é mamud Abas pela Palestina a Palestina como eu digo pode falar é um observador não pode votar Mas pode falar do primeiro-ministro de Israel enfim falou-se muito também da questão de eh da Ucrânia para minha surpresa positiva falou-se até mais por exemplo do Sudão desta guerra civil terrível no Sudão a maior crise humanitária que estamos a viver até do que tem acontecido no passado mas falou-se de da birmânia portanto V mas houve um grande foco nos conflitos armados que realmente são o maior desafio Depois tem imensas implicações em termos de refugiados de destruição de pobreza etc eh mas não se falou apenas disso falou-se de outras questões eu destacaria este pacto para o futuro eh o secretário geral mostrou aqui uma uma grande proatividade e até alguma popularidade também a sua capacidade de fazer Pontes mesmo num contexto on essas Pontes São cada vez mais difíceis por causa de conflitos entre grandes potências e E aí e eu destacava até uma derrota significativa da Rússia foi a única grande potência que se opôs esse pacto para o Futuro no fundo uma agenda de reformas das Nações Unidas Inclusive a reforma do concelho de segurança mas também por exemplo avançar para a governação do Espaço Digital da Inteligência Artificial e mais iniciativas também no campo do do combate às emergências climáticas que foi outro tema que também surgiu muito eh e realmente eh a Rússia tentou descarrilar isso à última da hora foi extremamente criticada por pela união africana pelo México enfim por uma série de países do sul global que muitas vezes até não são muito críticos da Rússia e teve uma uma derrota esmagadora e significativa 143 votos contra a sua resolução que no fundo anulava esta esta iniciativa eh com apenas outros seis estados par e a votar ao lado dele da Rússia como a Coreia do Norte a Venezuela enfim digamos os suspeitos do costume eh e portanto eu acho que apesar de tudo é destacar esta capacidade de António Guterres em circunstâncias muito difíceis apontar Para o Futuro apontar para uma reforma das da por exemplo do concelho de segurança o seu alargamento é realmente escandaloso por exemplo não haver membros africanos no Concelho permanentes no concelho de segurança isso tem uma explicação histórica o concelho de segurança como as nações unidas foi criado em 1945 e basicamente reflete Os Vencedores da Segunda Guerra Mundial e também o facto na altura África basicamente estar ainda eh sob governação e sob dominação sobre opressão Colonial apenas dois estados eh africanos foram membros fundadores das Nações Unidas as nações unidas tinham apenas 51 estados membros agora tem 193 só a Libéria e a a Etiópia que foram é é que eram os estados africanos Independentes nessa nessa época e portanto eh houve apesar de tudo aqui espaço para outras questões mas realmente as guerras dominaram completamente a discussão e aí não houve realmente grande acordo ou seja houve posições muito desencontradas refletindo aqui as estas alianças estes blocos também em formação de uma dinâmica um pouco de Segunda Guerra Fria que torna realmente bastante mais difícil o trabalho das Nações Unidas sobretudo em conflitos onde estejam envolvidas grandes potências já Portugal Bruno discursou pela voz de Luís Montenegro o primeiro-ministro falou pela primeira vez em Nova iork e Apelou a uma ação mais eficaz da ONU no conflito no médio Oriente Estamos também profundamente preocupados com a situação humanitária e a perigosa escalada na região do médio Oriente Face aos acontecimentos no Líbano apelamos à máxima contenção das partes para evitar o aumento da escalada condenamos firmemente os horríveis ataques terroristas executados pelo amaz e exigimos a libertação de todos os reféns é igualmente imperativo retomar negociações com vista à implementação da solução dos dois estados a única que poderá trazer estabilidade à região Bruno ouvimos aqui o apelo do primeiro-ministro mas não foi essa a única prioridade de Portugal na assembleia geral das Nações Unidas Bruno como é que se saiu o nosso país bem eu acho que se saiu relativamente bem embora