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[Música] António Portela é campeão nacional de natação mas é também o CEO da Bial uma farmacêutica Portuguesa de inovação fundada há precisamente um século pelo seu bisavô Álvaro Portela foi a primeira e ainda é a única farmacêutica com medicamentos de investigação própria e de patente Nacional comercializados em todo o mundo é com muito orgulho que António marca a quarta geração da família à frente da Bial mas não sem antes trabalhar para a concorrência Qual a magia por trás de medicamentos para a epilepsia E para a doença de Parkinson que projetou globalmente o nome desta empresa de investigação fundada por um antigo paquete de uma farmácia portuense a Celebrar 100 anos a Bial é hoje um dos principais protagonistas do Programa Panorama Empresarial industrial e de investigação biomédica a nível Nacional Olá António bem aja por ter aceitar este meu convite bem-vindo ao observador é um grande prazer estar aqui a falar consigo Quero Agradecer de forma especial a sua presença aqui em Lisboa uma vez que tá sediado em trofa lá em cima naquela na vossa sede e foi um prazer estar a falar consigo aqui bem-vindo muito obrigado João Paulo pelo convite para estar aqui colégio alemão e foi onde onde passou ou e teve um professor de alemão na primária que o marcou pela forma como geria os os os alunos como os compensava pelos bons resultados de facto bebeu muito dessa organização e dessa passar pelo coj alemão foi muito importante por causa disso e foi eu acho que o ter o ter o ter estudado no colégio alemão do Porto digamos marcou em mim uma série uma série de de ritmo de organização H que acho que ainda hoje que acho que ainda hoje tenho eh e e realmente tínhamos uma série de professores que eram pronto que eram que que eram bons professores não eram não eram todos bons mas o meu professor da primária de alemão era realmente um tipo especial eh muito exigente zangava connosco quando achava que nós podíamos dar mais e não e não estávamos a dar e e eu acho que só hoje hoje é que a gente percebe isso não aquele que queria que nós déssemos mais porque achava que nós conseguíamos dar mais mas depois tinha uma forma eh absolutamente curiosa de nos de nos compensar que hoje toda a gente eu acho que a maior parte das pessoas a maior parte dos pais se se euem eu acho que nem sei se se os meus pais sabem disso ou não mas ele quando quando nós fazíamos um teste e não dávamos nenhum erro ele dava-nos um gumi bsan uma daquelas gominhas de ursos mas quando nós fazíamos o teste e dávamos e dávamos um erro ele dava-nos meio gum e como é que ele nos dava ao meio comia a cabeça e dava-nos o corpo imaginar el ela trin hoje ainda bem que não contou na altura aos pais mas de facto há uma coisa António eu contei isto porque há uma coisa muito importante que é de facto a importância dos professores e e o por exemplo diz que sou professor de economia do secundário o marcou pelo gosto pela economia até os treinador de natação não sei qu São pessoas que o marcaram eu acho que hoje quando passar conhecimento hoje quando nós olhamos para trás há uma série de gente que nos foi marcando ao longo da vida e e e e realmente quando nós somos mais mais Miúdos não não não percebemos o quanto isso nos marca depois para para a vida acho que nocão tive esse professor meu professor da primária acho que foi foi foi bastante marcante a minha professora A3 Saturnino a minha professora de economia no 111 H era absolutamente extraordinário ela tinha um gosto em dar as aulas um uma vida uma energia em dar as aulas a forma como transmitia pronto ensinava muitíssimo bem e eu sempre tive muita facilidade para os números e para gostava muito matemática é matemática e tem uma irmã que é professora de Mat e tem uma irmã que é professora de matemática e tá na família acho que os três os três gostávamos muito de matemática e e e tínhamos e tínhamos facilidade na matemática e E realmente ela ela deu-nos deu-nos pronto também muito exigente H mas com mas com uma uma alegria a ensinar e pronto realmente est são cativam noos estas estas coisas e a mesma coisa na natação pronto que também para mim Foi uma foi uma escola de vida e foi atleta da alta competição também fui atleta de alta competição nadei durante muitos anos mas é mas é engraçado que que o o o início e olhar um bocadinho para o início eu comecei a nadar num num num clube onde para aprender a nadar que nem sequer tinha competição nem nada era os meus pais puseram-me lá porque queriam que nós aprendêssemos a nadar que soubéssemos nadar o mínimo para para poder quando fossem à praia quando fossse à praia uma piscina não sei quê não não tivéssemos mas o nosso o nosso professor H que também se chamava António e que me tratava por Toninho h era um entusiasta da natação ele ele não tinha não tinha formação não tinha mas tinha uma garra e pronto queríamos e e e pô a min e mais uma série de colegas meus H pronto motivou-os para a gente ir fazer umas competições e e nós íamos fazer pronto e tivemos un resultados simpáticos Até que até que o porto nos me convidou a mim e mais mais uma série deles para iros nadar para o porto H ainda nos infantis eu era eu era eu acho que ainda não era ainda não era infantil H acho foi antes disso foi tal eu tinha tinha 10 anos quando quando fui quando fui nadar para para o porto e depois e depois em infantil O que é extraordinário é que quando E eu lá Pronto achava e fazia umas competições a gente tinha tinha uns resultados interessantes e quando cheguei ao porto e fui para