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mais vida para lá do orçamento do estado para o próximo ano diz o primeiro-ministro e dizemos nós aqui no semáforo político aite do pacote de 30 medidas apresentadas hoje por Luís Montenegro a Judi de França e a Raquel abcis vão sinalizar as declarações do chefe de governo em particular sobre o Jornalismo e os jornalistas Vamos ouvir a primeiro a declaração do chefe de governo preferida Hoje durante uma conferência sobre o futuro dos mídia organizada eh por eh vários eh órgãos de informação eh privados ora uma declaração de H de luí Montenegro do primeiro-ministro sobre eh precisamente a forma como hoje é feito jornalismo em eh Portugal já vamos ouvir essa declaração que estou aqui à procura no computador com alguma dificuldade para eh encontrar essa declaração que tem suscitado diversas eh reações e que já foi criticada por exemplo pelo presidente do sindicato dos eh jornalistas a declaração de Luís Montenegro olha aqui está o som é este mesmo vamos lá ouvir uma das coisas que mais me impressiona hoje ter os jornalistas a fazerem perguntas sobre determinado acontecimento determinado tema e ver que a maior parte deles tem um auricular no qual lhes estão a suprar a pergunta que devem fazer e outros à minha frente pegam no telefone e fazem a pergunta que já estava previamente feita eu vou-vos dizer eu como agente político como cidadão os senhores jornalistas não estão a valorizar a sua própria profissão porque parece que está tudo teleguiado está tudo pré-determinado na minha opinião isso não valoriza ao jornalista nem valoriza o jornalismo a consideração feita pelo primeiro-ministro Luís Montenegro riquel abcis que comentários te despertam esta declaração Olha eu em primeiro lugar vou dizer que não sou fã de de corporativismos e portanto aquilo que vou dizer a seguir não tem tanto a ver com o facto de o primeiro ministro achar que o jornalismo tem problemas em Portugal eu estou de acordo e e acho que não não compreender isso é estarmos a viver numa bolha quando o nosso trabalho é o trabalho para as pessoas e portanto temos que que ter a noção de que as pessoas têm essa perceção de que hoje em dia há muito mau Jornalismo e Há muitas coisas que as pessoas veem Eh que que ficam desconfortáveis que não não as agrada e sobretudo que não lhes é útil e portanto nesse sentido eu até louvo a coragem do primeiro ministro de fazer na posição em que está a fazer observações sobre a qualidade do jornalismo que se faz em Portugal eh O que é que eu acho que ele faz mal é que ele em vez de dizer o que pensa e arranja uma forma e habilidosa de de de de insinuar uma coisa eh pela forma errada porque de facto o exemplo do auricular ou das mensagens de telemóvel eh não é o problema obviamente não é o não é o problema a eu enfim também não me considero um exemplo de jornalista mas todos nós já recebemos mensagens P auricular mensagens por telemóvel até às vezes de adversários políticos dos Políticos com quem estamos a falar e isso não é em si nem falta de ética e eh nem mau jornalismo até muitas vezes é bom Jornalismo e e e e são ações muito bem enquadradas dentro daquilo que é a nossa função eh e portanto eu acho que ele podia-se ter dispensado a entrar em tecnicidades porque não percebe tecnicidades o que eu acho que o primeiro ministro queria dizer sim é que acha que há e eh um envasamento no jornalismo que se faz em Portugal eh que há às vezes interesses políticos por trás de algum jornalismo que se faz em Portugal e isso sim eu acho que talvez fosse uma reflexão mais útil para todos nós percebermos até que ponto é que a questão da isenção que é uma palavra Sagrada na nossa profissão deve ou não continuar a ser Sagrada e e se devemos ou não e partir para uma para um para uma um uma forma de encarar o jornalismo como acontece em muitos países eh por essa Europa fora em que os meios de comunicação social assumem e eh tendências políticas não partidos mas tem os Estados Unidos Europa enfim e aqui em Portugal nós queremos e o jornalismo imaculado e o jornalismo imaculado não existe tenho pena que o primeiro-ministro não tenha dito aquilo que pensava e tenha arranjado um truque para dizer aquilo que pensava Porque correu-lhe mal e portanto vou-lhe dar assim um um amarelo esverdeado ou um verde amarelado porque acho que é pesar de tudo eh eh é um ato de coragem um político no lugar em que ele está e sabendo que não é amado pela comunicação social fazer este tipo de apreciações que apesar de tudo são importantes serem feitas no debate público diferança o aquilo que luí monegro disse é um perfeito disparate porque já as duas tivemos muitas coisas suadas ao ouvido como diz Luís Montenegro muitas vezes são coisas do gênero estás indireto ou ou abre o plano ouou outra coisa Qualquer não é portanto Muitas das coisas esadas ao ouvido são meramente técnicas e se eventualmente alguém a soprar noos ao ouvido olha pergunta sobre é muitas vezes importante porque nós não dominamos todas as matérias há jornalistas que são mais especializados que percebem mais disto ou que percebem mais daquilo e de facto ter discussões na redação ou ter troca de ideias na redação ou pedir ajuda ou isso é normal isso é normal Nenhum de Nós faz isto sozinho e se faz sozinho faz mal portanto eh O que é normal é que haja essa troca de ideias sobre estar olhar ao telemóvel e ter lá a pergunta já agora não queria dizer ao primeiro-ministro que ele se calhar não sabe que as pessoas agora escrevem no tó e já não andam com telemóvel com o bloco com a caneta ISO já não acontece não mas não não será que o sentido que luí Montenegro queria dar esta afirmação não é aquele que a Raquel aqui tocava precisamente se tu estiveres num direto e se eu achar que tu tens alguma pergunta que podes fazer e que te podes estar a esquecer porque estás no meio do direto estás a pensar em várias coisas as pessoas às vezes não tê noção mas o primeiro-ministro nisto há 20 anos Portanto tem noção que as pessoas têm um auricular tem um gravador ou tem um microfone há um câmara é preciso arranjar um plano enfim há uma série de coisas as pessoas acham que isto é muito fácil de fazer Aliás o jornalismo é aquilo que toda a gente sabe fazer toda a gente acha que sabe de comunicação e de jornalismo tem algumas especificidades e às vezes no terreno não é tão fácil como parece e portanto se eu se eu me lembrar de alguma coisa e te mandar uma mensagem eu não estou propriamente a criar um plano diabólico à volta daquela daquele daquela atitude e se houver como tu dizias um oponente político que na altura em que tu estás a fazer uma entrevista te mand uma mensagem Como já aconteceu a todos claro isso pode significar duas coisas uma delas é hum boa perspectiva também tamb Vou perguntar a outra é não interessa nada e não uso ponto final parágrafo E é assim que as coisas acontecem hum se o primeiro-ministro tivesse o discurso escrito a coisa do teleguiado como Ele diz também às vezes eu acho que o primeiro-ministro tem que ser teleguiado porque quando se dá ASO a dizer eh enfim coisas à vontade pode dar der este ASO imaginação diz uma coisa que não devia ter dito e atenção isto não é cooperativismo porque se o o o primeiro-ministro tivesse embirrado comos engir eu estaria a fazer o mesmo comentário desde que soubesse de engenharia sin é um vermelho para Luis vermelho o amarelo para esta declaração do primeiro ministro sobre a prática [Música] jornalística rádio observador