esta esta declaração não será provavelmente das mais eficazes vamos dizer assim mas acho que por exemplo em relação a gasa como ouvimos a posição foi realmente bastante pertinente e equilibrada eh H mas e realmente eh o que eu destacaria aqui é por um lado ao que o próprio primeiro ministro afirmou que é uma linha de continuidade eh entre diferentes governos eh isso é cada vez mais difícil na política externa pensemos no caso dos Estados Unidos não é mas para um país Sobretudo com Portugal um país médio na Europa pequeno a nível Global eh mas com alguma vocação também de uma presença importante em vários continentes realmente é importante eh para compensar essa relativa fraqueza termos pelo menos esta noção de que eh de alguma continuidade nas nossas prioridades na nossa ação eh por exemplo eh na no Apoio às às organizações multilaterais como as próprias Nações Unidas à lei internacional obviamente para um Estado para os estados pequenos e médios que são a maior parte dos Estados do mundo e aliás Isso foi referido no discurso é fundamental que não se caia novamente numa lógica de eh de poder digamos de imposição pela força eh que se preserve o mais possível este sistema internacional que apesar em que apesar de tudo Há alguma ordem alguma algum papel para o direito e para as normas e para as organizações multilaterais desse ponto de vista destacou e o contributo de Portugal para missões de paz das próprias Nações Unidas também da União Europeia eh eu aí destacaria Sobretudo o papel de Portugal na e não só eu a própria agência das nações unidas de notícias das Nações Unidas destacou no encontro entre o primeiro-ministro e António Guterres o papel de Portugal na missão de paz na República centroafricana em que as nossas tropas são especialmente são os mais capazes e portanto eu acho que isso é uma lição também Ou seja devemos apostar mais se calhar em menos missões e numa presença mais significativa e mais eficaz que nos dê eh no fundo maior visibilidade também e e e maior influência por exemplo nestas Organizações e depois terminou também eh no fundo eh falando do papel de Portugal como uma ponte no papel de Portugal no combate às alterações climáticas quer pelo trabalho de Portugal em Portugal eh energias renováveis etc queer por exemplo ajudando países como São Tomé e e e Cabo Verde hh Acho que tudo isso funciona bem eh do ponto de vista de uma prioridade importante onde eu espero que o discurso tenha sido eficaz que é da promoção da campanha de Portugal para ser eh eleito para o conselho de segurança falamos sempre muito dos cinco membros permanentes mas há 10 membros eleitos para mandatos de 2 anos por grupos regionais e Portugal está a concorrer novamente para eh 2027 2028 eh mais um exemplo de continuidade Isso foi uma iniciativa do anterior governo que agora é muito bem continuada e Portanto acho que desse ponto de vista foi um discurso eh bastante eficaz onde eu devido também que seja muito eficaz mas é pertinente que a questão seja colocada até em coordenação com o Brasil portanto foi exatamente assim que foi referido em conversa também com o presidente esta ideia de procurar que o português passe a ser a sexta língua das Nações Unidas a par do inglês do francês do espanhol do Russo e do Árabe eh é realmente uma língua muito internacional é a quarta língua mais falada a nível global e mas aí há um problema que é questão do dinheiro e portanto Espanha por exemplo anunciou que vai aumentar em 25% a sua contribuição para orçamento das Nações Unidas Portugal não anunciou isso Provavelmente por razões que se percebem o Brasil também não e portanto eh isso tem implicações financeiras e portanto eu duvido que que seja muito fácil de concretizar Bruno vamos avançar e e vamos passar aqui para para o resto do mundo vamos deixar a assembleia das Nações Unidas vamos viajar até à América Latina vamos até ao México e é por lá que vamos ter a posse da nova Presidente Cláudia Shin baum já falamos também aqui dela algumas vezes no no programa Vai ser no dia 1 de Outubro mas aqui não vamos falar de Cláudio shinbun