depois a segu eu acho que não foi noe ano acho que foi no ano a seguir que foi para para os infantis uhum e e fiquei devastado porque toda a gente n dava mais do que eu rapazes e raparigas todos nadavam mais do que eu e eu pensei assim pá mas eles nadam todos eu nunca vou conseguir nadar nada e tive e tive aí um treinador que digamos se não fosse ele eu não teria eu não teria feito a carreira que fiz nação acreditar que era possível ser um excelente atleta isso é muito importante transmitir isso e não deve ser fácil mas há quem tem esse dom Ah há quem tem esse dom pronto e e e que nos motiva são são são os líderes são são são são são as lideranças que são que são importantes porque é que este apel da economia e eh como António costuma dizer foi mais por eliminação do que propriamente por gosto o António não era não era muito muito de ciências é questão de não tinha kits de de de microscópios nem nem kits de química nem nada pelo contrário não era assim uma coisa que a ciência que eu apasso muito no entanto está a dirigir uma grande farmacêutica não é eu eu eu tinha um eu tinha um microscópio quando era miúdo Ok mas acho que nunca brinquei com não era não era uma coisa que me puxava muito e mesmo mesmo as aulas não era não era nada digamos não eram as aulas que me atraiu muito engraçado porque eu acho que a a ciência eh eu só comecei a gostar da ciência já adulto muito mais tarde h e e e realmente eu gostava dos números gostava da parte da economia pronto da da da parte Empresarial e isso isso isso isso eu gostava muito a verdade é que no nono ano e pronto eu acho que isto depende um bocadinho de nós a a depende um bocadinho também da nossa maturidade eu acho que era eu acho que sempre fui um miúdo bastante bastante imaturo para a idade que tinha mas mas eu a no nono ano não tinha a mínima noção do que é que queria fazer e por por daí eliminação Ou seja eu não tinha jeito nenhum para desenho e portanto elimina-se desenho não tenho jeito nenhum para música e portanto elimina a música não gosto muito da parte da ciência também e portanto elanto foi um bocadinho indo indo por por iluminação eh realmente depois no secundário eh tive tive essa professa de Economia pronto e adorei economia e e portanto aí eu aí eu percebi que queria que queria queria fazer queria fazer essa área o o António aqui estou a falar agora de Álvaro Portel Álvaro Portel o seu bisavô era filho deir começou por ser paquete num uma farmácia na farmácia padrão no porto Trabalhou até criar ele próprio há 100 anos exatamente o seu próprio laboratório industrial e para manipular medicamentos e teve o sócio o antigo patrão dele que era o Almeida e por isso também daí o Bial Bial é dois dois al mas H muita gente não sabe isso e dizem muito by All não sei quê Porque vocês estão a lançados no mundo inteiro tem no Japão na Austrália em todo lado portanto esta história é extraordinária o António nunca conheceu o seu bisavô nem sequer o seu avô nem sequer o meu avô que idade é é que que idade é que lhe passaram dele o seu o seu pai por exemplo os seus tios sim é que a ideia que me passam do do meu bisavô é realmente de um homem eh que hoje Provavelmente na altura nem sei se o termo existiria de um empreendedor Nato eh digamos essa a ideia que eu tenho do meu bisavô de um empreendedor Nato de um homem com uma energia fantástica eh capaz de criar um criativo eh mesmo tanto em termos empresariais em termos de desenvolver a empresa como também depois dos produtos e da comercialização do marketing dos produtos abudo e portanto ele ele ele tinha 40 anos trabalho 40 anos a fazer isso sem ter sem ter formação nenhuma e como é que ele teve a capacidade de desenvolver isso e pronto e nós temos algumas campanhas e algumas campanhas de marketing que foram desenvolvidas Nessa altura e hoje olhamos para elas e achamos extraordinário como é que naquela altura ele ele e a equipa que ele reuniu tiveram a visão para fazer aquelas coisas e para ter o Rojo que tiver temp completamente era era eu acho que ele era um homem um homem claramente à frente do seu tempo H pronto e com com com uma energia com uma força interior muito grande e Air porque o seu avô também e eh António Emílio aliás morreu muito cedo só teve à frente doos destinos da Bial 10 anos ele morreu com 50 anos cedíssimo H que deixou aquele cunho da industrialização do negócio e mas que tinha sido um grande são pessoas sempre acho sempre homens do renascimento seos seus antecessores automobilista de velocidade premiado era dirigente da velocidade foi csul na Colômbia tirou aquele curso de conservatório da da zar metier em Paris E H A Gazeta dos caminhos de Ferro tudo que fez mais alguma coisa o seu pai Presidente e sei eu que foii era para ser Frade e Monge e depois foi professor de psico fisiologia escreveu livros e mais livros praticou cara até 20 anos muito condecorado pelos presidentes H são pessoas sempre com uma visão com o mundo extraordinário à sua volta isso ajudou muito a sua empresa a a acertar n nas nas apostas que foi fazendo não foi e que o António tá a continuar sim eu acho aação em grande Sim eu acho eu acho que ao longo ao longo do tempo olhando olhando para digamos a que era a formação deles que era aquilo que eles fizeram eh pronto eram eram homens que não se limitaram a uma coisa só não é quer dizer que que exploraram que exploraram muitas muitas muitas áreas H Muitas delas probono não é quer dizer mas mas isso dá dá como diz dá um mundo e obviamente o hoje hoje aquilo que é o mundo é muito mais é muito mais amplo porque