Vídeo: Orçamentos Arrancados a Ferros com José Ribeiro e Castro e Francisco Assis

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ainda é um recorde na política nacional estávamos quase a iniciar mais um século o orçamento do estado para o ano 2020 2000 Aliás foi aprovado pela margem mínima um voto e quem é que não se lembra ou já ouviu falar pelo menos do orçamento do queijo limiano foi este o primeiro de dois o protagonista foi Improvável Daniel Campelo então deputado do CDs e autarca de ponte P liima deu a mão ao governo socialista de António Guterres o PS tinha 115 deputados a oposição exatamente o mesmo número e esse voto fez a diferença para explicador especial sobre orçamentos arrancados a ferros contamos com dois deputados à época destes dois partidos Francisco Assis pelo PS José Ribeiro e Castro pelo CDs bem-vindos bem-vindos ambos obrigado pela disponibilidade para estarem connosco José Ribeiro e Castro deixe-nos começar por si e na altura como é que foi recebido numa bancada que se não erro tinha 15 deputados do CDs 15 deputados do CDs como é que foi recebida esta no fundo violação daquilo que foi visto uma violação da disciplina de voto por Daniel Campelo mantendo em funções um governo que provavelmente O partido não queria continuasse em funções bom foi muito foi muito mal recebido como é natural até porque aquilo que determinava a estratégia do partido era a vontade de e derrubar o governo não é portanto E se o orçamento não passasse o governo Cia CL CL portanto obviamente que o partido e direção do partido não tem mariam naquela linha se soubessem que um deputado ia frustrar não é portanto eu eu creio que aqui e tem aí um mistério que nunca que nunca se esclareceu se o Dr pau Porter estava ou não estava A par disso que era o líder do partido que era o líder do do partido Portanto o Daniel campel diz que que sim que que esteve e e para o portas e neou eu eu creio que houve um desfasamento não é porque também é evidente que a negociação feita pelo Daniel Campelo não foi feita em poucos dias quer dizer foi um processo prolongado e e vínhamos de uma legislatura anterior em que o normal era haver uma abstenção que permitia a passagem do governo agora houve houve uma mudança na direção do CDs eu fiz parte dessa mudança porque H cresceu não foi à primeira fo foi à segunda direção reunião da direção executiva que ganhou forma uma uma linha de reprovar eh o o orçamento porque era num numa legislatura de empate era a única forma de derrotar o governo o o voto mais poderoso que o CDs tinha ou qualquer grupo eh enfim nomeadamente o era eh nomeadamente o CDs era chumbar o orçamento porque o empate significa que a proposta não vence e aqui a proposta é do governo Portanto ele não ele é chumbado se fosse uma Moção de censura o empate reverte contra o também contra o propono ou seja contra a oposição e não passava não passava a Moção de censura portanto e isso e poderia conduzir a dois cenários ou eleições repetição de eleições onde enfim nós acreditávamos eh que eh Hum seria desfeita o empate contra o partido socialista isso obviamente é subjetivo Mas enfim eram análises que eram feitas ou então uma renegociação do quadro político da legislatura participando numa posição de força e numa no entendimento com o partido socialista isso foi tudo gorado por causa dessa dessa dessa votação um deputado único que fez a diferença Nessa altura Francisco Assis liderava a bancada socialista Nessa altura isto visto do outro lado do do partido que está no governo e que no seia eh quem é que fez essa negociação com Daniel Campelo eh e como é que este processo e se desenrolou essa denunciação foi feita diretamente pelo governo com com Daniel campel e com o primeiro-ministro e com alguns membros do governo não vou agora referir em concreto quem foram esses ministros porque não sei se eles têm algum interesse em que isso seja publicitado Mas devo dizer que eu já na altura considerei isso um gravíssimo erro político da parte do Governo e da parte do partido socialista e em privado e dcio e por uma razão muito simples porque e se ia retirar força ao governo iria conduzir fatalmente a uma crise a Médio prazo se o houvesse eleições na altura com os dados que tínhamos se portanto a primeira coisa é que nós lidamos mal com o 115 115 foi uma situação que criou uma certa frustração porque ficamos de facto a um a um a um deputado daira absoluta partido paralista nunca tinha tido até então maioria absoluta só veio a ter eh mais tarde Ficamos um deputado na maioria absoluta aquela situação de empate era uma situação com a qual se lidava mal porque aparentemente nós tínhamos a legitimidade quase uma maioria absoluta mas a verdade é que não tínhamos a maioria absoluta isso