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[Música] [Aplausos] [Música] muito bem-vindos todos esta é mais uma sessão aliás É o regresso das sessões da da Praça da fundação para apresentação de um ensaio ou de um publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos aqui na sala de âmbito cultural do elcor inglês Hoje vamos falar sobre psicadélicos psicadélicos em português H um tema polémico eu aviso já a assistência que não há nada cá dentro h e não é como no nome na Rosa portanto se se passarem o dedo não vão não tem efeito isto porque hoje temos uma casa absolutamente cheia e pronto poderão ficar desiludidos mas às vezes servem-se coisas alusivas não é ao livr neste caso é mesmo só o Livros mas vão muito bem servidos H Portanto vamos falar sobre os psicadélicos em português e para isso está aqui connosco o autor Pedro Teixeira Maria do Carmen Carvalho depois já vou apresentar cada um como deve ser e o João Taborda da Gama Hum eu estava a pensar quando estava a preparar a sessão estava a pensar ir buscar uma citação existem muitas na literatura não é eh muitos apologistas que a inspiração pode vir através do consumo de substâncias psicotrópicas ou substâncias psicadélicas h e acabei por não conseguir escolher porque são tantas tantas tantas que é impossível escolher e e e portanto em vez de se fazer essa esse caminho para a abertura do debate Fui para outro vou para outro caminho que é outro desafio e vou pedir ao Pedro Teixeira que é professor investigador na faculdade de motricidade humana da Universidade de Lisboa onde coordena um grupo de investigação que estuda comportamentos de saúde e os seus determinantes desde 2020 estuda associações e mecanismos de mudança em comportamentos como a alimentação e a atividade física após experiências psicadélicas foi diretor de investigação do Instituto sintesis na Holanda e é fundador do website de divulgação de ciência medicina e cultura psicadélica www.saf Journey PT e vou pedir também à Maria do carm Já digo qual é a pergunta Maria do Carmo Carvalho professora auxiliar de da Faculdade de Educação e psicologia da católica no porto os seus interesses de investigação estão relacionados precisamente com o fenómeno dos comportamentos aditivos das dependências E outros usos de substâncias começou por investigar os aspectos mais problemáticos deste uso no início da sua carreira e progrediu depois no âmbito mestrado e doutoramento para profundamento das condições que influenciam o uso das substâncias nas populações juvenis em ambientes recreativos noturnos e os fenómenos relacionados com risco proteção e controle então eu vou pedir a cada um de vós H se possível que me diga se já consumiram psicotrópicos assim logo para logo para abrir sim aos 35 e ainda foi bem a tempo que é que quer saber mais não sei o que quiser contar o que me quiser contar não é ilegal não é em Portugal eu deixei o J tou aqui só para isso eu deixei o jo eu deixei o o João para depois precisamente para para enfim para fazermos aqui um respaldo do que é a legislação H mas mas que não quero contar mais sobre a sua experiência o que é que a motivou cont O que é que me motivou obviamente que esta pergunta é provocatória mas é para aproveitarmos para falarmos pergunta não é evidente não é uma resposta Evidente H é logo a abrir eu tenho que entrar assim em eh deambulações Profundas não sei se era bem essa a sua intenção porque uma mulher de 35 anos que toma MDMA pela primeira vez passou muitos anos sem saber divertir em condições e portanto eh é uma decisão muito tardia sim é uma decisão um bocadinho tardia eh foi num ambiente propício foi num num ambiente propício em que muita gente estava a fazer não não não não em que muita gente estava a fazer o mesmo e descontroladamente eh e portanto muito propício muito propício e como é que o que é que posso dizer mais assim para para não vos ediar com os meus com os meus percursos que já falei neles noutros noutros lugares e são públicos h não Cre que gente diasse desse por menor mas para lhe dizer para lhe dizer assim para lhe dar uma resposta que seja útil eu diria que uma motivação importante que eu não formularia assim naquela altura mas hoje com a distância sou capaz de formulário eu acho que estava à procura de aprender a divertir-me que é uma conquista eh quando não acontece naquela idade mais associada a esse a essa descoberta como como foi meu caso hum eh no meu caso portanto eu acho que estava a tentar aprender a começar a divertir-me ainda estou a continuar a fazer essa aprendizagem pelo caminho percebi para me conseguir divertir em condições tinha que arrumar outros outros assuntos mais penosos por ventura e portanto foi um um caminho que se iniciou aí que tem sido prolífico e variado também não portanto conta ve descontração uma alternativa à seriedade da vida eh sim sim eh um desejo de de fruir da daquele espaço onde eu estava que era um espaço que até estava era um espaço em que as pessoas estavam a divertir muito mas a a minha posição Ali era uma posição de uma certa responsabilidade eh e eu não estava habituada a ver-me naquela atmosfera para fazer a mesma coisa que as outras pessoas todas estavam a fazer então naquele ano decidi que iria ser que iria ser diferente e houve circunstâncias que o desencadearam e tive a boa sorte de estar rodeada de de navegadores mais Eh mais experientes experientes depois o Pedro poder falar sobre isso cada experiência é uma experiência para cada pessoa foi boa experiência foi maravilhosa absolutamente reveladora há um anos e um depois e cumprem-se todos os chavões