e ao ao concreto Vamos sim falar sobre a ausência do Rei de Espanha da tomada de posse eh é uma presença que é habitual a minha pergunta é são apenas problemas de agenda do Rei de Espanha ou é um bocadinho mais do que isso Bruno bem não é o problema da agenda e aliás desta vez nem foi apresentado como tal Porque às vezes isso é usado como desculpa não houve aqui nenhum disfarço ou seja realmente Isto é um bom exemplo do impacto negativ negativo do populismo na política externa no caso do México temos no antecessor e digamos no no mentor e no grande apoiante Claudio shinba o presidente obrador o atual presidente do México um exemplo de populismo de esquerda eh de esquerda radical Se quisermos e realmente isso gera muitas tensões muitas crises desnecessárias e depois difíceis de encerrar neste caso obrador realmente decidiu exigir publicamente desculpas da coroa espanhola pela ocupação pel conquista do México no século XV obviamente se isso tivesse sido até feito de forma discreta provavelmente seria possível acertar Alguma coisa Alguma declaração etc agora o governo de Espanha entendeu que isto era digamos deliberadamente uma estratégia de Humilhação populista lá está de de Espanha para servir os interesses políticos de obrador e portanto rejeitou essa esse pedido de desculpas eh aquilo que é aqui alegado é que como não houve uma resposta do rei a essa carta satisfatória vamos dizer assim como ainda por cima quem respondeu foi o governo de Espanha então o México optou por convidar o presidente do governo espanhol o chefe do governo espanhol e não o chefe de estado de Espanha o rei de Espanha obviamente tudo isso é um disparado quer dizer o México não tem nada que mandar nem quem é que Espanha manda ou deixa de mandar à sua posse eh não tem decidir quem é que é o chefe do de estado em Espanha e e obviamente numa Monarquia Constitucional e parlamentar quem define a política externa não é o monarca Enfim pode ser ouvido escutado aconselhar mas é é evidentemente o governo de Espanha que foi quem naturalmente aqui tomou e posição mas sobretudo Eu acho que é o que é destacar aqui é que isto confirma eh ao que pelo menos para já vamos ver depois se muda que é algo que os próprios comentadores mexicanos que eu entre entre os quais por exemplo SS castanheda que eu Aecio bastante tem também destacaram que é isto sobretudo mostra que em vez da nova Presidente aproveitar isto para virar a página a recomeçar as de novo digamos relações com um país importante para para os países de falas fala espanhola como é Espanha é um parceiro importante também no contexto da União Europeia etc em termos económicos etc em vez de aproveitar isso realmente faz aqui uma demonstração de fidelidade eh ao seu protetor ao seu mentor ao seu promotor obrador portanto eh no fundo eh confirma esta suspeita de que ch ba será eh muito uma quase que marioneta do presidente anterior Eh vamos ver se ela consegue ultrapassar isso mas para já eu diria que neste caso pelo menos perdeu a oportunidade para fazer isso e m troue aqui digamos uma Fiel de eh do seu antecessor uma fiel seguidora do seu antecessor uhum Bruno pegamos nas malas e vamos agora até à Ásia o Japão tem um novo primeiro-ministro o Xero isiba é Quem segue eh falamos de um antigo ministro da Defesa H Bruno o que é que nos podes di dizer sobre ele bem ele é realmente como dizias um já foi ministro da Defesa portanto é um veterano da política japonesa já é a quarta vez que ele concorreu à sfia do partido Liberal que domina historicamente a política no Japão desde a Segunda Guerra Mundial H é alguém que é visto como relativamente conservador até com algum um discurso um pouco populista mas ao mesmo tempo reformista em relação à questão da corrupção em relação aos excessos aos excessos da partida do peso do aparelho do próprio partido Liberal ele é bastante mais popular fora do partido do que dentro e portanto esta sua eleição parece ser uma tentativa de recuperar apoio eh entre a população entre a opinião pública Portanto vamos ver se ele consegue concretizar algumas dessas prometidas