🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
viva e bem-vindos a mais um dúvidas públicas Esta é a entrevista de economia da Renascença que pode ouvir sempre a esta hora está sempre disponível em podcast e em rr.pt nesta próxima hora falaremos muito de Salários Mas também de IRS de irc de concertação social ou da agenda do trabalho Digno o nosso convidado define-se como um homem rigoroso transparente e determinado são ticas que serão com toda a certeza importantes para alguém que iniciou a atividade bancária em 1976 anos mais tarde já em 2005 foi eleito presidente da direção do Sindicato dos Bancários do Norte mas com o passar dos anos a designação mudou e hoje lidera o sindicato dos trabalhadores do setor financeiro de Portugal entre 2009 e 2011 foi deputada à Assembleia da República pelo partido socialista hoje é Conselheiro efetivo do Conselho económico social membro da comissão permanente da concertação social integra o comité executivo da Confederação europeia de Sindicatos para mencionar algumas das coisas esta foi uma conversa com data certa decorreu na quarta-feira 2 de outubro fica o aviso porque hoje em dia o mundo muda muito rapidamente o nosso convidado é Mário Mourão líder da ugt e esta entrevista será conduzida pela jornalista Sandra Afonso e por Arsénio Reis Agradeço desde já ao nosso convidado ter aceitado estar aqui hoje na nova versão do acordo de rendimentos o governo antecipa a meta para o salário médio e aponta como objetivo chegar a 2030 quase aos 100900 € a maioria dos trabalhadores portugueses ganha menos que isso e só para termos uma ideia nas empresas até quatro trabalhadores o salário Ronda aos 1000 € acima dos 500 trabalhadores ultrapassa aos 1700 € mas são muito menos estas no país assinou este acordo acredita nestes valores eu acredito se eu não acreditasse e não teria assinado o acordo em 2022 com o anterior governo Aliás foi um compromisso que tivemos que assumir com o anterior governo dizendo se o governo de facto se preocupa com os salários é consensual que os salários em Portugal são baixos e é preciso inverter esta situação e isso só assumindo compromissos compromissos ao nível da conação social onde está o o governo e portanto o governo tem muito a ver com aquilo que é a atualização do salário mínimo e onde estão os patrões que T muito a ver que resulta muito da negociação coletiva e portanto tem aí uma parcela bastante eh importante no sentido de melhorar também aquilo que são os salários médios o que nós verificamos hoje é que há um achatamento entre os salários mínimos e o salário médio ou seja o salário mínimo teve uma trajetória positiva e o salário médio foi estagnando e portanto hoje temos um problema e o atual Governo foi sensível também a incluir no acordo essa questão do salário médio é preciso de facto fazer alguma coisa para que o salário médio deixe de estar achatado com o salário mínimo Porque nós não queremos em Portugal trabalhadores só no salário mínimo e portanto Quando falamos em reter os jovens muitos estão no salário médio e portanto não é com os salários médios que se ganh em Portugal que a gente os retém e portanto eles são obrigados a a procurar melhores condições salariais e de vida fora em outras geografias Porque Portugal não consegue de facto reter e portanto isto foi um compromisso quer assumido com anterior governo quer felizmente com o atual governo que de início Ficamos um pouco com confusos sobre algumas declarações que foram feitas queer pela senhora ministra do trabalho quer para alguns responsáveis do governo e na questão de cumprimento do acordo que vinha detrás nós fizemos o acordo com o governo Português não foi com nenhum partido e por isso quando se disse na Assembleia da República que acordo anterior era um acordo daquela legislatura e que aquela legislatura tinha caído preocupou noos e tocaram todas as as campanhas na ugt porque dissemos Nunca mais a ugt poderá assinar nenhum acordo em que esteja envolvido o governo porque se cir deixam de o cumprir Então se assinou um novo acordo quer dizer que o que estava em vigor tem sido cumprido exatamente houve o compromisso do governo de uma reunião que houve com o governo e porque a partir dessas declarações e eu fiz algumas declarações na comunicação social e tivemos a oportunidade de estar quer com o Senor o primeiro ministro quer com a senhora ministra do Trabalho em que transmitimos aquilo que eram as preocupações da ugt e foi-nos garantido e depois na conação social que o acordo que estava estabelecido é o acordo que está na mesa é o acordo que está em vigor e era para ser respeitado pelo melhor governo sem prejuízo de se introduzir algumas melhorias tal como foi feito agora neste reforço que nós consideramos um reforço Apesar deste acordo ser um acordo que foi alongado para 2028 mas eh respeitando tudo aquilo que tem sido acordado quer nos anterior acordo quer no seu reforço quer naquilo que temos previsto para os próximos e mas por exemplo e e vou voltar a insistir no salário médio eh não há regras novas neste neste nesta nova versão do acordo de rendimentos que foi assinado eh ajustaram o incentivo fiscal em RC às empresas que aumentem a massa salarial e os salários mais baixos em 4,7 por agora eh mas a verdade é que no primeiro ano em que esteve em vigor foram pouco mais de 500 as empresas que aproveitaram esta medida sem novas regras acredita que agora vai ser diferente H os 4,7 vem do anterior acordo é este 4,7 é o referencial para a negociação coletiva que consta do acordo de 2022 o referencial não era 5% 5% foi o que foi foi o reforço o o o o o salário mínimo eram 810 € o reforço pô-lo em 820 € ainda com o anterior governo e o referencial foi para 5% exatamente passamos de 5% agora para 4,5 mas para 2025 é os 4,7 pass então há há aqui o ajustamento passamos de 5 para 4,7 por tirando isso nada mais muda não não e eh eh nada mais muda porque nós consideramos que aquilo que foi negociado no primeiro acordo se mantém e a prova disso é que eh houve mais gente que com o salário mínimo deixou de receber salário mínimo e passou para outro patamar não do salário mínimo e portanto Houve aqui um um um um um algo que influenciou e impulsionou portanto os aumentos dos salários por exemplo sido mas não terá sido graças a esta medida se apenas 500 empresas aou pouco mais de 500 aderiram à iniciativa não vão lá ver todas as toda a negociação coletiva que foi feita foi superior aos referenciais do acordo eh por exemplo neste o primeiro trimestre deste ano os dados que nós temos relativamente à negociação coletiva foi que os aumentos no primeiro trimestre foi de 7% e no segundo trimestre já vai em 8% muito superior aos 5% que estavam no acordo O que quer dizer mas isso não são isso não são percentagens reais não são aumentos reais não t inflação ess 7% já tem o desconto da inflação hum não vamos lá ver a inflação nós nós veja os 4,7 também não tinha inflação a inflação dos quatro é a tendência é baixar a tendência quanto mais tarde o acordo é ter 2026 agora vai até 