e clichês que o Pedro tão bé resume Pedro e no seu caso no se o seu caso é falado no livro não é portanto não não tem não tem outro presente mas t esse presente aqui que o do autor se expor nesse sentido e também por isso eu comecei por aqui boa tarde h eu neste livro Só digo que que que a escrita do livro foi também influenciada pelas minhas próprias experiências noutros contextos já falei com mais detalhe de das experiências em si estávamos a ouvir a Maria nos seus 35 anos eu tomei psicadélicos pela primeira vez H aos 47 tenho 54 aos 47 portanto demorei ainda mais tempo e e nunca tinha tomado nenhuma substância psicoativa para além do álcool café essas drogas H que nós todos convencionadas exatamente tomamos também o que é que me motivou na altura h primeiro ter percebido que era algo seguro h e e compreendido isso de uma forma muito clara como cientista quase que que que sou também eh a partir daí H uma grande curiosidade que sempre tive H pelos meos da mente e como ela funciona e o que é que hum como é que a experiência as experiências as experiências internas podem variar tanto hum e depois hum estar numa altura da minha vida em que estava à procura de respostas que não tinha tido até então e percebi também H pelo estudo que tinha feito até agora que podia estar aqui a chave ou podia estar aqui uma chave hum para eu perceber melhor o que é que me cantava naquela altura e porque é que a minha vida parecia est estagnada naquele momento Hum e depois tive a felicidade de ter amigos na altura e não eram muitos aliás contava-se pelos dedos de uma mão a quem eu pude recorrer e que h e que me guiaram nesse primeiro percurso a primeira experiência para fazer o paralelo a minha primeira experiência foi terrífica foi uma experiência po pode dizer com quê foi com aashka portanto que contém o dmt que é um é um é um dos psicadélicos clássicos mais conhecidos e num contexto cerimonial eh eh conduzido por H pessoas que vieram do Peru especial e e que trouxeram com elas uma a forma de conduzir a cerimónia E trouxeram a substância também Embora tenha sido em Portugal eh e eh foram duas noites muito muito difíceis Talvez as noites naquela altura mais até hoje mais difíceis que eu passei e ao mesmo tempo as mais importantes de todas tal como a Maria havia um antes e um depois h e portanto é um bom exemplo até de algo que alguém poderia considerar uma bad trip eu tenho amigos que leram o meu relato e que por causa do relato só há muito pouco tempo é que deram os primeiros passos porque acharam que não iam conseguir lidar com uma coisa similar mas no meu caso eu no dia seguinte estava estava bem e estava pronto para um caminho novo e portanto uma uma B Trip que não foi uma bpum nós traduzimos surrealismo e o surrealismo para surrealismo talvez fosse melhor traduzirmos para sobr Realismo não é portanto é uma realidade acima da realidade que é a realidade comum H nesse caso é uma espécie de não sei se se poderia definir assim e passar para uma outra realidade porque na sua descrição estava a dizer que procurava uma outra coisa no fundo era era compreender melhor não era não era nada mais complicado do que isso só que há uma diferença entre a compreensão Eh vamos dizer intelectual racional que nós podemos atingir e através por exemplo da terapia ou através de outras formas e E que nos dá uma consciência de onde é que estão digamos os temas chave da nossa vida e depois ter uma experiência vivida de confronto com peças importantes dessa desse percurso que nós temos mas de uma forma que eh nos faz parar imediatamente nos faz e ter a certeza absoluta onde é que as coisas estão e o que é que tem que ser feito eh e e de uma forma que mais nada mais nada que eu que alguma vez tenha lido pode transmitir e isso porquê Porque inclui um uma parte fantástica de fantasia de projeção Sim há há mas uma uma Projeção de si para um outro espaço no meu caso é é é muito é sempre muito simbólico no meu caso foi uma viagem muito biográfica do início da minha vida até o momento em que eu estava ali e até ao momento da minha morte e portanto eu passei por muitas pessoas da minha vida tive interações com elas incluindo os meus filhos que estão aqui sentados tive interações com eles não foram fáceis Hum e h e e sofri imenso na altura eh percebi que que foi foi muito importante perceber que que o meu sofrimento era válido que ele existia não era uma não era uma coisa da minha imaginação era era estava cá Hum e e depois hh simbolicamente morri ou Simbol não morri simbolicamente estive às portas da Morte e acabei por não simbolicamente e acabei por não por não morrer mas no fundo foi um sofrimento tão grande que hum tinha que haver uma razão para aquilo sem margem para dúvidas e depois eu tive tive tive muita sorte de estar no processo terapêutico Nessa altura que Aliás já já seguia Desde há muitos anos tive muita sorte o meu psicólogo ter ter mais ter acompanhado o processo e estar disponível para me ouvir logo a seguir e com a ajuda dele fui bater às às portinhas certas e e muita coisa mudou a partir daí eh depois podemos falar mais tempo sobre isso Eh mas muitas pessoas falam da da importância de por exemplo fazer uma terapia eh uma terapia comportamental cognitiva ou psicanalítica eh antes de ter essa experiência não só para saber interpretar eh como para não se assustar com a experiência não sei se concorda Sim há vários vários elementos dessa resposta a terapia Ou seja a pessoa ter ter um ter desenvolvido um processo de autoconhecimento é importante para muitas vezes para para perceber o que se passa para decifrar pronto