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depois da apresentação da proposta de orçamento do estado para 2025 pelo governo recebemos o patrão dos patrões o Presidente da Confederação de empresa CP está sob escuta Armino Monteiro a proposta do orçamento assenta em duas grandes medidas uma é o irc e a descida de um ponto percentual na taxa as empresas são uma das grandes privilegiadas neste orçamento Bom dia muito obrigado pelo convite é sempre um gosto estar aqui no na rádio observador eu eu este ponto é um ponto muito importante porque está sobretudo baseado numa ideia que h a redução dos Impostos sobre as empresas não é popular em Portugal eu digo isto porque a partir do momento em que há partidos que baseiam a a sua não aceitação de redução da tributação que é reconhecido que é mais elevada da ocde e ainda assim não aceitam reduzir a carga fiscal sobre as empresas é quase um bocadinho como dizer que a tributação sobre as empresas é para remissão dos pecados das empresas Ou seja seja merecem ter uma tributação elevada e e este mas essa carga fiscal é só por vi do irc que se bxa não não não não é só por viia do irc mas é um sinal muito importante nós precisamos de ter esta noção que neste momento há investimentos que estão a ser feitos um pouco por todo o mundo e um pouco relocalizar aquilo que estavam na na Rússia que estavam na Ucrânia alguns estavam na China com estas tensões geoestratégicas naturalmente que houve aqui um despertar no sentido que não podemos pôr a fábrica no a outro extremo do mundo esses investimentos muitos deles estão a ser vai escolher um país periférico Como Portugal sobretudo porque essas multinacionais normalmente não se preocupam não tê o foco no mercado doméstico é produção para mas uma taxa de 20% não trazendo investimento estrangeiro Então o que é que o levou a assinar um acordo de rendimentos assente na na descida de um ponto porcentual da taxa de é um sinal é ortant nós termos bem esta noção nós vivemos hoje um momento excecional este momento ex ional exigiu da cip uma reflexão interna muito forte e devo dizer que depois de toda essa discussão A decisão foi tomada por unanimidade a direção são 45 membros o conselho geral São 71 e ainda assim esta decisão foi tomada por unanimidade no sentido de darmos um sinal de compromisso para o início de uma solução ou seja entendemos que isto é um ponto de partida não é um ponto chegada prometido que iria descer mais ao longo da legislatura ou seja foi-lhe garantido por Luís Montenegro que não ia ficar pelo pela descida para 20% aquilo que está no plano de governo era de ser até 2005 nós sabemos o que é que está no programa Mas o que eu estou a perguntar é se para fazer aprovar os orçamentos depois foi mudado para 2017 aquilo que foi pedido aos pareceiros sociais foi uma uma formulação deste ponto no no no no acordo de valorização do salarial e crescimento económico e os e os membros e da da concertação social entend que subscreveram o documento naturalmente entenderam que deviam aceitar uma formulação suficientemente ampla para conseguir obter em sede parlamentar um compromisso que fosse viável ou seja se o governo prometesse determinada redução que depois não pudesse Cumprir em sede parlamentar naturalmente com o acordo morria logo ali e por isso aquilo que aceitamos foi uma definição bastante ampla para conseguirmos acomodar todos um objetivo de início de redução mas que não comprometesse essa negociação mas não sendo que os parceiros sociais eh podem ter sido usados entre aspas para o governo tentar convencer o PS a a aprovar o orçamento não até pelo contrário porque se nessa formação tivesse ficado aquilo que era a formação Inicial e a formação Inicial estabelecia que em 2025 ia reduzir dois pontos percentuais Aí sim aí no fundo o governo iria levar para a mesa de negociação com o o o parceiro político um acordo que dizia bom eu já tenho este acordo nos parceiros sociais eu tenho aqui agora já uma latitude negocial mais reduzida pelo contrário o governo pediu que os parceiros concedessem essa latitude precisamente para encontrar em sede parlamentar uma solução e os parceiros sociais entenderam isso e concederam mas no caso da cip vocês demoraram ainda algumas horas a anunciar que iriam subscrever porque é que foi ali Até à última foi mesmo na noite da véspera da assinatura foi foi na foi exatamente porque havia dois pontos e que achávamos que não faziam sentido e eu explico este acordo não é um acordo apenas de valorização salarial se fosse apenas um acordo de valorização salarial as medidas estão lá para o mínimo para o salário médio para o conjunto de salários em Portugal estaria resolvido mas aquele acordo chama-se valorização salarial e crescimento da economia ora na parte deste Pilar crescimento da economia não temos naquele acordo medida suficientemente fortte para permitir fazer essa transformação que precisamos de fazer é urgente mas