temos temos muito mais possibilidade mas mas na altura mesmo no tempo do meu avô e onde tudo era muitíssimo mais limitado ele próprio conseguiu criar um mundo muito maior à volta à volta dele não é e portanto e eu acho que isso permite Depois às pessoas desenvolverem um trabalho diferente conquistarem as pessoas terem terem ideias diferentes e também se e e no fundo acabarem por atrair também gente com muito mais capacidade para trabalhar Exatamente isso é muito importante também esse lado esse conseguir atrair talento para levar a bom Porto as suas missões é muito engraçado o o o é importante este legado familiar sobretudo a qualidade das equipas que foram como como to estava a dizer que foram deixando e foram construindo eh hoje em dia é uma grande aposta sua também entre todos os seus funcionários tem quase 85% de licenciados muitos doutorados quase 80 ou 80 neste momento o que é Talvez seja das empresas que tê mais doutorados em em Portugal Sim nós nós nós temos cerca de 800 colaboradores dos quais 85% são são doutorados e temos 11 desculpa 85% são licenciados e 11% são são doutorados eu acho que somos a empresa privada em Portugal que tem mais que tem mais doutorados eh e temos feito uma aposta que não é de agora é é é do tempo do meu pai tanto tem é uma aposta que tem 30 anos eh de de de de gente qualificado Ou seja a gente que possa trazer valor acrescentado para o nosso projeto porque são essas pessoas que nos vão permitir e crescer desenvolver ter ideias até foi o seu pai que deu esta grande volta nos anos 90 91 para investigação e desenvolvimento Portanto vamos investigar E então começar os compostos os milhares e milhares de compostos e moléculas que que descobrem que vão analisando até ao sucesso que tem tem sido sim digamos essa grande viragem foi um grande momento na na Bial essa essa viragem é é extraordinária é uma visão do meu pai e ele já contou isso muitas vezes que que que teve que lutar um bocado contra tudo e contra todos para fazer isso porque toda a gente lhe dizia que não era possível que ele não conseguia fazer que não dava para fazer portug pena concorrer com os Gigantes isso não era isso era para outros que não era não era para nós que nós em Portugal não sabíamos fazer isso Portanto ele acabou por conseguir levar a dela Avante E com isso no fundo cria uma uma uma ideia na organização de nós temos que nós temos que apostar pelo máximo da qualidade ou seja nós temos que nos guiar por aquilo que fazem as grandes multinacionais H ambição na ambição nos projetos que temos na qualidade daquilo que fazemos quer ao nível da produção quer ao nível da investigação quer mesmo ao nível da comercialização nós temos que ter qualidade e para isso temos que ter gente que possa que possa fazer isso e portanto claro que a aposta na digamos a investigação a aposta na investigação desento traz um conjunto de gente muito qualificada mas não só nessa área ou seja traz um um mindset na empresa de que não é é é é nisto que nós temos que apostar em termos de qualificação das pessoas e para elas para elas porque realmente são são são as pessoas que trazem que trazem valor organização eu aliás eu já já já já o disse publicamente meu pai tem dezenas de distinções e de por aquilo que fez e por ter grande Cruzes de ordem do mérito eão Popular Inter mas eu acho que tem pelo desenvolvimento da empresa por ter levado o primeiro medicamento ao mercado tem isso mas eu acho que o grande eu acho que o grande legado que ele deixou na empresa é exat tem exatamente a ver com uma uma uma cultura de de excelência e de qualidade nas pessoas que ele deixa que ele deixa na empresa e e que isto Só se constrói ao longo de muitos anos e só por Ele ter feito isso e por ter construído com As equipas dele é que nós fomos capazes depois de desenvolver os projetos sem isso não tinha Sid os h de Gigantes não é no fundo é um bocado é um bocado essa ideia e portanto esse esse para mim é o grande legado que ele deixou que ele deixou na organização no ano 2000 e eh Decidiu ir para a Inglaterra foi para a Roche primeiro foi trabalhar para a concorrência O que é é muito curioso foi a primeira vez que foi morar sozinho e num país estrangeiro e e e e logo para alguém que é assumidamente introvertido como António diz hoje menos se calhar mas mas foi trabalhar como delegado de informação médica que não não pode ser a pessoa que mais é aberta a visitar hospitais e médicos e centros de saúde em todo lado isto logo no país estrangeiro numa língua estrangeira e foi o salto de Portal também para si tem que se virar e revirar foi eu acho que eu eu hoje olho para trás na minha carreira e acho que esses esses seis meses foram os seis meses mais difíceis da minha carreira H porque porque testaram os meus limites a vários a vários a vários níveis o ter viver sozinho num país diferente um idioma diferente eh ser a primeira vez que estava a trabalhar não conhecer ninguém e realmente fazer uma coisa que que me tira completamente da minha zona de conforto h o ter que o ter que o ter que pronto que ir falar com os com os médicos com com enfermeiros com as próprias recepcionistas com quem tinha portanto tudo isso para mim era era era digamos foi foi tirar-me novo e tirar-me da minha zona de conforto mas aprendi muitíssimo com isso e e e realmente como quer como pessoa quer como profissional dei esses se meses eu acho que dei dei um salto enorme valeram ouro Val marcou muito Londres não falei também e também pelos contactos que fez foi muito importante isso sim gente de todo mundo aí cruzou-se