para para h sim para situar aquilo que aconteceu no contexto da sua própria história não é que conhece melhor porque está na terapia depois há aqui uma outra dimensão que é a preparação para a experiência que é diferente de uma terapia e depois há um outro processo posterior que é integração da experiência que também é diferente de uma terapia o melhor cenário é quando isto tudo se faz de uma forma conjugada e e foi felizmente foi o meu caso de alguma forma e portanto o meu psicólogo Teve teve eu tive a felicidade ele poder ajudar-me a fazer a integração da minha experiência e portanto fila com alguém que já me conhecia bem e portanto foi mais fácil perceber o que é que aqueles aquelas vivências que eu estive significavam Hum e pronto e passa a ser complementar não é e é exato É é fica mais rica fica mais real h e e mais clara sobretudo João ta borda da Gama já já vou explicar porque é que ficou para o fim não lhe fiz a pergunta João T borda da Gama advogado docente Universitário na área do direito fiscal e do direito das substâncias controladas aconselha empresas globais governos pacientes sobre a regulamentação uso produção e comércio de substâncias controladas em contextos médicos religiosos espirituais e recreativos é consultor de ONGs que defendem a redução de danos e o uso adulto responsável de cannabis psicadélicos e plantas enti entien diz-se entien diz en é um ou endogenic H João eu o Eu ia lhe perguntar à luz da legislação Portuguesa e do direito aquilo que acabamos de fazer e aquilo que os dois convidados acabaram por por fazer é legal não é legal aconselha-se não se aconselha olha a pergunta a pergunta é muito interessante e as substâncias chamadas psicadélicas tê vários enquadramentos legais dependendo do uso e do contexto Em que em que são usadas começando pelo fim e a em Portugal desde 99 2000 a utilização pessoal de qualquer substância controlada eh não é um crime qualquer de qualquer substância controlada não é o uso pessoal de drogas simplificando em linguagem mais comum menos correta mas mais comum eh não é crime e portanto nada do que alguém faça e que corresponda ao uso pessoal é considerado um crime eh em em Portugal e aquilo que foi uma revolução em Portugal há 25 anos hoje já é muito adotado já é também adotado noutros países ou noutros estados dos Estados Unidos Por exemplo mas fomos Pioneiros e tivemos uma foi uma uma experiência quase única na europ foi uma experiência única durante muito tempo sozinhos e que surgiram os catos surgiram que e que correu muito bem não tinha a ver com estas substâncias Ou seja a política de drogas em Portugal é motivada pela pela heroína no fundo pela heroína e pelos problemas do ardos e transmissão da GV da heroína que Portugal estava muito atrás dos outros países e portanto por várias razões há várias teorias ousou se fazer uma política que era muito contraintuitiva que era se deixarmos de criminalizar vai-se resolver um problema enquanto num contexto hoje Ultra populista e de redes sociais talvez não fosse possível porque é contraintuitivo que descriminalizado uma coisa eh essa coisa provoca menos dano não é intuitivamente as pessoas têm a ilusão de que as leis e de que as prisões resolvem os problemas não resolvem há droga dentro das prisões não é portanto uh maior argumento que a droga não deve ser proibida é que há drogas dentro das prisões sen não seriam panelas de pressão Mas se há drogas dentro das prisões é porque é impossível Proibir a droga não há uma expressão francesa há proibições impossíveis diga é é porque não não é controlado ou seja se calhar porque não há os programas Não há nada é impossível é porque é impossível Ou seja é impossível é é impossível lembra um pouco aquela ideia do Manuel João viira que se candidatou à presidência da da República que tinha uma ideia para prevenir os fogos que era pôr uma prostituta em cada Pinheiro em Portugal em cada Hoje seria em cada eucalipto ou seja não não não é possível prevenir as pessoas de fazerem o que querem fazer portanto só o João para nos fazer rir com a questão dos fogos não é bom o timing não foi bom mas a digamos a mas olhe João eu eu eu vinha eu ia vestir isto com com que é um conjunto e depois Pensei bem o não é tá entre o cannabis e a floresta portanto achei elefantes há o mito que as pessoas com LSD vem elefantes a voar portanto eu trouxe a minha gravata com elefantes a ver adequada bem mas estamos mas também tinha a ver com a alternativa da metadona não é a possibilidade de se utilizar as terapias as terapias de substituição foram foram introduzidas há países que demoraram muito tempo a a introduzir isso mas também há países que não tendo utilizado metadona passaram para terapias de substituição mais humanas e mais e mais úteis e e países que passaram para dar heroína às pessoas que querem tomar heroína em vez de andar à volta e tentar dar-lhes o que elas não não querem ou não precisam em casos médicos como é o caso não sei se na Suíça inteira mas pelo menos em certos cantões da Suíça e portanto a utilização em Portugal não é não é um problema isso não gerou nenhum problema de saúde pública e no em relação a uma droga que era heroína que no perfil de risco é incomparavelmente mais arriscada como está explicado também no livro do Pedro e de qualquer destas substâncias as substâncias psicadélicas apresentam um perfil de risco e muito próximo de tomar banho numa praia ou de em termos de mortes ou de andar de andar de ou de não sei de andar de cavalo o exemplo normalmente comum há mais mortes por andar a cavalo do que por por exemplo a MDMA e o