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senhoras e senhores membros do governo presidentes das juntas de Freguesia senhores presidentes dos grupos parlamentares Senhora provedora de Justiça senhores chefes militares senhoras e senhores deputados nacionais e municipais senhores e senhores embaixadoras e embaixadores representantes do corpo diplomático senhoras e senhores vereadores da câmara municipal de Lisboa demais entidades minhas senhoras e meus senhores portugueses cumprem-se 114 anos 114 anos desde que somos uma república uma república que se foi transformando e adaptando aos Ventos da história que viveu vitórias e fracassos ordem e desordem democracia e ditadura ela significou mais uma mudança das tantas que sucederam em 900 anos de história desde aquele outro 5 de outubro que nos faz ser hoje portugueses o de 113 e que nunca podemos esquecer quis a sorte ou a providência que estes 114 anos da República se encontrassem com uma feliz coincidência que coincidissem com os 50 anos de Abril com o momento em que o inteiro e limpo cobriu esta cidade e se espalhou por todo o país mas estes 114 anos coincidem ainda com outro momento com os 500 anos do nascimento de Luís de Camões do nascimento do poeta nação sua consciência mais íntima a sua expressão Mais autêntica parece por vezes que este Marco passou despercebido escapou à memória de parte da classe política que teria o dever de lembrado o senhor presidente da república bem o disse uma vez que nunca faremos Justiça A Camões podemos não conseguir fazer-lhe Justiça mas temos sempre algo a aprender com Camões porque foi ele em grande medida que nos fez compreender quem somos excelências portugueses dizem que os grandes poetas eternizam um instante na nossa vida vemos correr o Rio do tempo vemos fugir os instantes vemos mudarem-se os hábitos e as vontades no entanto há quem os eleva à memória que permanece são assim os grandes poetas e assim foi Camões foi ele quem fez da nossa história uma grande viagem e que mais não é a vida de todas as nações senão uma viagem feita pelos Mares da história nós portugueses temos também a nossa é uma viagem onde há tempestade e Bonança aventura e rotina heroísmo e cobardia bondade e Malícia Camões colocou-nos nessa Caravela que navega a história e nessa Grande Viagem que é a nossa história o pior que pode acontecer é ficarmos parados é não termos destino é perdermos o caminho muitas vezes por culpa da desorientação de quem nos deveria guiar e sobre este perigo alertava o poeta quando cantava sobre aquele que se desviam do lustre e do valor dos seus passados em gostos e vaidades atolados a sua primeira mensagem é esta um aviso quantas vezes na história nos desviamos dos caminhos porque foram preferidas vaidades pessoais interesses partidários em vez do bem comum tudo isto nos desvia do caminho que devemos seguir e em que se dá oportunidade e prioridade ao que é muitas vezes imediato e não se pensa no futuro o próprio 5 de outubro de 1910 foi uma resposta contra isto contra a vaidade de políticos que se achavam donos do país foi uma resposta contra o domínio dos pequenos interesses e hoje quando tanto se fala de bloqueios e de travar medidas essenciais para o futuro do país devemos ser Claros o país não pode parar o país não pode ficar Refém de ansiedades pessoais ou partidárias e é o estado do país e não os estados de alma que devem guiar os nossos líderes políticos excelências portugueses Camões não nos deixou só um aviso juntou-lhe uma esperança a esperança que nos acalenta e nos leva a alcançar novos mundos e novos limites que nos demonstra os maiores exemplos de coragem de heroísmo de sacrifício exemplos como os nossos bombeiros que diante de terríveis incêndios não se deixaram vencer pelo medo que se sagraram verdadeiros heróis e a quem tanto devemos um obrigado aos nossos bombeiros será sempre pouco porque são eles exemplo do que Camões canta sobre aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando a esperança na possibilidade destas obras valorosas é a nossa motivação para continuar aquela Grande Viagem para não ceder à inércia que tão frequentemente nos atinge ceder à inércia foi o que nos aconteceu em áreas tão fundamentais como a habitação uma inércia política que exige agora um esforço redobrado para responder às pessoas e o que elas esperam de nós ceder à inércia foi também o que se passou na Imigração e hoje assistimos a manifestações de drama humanitário que nos envergonham a todos como país nós precisamos de imigração sim precisamos de imigrantes mas não podemos aceitar uma política de portas escancaradas que conduz à desordem que dá espaço a redes criminosas multiplica casos de escravatura moderna e se hoje temos esse Claro problema de pessoas em situação de Sem