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[Música] e começa agora o América dividida em que acompanhamos a corrida à Casa Branca E para isso todos os dias está connosco o historiador Bruno cardos re Olá Bruno muito bom dia boa semana Olá bom dia obrigado iG Donald trump esteve reunido com o zelens no final da semana passada Bruno que balanço podemos fazer do encontro bem acho que confirmou e no fundo aquilo que já sabia um pouco ou seja realmente trump tem e aqui uma posição extremamente equívoca se é que até equívoco é o termo que se pode utilizar ou seja mesmo quando zelens que alta altura lhe diz bem Espero que apesar de tudo seja mais nosso amigo do que trump do que Putin porque trump insistiu na conferência de impressa em dizer que realmente se dá bem com os dois no fundo portanto entre um regime autoritário e invasor e um e um regime democrático invadido trump não não tem preferências digamos assim eh realmente quando zelens que insistiu nisso o que trump disse foi bem é preciso dois para dançar o tango não se puu muito bem porque havia três Portanto ele claramente tinha de optar por um não pareceu um grande argumento lógico para para manter esta posição equívoca mas e mas a verdade é que aparentemente o que eu queria dizer é que realmente a prioridade como ele tem sempre insistido é uma paz praticamente a qualquer preço e portanto isso implica eh ceder a Putin falar com Putin eh e portanto desse ponto de vista acho que confirmou-se realmente aquilo que que se pensa que que enfim aquilo que sabíamos Ou seja é que realmente trump não está eh de todo empenhado em continuar a empenhar em continuar a ajudar a Ucrânia eh e que a grande prioridade dele realmente é chegar a uma a uma paz a um acordo com Putin e que el continua a ter realmente e isso temos muito exemplos até nesta campanha a ter aqui uma Fascinação H com eh figuras digamos de homem forte ditadores eh por regra eh em relação a a esse tipo de figuras como Putin ou até o líder da Coreia do Norte ele resiste sempre a fazer críticas muitas vezes até faz elogios à suas capacidades como estadista etc e depois reserva as críticas para os aliados tradicionais dos Estados Unidos para as democracias e portanto isto também alimenta no fundo hh esta ideia de que trump não é propriamente um grande Democrata nem um grande Admirador da da Democracia Bruno e será que com estes desenvolvimentos no Líbano tudo o que se está a passar a Ucrânia e o médio Oriente poderão ter um impacto nas eleições de Novembro nos Estados Unidos bem tradicionalmente as questões de política externa não têm um grande impacto na política interna e é assim nos Estados Unidos e é assim em geral as pessoas votam sempre muito mais em função de questões mais próximas eh um uma exceção e e aconteceu aliás no caso dos Estados Unidos é quando há conflitos armados em que o país está diretamente envolvido isso Por Exemplo foi muito importante nas eleições no contexto da segunda guerra mundial levou o Presidente Roosevelt por exemplo a argumentar com isso para eh pela primeira vez e única na história dos Estados Unidos violar o precedente que tinha sido criado pelo primeiro presidente por Jorge Washington e concorrer a um terceiro e até a um quarto mandato eh durante o período da Guerra e e também durante a Guerra do Vietnã por exemplo o presidente Lyon Johnson já falamos aqui disso algumas vezes em 1968 no fundo é o mais próximo que temos a esta desistência do Joe biden também eh eh inesperadamente anunciou que afinal não ia procurar ser o candidato do partido democrático e portanto no fundo voltou a abrir a questão de como de quem seria o candidato democrático eh por causa da guerra do Vietname que estava a correr muito mal com muitas baixas eh para os Estados Unidos eh mas tirando isso realmente por regra não tem um grande Impacto eu diria aqui também não é expectável que tenha um impacto diria decisivo agora se realmente a situação se agravar sobretudo se for necessário haver algum tipo de intervenção de tropas Americanas isso eh mina no fundo uma um argumento que eh Joe biden e Camel hares têm utilizado que é esta administração foi responsável por acabar digamos com as guerras envolvendo tropas Americanas por exemplo com a retirada do Afeganistão que não correu assim tão bem como até os próprios Democratas reconhecem mas acabam por dizer bem eh eh em todo caso foi melhor termos saído e termos terminado com isso do que ter continuado portanto eh isso no fundo a minaria um pouco essa narrativa e ajudava a narrativa de trump que é sempre esta ideia de que com ele nada disto acontecia de que isto é um sinal de fraqueza da eh digamos dos Estados Unidos obviamente essa narrativa também não cola sabemos que houve ataques terroristas durante o mandato trump que os Estados Unidos continuaram envolvidos no Afeganistão e noutros conflitos no Iraque etc e mas mas a verdade é que a em termos esta narrativa sempre muito simplista e com pouca adesão à à à realidade mas que pode ser eficaz até pela sua pelo seu simplismo e eu diria que tendencialmente ajudaria Donald trump Bruno Mas e o que podem os Estados Unidos a Europa e até outros