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[Música] está de regresso o encontro com a beleza aos domingos depois das 10 com reposição às segundas-feiras pelas 4 e me sempre que quiser no nosso site e nas plataformas podcast eu sou o Nelson Ferreira está por cá o André Maia Olá André Olá Nelson e o Martim Sousa Tavares hoje leva-nos à revista Quem diria Olá não sabia que eras fã verá meus caros sabem Porquê tu e o parque MA sim preparem-se preparem-se para atirar as coxas ao ar mas vai haver variedades É que ontem reabriu o variedades após 30 anos encerrada este teatro histórico do do Parque maer reabriu ontem e portanto eh não só por isto mas também porque há tempos tivemos um episódio dedicado ao Teatro Musical E no fim eu disse que Teatro Musical e parque maer não é bem a mesma coisa se quiserem saber porquê perguntem o que é certo é que os ouvintes não não perdoam eles perguntam Martinho porque é que não sei quê explique lá faça lá Então pronto olha já que reabriu ontem o variedades vamos a isso vamos falar de porque é que o parque meer não é a bradway de Portugal Então o que é que o teatro de revista e o Teatro Musical tem em comum que pode levar as pessoas a engano é fundamentalmente o facto de que ambos alternam texto falado com texto cantado no fundo fica por aqui portanto Há momentos em que os atores estão todos a falar normalmente e depois de repente desatam a cantar e depois de repente voltam a falar os filmes da Disney são iguais enfim um um modelo usado em muitos sítios mas a grande diferença e é isto que separa as águas é que o Teatro Musical segue um guião único portanto aquil está a contar uma história do início ao fim pode ser escrita a duas mãos pode ser escrita por uma equipa de pessoas mas no fundo é aquela história é o fantasma da opera é o Rei Leão é o cats é o fidler on the Roof e etc já o teatro de revista está organizado por quadros portanto é um teatro muito mais fragmentário que eh tem estes diferentes quadros que vão alternando temos momentos de comédia temos momentos de atualidade Portanto acho que a revista tem muita toca muito na atualidade completamente Aliás o próprio tema revista é é mesmo isso vem do do review francês que é passar as coisas em revista portanto eis o que aconteceu e não é um bocadinho mais crítica também ou seja não mais assim todo exatamente portanto e eh o teatro de revista vive absolutamente da crítica social da crítica política portanto fazer um bocadinho o o fazer rir dos Poderosos é é ali que vamos para rir do atual primeiro do atual não sei qu e portanto se o público for à revista e não houver um único momento de de crítica política etc a peça fica um bocadinho empobrecida Mas pelo meio canta-se pelo meio dança-se pelo meio há muita coisa e o engraçado é que ao contrário de um elenco de um Teatro Musical em que todos fazem um bocadinho de tudo na revista acabamos por ter atores que se especializam mais em certos tipos de momento há uns que são mesmo os cómicos há outros que são mais os líricos que vão cançar vão cantar outros vão para dançar temos eh sempre também esta figura de de mestre de cerimónias alguém que vai introduzindo os os momentos chamado Comper eh também Partner eh tudo isto terminologia eh Evidente e o que é certo é que em alguns momentos da história cruzam-se os melhores atores músicos compositores etc a fazer teatro de revista ou fazer Teatro Musical e também música clássica séria quando falamos aqui do Teatro Musical tivemos o Bernstein com o west side Story portanto estamos falar de um músico que está nos píncaros de tudo aquilo que fez compositor Maestro pianista etc cá em Portugal para puxar a brasa à nossa sardinha quite literally e gostava de falar de frederique de Freitas que foi um grande compositor e Maestro do século XX que foi sem medos e de forma desempoeirado autor de música ligeira de de muitos muitos teatros de revista bandas sonoras foi ele que escreveu música da Severa o épico filme sonoro do leitão de Barros escreveu muita música clássica era Maestro ele pontificou na orquestra da emissora Nacional clássica onde ele e o e o Freitas Branco foram ambos maestros o Pedro