2028 nós tínhamos consciência quando fizemos este acordo e tínhamos estabelecido metas 4,7 para 2025 com o desaceleramento da inflação as empresas iriam pôr aqui grande dificuldades em comprar em em em cumprir eh este este referencial porque o a inflação estando é é previsível que a inflação Vá para 2,5 2,8 2,9 o referencial é 4,7 as empresas nós agora no início nas primeiras reuniões que tivemos sentimos que as empresas tinham alguma dificuldade as empresas queriam alterar o referencial porque diziam que com as desel ação da inflação bom teríamos aqui um desequilíbrio entre aquilo que eram os resultados que as empresas tinham e aquilo que era o que estvamos quanto é que os patrões pediam os patrões queriam mexer quer nos referenciais quer na questão de legislação nomeadamente a legislação laboral já lá vamos e é evidente que nós compreendemos que ao exigirmos também que as empresas cumpram esta meta T que ter cont partidas e já havia o irc no primeiro acordo e depois no seu reforço não estamos a falar desta proposta que o governo tem do ir do irc do IRS jovem mas já havia também e a baixa de irc nas empresas que durante 5 anos porque tem que haver contrapartidas para que as empresas também possam cumprir aquilo que são as metas do acordo que fizeram isto é um acordo tripartido e portanto tem que haver aqui cedências pão havia acordo h e portanto nós compreendemos que há também a questão do irc não nos metendo nesta nesta polémica que existe agora relativamente ao irc e ao IRS jovem adiante também queremos ouvi-lo sobre isso Julgo que amanhã possa haver mais novos desenvolvimentos agora nós tínhamos a noção que eh eh o o aumento do salário médio só se fazia através de uma negociação coletiva dinâmica quando surgiu o irc no primeiro acordo as empresas que beneficiaram dessa medida só poderiam ser empresas que tinham negociação coletiva dinâmica senão não podiam beneficiar Aliás quando o governo na reunião da conação social falou que era do seu programa de governo eu tive a oportunidade de dizer na conação social que tínhamos perdido aqui uma oportunidade porque a baixa do irc que o governo tinha o seu programa e até que está na Assembleia da República nem tem nada a ver com aquilo que está Ela já está para discussão na Assembleia da República aquilo foi uma oportunidade que perdemos de também incluir esse benefício nas empresas que tivessem e negociação coletiva dinâmica porque senão as metas que o governo pretendia relativamente ao salário médio não iriam ser atendidas e portanto dificilmente lá chegaríamos dailo que eram os objetivos dos aumentos reais de Salários e nomeadamente no salário médio também e portanto isto apenas o acordo é o começo não é um ponto de chegado é um ponto de partida Como foi os anteriores e há e equipas vão ser constituídas comissões quer já existem comissões do anterior acordo como também destes n algumas matérias novas que aqui foram introduzidas para fazer o acompanhamento e há uma coisa que se mantém no respeito pelo acordo anterior é quando for necessário os parceiros sentam-se à mesa para discutir e reajustar e medidas que eventualmente possam não estar a ter os efeitos que era pretendidos com a assinatura do acordo vamos começar a fatiar alguns dos temas que pelos quais Já passou já falou de salário mínimo o governo atualizou o valor em 50 € para 870 € promete continuar a subir os mesmos 50 € até ao final da legislatura esses estes 50 € H são suficientes para reverter a política de baixos salários que o a ideia que o senhor defende ativamente não eu acho que não são nós tivemos muitos anos que os portugueses perderam poder poder de compra e também não se pode recuperar agora 2022 para cá e portanto sabemos as dificuldades disso há imensas dificuldades desde logo nas próprias empresas para cumprir estes objetivos as empresas também têm que ter condições para fazer eu não estou a falar nas grandes empresas estou a falar nas pequenas e microempresas naquelas que falávamos há pouco com menos de quatro trabalhadores são a maioria do deo Empresarial no nosso país do deido Empresarial que tem e que estão na nossa economia Esse é que é o problema e portanto nós para agora tinha que começar por algum lado e não foi fácil deixe-me lembrar no primeiro acordo que o governo anterior apresentou o salário não fazia parte do acordo era rendimentos e competitividade e foi logo a minha estreia na conação social coincidiu com a minha estreia na conação social eu tive a oportunidade de dizer ao governo na altura presidido por senhor primeiro ministro que havia ali um elefante no meio da sala que parecia que se chama que era salários porque estavam a falar em rendimentos e em competitividades sendo que os rendimentos não são só salários são muito são impostos enfim são outras Vertentes e as variáveis que existem são rendimentos mas faltava ali uma componente essencial para o combate aos baixos salários é salários e não foi fácil que o governo introduzisse foi depois de muita insistência que lá veio os salários rendimentos e competitividade hh porque essa é a componente que nos garante que há a recuperação do poder de compra Em função daquilo que se foi perdendo ao longo dos anos nós por exemplo e o governo e estes e estes 50 peço desculpa por por por interromper o raciocínio mas estes 50 € já vão permitir recuperar poder de compra no próximo ano nós esperamos que sim e portanto Veja uma coisa nós temos um problema Portugal quer dizer para além dos salários há outros habitação sim mas estamos a falar de mas mas mas mas veja não é nós temos eh nós não vamos diz-me assim 50 € é o suficiente para que aqueles que têm salários mínimos possam Fazer Face não não é ainda Gostaríamos que fosse eh já para os 1000 € 1500 se calhar concretamente nesta negociação o GT apresentou uma proposta acima destes 870 € ou não nós tínhamos 890 € o governo eh nós dissemos logo ao governo que tínhamos dados que nos indicavam que era possível fazer o que fez no anterior governo o reforço do acordo porque o acordo o salário mínimo era 855 no reforço do acordo e a primeira proposta que surge é de 860 € outros falam 865 o GT achava que era possível ir aos 890 € fou deix dizer deixa-me dizer o seguinte o o o sindicato aqui eu presido No Norte tem cerca de 200 trabalhadores médicos enfermeiras pess administrativa o ordenado mínimo naqueles que entravam no ordeno passou por 890 € passou o o ordenado mínimo que é Sindicato é 890 € hoje 6,1 por que é aquilo que o ordená mino vai vai e aumentar é aquilo que eu vou aplicar aos est para manter sempre o ordená acima daquilo que está as empresas podem fazer há empresas que podem fazê-lo o priv faz o que entender privado faz o que entender o sindicato também é privado é uma instituição privada e portanto eh se estamos neste espírito do combate aos baixos salários temos que dar Passos também que podemos ir mais não podemos estar sempre à espera de contrapartida Se temos condições para ir mais longe não esperemos para contrapartida vamos mais longe as empresas podem dar o