reformas eh em termos de diplomacia realmente aqui o que é mais importante é que é claramente um veterano muito experiente com esta background e um grande interesse eh e é que partisa até na área da defesa e segurança ora numa região que está cada vez mais mais instável mais tensa mais propensa à crises com a Coreia do Norte sistematicamente a lançar mísseis a fazer digamos experiências nucleares com a China como sabemos também com tensões crescentes com vários vizinhos inclusive e as Filipinas portanto tudo isso provavelmente também terá pesado aqui na sua na sua escolha e desse ponto de vista digamos o que se espera é uma linha de grande continuidade ou até de reforço eh da aliança com os Estados Unidos onde também há incerteza como sabemos mas de e sobretudo ele tem esta linha também de procurar reforçar as alianças com outros países vizinhos que às vezes são difíceis por causa do histórico Imperial do Japão não é nomeadamente durante a segunda guerra mundial por exemplo com a Coreia do Sul com as Filipinas Portanto ele é alguém que é um é conhecido por defender muito essa essa linha e até eh no fundo a ter aqui um nível de ambição se calhar excessivo do meu ponto de vista mas revelador criar uma espécie quase que de Nato na Ásia desse ponto de vista também é expectável que ele não seja muito popular na China eh que vê digamos estes desenvolvimento aqui a criação de uma rede de alianças muito sólida evidentemente voltada para tentar conter o poder militar chinês com eh digamos com maus olhos Bruno antes de avançarmos e e vamos nos manter na na Ásia vamos até ao sril Lanca mas antes de avançarmos dar apenas esta esta nota de que o r balá já confirmou a morte do do líder há pouco estávamos a falar de que tínhamos esta informação e que está ser veiculada e mas que era apenas tínhamos confirmado que o es bolá admitia que não consegui a contactar eh o líder do do grupo desde o dia de ontem Desde da tarde desde o final da noite de ontem mas agora chega mesmo essa confirmação h e portanto H um tema que já falamos há pouco mas que dar apenas essa nota para os nossos ouvintes Bruno vamos avançar agora até ao sri Lanca onde houve eleições vamos ter o primeiro presidente de esquerda radical da história do país é uma grande novidade h a minha pergunta é podemos esperar grandes mudanças na política interna e externa do país do sri Lanca bem vamos ter realmente um primeiro presidente não de esquerda mas de esquerda radical deste um partido marxista a Nura comara disseque espero ter pronunciado mais ou menos bem e não é um daqueles casos Há muitos no Ceilão eh que agora se chama sri Lanca e com nomes portugueses realmente Portugal teve uma presença muito importante ocupou partes importantes do território da Ilha no século XV e mas e realmente e há aqui alguma expectativa grande mudança eh o o o sri Lanca ainda conhecido como Ceilão eh tornou-se também independente tal como o banglades que falamos a semana passada e depois na sequência da independência da Índia não é que era aqui a grande colónia a britânica nesta região Portanto o banglades o Paquistão índia em 47 depois a birmânia em 48 e o celão também em 48 eh obviamente e é uma ilha muito estratégica basta olhar para o mapa em termos do Índico não é eh eh muito Central eh manteve-se próxima relativamente próxima de Londres do ocidente nas suas primeiras décadas mas depois a partir dos anos 70 eh começou eh no fundo a entrar um pouco em rotura com essa linha a entrar numa linha mais de não alinhamento de um certo neutralismo eh crítico até do ocidente mas sobretudo aqui o grande dado na história do país é a guerra civil extremamente Sangrenta entre 1983 e 2009 Sobretudo com e a população minoritária mas que está muito concentrada no norte dos tamil eh faç aos chinales eh mas também teve esta dimensão política por exemplo este movimento a que pertence o atual presidente também esteve envolvido na luta armada desde 1900 87 depois houve um processo de paz que permitiu que este movimento no fundo Voltasse a ser um movimento político mas no fundo A questão aqui