de Freitas branco não o Luís deu aulas Enfim tudo coisas que o Bernstein também fez e também os intérpretes que passavam por estas peças muitas vezes eram os maiores portanto do Nicolau brainer em retrospetiva para trás até a Beatriz Costa estão lá todos no nosso país e portanto hoje vamos ouvir um momento histórico é uma gravação histórica até mesmo quase 100 anos para mostrar a diferença que há entre o Teatro Musical que é um bocadinho vai por cima das situações do dia a dia e o teatro de revista que vai precisamente às situações do dia a dia vamos ouvir um uma canção chamada Santo Antoninho da da pena do Frederico de Freitas que é do teatro e chá de Parreira que foi inaugurada em 1929 precisamente no variedades que reabriu ontem portanto tudo isto faz sentido e o engraçado é o seguinte estamos em 1929 o Salazar é Ministro das Finanças há um ano desde 1928 e esta é uma canção de crítica ao Salazar portanto Santo Antoninho o Antoninho é ele é uma crítica até bastante bastante Evidente nestes anos popularizou-se a crítica ao Salazar ele era o Oliveirinha da serra porque vinha lá das montanhas e era Oliveira Salazar era o santo Antoninho Enfim uma forma bastante Evidente até claro que passados uns anos a partir da década de 30 acabou-se tudo isso porque a censura Foi por causa causa deles exatamente a censura não deixava ficou estão a acusar comigo ex e ele não tinha um grande sentido de humor portanto atentem na letra lembro que é uma grava his de 1929 na voz de hortense luz mas Imaginem o que era cantar isto nas barbas do Salazar claro que por ele ser um tipo que apertou o cinto aos Portugueses e portanto a crítica aqui é esta mas ora vejam [Música] Altar bizarro com o santinho em Barro E a bandeja para jolar foram-se os meus crentes lindos inocentes que rezavam a cantar ó meu rico Santo António tu és um demónio Tu és um judeu ó santinho da picha foste uma Pechincha que nos apareceu até mesmo os pobrezinhos São cinco reizinhos para te dar a ti és um santo milagroso de balcar un choso como eu nunca vi [Aplausos] [Música] abinho que para [Música] mim tive uma devota que era já velhota e veio até mim rezar ó Santo Antoninho dá-me o rapazinho que eu também quero casar ó meu rico Santo António tu és um demónio Tu és um judeu ó santinho da pincha foste uma Pechincha que nos apareceu até mesmo os pobrezinhos dão cinco reizinhos para te dar a ti és um santo milagroso de qualquer un choso como eu nunca vi ó santo tu és um demônio Tu és um jus ó santinho xista que me aqui mesmos Pinhos são cin reizinhos paraar a m és o santo milagroso de paucar o Ch de eu nunca vi [Música] Martinho há aqui um lado muito marcha Popular não é santos populares eles acham que Bic Santo António Santo Antoninho tal quem é que é o Santo António de que se está a falar mas é muito duro não é demónio e tu é um demónio Tu és um judeu diz também trat por tu o santinho de carunchoso meu Deus pronto Claro que isto na altura podia-se passado algum tempo deixou de se poder mas no fundo ir à revista é ir a este espaço de liberdade e crítica e sátira e esta forma que daquele vibrato que as cantoras fazem nesta altura que é muito comum não é n portuguesas e da revistas pode ter que ver também com a forma como a a voz amadurece na no corpo da pessoa mas sim é o chamado trinado cham trinado é o trinado zinho exatamente portanto se quiserem ir à revista e aconselho e vão ao variedades que está eh neste momento reaberto voltou e acolher o público de todo o país não só de Lisboa e está em cena a peça entraria nesta sala com o elenco que conta com Evo Alexandre Manuel Marques Silvia Rizo CCI Martins emação de Ricardo Neves Neves até dia 27 de outubro acho que nunca foi à revista e hoje hoje como nesta altura os melhores atores de televisão cinema e teatro também fazem revist precisamente João Baião tem uma carreira na revista enorme Nicolau briner também enfim muitos muitos muito bem fomos à revista no encontro com a belea desta da semana com o Martim Sousa Tavares Prometemos regressar duas a uma semana um abraço Martin posso tirar as lolas podes tirar [Música]
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