exemplo há empresas que têm condições para isso Se nós formos verificar em alguns setores que vão beneficiar da baixa do irc que são as grandes empresas se formos ver aquilo que tem sido as atualizações salariais e falo num num num setor do qual eu conheço que é o setor financeiro eh a proposta do setor financeiro para 2024 foi 2,5% acha que o setor financeiro que aquilo que tem sido os resultados têm anunciado e que nós temos conhecimento e que depois do portugueses fazerem todos um esforços para a recuperação do setor financeiro Se apresente propostas de 2,5 e depois arbitrariamente apresentam e aplicam 3% não é possível não pode haver setores de Fora neste esforço que o país precisa de fazer para o combate aos baixos salários se aqueles que têm condições de o fazer não o fazem Então são as pequenas empresas que têm que dar esse passo já que fala da da capacidade das empresas e que não são todas iguais obviamente uma das novidades neste neste novo acordo é a introdução do 15º mês não lhe chamam isso mas é no fundo é um salário Extra em prémios deatividade com a isenção fiscal a c cgtp considera que é um falso 15º mês porque depende da decisão de cada patrão acredita mesmo que a medida vá favorecer os trabalhadores não não é o 15º mês o g não assinou nenhum acordo em con5 mê existem prémios que já existem hoje deste acordo antes deste acordo já existia as empresas distribuem variáveis distribuem lucros distribui prmios prémios de desempenho já existe hoje isso portanto não estava escrito mas as empresas podem apliar Então para que escrever se já existe se as empresas têm essa liberdade porque ao escrever nós não queremos que esses prémios substituam os aumentos de Salários porque depois no final do ano baixa aos custos pessoal e diz a minha empresa aumentou em custo pessoal para os trabalhadores e 50% mas aquilo não é Verdade Aquilo é é uma ilusão porque aquilo é um prémio que é dado naquele ano se o trabalhador tiver doente se uma senhora tiver e grávida e que tenha que usar do período de maternidade ou o pai da da da da da da parentalidade são penalizados nesses prémios não recebem o prémio e portanto isso não é salário e não vem as empresas podem dar os prémios que quiser até podem dar o 15º mês aliás uma proposta do pacto da cip a cip podia dar e eu lembos quando o presidente da cip tomou posse nós recebemos foi apresentar os cumprimentos já o GT ele próprio Nessa altura falou que tinha um pacto gostaria de de colocar a o GT e que até havia um 15º mês o que nos trouxe alguma dificuldade então o GT contra o 15º mês não o GT não está contra podem dar mais um mês só que era um 15º mês que primeiro era um ordenado e depois era até um ordenado e depois já não era para todos Ora bem não vamos iludir era justamente isso que eu lhe ia a pedir para as pessoas perceberem O que é que estamos a falar qual é a diferença ten horror a essa palavra Qual é a diferença entre esta proposta que consta do acordo e o MS apresentado ou defendido pela pela cip é o facto do valor coincidir com o ordenado não não é só o valor coincidir com ordenado quer dar prémios à custa de alguns impostos desde logo até deixe-me dizer aqui uma situação que se passa há trabalhadores quando vão para a reforma e que estavam tinham um determinado vencimento enquanto estavam no ativo quando pam para a reforma veem que a sua reforma é muito baixa uhum porque aquilo que eh foram recebendo por fora do salário não contou nem contribuiu para garantir a sua reforma e portanto a reforma é calculada com base na sua carreira contributiva se teve uma carreira contributiva baixa a sua reforma vai ser baixa nós estamos a construir se calhar os reformados pobres da Europa no futuro não e portanto a ugt e não concordou muito que se desse o prémio mas depois ficava ninguém pagava não é e não estava claro que era um mês de vencimento podiam dar 200 € já estava cumprido o 15º mês tinham tinha um limite até um vencimento até um vencimento houve uma ilusão e vem o 15º mês não era nada um 15º mês e não era para todos mas esta isenção fiscal que está aqui no associado aos prémios de esportividade também tem o limite Eh claro também tem o limite e eh estes prémios e para as empresas beneficiarem deste benefício também têm que cumprir os referenciais que estão no acordo não é todas as empresas não basta dar e depois teve uma negociação abaixo daquilo que eram referenciais isto não por isso é que nós quisemos e aceitamos que isto ficasse No acordo porque nos permitiu criar mecanismos que não elud disem de que que estávamos aqui a ter prémios maravilhosos mas que depois não se cumpria aquilo que é o essencial que é a negociação coletiva e cumprir aquilo que são os referenciais que constam no acordo na negociação coletiva e portanto por isso Nós aceitamos também apesar disso já se praticar antes de estar aqui já se praticava mas não estava garantido que as empresas agora vão beneficiar e vão beneficiar com essa medida mas para beneficiar têm que ter o seu contributo para a negociação coletiva que é cumprir os referenciais no caso do IRS o governo compromete-se atualizar todos os anos os cões à taxa de inflação mas nada diz sobre os limites das das deduções a coleta ou a dedução específica não considera que essa seria uma informação importante bom nós relativamente à política fiscal nós achamos aliás colocamos isso na conação social achamos que esta questão dos da da da política fiscal devia ser de uma discussão profunda no âmbito da conação social e também os partidos devem fazer não sei porque nós não podemos criar desequilíbrios entre as empresas e os trabalhadores o irc por exemplo eu não sei quanto é que isso vai custar ao estado esta medida que o governo tem de baixa do irc mas há uma coisa que nós sabemos relativamente aos impostos do Trabalho São elevados eh nós já introduzimos eh medidas nesse sentido desde logo a neutralidade fiscal a viia era muito habitual quando os trabalhadores eram aumentados se passassem de de Escalão ainda recebiam menos do que antes de serem aumentados ora isto não fazia sentido por isso isto já vem do acordo anterior que é a questão da neutralidade fiscal e quisemos garantir para este acordo também que se mantinha esta naturalidade fiscal e isto tem que haver acerto nos escalões do ir agora o desejável é que de facto se discutisse isto que não fosse eh separadamente e vulso e vamos agora ver a questão do irc e depois a questão do irr nós Devíamos discutir toda a política fiscal e fazer um pacote que estabelecesse equilíbrios entre os trabalhadores e entre as empresas e portanto na prática que vai acontecer a tal discussão avulso é vai vai acontecer a discussão avulso sem prejuízo de podermos em consultação social porque isso o acordo permitiu eh criarmos uma comissão de trabalho para sobre essa fazer um debate e uma discussão também no âmbito da conação social quer com os patrões quer com as empresas quer com o governo e ainda permite alterações ou que está ou que está agora ou que foi agora acordado não O que foi O que foi