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está no ar o explicador da Rádio observador esta quinta-feira falamos sobre o debate qual e a reunião desta tarde entre Pedro Santos e luí Montenegro E para isso convidamos para estarem connosco nas manhãs 360 Alberto Campos Fernandes ex-ministro da Saúde Eduardo Pacheco ex-deputado do PSD muito bom dia bem-vindos ambos a este exp delber Campos Fernandes Começando por si hoje temos então mais um encontro o segundo entre o primeiro ministro e o líder do PS olhando neste momento para tudo o que está em cima da mesa Quem é que acha que tem mais a perder se não houver um acordo o país necessariamente Bom dia a todos o país tem mais a perder e é aí que reside e se encontra o interesse Nacional nós temos estado a discutir neste verdadeiro reality show político que estamos a ter nestes jogos de aproximação a orçamento aqui ali discutimos o interesse nacional e e e falamos de convicções falamos de linhas vermelhas e efetivamente só há um perdedor neste processo relevante que é o que é o país e é o povo e portanto eu acho que estaria na altura deste deste espetáculo que naturalmente faz parte da coreografia política faz parte do processo político dos recados que são mediatizados através da comunicação social que hoje ao final do dia houvesse uma posição Clara sobre os dois principais protagonistas que têm responsabilidades históricas na não só na Fundação mas na conciliação da Democracia que dissessem ao que vêm e em que medida S dispostos a encontrar um ponto que é um ponto de consenso não de dissenso mas de consenso mas quem tem sido o principal argumentista deste reality show Alberto Campos fern ol eu acho que tal como nos argumentos há os argumentistas há aqueles que são mais cerebrais mais Racionais há aqueles que são mais impulsivos e mais emocionais e isso é bom na arte quer dizer na arte Talma isso é essencial porque gera o poder digamos do fascínio da Atração pelo espetáculo mas nós na vida pública e na vida política não estamos necessariamente no espetáculo eu creio que de parte a parte Vamos lá ver há que reconhecer que o líder do partido socialista tem tem tido alguma impulsividade isso é um facto é a natureza dele não é criticável enfim as pessoas também não podem desvirtuar a sua própria condição e sua própria forma de ser mas eu também não gostei Soho Franco de ter ouvido primeiro-ministro dizer que tem uma proposta irrecusável porque nós não estamos Este é aliás é é o título de um filme Como Se recorda sim eh é recusável como se ainda não foi apresentado ao líder da oposição quer dizer é irrecusável do ponto de vista de quem a apresenta eu diria que talvez tivesse sido Fer que o primeiro ministro tivesse sido tem uma proposta séria razoável e que entendo que é ponderada e que é aceitável mais do que irrecusável é aceitável este jogo de pmos um e o outro e encostado às Box a ver quem é que quem é que leva mais vantagem nesta nesta disputa eu creio sinceramente nós dispensamos todos isso Esperamos que hoje ao final da tarde haja haja de facto um bons sinais para que evitar que o que o que o governo tenha que ficar nas mãos daquilo que o próprio governo não quer ficar nas mãos e todos nós sabemos do que é eh Já já vamos esse cenário também Duarte Pacheco Bom dia bem-vindo também a este explicador eh Neste contexto que Adalberto Rames Fernandes acabou por descrever e quando está acima de tudo o interesse Nacional acha que o governo devia fazer um esforço adicional e eventualmente até deixar cair aquelas duas medidas polémicas fiscais eh muito bom dia também que para vós Paulo e o Dr alber caros Fernandes e a todos aqueles que que nos acompanham e eu penso que o governo tem mostrado vontade de encontrar uma seleção negociada e diz aquilo que era o seu ponto de partida e tá disponível para trabalhar e moldar e mutilar as suas propostas iniciais porque tem a consciência que não tem meia absoluta portanto tem que estar disponível para isso mesmo é a realidade das coisas não interessa não interessa se gosta ou não gosta eh por parte do partido socialista ao impor que determinadas medidas não podem constar aí sim eu penso que is será alguma radicalidade e por parte de do líder do partido socialista nomeadamente quando o governo até faz isto o governo terá repercussão financeira desta desta proposta de lei medidas que ele discorda que o seu que os partidos que o apoiam votaram contra mas muito bem foram aprovadas eles tem que responder a vontade da Assembleia e vai ter nadamente o impacto do fim dases por exemplo agora o partido socialista que exige que o orçamento tenha aquelas medidas que sabe que o que o primeiro-ministro os partidos que o apoiam não