notava-se ou poder ser notar numa votação como do orçamento de estado mas a h as indicações que tínhamos indicações no sentido da da apreciação do ambiente político Nacional na ocasião era que se porventura o orçamento tivesse sido rejeitado com os votos de toda e a oposição do CDs ao partido comunista E se o governo se o engiro Terres tivesse dito nestas circunstâncias não tenho condições para continuar a governar e a palavra deve voltar a ser devolvida ao povo eu estou convencido que o partido socialista seguir Estávamos convencidos na altura Eu ainda estou convencido hoje que o partido socialista a seguir teria obtido uma vitória com a maioria absoluta e então teríamos um Horizonte de 4 anos de de governação seguir por este caminho do meu ponto de vista foi o pior dos dos dos caminhos e a verdade é que dois anos depois nós os garantir a aprovação de dois orçamentos com o apoio do do Daniel Campelo Mas isso também significou uma progressiva e degradação da própria autoconfiança do Governo e da bancada que o suportava e do partido e levou como todos nos recordamos aqui o Enir Terres se demitisse da função de primeiro-ministro na sequência de umas eleições autárquicas declarasse ao país que vivíamos numa situação pantanosa que não tinha condições para continuar a governar e o PS e fomos para eleições eleições essas em que o PS curiosamente que teve um excelente resultado e ficamos a dois pontos do PSD na altura e já vamos querer ouvi-lo também sobre a escolha que Pedro Nuno Santos tem agora em mãos mas deixa-me só devolver aqui a palavra também a a Ribeira e Castro e eh contrapartidas Ribeira e Castro já sabemos fazem parte também das negociações em política Agora quase 25 anos depois o governo da Ad ainda pode ceder mais ao PS nomeadamente nesta questão da descida do irc Ah agora Samos para hoje eu creio eu creio que não Creio que não deve fazer não é portanto eu eu creio que quando Luís Montenegro diz que é uma proposta irrecusável quer significar nomeadamente que esse é o seu limite não é e portanto tudo o que fosse sinais de mais cedências acho que isso seria bastante negativo até para para o a continuação do ciclo não é porque pode gerar uma uma dinâmica de de de bloco Central que é muito pantanosa regressando ao exemplo de 2000 assim como o voto de Daniel Campelo significou a abertura do tal Pântano não é que o Francisco cias e referiu e que Guterres reconheceu e eu creio que se se resvala para um um um entendimento que é sentido pela opinião pública como um um um centrão um bloco Central acho que isso é bastante negativo para para o governo e sai muito fraco politicamente desta desta O que há aqui é uma oportunidade depis chega isso é evidente não hum e também já vamos falar sobre isso mas já agora e Francisco Assis e esta escolha lá está que Pedro Nuno Santos tem em mãos se o governo mantiver a redução do irc no próximo ano e mais logo vamos ouvir Luís Montenegro numa entrevista e o compromisso de descer esse imposto nos anos seguintes que está a ser aqui também o calcanhar daqueles na negociação o PS deve ceder ou isso seria ir contra as convicções de Pedro Nuno Santos e do partido mais valia ir a eleições eu tenho eu eu quero evitar pronunciar de forma muito perentória e específica sobre sobre esse assunto até porque estão a decorrer o PR não está encerrado e e e não quero estar a interferir no mesmo já escrevi um artigo sobre isso no há dois dias no Expresso dizendo que e Há momentos em que o princípio do compromisso democrático deve prevalecer para mim é importante que o chega Fi afastado da área do Poder o Cher de facto representa algo de profundamente negativo na vida política portuguesa tudo que possa contribuir para que o chega fique afastado da área do Poder do meu ponto de vista é do interesse nacional e nessa perspectiva Eu discordo da ideia de que estaríamos perante um pân um pân uma negociação séria entre partidos políticos nunca leva a uma situação pantanosa a situação pantanosa ali foi porque não houve negociação entre partidos políticos houve um deputado que agiu aparentemente à rebelia da direção do seu partido eh se não agiu à rebelia da direção do seu partido então a coisa ainda é pior Maso Não sei não sei não sei não não conheço por nós o quer então a vida inteira do CDs para me poder pronunciar sobre sobre isso mas a verdade é que aí sim H foi uma situação pantanosa e a meu ver o partido social ista teve responsabilidades por permitir isso naturalmente porque porque porque porque aproveitou isso agora neste momento é uma situação diferente em toda a Europa os partidos falam entre si e em determinados momentos compreendem que têm que estabelecer eh compromissos em Itália em plena guerra fria houve um momento em que a democracia