agora acordado que GT quis assegurar é que se mantinha a neutralidade fiscal e portanto Porque era importante manter e e e isto obriga naturalmente a negociações com o ministério das Finanças a própria eh o próprio governo em conação também colocou essa agora temos que que que com o ministério das Finanças a ver como é que vamos aplicar isso no anterior acordo eh deixa-me dizer que nós fizemos várias simulações tivemos no ministério das Finanças até às 2as ou 3 da manhã já não me lembro eu queria ir a fazer contas e a testar como é que porque depois havia taxinhas e e e e taxas e taxinhas e portanto quando íamos a ver ainda não tínhamos atingido aquilo que era o objetivo da neutralidade fiscal e portanto não foi fácil Houve várias simulações e nós tivemos também a discutir pois queríamos que isso de facto se verificasse senão estávamos a iludir os portugueses com a neutralidade fiscal e depois isso não acontecia portanto não é fácil quando chegamos à discussão com o ministério das Finanças que se cumpra aquilo que noutros fóruns se chega a acordo e portanto quisemos também agora que se a questão da neutralidade fiscal h e portanto e foi algo que foi assegurado pel miniar não é porque não sabendo como é que as medidas vão ser aplicadas porque Muitas delas para Muitas delas não há informação Temos que confiar que essa neutralidade fiscal está garantida sim eu não tenho conhecimento que dos aumentos que resultaram dos acordos anteriores os trabalhadores não assegurassem no mínimo aquilo que era o salário que tinham antes de ser aumentados eu sou já pensar no f amos que ficar para cima nunca para baixo que é o que acontecia antes não é e no futuro nós vamos estar atentos a isso porque este acordo estes acordos t a clausa de salvaguarda que qualquer dos parceiros pode pedir uma reunião para que seja corrigido algo que não esteja a ser cumprido e que tenha sido previsto no acordo e portanto há sempre não foi preciso no anterior nós temos comissões a trabalhar relativamente Há muitas medidas que do do acordo anterior não estão a ser aplicadas falou-me há pouco na agenda do trabalho Digno a agenda do trabalho Digno eu acho que mais de 50% daquilo que foi aprovado na Assembleia da República ainda não está implementado é preciso regulamentar e portanto ainda não está eh por isso a o GT disse que se calhar não era o momento eh propício para discutir legislação laboral quando havia uma lei que tinha sido aplicada há um ano praticamente há um ano e e e muitas das suas medidas que constam nessa agenda não estavam a ser aplicadas como é que nós podemos fazer uma avaliação do impacto que isso tem quero ainda voltar atrás e algumas das medidas que estão inscritas neste acordo e que sofrem também desse problema ou seja não há informação sobre como vão ser aplicados o IRS jovem e o a descida do irc durante as reuniões que o governo essa informação foi-lhe dada ou não não eh nós e falando neste acordo agora que foi foi assinado CTO foi aqui que surgiu o IRS jovem pela primeira vez ou seja no acordo anterior essa medida não existia também tinha o IRS jovem não e nestes Moldes e nesse está acordado e queremos que continue a ser cumprido nestes moldes esta foi uma proposta que o governo tinha e é o IRS jovem e a decida do RC 2% ao ano até por fazer os 15% nós logo que esta medida surgiu na proposta do governo eh dissemos que era uma matéria Enfim uma matéria que trazia alguma tensão porque se discutia eh na Assembleia da República entre o maior partido eh e e outros partidos que resistiam naturalmente a esta proposta do governo e portanto trazer isto a negociação não era um bom sinal achávamos que não era um bom sinal se o governo fazia questão porque é um dos parceiros que está na mesa o texto não poderia tinha que ser um texto inoc até porque estava previstas reuniões com maior partido da oposição o qual já houve uma reunião parece que a próxima é à amanhã e portanto não queríamos que enfim se perturbasse aquilo que se estava a passar no âmbito da Assembleia da república e dos partidos políticos e portanto que não houvesse propostas na concretas o IRS jovem é preciso fazer alguma coisa já está no acordo anterior se é preciso melhorar que ISO que se faça relativamente ao irc também já estava no acordo anterior nós achamos que esta medida veio da baixa do irc veio desequilibrar um pouco aquilo que são as medidas e das empresas de benefícios para as empresas em relação aos benefícios aos trabalhadores portanto estabeleceu-se aqui um equilíbrio e é bom que não se traga para a consultação social este desequilíbrio Porque isto naturalmente contamina eh e a negociação na consultação social e e e e enfim e e e pode naturalmente não ajudar a resolver outros problemas que podemos ver resolvidos mas acha acha que as pessoas compreendem este acerto entre parceiros sociais eu eu pergunto isto porque ao retirarem os pormenores da as medidas medidas essenciais que estão a ser discutidas como lembrou e muito bem h o IRS jovem e a baixa do irc não assinaram uma carta em branco este acordo não é uma carta em branco ao governo agora pode fazer o que quiser neste no âmbito destas alterações Não não pode fazer o que quiser tem que respeitar os acordos anteriores portanto não vai fazer o que quiser isso é uma garantia mas as medidas estão lá vagas estão lá no novo acordo veja e eh eh no anterior acordo também não estava há medidas que ainda não estão a ser implementadas nós temos uma comissão de acompanhamento de todas essas medidas mas como como disse há medidas que não estão a ser implementadas porque falta regulamentação uma coisa é faltar regulamentação outra coisa é não sabermos como é que as medidas vão ser executadas o irc 10 como quando qual será o impacto isso não deveria estar já neste acordo que foi assim entre parceiros não eh o irc eh eu não sei se baixa sei que está na Assembleia da República eh Há uma coisa que quer dizer reunião tripartida não mas a reunião tripartida nós não Assumimos relativamente ao irc não ao nem ao IRS jovem daquilo que são as propostas que estão agora que que que foram introduzidas não Assumimos nada porque isso também não queríamos contaminar aquilo que se estava a passar nas reuniões entre o governo e o maior partido de oposição e a a constitução social não não devia de forma alguma introduzir na conação social algo que estava a ser discutido no âmbito da Assembleia da repa porque é lá são os representantes do povo e portanto é lá que estavam a acontecer e reuniões importantes para veja se não houver orçamento não sei como é que algumas medidas vão ser implementadas portanto é muito importante aquilo que é uniões entre o primeiro ministro e o maior partido da oposição CTO mas estamos a falar do acordo de rendimento e e são duas medidas que implicam diretamente no nos rendimentos há uma acordo que se não houver orçamento o ordená mío tem que ser aplicado não depende do orçamento e lhe perguntar isso se o suumo do orçamento não pode implicar que parte destas medidas fiquem realmente sem efeito há