mesmo assim assim não não tínhamos e por isso propusemos então dois pontos que foram incluídos à última da hora um ponto é o ponto número 17 que estabelece como objetivo atingirmos 75% do referencial médio de produtividade na Europa mas há medidas para atingir esse objetivo não e é por isso que acrescentamos o ponto 18 não havendo tempo de se definirem ali então está no ponto 18 definido que no prazo de 45 dias é criado um eu sei que a palavra está gasta o grupo de trabalho task force está gasta Mas esta medida é muito concreta é criar este grupo que irá apresentar um conjunto de propostas e estas propostas não tem apenas a ver com pacotes financeiros também está tudo muito gasto medidas concretas que permitam efetivamente nós darmos este salto quântico na parte económica diz assim mas exemplos neste momento há investimentos que não estão a acontecer em Portugal e é preciso diz publicamente porque não há idade de decisão Em Tempo útil há projetos que fogem de Portugal quando os investidores se apercebem que não vão ter uma resposta inferior a um ano tempo é dinheiro sempre se ouviu dizer para os empresários mais ainda um projeto pode ser viável hoje Se não for implementado noos tê falado na simplificação e na desburocratização e continuamos a p sempre essas medidas em cima da mesa já reparou que nós temos uma agência dizer uma coisa agência portuguesa do ambiente onde passam muitos muitos dos pareceres de localizações e licenciamento Industrial está sem liderança está sem Presidente Há quantos meses Sim já já foi anunciado um novo Mas enfim eh mas tem que haver regras não é os investimentos tê que ter regras mas nós não estamos a defender ao defendermos a simplificação não estamos a defender o menor escrutínio nada disso nunca ninguém ouvirá assim PED pedir o menor escrutínio das regras e dos projetos então voltar ao acordo de rendimentos assinou o acordo de rendimentos Então por causa de uma promessa de criação de um grupo de trabalho e pelo não e pelo sinal que já é dado este este momento eu eu diria que assinei por três razões assinamos por três razões A primeira é que reconhecemos neste acordo e agora materializado no orçamento queé foi apresentado o início de um caminho há 10 anos que não se falava em redução da Carga Tributária sobre as empresas e é preciso dizê-lo é um ministro às vezes é difícil e e portanto queremos naturalmente no momento em que pela primeira vez se está na agenda a redução efetiva da tributação sobre as empresas naturalmente que é um sinal que nós queremos reconhecer o segundo ponto É que percebemos que a capacidade capacidade entendendo como disponibilidade negocial do governo é reduzida por não ter uma maioria parlamentar e por isso não podem prometer o que não podem depois construir e vimos naturalmente do lado da da da oposição que não tem havido este esforço de convergência para ter uma maioria que permita efetivamente ir mais longe e por isso por compreensão disto e também por esta promessa como forma refere de se levar para frente um conjunto concreto pós orçamental de medidas na área económica sim por estas razões nós achamos que estavam Reunidas as condições para sermos mais uma vez um foco de responsabilidade no país e não foi por temer ir a eleições Esse é um ponto também importante a ideia das eleições neste momento nós achamos que estamos reféns de uma lógica polític partidária em que aquilo que se procura é acomodar os interesses polític partidários quando o que é preciso é acomodar os interesses do país não é a mesma coisa nós gostamos de ver da atitude responsáveis políticos este sentimento de interesse do país e às vezes o que nos parece que estamos a assistir é apenas perceber quem é que tem vantagem um bocadinho como se fosse uma corrida de Fórmula 1 quem é que consegue ficar na pol position para umas supostas eleições legislativas que aí venham e como é que eu fico melhor posicionado na grelha de partida ora isto é utilizar a economia e os portugueses como instrumento de disputa eleitoral e de interesse político partidário e isto pode-se pagar caro nós comprometemos em aumentar salários em sensivelmente 20% nos próximos 4 anos estamos neste momento com tensões geopolíticas em todo o mundo estamos com países que eram pulmões económicos como é o caso da Alemanha que está neste momento a mostrar sinais de fadiga temos países com crise na liderança como é o caso dos Estados Unidos ou pode vir a estar ou a França ou seja o que eu quero dizer é que estamos com desafios tão grandes e aqui estamos aparentemente entretidos numa disputa que às vezes Sinceramente não é uma eu não estou a dizer que os partidos não têm direito a fazerem estes estas tentativas de aproximação essa essa fragmentação parlamentar foi resultado dos votos dos portugueses é exatamente isso que eu queria dizer o ponto é os os partidos interpretarem que o projeto do sociedade para Portugal deve penalizar as empresas este