Cristã e o Partido Comunista falaram e estabeleceram os S compromisso histórico porquê porque entendiam porque estava havia uma ameaça de terrorismo de extrema direita e de terrorismo de extremas esquerda e em grande parte foi isso que levou os dirigentes máximos dos dois partidos a perceberem que tinham que ter algum entendimento mínimo mas esse compromiss cois esse compromisso democrático não pode hipotecar o futuro político de Pedro Nuno Santos não não vejo muito francamente Essa eu tenho LDO coisas sobre isso eu não vejo porque se o o Dr Pedro Nuno Santos não tem contestação nenhuma no no interior do partido socialista toma a decisão que tomar creio eu não vai ser contestado se tomar essa decisão seguramente não vai ser contestado é até porque aqueles que o poderiam contestar eh defendem precisamente a adoção dessa dessa posição eh se seria o PS já teve aqui ganhos de causa muito significativos nomeadamente na questão do do IRS jovem eh não creio como é que o Dr Pedro no Santos pesse ser apresentado ao país como um derrotado num processo de certeza se porventura eh se confirmar e a concretização do entendimento entre os dois maiores partidos mas de qualquer maneira eu estou neste momento em estrasburgo longe da da da vida política interna nos seus aspectos mais quotidianos e mais de pormenor também não sei exatamente como é que as coisas se estão a passar e como é que as pessoas estão a tratar um estão a tratar o assunto e como é que se estão a tratar umas às outras Julgo que nesta fase um compromisso faz todo o sentido agora é preciso naturalmente que haja condições para a concretização desse compromisso e em relação a isso eu não sei se estão criadas as condições ou não J Castro esta ideia que Francisco Assis colocou há pouco em cima da mesa de que tudo devia ser feito entre o PSD se quisemos o AD e o PS para manter o chega fora da era de influência do Poder concorda com ela Concordo concordo e mas para isso era preciso que que o PS fechasse o acordo quer dizer se não se pode a cada proposta que é feita há sempre mais qualquer coisa há sempre mais qualquer coisa e se introduz um desgaste e aumenta a oportunidade do chega Qual é a oportunidade do chega e oferecer de borla o apoio à aprovação do orçamento com a condição de que o partido socialista não não tenha negociações até desafiar por exemplo e o o governo voltem à proposta Inicial voltem ao irc como estava e ao ao IRS jovem que se calhar o próprio governo já não defende nesta altura exatamente como formulou inicialmente portanto há aqui uma Margem Não é que que é feita por um um um um continuar em Lú Brando não é que o ideal é que quando fosse apresentada a proposta já se sabia qual é a posição do PS e ainda não sabe não é portanto nós ainda estamos aqui eh e e obviamente que o debate parlamentar há uma zona de altíssimo risco no debate orçamental que é a especialidade não é e portanto isso tem que ser fechado por partidos que façam a maioria não é portanto ou então não há garantia e a a completa selvajaria o completo circul Quando chegar às especialidades corremos esse risco do orçamento ser desvirtuado porque formam-se ali alianças como Aliás já aconteceu em vários diplomas ao longo deste dest an minias e portanto é é um governo de Assembleia não é um portanto é um é uma desordem completa do ponto de vista democrático e e ainda não se chegou tanto quanto se sabe não é se não já alguém teria vindo dizer essa fase de de de programação dos trabalhos parlamentares não é portanto era preciso fixar uma estaca isso Já devia estar feito hã e e e ainda não está hum e e pode de alguma forma vamos para esse cenário de que o orçamento passa viabilizado p chiga e Ribeiro Castro e se pode de alguma forma a costar politicamente e eh a Luís Montenegro que disse o não é não por várias vezes até que ponto é que isto é uma violação do não é não Não isso não é quer dizer pode ser feito em termos que não seja não é quer dizer pode pode pode ser feito em termos que não seja obviamente que vai eh pôr alguma pressão e uma grande vigilância Mas pode não ser verdade quer dizer eu isso se se um se um partido diz que vota a favor o que é que se pode fazer Contra isso não se pode fazer nada caba esse partido enunciar as condições em que o faz eh o o que retira de facto é ao governo o a menos que o governo se queira tirar da cadeira a baixo que não é provável nãoé portanto e pronto retira o campo retira a necessidade da negociação não é quando alguém completa a maioria diz o que o governo apresentar nós aprovamos e queremos fazer isso para que o partido socialista fique de Fora isso é uma questão do do do discurso do chega não não é o discurso do governo mas queria de facto uma situação nova hum uhum Francisco Assis neste