há medidas que eventualmente que tem Impacto orçamental que se o orçamento não for aprovado naturalmente que poderão não ser não entrar em vigor Mas isso é um risco mas o acordo como um todo não fica em causa não O Acordo como um todo não não fica em causa mesmo que o orçamento jumbe mesmo que o orçamento jumbe não é nomeadamente a aplicação do valor do salário mínimo ente e portanto isso tem que ser aplicado e não vejo mesmo que não houvesse acordo o governo pode aplicá-lo é por Creto e portanto depende é uma das competências do governo portanto não é o or que vai impedir que sejam aplicados deixa-me perguntar-lhe isto então de uma forma mais pessoal enquanto socialista Não incomoda no fundo assinar este acordo que inclui duas das medidas consideradas absolutamente inaceitáveis Ou pelo menos houve houve já uma fase em que esse era o discurso o líder do seu partido eh eh bom E aqui o absolutamente é meu mas inaceitáveis foi um termo usado não vamos lá ver eh o líder do partido socialista e o meu líder aliás eu votei nele que já fazer aqui a minha cação H eh tem eh responsabilidades perante o país e perante aquilo que foi as propostas que apresentou ao país e ele tem que as fazer cumprir e portanto h eu compreendo e e e por isso quando estas propostas vieram à consultação social eu próprio não sentia confortável a discutir em que termos é que e vinham a conação social estas propostas o governo tem direito e tem todo a competência e legitimidade para fazer propostas e fê-lo Mas elas conforme estão no acordo são inócuas porque permite precisamente que não perturbe aquilo que são as negociações entre o governo e o líder do maior partido posição portanto nós salvaguardamos isso H mas há uma coisa que não podemos deixar e de de de de não posso deixar de sublinhar aqui a ugt não é o partido socialista a ugt tem sindicatos e os seus sindicatos é que determinam Qual é a política que a ugt tem que fazer são sindicatos alguns constituídos por sociais-democratas por socialistas por independentes e portanto a ugt da discussão interna que fez os seus Sindicatos no órgão Onde estão representados que é o secretariado Nacional mandatar a ugt para assinar o acordo e portanto e o líder do partido socialista o Dr Pedro Nuno Santos compreende perfeitamente que a ugt não é o PS nem deixe-me tentar ler isto Isso quer dizer e Como já disse que com sem orçamento não hav isso quer dizer que a inscrição dessas Duas Medidas dessa forma digamos global no acordo Não Há influência nenhuma quer o acordo entre PS e PSD seja para se manter a situação atual ou para alterar alguma coisa em algum desses impostos portanto não passa de um processo de intenções aquilo que está inscrito no Acordo sim o quer dizer o governo entendeu pôr essas o os os patrões mais o irc os patrões fizeram questão que a questão do irc também fosse no acordo Isso quer dizer mas vale muito pouco quer dizer Vale quer dizer podiam ir porque é inoo que está o que é que se depreende daquilo que está no texto do acordo relativamente ao irc e ao IRS jovem é pouco dali não se portanto a intenção foi essa mesmo não perturbar o que se estava a passar nas negociações entre o governo e o líder do maior partido da oposição mas ao assinarem manifestam a concordância com a descida do irc o governo não diz emquanto nem como po agora D carta BR por isso daí a minha pergunta se não estou a dar carta brancoa ao governo para fazer como entender não eh eu eu acho que não porque o governo também está um daqueles contratos que os consumidores apanham Veja uma coisa de vez em quando porque é que estão a negociar o primeiro-ministro e o líder da oposição precisamente nessas duas medidas Portanto o que vier a surgir dessas negociações não sei se vai haver endimento se não vai se vai haver viabilização do orçamento pelo PS ou não isso não sei agora não contamina o que se passa no âmbito dessas reuniões mas não retira desculpa mas eu tenho que fazer esta pergunta mas não retira poder e e e peso a este acordo não estão a colocar não eu Julgo que não a assembleia da República é um órgão de soberania e portanto no âmbito da Assembleia da República os partidos políticos têm toda porque é eles que competem são eles que vão aprovar o orar se retira à Assembleia da República aos deputados e ao Parlamento estou a perguntar é aos parceiros sociais e à conservação social se não retira poder credibilidade digamos sabe sabe a agenda de trabalho Digno não houve acordo na conação social porque os patrões não o quiseram foi para a assembleia da República não tou dignidade é evidente que os patrões ameaçaram que poderiam abandonar a consultação social e não ficaram muito confortáveis com da agenda ter ido para para a assembleia da República mas eh não não não deixou eh na Assembleia da na na na consultação social qualquer perturbação no sentido de continuar a desempenhar o papel na sociedade Portuguesa que tem a cpcs e portanto não acho que isso eh se vá passar relativamente a essas duas medidas eh agora a a a conação social independentemente daquilo que não sendo do seu âmbito mas também pode discutir não nós não nos eximimos a discutir as questões da carga fiscal porque defendemos a descida da carga fiscal achamos que a carga fiscal é de facto elevada e portanto não nos vamos exibir de discutir essa questão mas nestas duas particularmente e neste momento de incerteza que existe a conação não quis perturbar o que estava a passar ainda insistir só com uma pequena provocação Pedro Nuno Santos em se entender assinaria este acordo o o Pedro Nuno Santos em seu entender se estivesse no seu lugar assinaria Este acordo o Pedro eu acho que sim Sabe porquê Porque eu tenho que saber interpretar aquilo que é a vontade dos sindicatos eu tenho que tal como Pedro nun santes também tem que interpretar aquilo que é a vontade dos socialistas portanto se eles esver esse no no meu lugar como está geral da ugt não tenho dúvidas que ele não ia decidir em contrário daquilo que são as decisões dos sindicatos que o GT são os seus sindicatos Não não é isolado acabou de nos dizer que os enfim que os partidos não têm influência no caso o PS que é aquilo que está em causa não tem influência direta na na na ugt não fala com o secretário Geral do PS sobre questões de trabalho falo e quero dizer que é uma pessoa muito interessante Nas questões de trabalho eh procura sempre saber como é que nalgumas questões nalgumas matérias se chegou lá como é que o que é que acha que se deve fazer p eh veja eu eu eu eu quando tiver que fazer pontos faço e não vou eh deixar de o fazer como socialista aliás eu sendo militante socialista naquilo que é matérias de trabalho não deixarei de dar a minha opinião e tentar influenciar o meu partido no sentido de políticas de trabalho porque são os sindicalistas que estão no local não são di quer dizer que o GT nem sempre está de acordo com tudo aquilo que o PS defende sim nem sempre estaremos de acordo naturalmente Isto foi assim ao longo dos tempos mesmo em outros acordos Olha que o Torres Couto eh