sentimento é que é um sentimento que não não não vemos expresso na sociedade eu não vejo na sociedade que os portugueses sejam contra a redução da tributação não vejo na sociedade que os portugueses sejam contra o crescimento da economia e portanto esta interpretação que os partidos fazem que é Popular dá voto ser contra as empresas isto é que é para mim ol mas teve conversas com Pedro Nuno Santos durante já o mandato na CP e viu relutância do líder do P em descer a carga fiscal para as empresas nomeadamente pela via da taxa do irc por vezes fo sempre mostrado essa relutância eu tenho visto as declarações públicas e prefiro referir-me à declarações públicas e não Às conversas privadas que tenho com o secretário-geral do partido socialista mas eu tenho visto e temme surpreendido as declarações públicas que o partido socialista nunca poderia aceitar mais que uma redução de um ponto em toda a legislatura um ponto na tributação das empresas em toda legislatura isso tem-me surpreendido assim como tem surpreendido a ideia de que nunca o partido socialista poderia aceitar uma tributação sobre as empresas a 7% isto faz realmente parecer que tem que haver uma tributação uma penalização sobre as empresas Ou seja Imagine que tínhamos folga orçamental de todo o género e feitio nós aceitávamos a redução no IRS e a Confederação Naturalmente acha que também deve haver uma redução no IRS aliás dissemos que até devia ser prioritária à redução do irc mas que também as se olhe para as empresas como sinal que as empresas contam e por isso esta interpretação que os partidos fazem que é Popular Ser contra a redução da tributação exagerada das empresas isto confesso que me surpreende Qual é o projeto de país o projeto de sociedade que tem como mote que haja uma tributação asfixiante sobre as empresas as empresas não precisam de ter margem não precisam de aumentar salários não precisam transformação digital ambiental internacionalização sofisticação do seu modelo de negócio esta capacidade de mudarmos o paradigma da economia precisamos isso é feito à custa de quê de cada vez mais retirar para o estado aquilo que deveria ficar nas empresas para que as empresas realmente tivessem capacidade de de de crescimento Eu numa palavra diria que de facto quase parece que as empresas devem ter uma tributação elevada Porque isto é quase um bocadinho como se fosse para remissão os pecados das empresas Ou seja as empresas merecem pelos erros e Pelos Pecados que que que têm Isto é visão errada sente quando fala com Pedro Santos este que sinto quando falo com h quando vejo não é quando falo é quando vejo algumas declarações dos partidos à esquerda não estou a referir apenas do partido socialista porque aqui ao lado mas o partido socialista é que interessa agora para esta esta coação orçamental não é aqui que ao lado em Espanha mesmo partidos que ainda são mais à esquerda do partido socialista convergem num ponto podem ter todas as diferenças ideológicas mas há uma vontade de preservar o tecido Empresarial porque é a base de criação de riqueza e este é o sentimento que é com frustração que o confesso é o sentimento que não vejo na no debate partidário em Portugal e e e noutros países onde também há força de esquerda há força do centro força de direita mas convergem num objetivo o Armino já disse que agora na concertação há um quarto elemento que é o Parlamento o facto do governo não ter maioria absoluta Não sento que isso de certa maneira pode desvaziar o papel da concertação e dos parceiros sociais eu eu creio que não não esvazia pelo contrário até o reforça e nós é uma regra democrática e e aqui aceitarmos que um governo seja minoritário é uma expressão do voto dos portugueses portanto eu acho que isso devemos aceitar com naturalidade e devemos aceitar até habituarmos a isso porque a maioria dos governos por esta Europa fora é feita de governos minoritários o que vejo nos outros países é que apesar de serem governos minoritários consegue encontrar base de entendimento nós aqui é que somos binários É Tudo ou Nada e e esta atitude do Tudo ou Nada é que tem sido o nosso impeditivo para fazermos uniões e e e fazermos pactos pactos verdadeiramente estratégicos para o desenvolvimento do país e isto verifica-se noutros países e nós Parece que só podemos evoluir isto naturalmente é sempre uma tentação para os portugueses darem maioria aos partidos porque percebe-se que se não houver uma maioria absoluta num determinado partido que de facto não há decisões e queria ver Luís Montenegro e Pedro n Santos a fazer esse pacto para o país eu creio que Portugal exige esse pacto para o país Beatriz nós não podemos ter esta ideia que nós nos alimentamos de política e a política on está demasiado presente e sobretudo a pequena política política partidária se for uma política de projeto de sociedade eu tenho respeito por isso política no sentido elevado do termo eu tenho respeito por isso agora