com todo o mundo Mar marcou muito eu gostei eu gostei muito de viver em Londres Londres é uma cidade e é uma cidade extraordinária porque realmente tem gente junta gente de todo lado culturas de todo lado eh aprendi muito conheci gente de muitos países h o o o que nos dá uma perspectiva diferente do mundo porque nós nós temos perspectiva eh eu eu eu depois depois de conhecer gente do Paquistão da Irlanda do Norte eh do Irão de Israel pensava se eu tivesse nascido naquele país eu provavelmente tinha uma uma perspectiva diferente em relação a algumas destas questões geopolíticas mundiais porque naturalmente tinha sido formatado de forma de forma diferente e e pronto é muitíssimo interessante ter conhecido ter tido esta esta perspectiva ter tido a oportunidade de trabalhar numa empresa que hoje é uma das grandes farmacêuticas a nível mundial já já era grande na altura hoje ainda é maior H como com com com muito boa estrutura muito boa gente onde aprendi muito e onde percebi que gostava que gostava realmente da Indústria Farmacêutica Teve teve foi na lista de mercado também para as unidades de negócio a ver com Oncologia Hematologia passaram por si também medicamentos para a hepatite C e criou essas plataformas de negócio europeias e estas áreas de de saúde não são hoje nenhuma delas ligadas ao o que abial desenvolve Ah mas isso fez de bem não não ajudou a conhecer outras e é bom conhecer dos outros lados fez fez muito bem sabe e e e primeiro digamos uma das coisas que eu achava H que eu achava que eu tinha algumas dúvidas e por isso quis quis trabalhar numa numa numa outra farmacêutica obviamente eu cresci com com com o não é quer dizer quei com a empresa eh e tinha algumas dúvidas se ia gostar de trabalhar lá ou não porque pronto vi às coisas muito ligadas à ciência ao desenvolvimento de medicamentos e e eu pensei mas eu eu eu não não não é será que Eu encaixo bem aqui será que eu vou gostar a fazer ou não e uma das coisas que eu percebi trabalhando nessas áreas foi que realmente eu não preciso estar na parte do desenvolvimento dos medicamentos ou ou na parte médica para dar um contributo e para dar um contributo muito positivo h e depois digamos foi extraordinário trabalhar em áreas onde onde onde as necessidades são tão grandes como a área da Oncologia ou da Hematologia ou da hepatite c h porque aquilo que me impactou impactou foi perceber o quanto nós podemos fazer pelos doentes digamos o que aquilo que nós estamos a fazer digamos o impacto que tem na vida das pessoas que vivem com essas doenças nas famílias nos cuidadores h e e e aí eu achei eu eu não preciso de de saber de ciência para isso agora a verdade é que eu preciso de saber de ciência porque para nós trabalharmos nessas áreas precisamos de saber de ciência e foi aí que eu comecei a gostar mais da ciência porque eu eu eu digamos foi à medida que eu queria perceber como é que nós podíamos fazer mais como é que nós eu eu senti que precisava de estudar se eu não estudasse não conseguia Aliás quando quando chou à R teve dois meses que foi só a dar ess informação e estudá examente e e e fiquei a perceber e realmente percebi que eu eu consigo eu consigo estudar isto e ainda hoje digamos ainda ainda hoje eu me desafio muitas vezes nesta nesta área das ciências nós há trê anos atrás definimos as nossas áreas estratégicas em termos de posicionamento mantivemos a área das neurociências mas mas optamos por seguir a área das doenças raras o que para mim a áa é completamente nova e como eu não tenho background nenhum não não sei e portanto para mim foi um desafio de estudar sobre o que são as doenças raras como é que nós podemos desenvolver e soluções e soluções como é que como é que elas existem o que o que é que é preciso fazer para nós para nós termos termos qualidade nesta nesta área estamos a falar António da sua falar um bocado de ter crusado com gente de todo o mundo madamente do Irão eu sei que o irão é um país que António visitou Eu também tive a sorte de visitar há pouco tempo eh ficou impressionado marcou um país pela positiva sobretudo as pessoas a história o território ou não fiquei fascinado com o irão eu eu já tive hospitalidade já tive a oportunidade de visitar muitos países querem quer de férias quer em termos de trabalho no irão fui fui em trabalho e tive uma semana de trabalho reuni com imensas empresas com imensa gente almocei jantei vim de lá fascinado as pessoas não só fui só fui Aé irão eh eu eu ia numa comitiva onde algumas pessoas foram isfahan mas eu não cheguei a ir porque não tinha não tinha nenhuma nenhuma reunião L ficou com o bichinho para um dia voltar quando tudo se acalme fiquei com o bichinho para voltar as pessoas são extraordinárias de uma amabilidade de uma simpatia de um nível cultural e digamos Fiquei fiquei fascinado com com fiquei fascinado com a cidade mas fundamentalmente com as pessoas pessas exatamente típico muito diferente daquilo que da perspectiva que nós temos ex Eu também diz isso vocês aprend como na Síria que eu também gostei muito e dizer vocês aprendem que nós somos todos uns isto num ambiente normalíssimo convidar a visitar igrejas as igrejas de São Paulo on em damasco e não sei quê vocês aprendem que somos todos uns terroristas assim é um bocado ideia prto infelizmente e o Japão também foi um país que o fascinou Mas é isso que há pela organização da limpeza pela pela o o Japão onde é um país onde eu vou nós temos Várias Vários parceiros no Japão e portanto é um país que desde desde há muitos anos que vou todos os anos pelo menos uma vez