LSD e e Os cogumelos Mágicos são os três psicadélicos mais comuns de utilização essa comparação é um bocadinho psicadélica Mas é verdade mas é que é muito contra Mas é verdade o Os cogumelos Mágicos não têm mortes associadas o LSD muito dificilmente tem mortes associadas andar a cavalo tem mortes associadas parapente tem mortes associadas e nós não queremos proibir Essas atividades e portanto Ah o Pedro também fala disso eu já falei disso no livro que publiquei há uma discrepância naquilo que uma sociedade faz em relação a proibir ou permitir a atividades em relação ao risco portanto percebemos que o que está em causa não é o risco o que está em causa são preconceitos e depois aí há várias teorias mais de repressão social de certas minorias étnicas ou sociais e de não querer que as pessoas alterem a sua consciência e portanto não tenh uma liberdade e uma amplitude maior de consciência há várias teorias para isso mas se porventura estão todas certas mas em Portugal damos Esse passo e portanto a utilização de psicadélicos pelas pessoas que fazem sua utilização pessoal eh não não é um não é não é um crime Depois temos no outro espetro a utilização médica ou seja quando há ensaios clínicos on ou com dá psicadélicos que são aprovados para utilização médica e há muito poucos é um é um processo apenas há o exemplo em Portugal da quetamina usada off Label Isso é uma utilização médica e portanto está regulamentada com uma utilização médica em Portugal até e é apenasa Fundação champal Moc está a fazer ensai não há vários há vários há vários ensaios clínicos há no Júlio de Matos está ali sentado o responsável no Hospital Julio de Matos no Beatriz Ângelo também já houve eh Há também no Norte há várias pessoas aqui estão ligadas a isso em Portugal há uma característica legal muito interessante é que a a quetamina ou cetamina em português nem sequer é uma droga não está na lista de substâncias controladas e portanto é um medicamento como outro qualquer com perfil de uso hospitalar mas nem sequer é uma droga mas para efeitos eh de classificação é considerado um psicadélico por ser um dissociativo e portanto H utilização médica haverá ensaios clínicos está estão a decorrer centenas de ensaios clínicos que levaram à aprovação de psicadélicos mais tarde mais cedo para o uso Clínico isso levanta algumas questões interessantes Porque como aquilo que que as suas perguntas iniciaram eh Há uma forte apetência pela utilização dos psicadélicos com terapia ou seja os psicadélicos medicamente não é tomar uma pastilha e ir para casa e portanto é difícil regular a conjugação dessas duas atividades por uma digamos uma divisão cultural histórica entre Aquiles que são médicos mais clássicos e que são terapeutas e alguma dificuldade de dessas duas Du as ordens profissionais em todo o mundo se pem de acordo isso levou aqui as entidades reguladoras que regulam uma coisa que regulam o medicamento não regulam a profissão médica e muitas vezes não regulam a profissão de terapeuta porque o estado alterado de consciência implica cuidados especiais com a pessoa tudo isso leva a que a aprovação desses tratamentos demore e às vezes tenha reveses como no último mês com aquele eh ensaio Clínico que é mais avançado da MDMA que não foi aprovado já eh nos Estados Unidos por um conjunto de de de questões relacionadas com esta E desde logo uma uma um problema que não tem que tem solução e que se não se verifica só aqui mas que aqui também se verifica é difícil o efeito placebo nos psicadélicos ou seja alguém que não tomou LSD e alguém que tomou LSD é difícil convencer a pessoa que não tomou que que tomou e a que não tomou e a que tomou que não tomou e portanto isso é difícil depois mas há metodologia não funciona como se dizia que era não é que que que um cald Conor era equivalente com inocência não é confundir não era era o que era o que se dizia na Escola Preparatória em relação para disso Adis dizer ah não vale a pena não vale a pena porque eles vão te dar um calto queor e tu nem dás conta era um ótimo disso O as últimas vendas de de canabis em Lisboa era era louro prensado e a polícia de Segurança Pública fez cartazes a dizer às pessoas para não comprarem louro pensado pensado que é se pensarmos um bocadinho um parador muito interessante temos a polícia a dizer às pessoas se queres comprar droga não tem enganos não compres louro Tem a certeza que vais comprar droga o o que mostra que a droga no fundo socialmente está cada vez mais liberalizada e portanto temos esses usos esses usos médicos e cada vez serão mais os tratamentos aprovados E aí há a regulamentação do uso médico e depois temos que é a zona mais complexa no meio toda uma utilização que é organizada podemos chamar os retiros psicadélicos Os encontros psicadélicos os as pessoas que se juntam para tomar para tomar substâncias ou organizações mais espirituais ou religiosas que têm nas suas crenças e nas suas práticas a utilização de substâncias psicadélicas ou pessoas que viajam para ter viajam no sentido que se deslocam um país para ter essas essas experiências E aí como já alguma organização Empresarial no sentido que são colocados meios à disposição de um determinado fim mais complexo a lei já é mais já não a nossa lei que descriminaliza uso pessoal não está a pensar nesses casos e noutros países a questão também se coloca o que é que tem sido feito os países não querem avançar diretamente para uma legalização da utilização coletiva adulta e responsável dessas substâncias apesar de medicamente saber que o perfil de risco é baixíssimo E então há países e estados