se for aquela política mais de de partido mais de ganzin de vantagens de de de pequenas vantagens eleitorais sinceramente acho que é o país está a pagar um preço demasiado caro para assistirmos a estes a estas coreografias políticas não há espaço para isso e por isso eu gostava a bem de Portugal que naturalmente todo o debate democrático todo o debate ideológico mas verdadeiramente a ideologia que nós temos estado a discutir em Portugal não não creio não vejo projetos de de de sociedade assim tão diferentes o que vejo é táticas para fixar determinados eleit determinados determinadas bases eleitorais e tudo que quando seja tática vai se pagar muito caro porque naturalmente nós estamos a entrar dentro de uma linha não do que o país precisa mas do que os partidos precisam para as suas bases eleitorais num artigo de opinião no público e escreveu que e agora cito querem a todo o Trance faz-nos acreditar que é possível dar tudo a todos a crítica é quem o a base da da demagogia e a base do do do populismo é precisamente essa ideia de de responder com e soluções simples a problemas complexos em soluções imediatas a a a a a problemas que demoram tempo a base principal é esta não é possível criar o que não se distribui e um país que acredita que é possível distribuir o que não se cria é o tal país que não quer de ser imposto sobre as empresas e por isso esta esta ideia é uma ideia que me parece que tem havido no debate em Portugal sobretudo este tatic ismo para se querer dar tudo a todos porque se compra com isso vontade eleitoral ora as empresas não votam e Como as empresas não votam as empresas podem ficar peretas nesta disputa mas está também a incluir aí o governo de luí Montenegro eu creio que o governo sendo um governo minoritário está também não está e a digamos impune desta disputa e também tem cedido um pouco a esta necessidade de conquistar e votos mas ainda assim nesta questão da redução da carga sobre as empresas é o único que efetivamente juntamente com a iniciativa Liberal que tem puxado para esta necessidade de uma redução dos Impostos sobre as empresas e Nesse artigo diz que eito está em curso uma política orçamental expansionista para salários e pensões benesses sociais e dotações públicas contrasta com o mundo em convulsão O que é que acha mal que se tenha e feito eh o aumento das pensões eh os aumentos dos professores das forças de segurança nós temos somos um país pobre é preciso nós partirmos desta base porque termos um banho de Realismo só nos faz bem nós somos um país pobre devemos ficar prostrados com isso pobre no contexto europeu naturalmente devemos ficar prostrados com isso não porque todos os nossos relatórios dizem Portugal vai crescer x valor e depois acrescenta-se esta frase que é terrível abaixo do seu potencial de crescimento Isto é terrível porque se não tivesse lá nós tínhamos era que aceitar estamos a crescer O que é possível agora quando se diz abaixo do potencial de crescimento quer dizer que nós podemos crescer mais nós podemos ser mais ricos do que somos e por isso nós precisamos de promover todos esses aumentos salariais que acabou de referir porque efetivamente é importante que haja qualidade de vida em Portugal mas como se diz a a riqueza não nasce nas árvores não cai do céu é preciso criar essa riqueza e aquilo que a Confederação tem dito é vamos lá então apostar na no subida de Salários vamos lá apostar no aumento dos fatores de produção mais qualificados mas só dizemos uma coisa que é um banho de Realismo é mas para que isso aconteça tem que a economia crescer e por isso tal como estamos disponíveis para um pacto de aumento de Salários também Pedimos que esteja o país disponível para um pacto de crescimento económico Mas esta segunda parte aparentemente que é mais difícil porque é muito mais difícil criar do que distribuir esta segunda parte nós vemos muitas vezes sozinhos no deserto ou seja ainda que haja compreensão no discurso depois essas medidas não aparecem no dia a dia percebemos De novo isto é um é um é um é uma justificação que naturalmente o governo pode sempre utilizar não tem maioria e portanto queria ir mais longe o que no sur mas aqui está a criticar especificamente eh o a despesa pública nomeadamente em pensões e salários Alexandre já reparou que subiu 10 milhões a despesa pública neste ano esse orçamento o tal orçamento equilibrado prevê mais 10.000 perdão não é 10.000 milhões para per ver mais 10.000 milhões de aumento de custos de de despesa pública despesa pú o outro ano foi mais 12 Não não é 10 será 8it ou nove foi 12 nós podemos continuar a aumentar a despesa sem de facto pedir contas ao estado pedir justificação nós continuamos a ser 10 milhões de portugueses estamos melhor servidos hoje que estávamos há 1 ano há do H TR H qu h c não estamos é a nossa conclusão Então o que é que estamos a pedir estamos a pedir mais eficiência no dinheiro dos contribuintes mais eficiência naqu