Ok nunca fui de férias ao Japão tenho tenho tenho que ir porque eu gosto muito do Japão a organização as pessoas a amabilidade das pessoas o cuidado com que eles fazem o cuidado a delicadeza com que eles com que eles se dedicam e fazem as coisas É extraordinário e tem realmente pronto cidades e lindíssimas sim uma cultura uma cultura extraordinária muito diferente frame Of Mind muito diferente onde é que onde é que comeu caracóis e não sabia que estava a comer caracóis Só uma curiosidade de viagem Olhe foi não foi foi uma vez quando foi foi em França quando quando quando ainda nadava eh nós tivemos um torneio mas ainda nada não o António não é já Master é campeão Master ainda há pouco tempo ainda em Julho houve uma recebeu uma deor Sim Sou sou ainda mas mas tive 25 anos tive 25 anos sem nadar e agora há 2 anos e meio voltei voltei a nadar outra vez mas na altura na altura ainda não dava devia ter 20 anos e nós fizemos um íos um torneio em em em França eh e depois do torneio havia um jantar com com toda a gente e nós depois dos torneios pronto estávamos todos esfomeados e tudo o que vinha tudo o que vinha para a mesa desaparecia e E trouxeram trouxeram exatamente trouxeram dois tabuleiros de de caracóis que toda a gente comeu e Ninguém percebeu O que é que estava a comer e depois quando nos disseram Vocês comeram caracóis ficou toda a gente olhar para os outros exato que ao tarde voltamos à roz estava em em em eh Inglaterra h o seu pai pai acabou por ficar era para ficar um ano ou dois acabou por ficar 4 anos e sendo promovido e tal e gostou muito o seu pai teve medo que ficasse lá o pai Luís e eu essa é uma pergunta que tem que lhe fazer a ele mas mas eu o seu achoo sim eu acho que a certa altura ele achou pronto começou me a perguntar porque é que eu não voltava se não se não tinhas dito que era menos tempo e agora estás a ficar portanto eu acho que ela à certa altura teve Talvez um bocadinho de receio que eu me entusiasm asse demais por lá e é curioso porque também quando saiu da da Rocha foi uma surpresa as pessoas não sabiam agora estou a falar concretamente do Mark Duffy por exemplo que se não me engano depois trouxe para cá não sabiam que que que que o António estava ligado à à à Bial e que também tinha o império que tinha atrás de si na sua família ninguém o associava aal quando saiu h quando decidiu sair não quando eu quando eu disse quando eu disse que me vinha embora ficaram ficaram muito muito muito surpreendidos e perguntaram mas mas quer dizer tens aqui uma carreira pela frente tens projetos estão te oferecer mais mais mais lugares vais embora para quê h e eu depois expliquei e expliquei bom que a minha a minha família tem tem uma empresa farmacutica em Portugal e eu n algum momento que era um espionagem industrial incrível é um homem de família António sou sou H acho que acho que cresci eh cresci crescia H pronto com com com com esse conceito de de de família muito enraizado uhum h e sou sou um homem sou Um Homem de Família tenho digamos tenho um apoio extraordinário da minha da minha mulher que me acompanha há mais de 20 anos e temos três filhos extraordinários também h e p é engraçado eu querer sempre voltar para a família quando aem Inglaterra por exemplo não sentia isso dos seus colegas o António tinha era desejava vir cá muitas vezes e vinha todos os meses quando podia e ao passo que havia colegas senes se calhar tinham os paais ali ao lado e eles nem sequer os visitavam sim eu acho eu acho que havia é é os anglos saxonicos eu acho que são são um bocadinho diferentes s di nesse um bocadinho diferentes nós muito mais desligados H tem mais tendência por exemplo a partir dos dos 18 anos quando vão para a faculdade vão fazer a faculdade norment fora h e depois a partir daí já não Lig não se ligam muito volta um pouco volta um pouco a casa e e eu acho que nós os latinos somos muito mais muito mais ligados e eu era isso é verdade quer dizer eu eu eu estava lá e e eu acho que vinha mais vezes ao porto e do que alguns colegas meus iam visitar os pais que moravam a 1 hora ou Du horas de distância de carro birmingham adaptou-se cá bem quando veio e eh porque de facto mesmo por exemplo o seu trabalho de legado por exemplo era diferente como eles fazem lá e cá o modos operando clar era diferente era uma empresa toda diferente Rocha uma grande uma grande farmacêutica mas cá era diferente pronto Sim era não estranhou nada estranhei H estranhei Estranhei quando vim porque eu lá tinha tinha uma Independência absoluta e geria as minhas coisas de forma quando voltei para cá senti senti outra vez que que estava numa redoma e apesar de por um lado ser bom a redoma familiar por outro lado eu eu já não estava eu já não queria estar nessa nessa tanto nessa redoma familiar eh e pronto e tive que me habituar outra vez a a a algumas coisas aqui aqui aqui em Portugal que que que que que eram diferentes daquilo que eu estava habituado em em Londres falou da questão da família e concretamente na questão dos seus filhos todos os seus filhos filhos e sobrinhos três seus três do seu irmão e uma uma das sua irmã estão me Eng H ainda são novinhos out qual já tem filhos com 16 17 anos imagino hum não sei se algum manifesta algum interesse de seguir com com o legado mas António diz é natural que que a a solução passe por um outsorcing por alguém de fora isso é uma coisa natural isso não não lhe faz pena e não S que vai na quarta geração portanto sim mas eu acho eu acho que nós nós não nem nem eu procuro nem eu e sei que os meus irmãos não não não fazem o mesmo