Abrigo no país deve-se também essa irresponsabilidade de lidar com a imigração esta irresponsabilidade aumenta a desconfiança na nossa sociedade e alimenta aos extremismos de um lado e de outro por isso é que disse Precisamos de uma política de imigração Que Valorize que traga dignidade a quem chega ao nosso país e que assegura que quem chega valoriza o país que acolhe nós queremos acolher mas também Esperamos que quem venha saiba e se queira integrar que respeit a nossa cultura aberta de cidade aberta os nossos valores europeus tão profundos e hoje posso aqui dizer que ontem resolvemos Talvez uma das situações mais graves durante estes 3 anos de Mandato ontem conseguimos arranjar um teto para todas as pessoas que estavam na igreja do anjos em Arroios graças ao trabalho de tantos tantos tantos trabalhadores ao Senhor comandante da Polícia Municipal à senhora presidente da junta de Freguesia aos serviços sociais à higiene Urbana Que ontem até tarde conseguiram a cada pessoa tratá-la humanamente com cada uma dar-lhe dar-lhe esse espaço dar-lhe essa dignidade de um teto e hoje convido senhoras e senhores a passarem em Arroios ao lado da Igreja dos Anjos a convite da senhora presidente da junta Hoje meus amigos Temos esta oportunidade temos a oportunidade de atuar de fazer e é isso que fazemos hoje temos a oportunidade de fazer mais e melhor também pela segurança das pessoas e foi também uma sensação de insegurança de impunidade que fez ruir a jovem República portuguesa temos por isso de levar a sério aqueles que sentem uma certa impunidade nas ruas ou uma fraca resposta do estado é preciso dizê-lo não queremos um estado omnipotente que tudo pretende fazer Mas queremos um estado com autoridade para fazer cumprir a lei e hoje temos a oportunidade de devolver ao estado essa capacidade de atuar de lhe devolver a autoridade que nos parece a tantos e aos olhos de tantos muitas vezes desbaratada Lisboa e Portugal têm um grande ativo sen não o maior a sua segurança e por isso é que pedi ao governo anterior mais 200 polícias municipais E também o peço a este governo e por isso volto também a dizer volto a dizê-lo sim precisamos de reforçar as competências dos nossos polícias municipais porque mais competência da polícia Municipal é mais segurança nas cidades os nossos polícias são agentes da lei da autoridade devem ter a capacidade de atuar sem medos e sem condicionalismos políticos sejam eles polícias de segurança pública ou polícias municipais em Lisboa O que conta é que que cumpram a sua função que é apenas uma a segurança das pessoas hoje temos a oportunidade de cumprir o que nos é exigido em todas estas áreas para fazer desta nova Caravela embarcação segura para seguir viagem Todas as viagens têm um destino e cões deu também à nossa ao seu destino e essa é a sua terceira mensagem sabemos que hoje a imagem da Ilha dos amores já não se reflete nos velhos desígnios do império uma história de futuro ou de qualquer outro projeto quimérico nosso destino hoje é outro no entanto Apesar diferente ele não é menos audaz também é hoje preciso Audácia Audácia para reter o jovem talento que nos foge fazê-lo através da Inovação para reconstruir o estado social sem dogmas ideológicos e com a ajuda dos Municípios para fazer uma transição energética ao lado das pessoas e não contra as pessoas e para pôr o país a crescer depois de duas longas décadas de estagnação económica é isso é isso que nós precisamos é isso Senhor primeiro-ministro que está a ser feito e neste sentido o que aponta o nosso destino de não ser uma fatalidade cairmos na cauda da Europa mas sim como queria Camões sermos orgulhosamente a cabeça da Europa excelências portugueses na história da República e do país muitos momentos houve em que caímos na rudeza de uma apagada e Vil tristeza muitas vezes cantou para gente surda e endurecida várias vezes o barco ficou parado sem que soubesse para onde seguir viagem mas é uma constante da vida das Nações na sua vida também se apresentam oportunidades e agarrar estas oportunidades significa frequentemente devolver-lhe aquele Ledo orgulho e geral gosto que os ânimos levanta de contínuo a ter para trabalhos Ledo o rosto Ledo o rosto é o que todos nós portugueses precisamos depois de 114 anos de república e 881 anos de nação de ânimo de orgulho porque não ficamos atrás de ninguém uma nação como a nossa não se pode nunca sentir pequena ou inferior a relação a outras tem de ser isso sim um exemplo para as outras foi precisamente este o propósito da República foi também este o objetivo de Camões que seguíssemos caminho esta nossa viagem com confiança com orgulho com Audácia senhoras e senhores senhor presidente da república portugueses viva viva a república Viva sempre sempre Portugal Muito obrigado [Aplausos]