países realmente fazer para travar o conflito bem acho que tem ficado bastante claro que podem fazer muito pouco eu tenho sempre insistido nesse ponto e acho que a realidade tem confirmado isso ou seja tivemos declarações eh digamos muito Claras na na assembleia geral das Nações Unidas que reúne basicamente todos os estados do mundo os 193 eh estados soberanos enfim eh basicamente todos no mesmo sentido eh o pres o o o primeiro-ministro de Israel Benjamin Nataniel vai lá eh dizer que enfim que Israel aquilo que Israel realmente pensa que é que é uma organização S que tem um enorme preconceito contra Israel que Israel é um alvo fácil fácil no fundo e e e logo a seguir desencadeia o ataque que vai eliminar o líder do es bolá quando eh realmente a maior parte dos Estados exigia um fim Imediato do conflito e inclusive houve aquele apelo coordenado pelos Estados Unidos de estados ocidente europeus de de estados do médio Oriente etc no sentido de e de se fazer um sar fogo no no Líbano portanto realmente o que é bastante Claro é que se os beligerantes no no médio Oriente não não quiserem realmente a paz ninguém de Fora consegue impor eh essa paz eh e e e portanto aí eh o Estados Unidos ou Europa não são diferentes de outras grandes potências ou até das principais potências da região que tem até um interesse mais direto eh e até uma capacidade mais direta de eh enfim de influenciar os acontecimentos eh Sobretudo o que fica muito claro e aí indo à questão da Europa é que quem não tem então quem não tem digamos uma presença militar significativa é é é que realmente não tem praticamente nenhumas condições de ter influência na na região por muito que tenha importância económica e que e que faça ajuda ao desenvolvimento etc numa região onde o que prevalece é o conflito armado são as armas que contam mais Bruno vamos à nossa curiosidade deste América dividida Quais foram as maiores vitórias eleitorais da história das eleições presidenciais nos Estados Unidos bem no século XIX temos digamos uns casos que Não Contam muito para para para comparação porque temos nos Lemar que já vamos na na eleição 60 portanto já temos mais dois séculos de enfim de de eleições desde 1788 89 eh que foi a primeira e depois 1792 a segunda essas duas eleições basicamente eh o presidente Washington o presidente o pai fundador dos Estados Unidos o o herói da guerra da Independência eh basicamente não tem eh candidatos da oposição e portanto conquista todos os votos do colégio eleitoral também não não se pode calcular a percentagem digamos do voto popular porque em muitos estados ainda não havia voto popular eram as próprias assembleias dos estados que votavam eh a mesma coisa em 1820 é a última eleição deste tipo o presidente Madison também não teve basicamente oposição embora aí já tenha tido um voto digamos houve um voto no colégio eleitoral contra ele quando para um candidato que nem sequer se tinha candidatado vamos dizer assim mas depois no século XX que é quando as coisas já são mais próximas do que teremos hoje temos realmente grandes vitórias que era em 1936 com o Presidente Roosevelt que falamos há pouco eh que era em 1972 com o Presidente Nixon os dois em contexto de conflitos armados enfim e em 1936 ainda não tínhamos a Segunda Guerra Mundial mas já havia conflitos na Ásia envolvendo o Japão a Alemanha na Asia também já estava muito ativa e muito agressiva eh ele conquistou todos o presidente rosevel conquistou todos os estados menos dois e portanto teve uma vitória realmente esmagadora no colégio eleitoral 523 para para o eh em 1900 e 72 também Nixon no contexto da guerra do Vietname tinha um candidato ele prometia conseguir a paz mas a partir de uma posição de força tinha um candidato muito à esquerda o Jorge magav no no partido democrático eh também conseguiu realmente uma uma vitória esmagadora exatamente a mesma coisa também venceu todos os estados menos menos dois e depois em termos em tempos mais próximos temos em 1984 e o presidente rean também que só perde num estado e no m e eh no estado ndc eh no Michigan desculpem e e também na ndc Portanto o Distrito Federal na capital que é sempre vai sempre para os Democratas eh e eh a última eleição digamos mais recente em que houve uma grande diferença no voto popular e no voto eleitoral foi 2008 com Barack Obama houve 10 milhões de de votos de diferença entre ele e e John mccain eh e em termos de voto eleitoral também foi uma vantagem esmagadora 365 eh no na no colégio eleitoral contra 173 mas portanto a tendência tem sido para as eleições serem cada vez mais Reunidas e mesmo as grandes vitórias já não serem as grandes vitórias do do passado é aquilo que podemos esperar em Novembro não é que se for uma grande vitória só por ser uma mulher sim será certamente um resultado histórico desse ponto de vista e mas realmente não será de espantar que as sondagens confirmem que se confirm aquilo que as sondagens dizem que é realmente ser uma eleição extremamente Rida e talvez um pouco menos no voto popular mas sobretudo no no colégio eleitoral Bruno cartos seix Obrigada pela análise um bom dia Bruno Até amanhã bom dia obrig [Música]