eh fazem o mesmo ou seja nós nós eu acho que nós não podemos forçar ninguém a querer a querer fazer eh se eles tiverem essa ambição Se tiverem competências para o fazer eh obviamente que ficarei muito muito satisfeito e se algum deles quiser quiser fazer isso Eh mas acho que Digamos que todos nós temos que eu acho que devemos seguir aquilo que aquilo que que queremos fazer e eu quero que eu quero que eles sejam felizes e realmente eh Há uma coisa cois que eu tenho dificuldade em às vezes vejo pessoas que que são infelizes no seu trabalho naquilo que fazem e eu penso como é que é possível dedicar-se tantas horas levantar-se todos os dias sair da cama para ir fazer uma coisa que que não o faz que não o faz feliz e portanto eu acho que digamos eu vejo o exemplo da minha irmã ponto que não não trabalha em empresa gosta conversa connosco pergunta-nos as coisas Miguel exemplo trabal o Miguel o Miguel trabalha trabalha connosco e gosta e gosta muito daquilo que faz e vive muito a empresa a minha irmã Luísa gosta muito da empresa pergunta-nos muitas vezes as co cois como é que estão isso mas o que ela gosta é daras ela gosta daras ela gosta de pronto de ensinar é isso que ela que ela gosta é isso que que a faz que a faz feliz e portanto eu acho que é isso que nós temos que fomentar neles se algum deles tiver essa essa vontade e tiver competências para o fazer e eu acho que temos que as duas coisas têm que existir acho que isso digamos poderá acontecer mas até agora nenhum dos seus filhos ou ou sobrinhos fala disso ou pede para ir lá fica lá passam lá os dias para irem era pequenito 14 15 anos já ia lá no verão as férias de verão Fingi que ajudava e eles era filho do dono e eles e eles também gostam de ir e também pedem para ir às vezes e pronto e vivem e fazem muitas perguntas e às vezes conversamos conversamos sobre isso e as perguntas pronto fazem mu muitas perguntas sobre aquilo e portanto tenho curiosidade e obviamente eu tenho tenho gosto dees explicar e gosto gosto de de de lhes dizer mas mas ainda são muito novos eh ainda são muito novos eu acho que para saberem aquilo que querem fazer ainda estão na os meus os dois meus dois mais velhos estão na fase de definição daquilo que querem fazer o que é que vão estudar eh e Portanto acho que tem tempo para para para isso H mas mas vamos ver eu acho que isso é é tranquilo mas é é é engraçado estar com essa naturalidade a dizer há uma coisa natural se tiver que sair de coisa de família sai o que é importante é que as pessoas estejam bem gostam do que façam não estar ninguém a fazer aquilo só para manter um legar quer dizer não é obrigatório não é muito engraçado esse essa vontade ess essa paz não é obrigatório e e e eu acho que nós digamos como acionistas nós temos uma responsabilidade enor quer com as pessoas que trabalham na empresa quer com as pessoas que nós servimos e portanto o que nós temos que arranjar é a melhor solução seja ela interna seja ela da família ou fora da família digamos essa é a nossa responsabilidade como como acionistas da empresa é encontrarmos A melhor solução de futuro hoje em dia uma das suas grandes marcas é a internacionalização a Bial tem tem uma série de biais estrangeiros no estrangeiro e quando não tem mesmo a empresa tem parceiros com com quem colabora emos estos Unidos e E por aí fora H mas este princípio foi complicado também para o António o António entrou em 2011 a fazer 13 anos e fez 13 anos que está lá Desde janeiro de 2011 eh porque e há uma coisa muito curiosa porque nunca fazem questão de o esconder e apostaram foi difícil apostar começaram por Espanha perderam muito dinheiro com Espanha e quiseram aplicar modelos que se calhar achavam que funcionavam não funcionaram eles têm uma maneira diferente de ser tão ao lado aqui ao lado mas não funcionam como nós em todas as coisas e é muito importante Car para mim é um dos Segredos grandes an da Bial ter aprendido com esses erros com isto não correu bem o que é que podemos mudar eh e isso aprende-se muito cresce muito com isso certo eu acho que nós nós nós cost costumamos dizer que se aprende mais com os erros do que do que quando quando com os sucessos não é e e e realmente nós nós o processo de internacionalização e de crescimento da da empresa eh nós falamos muito mais vezes da parte de investigação e desenvolvimento porque essa digamos Onde está muito nosso valor acrescentado mas a parte internacionalização é uma parte onde nós tambémm temos investido muito nos últimos anos eh e é um processo difícil é muito diferente nós exportarmos para um país ou seja mandarmos os nossos mandarmos lá alguém de vez em quando eh termos um distribuidor lá e pronto e exportarmos produtos para lá do que criarmos as nossas próprias filiais temos as nossas pessoas temos nós trabalho investe-se muito mais dá muito mais a longo prazo obviamente nós achamos que isso tem uma vantagem muito muito muito maior o termos a presença própria Espanha foi o nosso primeiro Grande passo em termos de internacionalização eh portanto eu eu eu eu eu entrei entrei no Bial em 2004 eh e depois fiquei fiquei na parte internacional a partir de 2006 e portanto tive desde 2006 até 2011 Quando fiquei CEO Eh esses esses 5 anos esve na parte Internacional onde o grosso era Espanha e portanto esses 5 anos eu dediquei muito desses 5 anos a Espanha tenho um carinho muito grande obviamente por pela nossa filial em Espanha porque dediquei muito em Madrid em Bial uma fábrica também em em Bilbao também sim tínhamos na altura eh em Espanha e realmente digamos os