nos Estados Unidos que têm avançado o pedor também refere isso muito bem no livro para aprovação de boas práticas de boas práticas ou seja os terapeutas e as pessoas que ajudam as outras durante a experiência T de ter uma uma determinada formação e credenciação os terapeutas que trabalhavam underground têm um período para se digamos legalizar por exemplo Colorado mudou agora as regras e são tem que ter 200 horas de experiência não sei se em Portugal há algum curso há algum curso que exa 200 horas de experiência prática depois dos estudos ou seja são programas no papel não conheço a prática mas acredito que seja também são programas bastante exigentes regras de consentimento informado o que é que a pessoa não é porque como há uma alteração de consciência o que é que a pessoa quer em relação ao momento em que está com a sua consciência alterada isso é muito relevante por exemplo nas questões do toque a pessoa quer ser abraçada pode ou não ser abraçada onde é que se pode tocar tudo isso está às vezes hiper regulamentado mas mas é uma uma área que por todas as razões exige que haja guidelines Claras também por exemplo o governo penso que da Catalunha e eh emitiu guidelines sobre a utilização da iasc em contexto não legal mas no sentido de dizer se as pessoas faz fazem isso sigam estas guidelines de saúde que tornam os riscos muito muito muito menores e também defendendo naturalmente as pessoas que querem utilizar essas substâncias para o seu desenvolvimento pessoal num um conjunto de oportunistas ou de pessoas menos bem intencionadas ou mal formadas ou extremamente voluntaristas o que quer que seja que há tudo também como em todo o lado nesta nesta área e portanto aquilo que tem sido feito legalmente embora as substâncias continuem proibidas num uso que não seja pessoal e n algum alguns países também no uso que seja pessoal regulamentam se boas práticas baseadas em Milhões e milhões de utilizações anuais e na evidência recolhida e em e em não em ensaios clínicos mas em estudos clínicos ou estudos de evidência do mundo real que que sintetizam e codificam práticas em que esse risco e é reduzido e seguindos essas práticas seguindo essas práticas há menos riscos e menos riscos há menos problemas jurídicos os problemas jurídicos surgem sobretudo quando há um problema mas o que é que nos falta fazer nessa área Portugal O que é que o João por exemplo reivindica Portugal nessa área poderia adotar medidas de e alguma entidade pública ou de um conjunto de entidades públicas na área da saúde emitirem guidelines sobre a melhor utilização de substâncias que toda a gente sabe que são utilizadas o a questão a questão das drogas é não é culturalmente há duas opções políticas H fingir que o problema não existe ou ou perceber que ele existe e perce Endo que ele existe pode-se tentar proibir e é impossível como já aqui falamos e percebendo-se que é impossível proibir então pode–se reduzir o risco das pessoas que vão continuar a utilizar essas substâncias pode-se reduzir o risco desde logo não as mandando para a cadeia que foi o que nós fizemos mas paramos aí não fizemos mais nada fizemos mais alguma coisa estou estou a mentir fizemos mais alguma coisa por exemplo uma organização aqui a Maria do carm esteve ligada ou está ligada à Cosmic tem uma licença e outras mas essa tem uma licença oficial para testar as substâncias no sentido dizer as pessoas vão consumir uma determinada substância e portanto podem-se dirigir a um laboratório e perceber se aquela substância é adulterada ou não se é desde logo a substância que quiseram adquirir e se é adulterada e que potência é que tem e portanto tomar uma decisão mais informada ou com ou materializar a sua intenção de tomar aquela substância com base numa informação real e não numa compra que por ser proibido é eh é no mercado paralelo com todos os riscos de um mercado paralelo naquilo que se pode fazer é além disto eh apoiar as pessoas que fazem tentar integrar as pessoas que possam fazer isto da melhor forma para reduzir os riscos por exemplo sobretudo aquilo que o Pedro disse na forma e a Maria do caro na formação das pessoas que acompanham e as as viagens dos outros mas que o possam fazer assumidamente porque há uma dúvida jurídica eh sobre Qual é que é o estatuto e as consequências jurídicas para alguém que acompanhe a outra na sua nas suas digamos viagens e explorações psicadélicas nós nós começamos esta conversa por uma experiência que que surpreendeu com certeza as pessoas e mas com o enquadramento que o João estava a dar não faz muito sentido que Surpreenda não é porque pode-se falar sobre isso mas ainda temos esta ideia e este peso não é de de não se pode falar sobre isso sim há um há um milionário Há um só a diferença de um país proibid e criminalizar um comportamento próprio ou não Por exemplo há um milionário criou uma uma empresa que que muito conhecida na área dos psicadélicos e muito polémica e que fala das suas experiências com certeza aconselhado por um advogado eh muito bom e e fala com as suas experiências tendo tido as suas experiências em Águas internacionais Ou seja é impossível ser é óbvio que é mentira não tá na cara que é mentira fora do espaço ch está na cara que é mentira mas ou seja são construções para ninguém dizer que ele cometeu um crime Portugal já ou seja permite Quem quiser falar das suas experiências fal sem estar a confessar nenhum crime Maria nest enquadramento e e na sua área enfim tratando Sobretudo com os jovens como é que mas creio que pode falar sobre isso não Maria continua continua que é que é como é que eh os jovens