concordam simultaneamente diz e para Além disso não pode ter de nada que nós discordem não é não é razoável mas quando o primeiro-ministro Eduardo Pacheco quando o primeiro-ministro fala numa proposta irrecusável acredita que se está a referir a apresentar uma proposta em que não constam e da qual não constam estas duas medidas do IRS jovem e do e do erc e sinceramente não tenho nenhuma inside information que me possa confirmar ou infirmar agora por exemplo já não admirava que pudesse acontecer algo de dizer eles não constam no orçamento custarão uma proposta constarão propostas de lei que irão ser votadas oportunamente por exemplo E aí eh já se retirava por Como sabe é qualquer momento mesmo do da execução orçamental o o governo tem iniciativa tem o poder de iniciativa de alterar normas fiscais por exemplo aconteceu este ano com o IRS Já a meio da execução o governo apresentou uma proposta para baixar mais do IRS quem diz que pode fazer nestas duas matérias no no início do próximo ano pode panto seria uma seria uma solução retirar para já estas duas medidas da proposta de orçamento para e discutir mais tarde na Assembleia da República é isso mas com a mas com a frontalidade de de dizer que eu vai fazer quer dizer eu eu penso que o pior que pode acontecer é a sensação de má fé ou que há aqui coisas escondidas dizer Olha meus amigos e out é too disponível é que não consta este processo para que o país e aí concordo perfeitamente com a T do Alberto Fernandes o que o país é quem mais perde e portanto até estamos disponíveis a isso mas nós acreditamos nelas e vamos continuar a defendê-las e em breve logo em janeiro esperamos poder que que o Parlamento aprove isso e e e cá estaremos transparente sem sem subterfúgios sem esconder nada de modo a que depois não possa ser ninguém vitimizar-se dizendo que foi enganado que que que houve má fé ou qualquer coisa não com a boa fé dizer logo isto de uma forma clar uhum e Dalberto Campos Fernandes há pouco na sua primeira intervenção eh disse que se o PS e o PS e o governo não se entenderem haverá outra solução eventualmente sobre isso a solução chega e o chega também pode viabilizar o orçamento Pedro Sisa Vieira no no no no Expresso diz que o ex-ministro da economia do governo socialista diz que a solução desejada pelo PS é a viabilização do orçamento pelo chega acha que esta leitura é possível que de facto contas feitas isto seria o melhor para o PS e deixe-me só eu respond já a essa sua questão mas deixa só fazer uma reflexão adicional na sequência daquilo que o Eduardo Pacheco Pereira mencionou repar uma coisa numa circunstância democrática normal os partidos têm direito a ter opções que são antagónicas ainda por cima num quadro de de fragmentação parlamentar em que o governo tem uma frágil maioria relativa mas imagine por absurdo que o partido socialista marcava politicamente a sua divergência em relação ao IRS jovem e ao irc que até se abstin no orçamento e sinalizava o que se de facto os impactos forem aquilo que o PS acha que vão ser que aliás foram ontem subscritos pelo fundo monetário internacional que haveria motivo para censurar o governo se em 2025 ele não conseguisse atingir os os indicadores que estão definidos no quadro macroeconómico e nomeadamente levasse o país ao déficit orçamental Isto é política a sério quer dizer hoje o governo tem legitimidade política embora numa maioria muito frágil mas tem legitimidade porque o programa político foi passou no Parlamento o Gover entendo que isto são medidas da sua do seu do do da sua estruturação da da sua política económica eh mas também ao mesmo tempo o governo compromete-se com estabilidade orçamental e com e com um conjunto de obrigações até no plano externo com a própria comissão europeia eh que de facto não podem ser quebrados e se daqui por seis meses nós tivéssemos a ver que de facto O desvio orçamental era Evidente estava em causa de facto uma prática política que merecia ser censurada não fera comprometer o governo com as suas osos das suas decisões com certeza com certeza se eu quero ir por aqui e tenho apesar de tudo legitimidade para ir eu vou a minha obrigação é dizer esse caminho é errado esse nunca seria o meu caminho os portugueses sabem que nós estamos contra esta medida Mas vocês têm a legitimidade política para o fazer vão cá estaremos para vos censurar no momento certo e na altura certa não é antes de de digamos das coisas acontecerem prente eu não li essa entrevista do Pedro Cis Vieira mas é evidente que é óbvio é no bloco Central já agora só essa referência é Evidente no bloco não no podcast é evidente que do ponto de vista da do tatic ismo político toda a gente percebeu aqui várias coisas quem