primeiros os primeiros 10 anos em Espanha foram muito duros portanto desde 98 até 2008 até ao final até ao final foram foram foram muito duros e aprendemos imenso com o com o processo com as pessoas H foi difícil digamos porque nós nós temos uma marca muito forte em Portugal h e portanto conseguimos atrair gente boa e estamos habituados não é quer dizer quando vamos buscar quando quando nós abrimos uma uma um lugar aqui em Portugal estamos habituados a que n alguns lugares concorram 300 ou 400 pessoas ao lugar não é tanto nós podemos dar ao Luxo de escolher os melhores sim eh quando vamos para Espanha e não temos marca ninguém sabe quem nós somos é completamente diferente nós temos que vender o nosso projeto nós temos que atrair as pessoas temos que conquistar as pessoas h e e e pronto comemos alguns erros em termos de de portfólio em termos daquilo que fizemos em termos de não perceber a a a parte regulamentar acho que aí e tivemos também que que aprender uhum aquela questão que se fala muitas vezes que Espanha Não é um país mas mas são 17 17 comunidades S que tem umaia isso é muito diferente do que é Portugal portanto Há muitas coisas espan realmente está aqui ao lado entendemos bem e e parece que há muitas semelhanças mas há muitas coisas diferentes e o o bom disto tudo foi que nós realmente aprendemos crescemos imenso nos últimos 15 anos eu acho que a nossa faturação passou de 10 milhões para 90 milhões e portanto temos um salto enorme em termos em termos de crescimento hoje Espanha é a nossa principal filial e e a verdade é que que com a aprendizagem que fizemos aí permitiu-nos a seguir a abrir filiais na Alemanha Inglaterra em Itália em França na Suíça eh na Irlanda Ou seja hoje temos uma presença na Europa quer com as nossas equipas quer comerciais quer médicas eh onde obviamente tivemos tivemos dificuldades também n alguns deles uns mais do que outros mas tínhamos uma aprendizagem já muito grande aquil que fizemos em Espanha e portanto fomos capazes de fazer um trabalho melhor nessas nesses nesses países abial não é uma uma empresa muito Cível para grandes farmacêuticas estrangeiras mundiais já foram são volta e meia contactados para para serem engolidos por super gigantes na área ou não de vez em quando somos contactados imagino que sim mas de facto tem esta e por exemplo depois compraram a Biotec e eh nos Estados Unidos que é uma coisa muito rara e e não é não acontece gostamos daquela investigadora e vamos e associam-se a ela e compram na para desenvolver também os as os compós os suos moléculas e e o que é um passo inesperado é um passo é um passo audaz para nós e porque fomos no fundo compramos um projeto na área do Parkinson que é muito diferenciador daquilo que existe hoje e hoje tanto o nosso medicamento do Parking que nós temos como todos os outros que existem no mercado tratam os sintomas da doença e este medicamento que nós fomos lá comprar tem o potencial para ser um modificador da doença e não existe nenhum progressão é isso atrasa a progressão da é uma grande mudança se funcionar nós estamos a fazer ensaios clínicos se se os resultados forem positivos isso será quando quando são coisas que em média demoram 10 15 anos a fazer os ensaios as bateria de testes que são precisos já há muito trabalho feito nós em princípio em 2026 vamos ter a consciência se se conseguimos fazer isso ou não hanto nós estamos a fazer um ensaio Clínico neste momento que vai trazer vai ter resultados em 2026 já tá no estágio B2 é é o talal uma série na fase 2B e que com com os resultados desse ensaio Nós já vamos poder perceber se ele realmente é o modificador da doença pois será um segundo uma segunda molécula digamos assim ou um segundo medicamento da do parkon sim na área do Parkinson incrível e na na o zinx é a parte da do do da epilepsia E queesse continua que já já impactou a vida de 800.000 doentes é é um número extraordinário o não lhe dá um gozo tremendo não sente que o seu trabalho vale a pena quando recebe uma carta de gratidão de um doente ou de um cuidador ou de uma família a dizer vocês salvaram meu pai meu meu avô minha irmã temos temos e tem temos isso eu acho eu acho que é é para todos nós muito gratificante Isso é para mim muito quer quer dos doentes quer dos cuidadores mas também dos médicos quando nos dizem pá a gente conseguiu impactar e contam-nos histórias de e de um advogado que não conseguia eh ir para tribunal porque estava porque tinha sempre receio de ter um ataque epilético quando estava em plena sessão tribunal e que desde que começou a tomar o nosso medicamento controlou as crises e voltou à Barra do tribunal que era o que ele gostava de fazer portanto quando nós ouvimos essas essas histórias nós procuramos partilhá-las tudo valeu a pena não é desde o bab exatamente ou seja isso isso isso é que vale a pena é para isso que nós trabalhamos muito bem esse esses dois medicamentos são estes dois que falamos representam ainda uns 60% da faturação nos Furação A facturação António da empresa há volta de 340 milhões H antigamente há no tempo do do do seu pai do seu avô era era 80% era nacional e e e só 20 tal 20% lá fora hoje em dia e perdeu-se sim no no tempo do meu do meu avô era 100% Nacional eh no tempo do meu pai era quase 100% era o ramong gel Era exatamente era eram eram o ramel clavamox são são que são que são marcas que nós Ainda temos hoje ex Claro sim sãoos mas mas quando eu fiquei CEO nós nós tínhamos 80% em da nossa faturação em Portugal e 20% fora portanto isto há 13 anos atrás e portanto nestes últimos 11 anos