foi um problema entre Torres Couto e Mário Soares o que que é público portanto isso foi assim e portanto eu em relação ao atual secretário-geral aliás uma das conversas que tivemos logo que ele tomou posse foi que a ugt é autónoma é independente e que nem a ugt vai intervir naquilo que é as questões do PS apesar do líder da ugt ser um socialista nem naturalmente o partido se vai intrometer nas questões que dizem respeito ao GT portanto não estamos isso não quer dizer que a gente não possa discutir matérias e tentar que eh influenciar na Assembleia da República políticas relativamente ao trabalho isso é saudável porque provavelmente eh quem está próximo dos trabalhadores são os sindicalistas e são os seus sindicatos e já agora o facto de termos agora no governo de partidos de direita não levou uma mudança na estratégia da ugt não nós temos discutido esta este fenómeno que que da direita nós temos discutido com os nossos sindicatos e estamos a fazer um debate e uma reflexão eh relativamente à forma como os nossos sindicatos nas empresas têm que se adaptar há uma nova geração há uma nova linguagem de abordagem com os trabalhadores nós não podemos hoje fazer o tipo de sindicalismo que fazíamos há 20 30 an nós vamos querer falar um bocadinho sobre isso consigo adiante sobre o enfim o futuro do sindicalismo também exato E isso nós fazemos todos o tempo discussões vamos fazê-lo agora com as uniões em outubro na Caparica num seminário com o encontro das uniões da ugt e no aniversário da ugt vamos fazer também uma reflexão sobre a abordagem atual do movimento sindical nas empresas porque isso nós não podemos estar estanques as coisas mudam são outros eh agentes quer dos sindicatos quer do lado dos trabalhadores há uma nova geração e nós temos as negociações com o poder e neste caso agora com a direita Muda alguma coisa na lógica negocial da ugt Veja a a ugt assinou acordos no tempo da troica em que reduziu direitos aos trabalhadores portugueses teve que o fazer e teve que o fazer em em discussões muito complicadas com a troika E foi com governos de direita uhum portanto a ugt tem no seu seio sociais Democratas e socialistas eu quero dizer que quando fizemos o acordo com o governo do os sociais Democratas também foram entusiastas desse acordo porque viam que era importante para os nossos sindicatos que a ugt fizesse esse compromisso com o governo e foi o que nós também agora achamos portanto nós temos que continuar esta trajetória de crescimento dos salários e portanto é com os compromissos que Assumimos que nós vamos dando Passos nesse sentido e de chegarmos ao objetivo que pretendemos se nós podemos fazer propostas 1500 durante 10 anos eu não sei quando é que demora a chegar aos 1500 o salário mínimo se calhar 8 anos se calhar 8 anos é a nossa proposta é 15.00 olha este é 1500 é 1500 e daqui a 8 anos lá chegamos bom mas mas por exemplo se não houvesse esta vontade de discussão o salário ficava em 855 € salário mínimo foi com esta discussão foi no debate foi em também eh eh eh trazer os patrões para esta necessidade do aumento de Salários que era motivador os queixam-se que não têm pessoal há há setores que não têm pess com salários baixos vão continuar a queixar vão continuar a não ter vejam aquela questão foram foram foi na consultação social que surgiu a questão da imigração de de facilitarmos os vistos nomeadamente a trabalhadores dos pal Lopes eh por causa da língua e para vir e mas nós na ugt logo a ugt nessa nessa altura e era o governo socialista disse logo Mas isso não basta porque eles Quando chegarem aqui é fácil ir a Espanha e o salário mínimo em Espanha é muito superior O que é que eles vão lá não vão ficar aqui o problema é nos salários pois também temos do custo de vida mas sim problema é nos salários é aqui que nós temos que fazer deix então aproveitar essa deixa e perguntar diretamente sei que provavelmente vai ter que ser cauteloso Mas então sendo assim e sendo essa a predisposição da ugt como é que entende a posição da cgtp Veja tal como a ugt tem que interar est aquilo que são os os os quer os valores mas também aquilo que são os objetivos dos sindicatos que constituem o GT também a cgtp naturalmente terá que interpretar aquilo que é a vontade da cgtp a cgtp eh acha que esse é o melhor caminho eh acha que é por aí que deve ir e e e e e essa reflexão eles cabem eu aí sobre o funcionamento do GT nem sequer quer interia ser cauteloso Foi mesmo só para terminar avançarmos para outro tema queria ainda perguntar-lhe uma coisa para os trabalhadores nesta altura é melhor ter orçamento ter governação em do démos ou ter eleições antecipadas nós vivemos num umaa democracia e não temos ter medo de eleições se touver que houver eleições Cá estamos de certeza que encontrarão outra solução não sei se Pior se melhor mas eleições é a vontade dos portugueses portanto para os trabalhadores claro que a estabilidade é importante para as empresas e sendo importante para as empresas naturalmente as consequências para os trabalhadores serão melhores agora vivemos num mundo de incerteza Eu ontem estava para ir e ao a um programa de um de uma televisão e foi suspenso por causa do do do do do do ataque portanto nós vivemos num mundo de incerteza e e portanto e esta incerteza também não ajuda muito a a alguma estabilidade que é necessário mas eh eu Julgo que os trabalhadores vão as empresas vão continuar com mais ou menos dificuldade se houver eleições se não houver orçamento eh será perdou décimos ou não sei como é H se o governo não cair e se não houver eleições eu Julgo que não virá mal ao mundo qualquer dessas situações há governos há is que viveram sem governo eh mais tempo que nós e portanto não foi por isso que deixaram de enfim desempenhar portanto em democracia tudo tem soluções e eu acho que numa noutra situação eh as empresas vão continuar a trabalhar os trabalhadores vão continuar a dar o seu melhor H num num naturalmente num ambiente de mais incerteza isso não tinhamos dúvidas sen temos que começar a avançar eh no próximo mês eh os parceiros sociais vão começar a discutir outros temas como a formação a sustentabilidade a Segurança Social a legislação laboral o que nós queríamos perguntar esse há linhas vermelhas na agenda do trabalho Digno o que é que acha que é inegociável ou o que que é inegociável para ugt olha H surgiu agora a questão do do do da legislação laboral e eu GT disse aquilo que sempre digo que é não achamos que este seja o momento para a mexermos numa numa matéria que não é consensual a ugt discut tudo sempre já disse na conação social menos não discute tudo até a legislação laboral Sabe porquê o GT também tem matérias que foram introduzidas na legislação laboral no tempo da troica que ainda não se reverteram a CAD cidade o princípio mais favorável ao trabalhador o pagamento das extraordinário que passou para 50% e p portanto a GT também tem propostas mas o que nós achamos é que há um houve pouco foi em maio pouco mais de um ano de uma alteração significativa na legislação laboral