é que afinal fica a liderar a oposição e eu ponho no lugar do secretário Geral do partido socialista a solução mais interessante seria que o chega mesmo de uma forma eh não não pedida ou não não desejada pela b viabilizasse o orçamento porque a narrativa do não ou não automaticamente cairia portanto haveria espaço político para dizer estão a ver afinal o não é não é o não é sim mas mas aí nesse caso também não haveria eleições e tão depressa não mas haveria panton ou seja nós haveria panton neste sentido porque efetivamente se agora o Dr andreé Ventura assumisse de supetão e até de surpresa a condição de homem de estado dizendo que bom de facto o principal partido da oposição que é um partido com responsabilidades na democracia e na estabilidade política do país retira-se deste processo se eu estou aqui em nome da responsabilidade enfim do sentido de missão da proteção do meu povo eu estou aqui a dar ao partido à aliança democrática o apoio orçamental mesmo que a AD não quisesse eu admito que a última coisa que devem querer é de facto que o orçamento seja aprovado que o chega o que é qual era o preço a pagar a segir como é que ia ser a discussão por exemplo se isto se passar mas na noridade como é que vai ser a discussão na especialidade nós vamos chegar entre a generalidade e o fim da da ação final Global vamos chegar a uma manta de retalhos a um orçamento que provavelmente terá coisas em que o chega votará com o PS votará com com a esquerda e e e seguramente que o primeiro-ministro terá para aplicar um orçamento que não é rigorosamente nada daquilo que Ele desejava e e ficará numa situação de grande condicionamento político e e há como se diz linguagem comum Popular com amigos destes eu não sei de que é que nós precisamos de de inimigos portanto obviamente do ponto de vista da tática e estamos a falar aqui daquela tática pequenina do jogo político do dia a dia eh a disputa pela liderança da oposição está a ser feita o chega se o PS viabilizar o orçamento vai dizer não a única força que efetivamente está desprendida do poder e se afastou e que está a gritar e a pugnar pelos valores da justiça social somos nós se acontecer a inversa naturalmente que a liderança do PS em termos de políticos da oposição fica reforçada e e fica muito comprometida à narrativa do Não é não porque eh os cidadãos vão pensar que afinal se calhar até Houve aqui algum entendimento em bastidores portanto estes jogos são jogos muito perigosos e eu custa-me sou-lhe Franco ver o partido o meu partido fundador da Democracia responsável pela defesa da democracia e pela sua consolidação ter dito várias vezes que havia que fazer tudo para evitar que a influência sobre o poder legislativo e executivo caísse nas mãos de forças políticas irresponsáveis aliás até houve pessoas na na na minha área política que defenderam até a extensão do do cha enfim eu não concordo com isso acho isso um disparato mas de qualquer das maneiras isso aconteceu então passamos da cerca sanitária não é verdade para eh a admissão e até a conveniência política esta maneira de fazer política Não serve o país pode servir conjuntural gentee um partido ou um líder mas não serve o país e portanto eu entenderia que com o prr em curso com um quadro político internacional que talvez esteja hoje no seu pior nível dos últimos 10 anos o partido socialista com nervosa devia dizer não acompanhamos a não acompanhar-nos não somos capazes de acompanhar abster-nos e abster-nos dizendo este caminho é errado e vai conduzir por exemplo ao desequilíbrio das contas públicas e nós cá estaremos porque avisamos em outubro novembro em junho ou julho do ano que vem para quando for necessário afirmar a censura política seja do ponto de vista da retórica seria seria então uma uma abstenção violenta é isso eu já usei essa expressão que não é minha aliás sim sim é uma expressão histórica Mas é uma é uma abstenção violenta explicada bem aos portugueses que o partido socialista não concorda com estes dois tipos de medidas e aliás teve um suplemento de apoio que não é irrelevante do fundo monetário internacional sobre os riscos orçamentais Já já vamos já vamos tema Duarte Pacheco se o partido socialista insistir nestas linhas vermelhas em relação às principais medidas eh quer do IRS jovem quer do irc o governo passa a ter legitimidade para negociar com com o Chega ou ou vê esse caminho aberto por assim dizer pelo PS como uma armadilha eh é é uma armadilha mas é um caminho eu eu concretamente com aquil é é um caminho com armadilhas é isso porque o aquilo que o PS pretende é liderar a oposição efetivamente e e até se fazer a separação de águas entre dois blocos um bloco de centro direita e e um bloco