hoje em dia não tendo a formação que as outras gerações tiveram portanto que agora com estas possibilidades eh como é que encaram esta possibilidade de acesso aos psicadélicos por ISO exemplo jovens que sofrem de depressão que e já vamos já vou ass Pedro eh com todos os usos terapêuticos que acho que ainda é um caminho assim um bocadinho um bocadinho um bocadinho difícil de se de se desenrolar assim ou continua a ser só um fruto proibido e e que é importante para Ou seja que só eh apela aos jovens por ter esse outro esse lado de proibição a minha a minha experiência mais útil para para lhe responder é a experiência que eu tenho a ensinar estudantes universitários sobre temas de de drogas de comportamentos aditivos de intervenção nesses problemas ou de questões de normalidade e e EOL e desvian de uma maneira mais genérica e aquilo que eu me vou apercebendo é que quando a lei portuguesa entrou entrou em vigor h e a brincar a brincar já foram já foi em 2001 não é a pelog passado 5 anos houve um investigador da da da Universidade do porto da da da da criminologia da Universidade do porto o Jorge Quintas que fez um pequeno estudo a tentar avaliar o impacto que aqueles primeiros anos de de lei tinham tinham tido e e ele não tinha muita matéria para poder fazer essa investigação porque eh Portugal não tem não tinha dados epidemiológicos antes da lei da descriminalização portanto começou-se a perceber que havia muitas coisas que se tinham modificado para melhor nomeadamente no Contágio por por eh por de doenças que que eram contagiosas por por uso intravenoso e numa série de consequências associadas ao consumo problemático is foi logo muito Evidente mas assim no conjunto na globalidade de pessoas que usam drogas não havia como medir só se começou medir a partir sistematicamente a partir a partir da da entrada em vigor da Lei e e portanto ele H falta de estatísticas para comparar e a falta de dados brutos para comparar Ele desenvolveu ali alguns analisadores para conseguir olhar ao antes e ao depois da lei O que é que tinha acontecido eh para compreender para seu grande espanto que C anos volvidos da implementação da lei da descriminalização praticamente a população comum ele foi assim à amostras de alguns grupos eh eh profissionais eh e as jovens também desconhecia profundamente que era possível fumar umas Ganzas sem ir sem ser confundido com com com um traficante ou com um criminoso no espaço público e outras coisas h hoje em dia eh apesar dos meus alunos saberem vagamente que isso é possível uhum não me parece que eles sejam a tirar grande partido disso H ou seja eu não sei se se modificou eh eh substancialmente nas dinâmicas de experimentação e e de exploração da das possibilidades da alteração da consciência não sei se isso está a modificar exponencialmente com essa oportunidade e não para efeitos de experimentação como também não Provavelmente para efeitos de uso de uso terapêutico mas como fimos o o socialmente a sociedade é disso à Zora de da da utilização não isto isto isto vai exatamente em linha de conta com aquilo que o João estava a dizer é que em determinadas matérias as pessoas fazem o que lhes dá na veneta independentemente de ser legal ou não ser independentemente de se estar regulado ou ou ou não estar agora aquilo que está a dizer é Será que haveria interesse e vantagem em a a publicitar esta oportunidade para um uma uma faixa de população que sobretudo a partir da da da da epidemia do covid-19 teve está Tom está em taxas absolutamente assustadoras de depressão e ansiedade e de outras perturbações etc etc Não sei talvez eh eh eh claro que o os psicadélicos e seu potencial terapêutico representa uma oportunidade única mas antes disso há que discutir uma uma política de saúde mental consistente no contexto do do Sistema Nacional de saúde né isto também especialidade que não tê que ser a panaceia para tudo e Há caminho a percorrer se até aí haverá depois um universo de eh diagnósticos que são especialmente eh desafiadores de resolver com as ferramentas terapêuticas que existem e que de uma maneira geral também não tenhem grande acesso ou não tem acesso Universal que deviam ter para os quais os picados podem dar uma ajuda considerável eh uma coisa uma coisa H eh útil a considerar aqui é e eu aqui gostava de ficar provavelmente já não temos muito tempo para ir aí e eu não queria perder essa oportunidade que é de buscar um um aspecto que o Pedro traz no início do livro que tem a ver com a ancestralidade do do uso do uso dos psicadélicos e essa história para além de ser apaixonante porque toca inúmeras teclas em termos de áreas de saber né da história antropologia geografia eh enfim eh um manancial à botânica à religião por aí fora eh h obriga-nos a pmos em perspectiva a nossa pequenez civilizacional nesta matéria né Eh porque estas estas questões de regulação de Direito de de de regulação das medicinas de regulação das práticas de cuidado Isto é tudo fundamental para nós podermos passar a usufruir mais plenamente desta oportunidade no no tipo de civilização que somos hoje Portanto isso é incontornável mas ao mesmo tempo olhar para trás dá-nos assim uma perspectiva de tirar o folgo sobre a nossa pequenez do género mas quer dizer eh nós estamos aqui também a discutir se coisas que sempre existiram e sempre existiram para assinalar e ritos de passagem movimentos de evolução no no no no no desenvolvimento e nas tarefas fundamentais da vida e no alívio ao ao sofrimento e e e ao mal-estar físico e mental eh têm de passar sempre necessáriamente por uma por uma prescrição por um