que foi a agenda do trabalho Digno onde mais de 50% dessas medidas ainda não estão implementadas e que nós não conhecemos o impacto que ISO TR no mundo do trabalho vamos introduzir focos de incerteza de tensão nos parceiros sociais porque um Quer pôr lá se calhar facilitar Os experimentos eu não sei o que é que os patrões querem sobre isso mas não temos problemas aí para discussão não significa que estemos de acordo no final porque para haver acordo a conação social é com todos os parceiros ou faz o governo com os patrões noutro forma mas isso não é na consultação social para haver acordo na consultação social tem Tem que haver os patrões os trabalhadores e naturalmente o governo agora nós discutimos tudo sem prejuízo de podermos não aprovar as propostas que possam surgir a esse nível o e não é mal ao mundo não vem mal ao mundo o facto do governo ter uma minoria relativa a também no fundo e fragiliza as negociações este tipo de negociações quando falamos alterações na lei e na concertação social eh bom eu sei que o código O a legislação laboral é uma matéria complexa e portanto para um governo que tem uma situação enfim na Assembleia da República eh enfim frágil eh não é um um momento ideal para introduzir discussões na Assembleia da República em matérias complexas e que não são enfim de de de de fácil entendimento eh agora eh se vierem essas propostas e foi foi consensual que se as pessoas os parceiros quiserem apresentar propostas apresentem o GT analisará não significa que eles Possa possa estar de acordo com ela aprovar ou não né aprovar ou não agora elas podem surgir isso não não sobre esse ponto de vista nós não temos nada acha que toda esta toda esta negociação e os resultados dessa mesma negociação entre parceiros será suficiente para acalmar os protestos de rua que se tem feito sentir enfim não com intensidade de outros tempos mas apesar de tudo Aliás hoje mesmo quarta-feira volta a sublinhar houve protestos ali na às portas da Assembleia da República h eu eu eu julo que apesar de de de de estarmos deste acordo não resolver todos os problemas que são necessários resolver para que os portugueses tenham de facto há muita coisa que é prisel resolver a conciliação da vida privada com a vida da vida profissional com a vida e familiar e a questão da Habitação que é um problema nós preocupamos noos com a questão da dos jovens os jovens sendo a geração mais qualificada são a geração mais sai de Portugal porque cá não encontra respostas sacrificada nesta altura e é mais sacrificada que não encontra respostas no seu país para aquilo que foram as suas expectativas para terem essa qualificação e essa formação e isso resolve-se não só com o salário mas também com o salário isso resolve-se com a habitação não é não é uma pessoa com salário mínimo que pode pagar uma renda de casa de 1500 € não é possível eh mas também não é possível estarmos a pedir 1.00 € para ordenar no mínimo porque as empresas é que pagam e também não têm condições para tal portanto é construindo é gradualmente temos que ir eh enfim melhorando eh e aproximando-nos daquilo que são os objetivos agora a contestação já há menos eh Há questões que foram resolvidas a questão dos professores ainda não totalmente havendo ainda eh sindicatos que não não não não estão de acordo e continuam nos seus protestos nos enfermeiros as próprias forças de segurança que viram e dando de respostas àquilo que eram as suas exigências estão também não na sua totalidade porque há sindicatos que não assinarem portanto continuam na sua luta hoje mesmo os bombeiros na Assembleia da República portanto as contestações irão haver sempre porque há problemas e portanto isto não é não resolve o problema de todos os setores e de forma alguma agora vai pergun isto por exemp gtp já definiu um calendário de luta etc a ugt já definiu um calendário de luta a ugt só pode definir os seus candos calendários de luta se houver setores onde os seus sindicatos acham que têm que vir para a rua e GT lá estará foi assim com os professores os nossos sindicatos os professores tiveram na luta ao lado da cgtp eh o o o os enfermeiros tiveram na luta ao lado dos sindicatos da cgtp e quando é necessário nós estaremos na rua se aquilo que nós achamos e que o GT privilegia e os nossos sindicatos privilegi a negociação e o diálogo falharem Só nos resta à rua e portanto se essas premissas falharem naturalmente que estaremos na rua ao lado dos nossos sindicatos e portanto a ugt só por si não vai para a rua porque é com os sindicatos que tem que fazer a atividade sindical eh já já falamos aqui sobre os jovens e a relação com o sindicalismo eh pergunto-lhe diretamente se o sindicalismo está a saber atualizar-se h n alguns setores sim está-se a fazer um bom trabalho [Música] na na na forma de abordagem a a esta nova geração dê-nos exemplos por favor para as pessas perceberem energia de energia nós temos sindicatos T feito um bom trabalho com os jovens nomeadamente o Sindel que é um Sindicato do setor da energia DP enfim e que têm feito um bom trabalho na cativação de novos jovens e têm subido a sindicalização neste setor mas também aumentam os movimentos espontâneos as mas novo que surge mas se formos ver quais são os resultados quando é uma coisa nova a gente vai não é quer dizer mas não é por aí que nós resolvemos o problema do sindicalismo em Portugal mas consciente que o sindicalismo perdeu força de atração eu eu eu acho que o que o movimento sindical tem que se adaptar à Nova realidade veja nós hoje temos nov os constrangimentos na atividade sindical quem está em teletrabalho o o Sindicalista não vai a casa porque a pessoa tá em teletrabalho nós temos aqui um problema temos que dar resposta como é que vamos dar resposta a este problema que existe o sindicalismo é próximidade quem está em teletrabalho não está na empresa e portanto os sindicalistas não vão à casa das pessoas Então pode noos dar exemplos do que é que é preciso mudar temos que utilizar provavelmente mais as redes sociais no sentido de chegarmos a essas pessoas e isso nós estamos e a trabalhar para ver se nessa área também somos mais eficazes na comunicação eh eu próprio às vezes digo que o GT comunica mal às vezes não sabemos comunicar Este é um problema também eh para novas para novas gerações h e portanto Olha eu tenho um filho que trabalho em casa numa empresa que é de Londres como é que eu vou chegar a um trabalhador eh que está em casa que a empresa tá em Londres e ele trabalha aqui de vez em quando vai para o Dubai e não sei quê Isto é nova realidade do Mundo do Trabalho Nós temos que nos adaptar vai ser de forma diferente felizmente ele não será não está entre os trabalhadores com baixos salários e com problemas no trabalho mas está em Portugal já pelo menos conseguiu ficar em Portugal mas não com os salários que se paga em Portugal mas que se paga lá fora pronto tá a ver esta Hoje nós não estamos limitados ao território nacional hoje o mundo é global e o trabalho também não podemos e fazer nada porque ele também e é