de de centro esquerda liderada por pelo pelo partido socialista e portanto por isso isso era o modelo ideal Claro com todas as contradições de quem dizia que o chega devia ter Dev estar uma linha vermelha e uma cerca sanitária e agora já está já achar conveniente que o pró próprio governo fique nas mãos desse partido agora seria uma é é um caminho e se o interesse Nacional o exigir como a única alternativa para ter o o orçamento eu penso que até os portugueses compreendem compreendem porque o governo diz nós não queremos nós preferíamos com o partido socialista até para dar estabilidade política às medidas porque mas fecharam noos a porta na cara nós não temos alternativa são conversar com outros ou ou para bem do país eh mas Eduardo Pacheco não seriam dois interesses nacionais na Ótica obviamente do PSC também não seriam dois interesses nacionais em conflito o interesse de ter um orçamento aprovado e por outro lado o interesse de não trazer para a área da governação eh um partido extremista e populista como chega Ora bem eh se nós repararmos o que está acontecer na madeira dos Açores eh é que os governos respectivos liderados pelo PSD eh sobreviveram com o apoio parlamentar do cheg e ninguém acha que a democracia ficou em perigo na madeira de ações por causa disso O problema não é esse o problema é a questão da confiabilidade é da eu já várias vezes o referi durante anos quer no processo orçamental quer por exemplo liderante comissões de inquérito ao sistema financeiro eh e e de camarate sempre que era necessário fazer algum entendimento por exemplo com o PCP esse entendimento era feito retirava o parágrafo a metias o parágrafo B no relatório mudava as pressões que eles entendiam que não eram as mais corretas pant mas não era n era preciso passar nada à escrito bastava a palavra dizia sim senhor fiquem des cansados o nosso voto será este mas acha que o que o chega se se dissesse que iria votar a favor do do orçamento não o Faria acabaria por não o fazer ou está a falar da confiabilidade a a a longo a Médio prazo para por exemplo para para o horizonte da legislatura nem neste caso em concreto nem no futuro nós viemos o que se passou com a eleição do presidente da Assembleia eh eh portanto aí é que está é que nós o governo ficava numa situação de de instabilidade total porque nunca saberia se num dia ou no outro por qualquer motivo tivesse a chover ou tivesse a fazer sol o chega aparecia a fazer algo diferente daquilo que se tinha comprometido ou ou a votar contra coisas que que antes tinha concordado e isso é que é o grande problema é a fiabilidade podem-me dizer mas eles vão são mais maduros são mais institucionais vão aprender muito bem vamos supor isto quando ao darmos aulas se nós tivermos um aluno que é um balda no dia em que ele diz que vai se portar bem eu não não não acredito muito só H segunda aou terceiro dia em que eu vejo que efetivamente o comportamento dele al se alterou é que eu começo a aceitar aquela afirmação Ora bem estamos nesta fase o chega para ser viável tem que nos provar que o é porque o seu passado recente desde a sua existência até agora não tem mostrado que seja alguém em que se possa confiar para poder fazer um acordo e ou qualquer tipo de entendimento uhum eh esta questão do do cheg Alberto Gres Fernandes eh Será que por outro lado e o facto de trazer um partido com estas características e para mais responsabilidade não pode ser o princípio do fim desse partido como muitas vezes acontece a partidos mais radicais o abraço do urs é o que está se referir a velha expressão relativamente à esquerda que aliás António Costa fez e bem no quando montou a a solução política de 2015 e em que desde então de facto os partidos mais à esquerda não pararam de de perder expressão Isso mesmo são totalmente diferentes Aliás o edard pachira disse uma coisa que é de facto factualmente histórica históri é histórica e factualmente verdadeira que é o comportamento a história e a tradição enfim Nenhum de Nós penso que é somos insuspeitos de de ser de simpatizar com a causa comunista mas de qualquer das maneiras há uma coisa que todos reconhecem o Partido Comunista é o valor da palavra e acordos feitos com o Partido Comunista são acordos que não precisam de papel eh nós não temos essa estabilidade nem essa história do outro lado e há uma questão que se coloca ao país é que a campanha eleitoral de Luís Montenegro foi toda feita reafirmando o princípio que em circunstância alguma aceitaria governar ou depender ou fazer depender o seu governo desse partido até porque no fundo há aqui duas hipóteses que estão em confronto há o abraço do urso ou há de facto uma Faga ocitose e há uma legitimação de um espaço