protocolo não é H eh já há Comunidades a usar substâncias para e isto obriga a pensar porque eu eu hoje em dia tenho fruto de algumas participações em em em em meios que circulam nas redes sociais pedidos na na prática clínica de pessoas que querem muito fazer esse tipo de de experiência eu as as eh nem 25% dessas pessoas têm critérios de Diagnóstico mas tem motivos muito legítimos para procurar esse tipo de de alívio e já consegu encaminhá-las e eh eh para dentro das respostas possíveis assim mas eu posso fazer mas eu posso assim eu posso eu posso fazer aquilo que é possível hoje em dia não é que é o o trabalho de preparação o trabalho de screening ou de ou lá está de avaliação de de desse de clarificação desse diagnóstico Inicial e para Quem o faz por outros caminhos posso ajudar no processo de de de integração não posso drogar eu isso não posso bem eu deixei eh deixei para o final mais o mais importante o autor do do ensaio h fala no seu ensaio que estamos numa fase de renascimento não é ou de renascença dos dos dos psicadélicos e que houve um lapso muito grande eh muito grande enorme gigantesco não é milenar e até não é de não não sei aqu clá está a referir penso que parece-me que estava a referir a a ao iato que que que aconteceu entre os anos 50 e 60 do século passado sim exatamente milenar que disparado foram séculos secular neste caso foram décadas mas mas pronto não mas não é isso que eu quero dizer então não mas nós tivemos até à idade média uma utilização diferente Ah sim ok pronto houve vários eatos e sim o o Isto é muito importante e tem exatamente a ver com o que Maria estava a dizer o ser humano sempre foi atraído e por através das substâncias que ia encontrando induzir experiências com Estados alterados consciência H desde que desde que há memória em todas as civilizações nós somos H atraídos a quem considera até que é uma uma uma uma necessidade fundamental a parte da necessidade de comermos de reproduzirmos eh enfim dos mantermos vivos portanto estamos na presencia de algo muito forte que sempre esteve presente hum eh e e e por isso faz-nos questionar como é que nós chegamos a um ponto em que temos hoje em dia eu na maior parte dos sítios do mundo cultivar um fruto na minha na minha na minha varanda ou um cogumelo hh e consumi-lo para para meu próprio eh para meu próprio propósito sem que isso influencie mais ninguém é proibido coisa completamente ridícula é na na crónica não faz sentido nenhum mas pronto eh o o iato que agora nos quer dizer que nos trouxe ao momento em que estamos não é da Renascença psicadélica é é algo também inédito na história da ciência nunca houve na história da ciência um processo que interrompesse uma área científica específica que estava a a a Florescer nos anos 50 e 60 e de repente foi cancelada quase de um dia para o outro no início dos anos 70 até este século até ao início deste século portanto 30 40 anos foi impossível fazer investigação sobre esta sobre esta Mat Alias fala no impulso nos Estados Unidos de Nickson uma uma uma necessidade urgente de Cont controlle eh e que determinou e enfim o fim das Esperanças da geração IPI eh e dos enfim daqueles que esper conjunto de de experiências de culturas provavelmente haveria uma um renascimento H já naquela altura de uma outra dimensão sim no no ocidente no ocidente era isso portanto transportando-os para o ocidente da da das práticas que sempre aconteceram na espécie humana de facto no ocidente eh foi a partir do início do século passado mas sobretudo a partir dos anos 40 do século passado que as coisas começaram a evoluir mais rapidamente com a descoberta de alguns químicos com a descoberta de alguns químicos que estavam presentes em alguns fungos isso está tá mais ou menos explicado no livro e eh isso deu origem de facto a uma a um um impulso um entusiasmo muito grande porque houve psiquiatras Profissionais de Saúde Mental e adores que começaram a perceber que estavam na posse de uma substância que podia ter um potencial terapêutico muito grande h e eh incluindo em Portugal incluindo em Portugal decorreram centenas de estudos participaram nestes estudos milhares de pessoas entre os anos 40 e 50 e depois de repente morreu tudo e morreu tudo em grande parte porque H havia uma necessidade de facto de controlo político por parte da administração nixson daquela altura administração americana naquela altura eh que eh contra tudo o que sabia de científico ou aliás ou ar repio do que do que a ciência poderia recomendar hh eh enfim decidiram foi foi decidido H criminalizar muitas drogas incluindo estas que tinham que tinham como já foi dito um perfil de segurança muito muito muito positivo pronto felizmente a coisa nunca morreu eh algumas das pessoas que nessa altura tinham esse entusiasmo sobreviveram alguns deles ainda são vivos outros não mas sobreviveram até ao século presente eh e no em contexto é num contexto quando o contexto cultural passou a ser mais favorável no início deste século onde já enfim o o o estigma da da o estigma da droga digamos assim tinha a ma nado tem ma nado já não é uma coisa com a qual nós nos confrontos diariamente como era por exemplo nos anos 80 e 90 quando quando eu era mais jovem e h e e foi possível começar se a fazer ciência novamente ao começar se a fazer ciência novamente H digamos as os os resultados e a confiança que as pessoas têm na ciência e e e a curiosidade que que que que esta que este que este tema portanto suscita acabou por eh levar a que H os resultados positivos que a ciência ia mostrando eh fizessem aumentar o interesse eh primeiro de um