e Global agora a e o movimento sindical eu acho que não vai estar em perigo porque nós apesar de tudo deixe um setor onde tem uma taxa de sindicalização alta é o setor financeiro tem uma taxa de sindicação 90% sempre teve é provavelmente por ter o serviço de saúde que é gerido por própr sindicatos mas também por por aquilo que é a atividade permanente que estes sindicatos TM Hoje nós não podemos nos singir para esta nova geração e só na na na negociação coletiva esta é é é é a atividade principal e do do dos sindicatos mas os sindicatos têm que ir muito mais a longe do que apenas a negociação coletiva tê que criar outras formas e outras alternativas e outras opções para quem paga a Sua cota possa ter um retorno de que o sindicato pode servir eh na formação e na na na ocupação dos tempos livres e na na na na até na na em criar respostas para os filhos e dos trabalhadores quando eles estão trabalho e os filhos estão de férias portanto há um uma série de coisas que os sindicatos podem fazer tem que haver um valor acrescentado não é que as Pessoas sintam que sintam assim vale a pena o que eu pago de cota até porque a cota hoje tem isenção eh tá totalmente isenta portanto não é por aí que e perdem dinheiro nós estamos mesmo a terminar mas eu apesar de tudo queria só obter a sua opinião sobre o seguinte acha que o tem sido suficiente o debate em Portugal sobre enfim eu vou dizer assim as implicações os custos sociais da introdução que já decorre da Inteligência Artificial mesmo no mundo Empresarial não eh nós ainda ainda ainda estamos numa fase muito embrionária sobre a inteligência artificial estamos a começar a dar os primeiros passos Eu por exemplo eu Essa é Eu por acaso sou de um setor que já está a dar Passos importantes aliás financeiro exatamente o que também é uma preocupação isso há aqui uma ameaça na redução de postos de trabalho e portanto não é uma ameaça concretiza é é real é real não é mas também é verdade que a inteligência artificial pode criar novos desafios também pode novos desafios Essa é a expectativa boa também não faz tudo que o ser humano faz e portanto eu estou convencido que temos que encontrar aqui uma uma uma forma eh intermédia em que se valorize o trabalho através da Inteligência Artificial a inteligência artificial que não seja uma ameaça para os postos de trabalho mas seja algo de mais valia para melhorarmos a nossa prestação cont por exemplo da produtividade fala-se tanto na produtividade ex os patrões falam muito na produtividade que é outra matéria que eles introduziram neste novo acordo de aumentar a produtividade em Portugal h e e e a produtividade por exemplo desde 95 a produtividade em Portugal aumentou 49,9 por. enquanto os salários reais cresceram apenas 39% nós temos que desmistificar a produtividade muito desta questão da produtividade tem a ver também com a organização de empresas não estou a falar de todos nós hoje temos empresas organizadas empresários empresários não patrões já temos já felizmente são mais empresários do que patrões e portanto também temos que perceber que muita da produtividade baixa que se dizem os patrões que existe não tem a ver com os trabalhadores Porque os portugueses são muito valorizados quando vão para outr geografias Então porque é que não produzem em Portugal um problem as empresas não lhes dão meios para isso aliás há tempos eu vi o presidente da CP a dizer pois nós temos fazer investimentos porque um trabalhador que tem uma enchada e um trabalhador que tem um trator é evidente que o trator produz e pá mas mas não estão à espera que o trabalhador compre um trator para ir trabalhar tem que ser a empresa comprar o trator para que a empresa de facto Produza Voltando à pergunta do Arsénio com a introdução da Inteligência Artificial há expectativa de que aumente a produtividade com as mesmas com a mesma com as mesmas horas de trabalho o o trabalhador consegue fazer mais e não devia de ser adaptado não devia de ser criado esse debate e não devia de ser não devi ser adaptadas adaptados os horários os salários tendo em conta as novas tecnologias falta este debate em Portugal e nós relativamente ao horário nós já fizemos debat e estamos a fazer temos previsto debates nomeadamente na semana dos quro dias veja antigamente trabalhava só sábado eh E E H algumas atividades ainda se trabal e quando e pronto mas há atividades que vão trabalhar sempre ao sábado domingo freados e dia Santos is com não vão não vão deixar de trabalhar porque tem que trabalhar porque H setores aqui onde estamos trabalha-se 24 so 2 exato aqui a comunicação social os hospitais enfim isso não se tem é que adaptar uma vez uns outras vez outras mas já estamos a falar na semana dos quatro dias de forma Hoje os trabalhadores Os novos trabalhadores não querem só resolver o problema do salário querem também ter tempo querem ter tempo terem consiliar a sua vida profissional com a sua vida particular e portanto nós temos começar a fazer essa discussão mas em termos práticos e termos mesmo que terminar a nossa entrevista mas em termos práticos está a ver essa se se consegue antecipar essa transformação eh no tecido Empresarial as empresas a adotarem eh horários mais reduzidos mantendo os salários obviamente sim eu eu eu eu acho que há empresas que que já estão a praticar eh que já funcionam trabalham até eh sexta-feira de manhã já não trabalham à tarde e portanto já estão a fazer e portanto nem por isso deixam de ser eh produtivas e portanto eu acho que essa é a tendência e eu acho que as empresas vão acabar por aderir também a a esse novo a esse novo modelo de trabalho porque Julgo que também haverá ganhos para as empresas para os trabalhadores e Julgo que também ajudará a aumentar a produtividade e portanto eu faço votos porque as empresas também entrem na discussão dessa nova metodologia de trabalho que aí vem que é e que é enfim vai ser incontornável incontornável não vejo como é que a gente vai contornar o futuro a terminar pedimos sempre aos nossos convidados que escolham um tema musical que de alguma forma lhes tenha marcado o percurso de vida quer revelar-nos a sua escolha e explicar o que é que o motivou a fazê-la para que as pessoas que nos ouvem também também o entendam olha eh eh eh eu há uma música de Manuel Freire que o poema do António gedão eh isto foi um hino e uma bandeira de resistência à ditadura nos momentos tão incertos como vivemos hoje é preciso fazer Recordar alguns o quanto Lutaram aqueles que fizeram E trouxeram liberdade a Portugal e por o Manuel freir e que tem e essa essa canção que eu gosto de vez enquando ouvir e faz-me bem ir ouvir às vezes Eh esses poemas do passado que determinaram esta nossa liberdade que hoje temos e portanto é a Pedra Filosofal no ano em que o 25 de Abril faz 50 anos a escolha musical de Mário Mourão o líder da ogt foi convidado deste dúvidas públicas um programa com o cuidado técnico de Beatriz Garcia sonoplastia de João Campelo imagem de Ricardo Fortunato regressamos na próxima semana uma boa semana obrigado obrigado