político e o PSD Inexoravelmente perde para o futuro e esse esse esses eleitores quer dizer o PSD neste momento tem uma luta estratégica que é recup grande parte do eleitorado que perdeu à sua direita fundamentalmente para eleitores do chega e também alguma coisa para a inicitiva Liberal a partir do momento em que entramos a jogar o mesmo jogo há uma legitimidade e portanto eu não sei quem é que seria o mais beneficiado neste quadro seguramente a credibilidade não seria e a própria posição do primeiro-ministro atual anterior presidente do bst em campanha dizendo que em nenhuma circunstância faria isso h eu não sei se Como dizia o engenheiro C Terres há uns anos atrás se nalguns momentos entre a espada e a parede Não será possível não será preferível de facto optar pela espada e e resolver a questão devolvendo ao povo a pergunta querem quem é que interessaria mais neste momento essa essa solução de haver novas eleições quem é que teria mais a ganhar com isso já lhe disse do ponto de vista Nacional ninguém do ponto de vista camento partidário só há naturalmente uma força política ou uma Coligação que tem interesse nas eleições que é a aliança democrática Duarte Pacheco Duarte Pacheco é é o governo é a aliança democrática que quem tem mais a ganhar com eventuais eleições a breve prazo não eu eu penso que não eu penso que não por dois por dois motivos por um lado como disse porque o país perde e portanto se o país perde Ninguém ganha perdemos todos ponto mas em segundo lugar porque aquilo que que nos dizem as sondagens mas mais do que as sondagens as conversas que todos nós temos quer com com familiares com amigos com colegas percebemos que a alteração não será radical do do do Futuro Parlamento Portanto o PSD a pode ganhar mas não vai esmagar o partido socialista o partido socialista até pode subir qualquer coisa eh o chega 10 mas h aou não esmagar e subir também não tem maioria absoluta portant ficar é algo parecido depois das eleições e portanto a ganhar como para ficar tudo igual o ideal era efetivamente que o partido socialista e acho que este assunto ter sido morto H largos desculp interromper oard só estou de acordo consigo me tenha explicado mal quem perde menos eu concordo consigo aquele que talvez perde menos eventualmente iria buscar três pontos quatro pontos concordo consigo vai buscar três quatro pontos S chega e passa de 31 para 34 e concordo inteiramente com a sua leitura exatamente isso é que ninguém perde menos ele também subscreva posso não ter compreendido bem paramente agora O ideal era que efetivamente o partido socialista tivesse até já morto isso há muito tempo porque eu percebo que se deixou-se encurralar e num canto em que agora tem dificuldade em sair eu compreendo isso porque o ideal era que tivesse dito aquilo logo em ma que dizia o Dr Campos Fernandes há minutos assim dizer e este governo ganhou eleições é o seu primeiro orçamento tem legitimidade para o apresentar certamente que nós até vamos discordar do caminho dele e cá estaremos para fazer essa avaliação mas tem legitimidade que ao primeiro orçamento temos que dar esse espaço de de dúvida mas o o governo tem contribuído para para que o o PS se sinta ainda mais encorrentar do que seria recomendável para que o PS Não se sinta tão pressionado eu direi que houve intervenções também por parte de de membros do governo e do primeiro-ministro que foram claramente eh de guerrilha eh e portanto para quem quer fazer o entendimento eh não são se calhar as melhores expressões mas isso infelizmente é muito típico da política Latina e então aqui em Portugal fazemos isso muitas vezes por exemplo os os debates quinzenais E hoje vamos ter um é um mau exemplo daquilo que que deveria ser um debate porque frequentemente em vez de estar-se a discutir a política eh aquilo que depois todos os comentadores fazem é saber quem é que ganhou que ficou 32 ficou 4-1 5-0 eh e portanto quase que um combate de box minimizando as hipóteses de entendimento de diálogo e isso eh é muito típico da política Portuguesa e neste caso eh quer uns quer outros mas imediatamente também por parte do PSD e do governo vamos ser sérios em reconhecer já houve intervenções que não foram e as mais adequadas paraul pelo Mas isso é tão verdade o que você tá a dizer que eu inclusivamente que confesso que tive que sorri quando me apercebi que a entrega da a proposta recusável ia ser feita a seguir ao debate qual quer dizer não há pior momento h para se para sear um acordo depois de passar três ou 4 horas em picardias políticas que vão ser perfeitamente como diz muito bem de Parlamento Latino e portanto vamos ver o que é que vai como é que o dia vai acabar mas tem toda a razão deixa-me