deve haver de ter o chega a aprovar eventualmente o orçamento quem é que pode sair mais a ganhar e a perder a perder já disse há pouco e acha que é o país de alguma maneira eh mas nas contas que muitas vezes as direções partidárias fazem nomeadamente a socialista e a social-democrata quem é que pode sair mais a ganhar ou a perder não não eu eu acho que sai a perder o país e essa é a questão fundamental na verdade em relação aos aos aos aos dois partidos eh certamente que haverá leituras para todos os o os gostos para quem possa dizer que o PSD depende também da forma se o PSD não atrá em nada ou se o governo não atrá em nada o seu orçamento e se o chega disser Eu voto do orçamento tem ele as características que tiver mesmo aquelas que ainda ontem considerada absolutamente inadmissíveis bom ninguém pode acusar o governo ter cedido eh por outro lado o partido socialista também terá que ponderar esta nova atitude do chega não apercebendo como algo que lhe Vai facilitar a vida mas como algo pel cont contrá que lhe pode dificultar a vida eh no futuro porque pode passar a ideia de que o partido socialista de alguma maneira eh Norma contribuiu para uma certa normalização do chega na vida política nacional e eu acho que isso seria muito muito eh negativo e tem que ser evitado hum e e Ribeiro e Castro eh nesta sequência eh nós podemos ter mais logo um um primeiro-ministro encostado à parede mediante as conclusões que seria neste encontro do do do chega Eh caso imaginemos André Ventura até possa agora dizer que viabiliza a proposta de irc tal como está ou até aquela proposta anterior o Pedro n Santos no caso eh se eu chega se o chega pode encostar Luís Montenegro à parede no sentido de tenho aqui alguém que viabiliza como eu quero a a minha proposta quer dizer essa é uma interrogação que que que que resulta de o processo negocial entre o PS e o PSD não está fechado se se estivesse fechado ou se fechar rapidamente esse problem não seria este palco André Ventura Pronto agora é evidente que ele tem quer dizer isto é um uma espécie de um de um movimento de judo não é portanto quer dizer ele encosta o adversário apoiando não é bom e e pode ter vantagens ou não para não creio que que Luís monico fique encostado à parede não é fica até com mais margem para para decidir mas teria que deixar cair o não é não não é não não não não ele ele ele ele não há nenhuma negociação uhum não é não quer dizer isso quem tem que dizer o não a não é o André Ventura que deixa de dizer o não e não não é bom e portanto eh cria uma situação nova não é mas que não revela nenhum compromisso nenhum compromisso entre eh o chega e o e o André Admito que do ponto de vista do chega seja importante para o eleitorado porque é uma proposta com ou sem compromisso que mantém o o o ch como uma referência para o eleitorado à direita partido socialista portanto é uma Eu acho que o que o chega tem tido uma agenda bastante estrambólica e acho que não tem capitalizado os 50 deputados que que que recebeu nas últimas eleições ao contrário Isto pode pode permitir essa um movimento dessa dessa consolidação sem ter nenhum compromisso com Luis Montenegro e portanto podendo fazer bater aliás Isto foi sugerido por muita gente no PS a Pedro nund Santo enfim como dizia Marcos mes acho que aqui era um orçamento à Marcelo viabilizar sem negociar exatamente em que o líder é mais livre porque diz porque é que vota a favor e e pode fazer as críticas todas que quiser o IRS o irc o imi tudo o que quiser e desmontar o orçamento alto baixo mas diz Eu voto porque sou pela estabilidade política Isso é uma pouca inteligência não é pronto mas mas pronto isso cada um faz como quer como entend Francisco Assis temos agora dois momentos fundament estamos a dois dias do orçamento do Estado essa reunião Que Pedro Santos tem com a bancada parlamentar do PS E a entrevista do Luís Montenegro na televisão vão coincidir em termos de horas o que é que espera desse encontro da bancada do do seu partido não sei como lhe disse não estou em Lisboa estou em strasburgo neste momento estou long fic não estou mas com com com com preocupação mais com preocupação do que entusiasmo nesta fase nesta fase do do não tenho tido grandes contactos com ninguém eh não tenho falado com ninguém assim com portanto não sei exatamente o que é que se está a passar no interior da bancada do do partido socialista mas julo que eh com o sentido de responsabilidade e é próprio de um grande partido como PS as pessoas devem estar e cientes do que está e em causa e das implicações das decisões que vierem a tomar muito bem Francisco Aris Ribeiro e caso Obrigado ambos pel tarem neste explicador especial vamos seguramente continuar a acompanhar este assunto nos próximos dias m