realmente demos um salto em termos de em termos de de de de crescimento internacional da empresa Os americanos são muito mais abertos que nós a usar esta inovação eh compostos novos medicamentos novos os europeus são mais conservadores nisso eh depende um bocadinho os europeus dependem um bocadinho do mercado para mercado Isso é que é o por um lado é o que é extraordinário por outro lado também é o que é limitador a Europa é muito fragmentada eh e portanto há países que são mais que são mais eh Digamos que adotam mais rapidamente novas novas tecnologias eh Há países que que que adoptam mais devagar os os Estados Unidos normalmente adoptam mais rapidamente as novas as novas tecnologias mesmo em termos do regulador o regulador americano é é é muito mais agressivo eh e quando eu digo agressivo Ou seja quando vê o medicamento que pode ajudar um doente eles querem no mercado o mais rápido possível porque queremo a ter impacto na vida do doente e e portanto trabalham trabalham com a empresa para fazê-los chegar chegar ao mercado a autoridade europeia é mais conservador eh olha muito mais para a segurança para se o medicamento tem tem tem tem outros parâmetros o o regulador americano por exemplo nesse aspecto é muito mais quer o medicamento se realmente faz diferença então ele quer o vha já isso muito bem outra coisa estos a terminar Temos mesmo a terminar e só além de dar os parabéns estes 100 anos da da Bial de uma série de eventos cativos esta empresa inspired by the future é uma frase que eu gosto muito e que decorreu esta em junho esta conferência Bial 100 Years shaping The Future onde o Marcelo Sousa por exemplo o presidente Marcelo cong decorou UMS um dos vossos Alfredo Ferreira um dos vossos colaboradores mais antigos já quase há 40 anos na na e qu decou a empresa e concu a empresa também exatamente e o Parlamento também fez um um voto de saudação e o Parlamento português eh vem um documentário Se não me engano também dos dos 100 anos tá a ser feito há este podcast top of mind e o grande apoio que que tem feito a investigadores e os prémios também são muito importantes a fundação Bial e H que tem esta missão que fizeram com o conselho de rores das Universidades tem esta missão dos prémios por exemplo o prémio Bial de medicina Clínica o o Bial award of biomedicine prémio Maria de Sousa o tal vai ser entregue Aliás foi entregue hoje e nest nesta conferência onde trouxeram o António Damázio e Ana Damázio para falar sobre a fisiologia da mente 2024 correu na aula Magna da Reitoria H tudo para Celebrar no fundo os 30 anos também da fundação que que começou em 6 de maio de 94 E queria terminar Só com esta ideia muito boa que tem também o António que é H do fatoo de muitos grandes talentos que nós temos vão lá para fora e e e os pesses ficam muito rites porque os pess depois são absorvidos pelas empresas lá fora e o diz não eles vão lá para fora ganham o mundo não faz confusão nós temos é que ter projetos temos é que ter indústria isso é muito importante porque eles falam disso ó pá não Poo ir para casa faltar para Portugal desde H indústria para a gente ser absorvidos eu tenho um filho que fala disto quer dizer porque é o que falta cá e passo que em qualquer laboratório em zuric na Alemanha na Suíça nos Estados Unidos no no no Silicon Valley ou Nova York há empresas que nos absorvem e o out hora diz não temos é que ter projetos e empresas capazes de atrair este talento até é bom até é bom que vão e que ganhem mundo e cresçam para depois poderem voltar sim eu eu acho que nós nós nós temos uma uma capacidade e uma qualidade da nossa formação superior que eu acho que que é que é excelente uhum o que faz com que muito do nosso talento seja bem visto lá fora sim e portanto e temos muita gente que vai dar para fora de muitas áreas dão D dão cartas temos muitos portugueses a dar cartas na área que eu conheço melhor que a área das das Ciências da Saúde das das ciências da vida temos muito muitos portugueses lá fora nós felizmente nos últimos anos temos conseguir buscar alguns para para virem para cá que vê t a formação extraordinária fizeram carreira às vezes durante C 8 10 anos eh mas estão disponíveis para voltar desde que haja projetos skai portanto por isso é que eu digo a mim não me choca nada que que vão aliás eu eu eu quando olho para os nossos antepassados nós somos um país de conquistadores que foram para fora que foram aprender das diversas culturas buscar coisas para trazer para cá fomos um país riquíssimo um dos maiores países do mundo porque fizemos isso porque e mas também porque soubemos depois as coisas cá agora nós precisamos de ter projetos precisamos de ter investimento em Portugal que era ao nível da indústria que era ao nível da investigação e desenvolvimento que seja capaz de atrair esses nossos talentos e trazê-los e trazê-los para cá se fos capazes de saber isso de saber fazer isso eu acho que o país vai dar um salto absolutamente Fantástico e portanto por isso é que não me preocupa muito que preocupa-me que não amos projetos para os atrair nó reter-se cá depois cá muito bem António Portela não não não tenho não temos mais tempo quero agradecer muito a sua desidade em vir a rádio observador que é farmacêutica is continuar a postar então dos nossos jovens investigadores em novas soluções novos comportes para ajudar aqueles os doentes e as famílias e os os os cuidadores e todosos que são mais incapacitados e que gostavam muito destas soluções bem aja e até breve Muito obrigado João Paulo pelo convite para estar aqui foi um gosto [Música]