pegar nessa expressão do Latino Alberto campes Fernandes nós vemos entendimentos ao centro numa série de outros países até foram governo Muitas vezes os dois grandes partidos eh nós olhamos olhamos para a nossa história democrática e vemos que as grandes mudanças de regime Se quisermos do país foram feitas por acordo entre o PS e o PS a Adesão Então se é a entrada para o Euro o próprio regrado da troica teve participação de dois partidos um A chamá-lo o outro a executá-la eh porque é que se diabolização no dia a dia Esta possibilidade de entendimentos para grandes temas entre o PS e o PSD tem que ver com a cultura com a história e com os protagonistas e isso é nós quando analisamos e estudamos um pouco aquilo que tem sido a vida democrática enfim estes últimos 50 anos encontramos isso em Portugal seria impossível nós temos o modelo alemã em que estamos semanas e meses a discutir pontos estratégicos do governo e e e só depois a discutir equipas aqui em Portugal há muito sentimento da desforra eh a desforra no sentido do do e do dos nossos tempos de Liceu vamos tirar a desforra eh aliás alguém dizia há tempos que passa-se agora um bocadinho com com o líder do PS o que se passou com líder do PSD em 2015 quer dizer o o sentimento da injusticia de uma certa injustiça na perca eleitoral e pá Perdemos por pouco só no caso de Passo escoelho até ganhamos quer dizer e Esse aspecto transformado eh Digamos que é muito Latino É talvez a o comentário sobre a questão emocional H perde porque compromete de facto a frieza das pontes e depois há um outro aspecto que é os líderes políticos que têm que se respeitar eh quando nós olhamos para trás nós vemos que entre figuras como Mário Soares ranos Sá Carneiro cavac Silva Jorge Sampaio etc a divergência política e eh era de facto limitada por aquilo que é um respeito pessoal que é consideração pelo outro que é tão importante como eu porque no país o líder do Gover governo é igualmente importante como é o líder da oposição nós na na na em Portugal e talvez nos países latinos gostamos um pouco de de destruir o outro de meniz às vezes até deim calhar E isso não ajuda na construção das pontes e do Diálogo porque essa elegância na retórica que por exemplo o Parlamento inglês tem no de uma forma absolutamente exemplar e e e nós tivemos até na no tempo constitucional e na na na Assembleia no Parlamento quando da do período constitucional isso é uma coisa outra coisa é a pouca pouca digamos a apoucar o o o nosso adversário o nosso oponente uhum não reconhecer eh um estatuto importante do ponto de vista político isso depois leva só para concluir a comprometer aquilo que foi a sua pergunta porque é que nós não temos sobre matérias estratégicas cons sensos a 10 anos saúde economia política fiscal ordenamento do território incêndios prisões sistema de Justiça aquilo que se quiser que são matérias que transcendem 4 anos de legislatura Obrigatoriamente vão tocar emos de dois partidos Mas enfim essa é a nossa Fatalidade histórica eu creio que talvez com gerações futuras possa vir a ser melhorada Mas pelo momento não é fácil Pacheco esta incapacidade de entendimento ao centro é para manter não se vislumbra de facto que que se possa mudar um pouco esta Cultura eu eu tenho receio que não seja fácil de mudar eu acrescentava só aquilo que que já foi dito o facto de mesmo que os líderes dos dos partidos dos dois principais partidos estejam disponíveis muitas vezes são condicionados pela sua pelos seus tifos que nem querem ouvir falar disso V logo isso como um sinal de fraqueza portanto o que eles queram visto que também têm interesse em continuar em funções querem continuar em funções têm que ter grande cuidado porque senão internamente rapidamente lhes tiram o tapete eh Eu via as críticas que eram feitas por exemplo Dr Rui Rio enquanto líder da oposição por defender determinados entendimentos com o Dr António cor e que o PSD estava a ser moleta do do partido socialista que não conseguia impor os seus valores etc isto internamente a isso portanto também dificulta o entendimento ao centro que era fundamental porque uma coisa é nós acordarmos naquilo que é o caminho para onde queremos ir e depois termos diferentes caminhos para lá chegar naturalmente agora não podemos é um dia estar a caminho do Algar e outro dia a caminho do porto enquanto não nos entendemos sobre onde é que queremos chegar vamos estar e a dispersar energias a perder tempo e e sem Alcançar aquilo que queremos para o país e E hoje vamos chegar a Lisboa em mais um capítulo deste deste processo de negociação Adalberto Campos Fernandes Duarte Pacheco Muito obrigado pela vossa participação neste explicador um bom dia bom dia [Música]