grupo de cientistas e depois a seguir de um grupo de jornalistas Nos quais se inclui um muito conhecido Que de facto H parece ter mudado o paradigma no que toca à aceitação e ao conhecimento público e à curiosidade é o meu caso à curiosidade sobre estes temas há um livro que foi publicado em 2018 que como mudar a sua mente em português já tá traduzido realmente tá é é é como as experiências psicadélicas houve um antes e um depois muitos de Nós tomamos contacto com esta realidade de uma forma séria eh digamos moderna cientificamente sustentada através deste jornalista que era um Jornalista muito conceituado muito reconhecido e para Além disso para Além disso um ótimo escritor hã e hã e a ciência entretanto tinha se desenvolvida e portanto criou-se aqui uma tempestade perfeita no sentido positivo está a falar de Michael poen Michael poen exatamente e o livro chama-se V mudar a sua mente V mudar a sua m sim que entretanto está disponível também numa série de seis ep cinco Episódios na Netflix que todos nós podemos ver uma série muito muito bem feita h e pronto e chegamos a uma altura em que H temos centros de investigação inteiramente dedicados este assunto temos congressos vários anuais com milhares de pessoas atualmente vocacionados por esse assunto h não só na área da saúde mental mas em outras áreas também incluindo aquela em que eu trabalho que não é na área da saúde mental h e e e há de facto agora uma uma esperança Renovada que a sociedade consiga integrar consiga desmistificar consa normalizar a discussão à volta destes temas né porque de facto eu acho que não tiha pediram para sintetizar a mensagem do livro numa frase e a frase que que eu cheguei com alguns minutos assim não tive muito tempo a pensar Foi algo do género nós temos muito menos a rear do que aquilo que pensamos ou aquilo que fomos levados a acreditar e temos muito mais a explorar a sociedade tem muito mais a ganhar do que aquilo que alguma vez pensou que qualquer droga pudesse pudesse fornecer ou pudesse contribuir eh e é aí que estamos agora é com complexo é ainda não estamos a falar de uma droga estamos a falar de várias drogas com perfis diferentes com experiências diferentes com perfis de segurança também eles um pouco diferentes efeitos diferentes efeitos diferentes potencial terapêutico também diferente embora e o potencial terapêutico seja muito interessante porque abrange uma quantidade enorme de de problemas de saúde mental sobretudo mas não só e aliás a área em que eu trabalho não é não é na saúde mental nem é na adição mas é na na na facilidade que alguns de nós temos em mudar padrões de comportamento que nos são úteis como sejam fazer atividade física ou alimentar de uma certa maneira é muito frequente as pessoas terem experiências psicadélicas mesmo sem terem isso como intenção e alterarem sua alimentação radicalmente ou Passarem a a ser mais ativos ou Passarem a meditar regularmente terem outra motivação terem outra motivação e outra capacidade também de o fazer e porque de facto o potencial transformador explicação é a explicação disso a explicação é complexa é difícil de explicar em poucos minutos mas há de facto umaos M poucos muito poucos minutos pens o que interessa o que interessa relevar é o potencial transformador as transformações que estas experiências potencialmente ocasionam criam não é comparável a nenhuma outra experiência que seja conhecida e e e e todos nós estamos à procura de transformação de uma forma ou de outra todos nós gostaríamos de melhorar algum aspecto da nossa vida e e por isso as pessoas procuram estas experiências Por muitas razões diferentes que vão para além da enfim da Saúde Mental Pedro Provavelmente tem a ver com a abertura de alternativas de outras coisas não é uma descoberta de coisas de uma de um outro caminho possível terapêutico de descoberta de si mesmo Sim sim sim É como eu digo acho que estamos nós estamos todos à procura de uma vida melhor estamos todos à procura que a nossa vida seja mais plena que a nossa vida seja mais vivida em grupo de uma forma mais Coesa de uma forma mais H gratificante e isso passa-se a diversos níveis e e estas substâncias TM eh de alguma forma e este este potencial de nos alertar há um há um investigador que diz as as as substâncias psicadélicas não nos ensinam nada elas relembram noos de verdades antigas eh eu hoje estava a pensar naquilo que foi mais transformador na minha vida eh através dos psicadélicos e embora o passo Inicial tenha sido um passo que se pode aproximar da Saúde Mental enfim da do lidar com problemas de humor etc mas o o a transformação principal da minha vida foi a mudança enorme que se deu nas minhas nas pessoas que eu conheço e com quem eu interajo estão aqui presentes muitas pessoas estas duas é apenas um exemplo estas duas hoje sou amigo para vida eu não os tinha conhecido se não fosse os psicadélicos não fosse o tema dos psicadélicos portanto este esta facilidade que esta temática de uma forma ou de outra tem em juntar pessoas e em criar ligações interessantes entre elas é em si mesmo muito transformador bem deixamos a proposta para descobrirem não não deixamos já o convite para os psicadélicos mas sim para estes psicadélicos os psicadélicos eh em português e o ensaio do Pedro Teixeira eh que podem encontrar nas livrarias e nas bancas editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos muito obrigada a todos obrigada [Aplausos] [Música]
1 comentário
Não é comportamentos aditivos, mas sim adictivos e não é adição é adicção, penso eu de que… que não sou seguidor do acordo ortográfico em vigor.