é perceber Quais são as implicações mais do ponto de vista interno e externo eu diria em termos internos eh Muitas dificuldades em fazer grandes mudanças porque o país este país de 22 milhões está numa situação de austeridade extrema eh já vimos isso também em Portugal ou seja excessiv individamente sobretudo em relação à China que aliás tomou conta do principal Porto que tinha construído no país mas também mesmo em relação à Índia portanto aí mesmo o presidente muito à esquerda terá dificuldades em fazer mudanças radicais em relação à questão externa à expectativa de que alguém muito à esquerda tenha eventualmente mais simpatias com a China do que com a índia mas a verdade é que tradicionalmente o sri Lanca nunca eh no fundo alinhou completamente com uma ou com outra eh tentou equilibrar contrabalançar o peso enorme da Índia nesta região aproximando-se mais da China mas também não pode dispensar completamente os laços próximos com a índia uhum pronto Temos mesmo mesmo de acelerar Faltam duas perguntas mas eh temos temos de fazer por isso vamos tentar ser super rápidos pronto terminamos a nossa viagem em África temos de voltar a falar da guerra civil no Sudão que começou nas últimas semanas a ter mais visibilidade Global Bruno houve algum desenvolvimento relevante sim muito brevemente houve basicamente um uma ofensiva nova do exército Portanto vamos aqui recordar o Sudão teve noves golpes de estado o último foi em 2021 eh as várias fações militares começaram a disputar depois o poder violentamente numa guerra civil em 2023 que é alo que também acontece com quando há golpes de estado eh mas eh basicamente as forças armadas regulares contra umas milícias que eles criaram as forças de apoio rápido agora o exército está a atacar novamente na zona da capital O problema é que isso provavelmente vai significar ainda mais vítimas civis o agravar da crise humanitária portanto os apelos internacionais infelizmente a maior visibilidade internacional para já ainda não resultou num processo de paz ou numa situação mais segura para a população civil uhum Bruno por fim muito rapidamente Vamos à recomendação da semana e há pouco falávamos da da ONU vais trazos aqui dois livros sobre a história das Nações Unidas Exatamente são dois autores dois colegas que eu admiro bastante um deles é até um bom bom amigo enfim o primeiro é o Paul Kennedy o Parlamento do homem história das Nações Unidas o segundo é o Marco maur governar o mundo história de uma ideia de 1815 Até ao presente e eu diria que se complementam muito bem o livro do Paul Kennedy é quase uma história oficial o polker India fez parte aliás parte de um painel digamos de intelectuais para a certa altura para reformar lá está esta ideia que existe há muito tempo de reformar o sistema das Nações Unidas Mas não deixa de ser uma história muito informativa muito bem escrita o Marco Mauro muito mais crítico mas também não deixa de mostrar alguma simpatia com o enorme problema que é tentar no fundo coordenar a resposta aos grandes desafios globais quando vivemos num mundo de estados que têm interesses e histórias muito eh diferentes mas são realmente dois livros muito bem escritos e muito interessantes para quem se interessa por estes temas muito bem Bruno Cardoso Reis muito obrigada Nós voltamos no próximo sábado agora já sabe com uma hora de cin continentes já sab também pode e deve enviar as suas perguntas para o Bruno através do e-mail ouvinte @observedobject
1 comentário
Será que ainda ninguém percebeu que o ataque com os walkie-talkies foi uma manobra de triangulação de sinais.
Qualquer algoritmo de aprendizagem de máquinas consegue deduzir a estrutura da organização – o seu gráfico – pela disposição daqueles. E bem assim, inferir o mapeamento das posições do inimigo.
Aliás, dada a fraca potência dos explosivos nos dispositivos, estes serviriam mais para destruir o objeto em si do esforço de espionagem, e para distraír o antagonista desse mesmo objetivo.
Fica aqui neste canto da internet, uma extrapolação pura, sem acesso a outra coisa que não sejam as notícias.