muit essa despesa acaba por chegar às empresas por via do consumo privado e público mas nós aqui precisamos de ter uma uma ideia de dinheiro nem todo o dinheiro se transforma muito dinheiro se perde e é importante nós começarmos a fazer como democracias mais elevadas mais desenvolvidas que é pedir contas do dinheiro que que que que é que é entregue ao estado porque este dinheiro não é um dinheiro nós não podemos entrar aqui em Abstrações intelectuais que é o dinheiro é um bocadinho etério aqui uma um exoterismo este dinheiro é retirado ou às famílias ou às empresas e é com este dinheiro que é retirado às famílias e às empresas que nós entregamos ao estado para naturalmente o estado nos fornecer bens e serviços comuns achamos hoje que temos bens e serviços de qualidade achamos hoje que de facto na área da saúde Educação na área da Defesa na área da Justiça nós estamos bem servidos bom estamos bem servidos pois naturalmente que todos nós nos sentimos muito confortáveis a pagar para essa cidad cidadania essa capacidade de vivermos em comum agora se isso não está a acontecer e sistematicamente as despesas públicas aumentam pergunta-se não é a altura de os cidadãos começarem a pedir realmente satisfação do dinheiro que nós entregamos ao estado eu creio que sim mas Ach acha que o Governo deveria prescindir do equilíbrio das contas públicas e admitir algum défice para melhorar a vida das empresas e das famílias o equilíbrio das contas públicas é de louvar nós não podemos cair naquela ideia que já tivemos e já pagamos caro que a dívida gse não se paga não a dívida paga-se e e e agora felizmente estamos com taxa de juro relativamente baixas significa que não são um consumidor muito significativo das nossas receitas mas nós já tivemos tempo em que o o aquilo que era o custo do serviço de dívida era muito significativo e não nos podemos esquecer isso nós não podemos ter memória curta por isso a resposta não pode ser outra que não um viente é necessário que as contas estejam certas isso é fundamental o que é necessário discutirmos de forma eh não eh não não não eh de uma forma aberta é estamos efetivamente a fazer despesa pública onde deve ser feita e sobretudo um aspecto não confundir o que é despesa com investimento nós achamos que há espaço deveria haver espaço para que muito daquilo que é aplicação de recursos se fosse para investimento e aquilo que vemos é que não é para investimento é sobretudo para despesa e aqui é naturalmente uma divergência vamos falar aqui na outra medida que está no orçamento do estado que é o incentivo em sede de irc e criado no acordo de rendimento para a valorização salarial quando foi criada em 2023 só chegou a pouco mais de 500 empresas corre-se o risco de estar a legislar e continuar a legislar só para alguns cor só para algumas empresas no caso corre-se esse risco medidas que podiam ter um efeito muito positivo acabam por essas amarras acabam por não ter esse efeito positivo tocou bem no nesse aspeto que que que é muito relevante o outro ano apenas 500 empresas tiveram esse benefício este ano está incluído também uma majoração que foram colocadas tantas amarras tantas limitações que eu temo que ainda continuam a ser impraticáveis ainda continuam a ser impraticável porque portant esta medida não serve para nada é isso porque se a economia não crescer é é é importante nós termos esta ideia que em Portugal nós temos conseguido e acomodar aumentos salariais mas que a economia não tem que ao nível dos aumentos salariais Se não conseguirmos inverter isso se a economia não permitir fazer isso vai ser um problema normalmente pensa-se nas grandes empresas eu queria dar um exemplo de uma empresa que é igual a 93% das empresas em Portugal noss mais de 400.000 empresas faturam até 150.000 € muito pouco e tipicamente têm até três trabalhadores normalmente o empresário e mais dois trabalhadores o que é que acontece se nós aumentarmos o salário de dois e a economia não crescer vamos reduzir o salário do terceiro é uma questão de matemática se EC ou bem que a economia cresce e permite acomodar o aumento dos três salários ou a economia não cresce e é feita à custa da margem ou seja do tal terceiro salário este sentimento é preciso nós termos como base porque normalmente Quando pensamos entramos numa abstração intelectual pensamos sempre nas 1000 ou 1300 grandes empresas temos em Portugal essas empresas são fundamentais Devíamos ter mais mas o facto de termos um imposto progressivo do irc que não conheço nenhum país que tenha imposto progressivo sobre as empresas estamos naturalmente a dizer não vale a pena crescer pelo contrário se chegar a um determinado limite é bom que transforma em duas empresas Isto é completamente contrário àquilo que mais precisamos que é empresas fortes empresas globais já viu que em 50 anos de democracia não temos uma única empresa global no mundo não temos uma temos nenhuma empresa e por isso a sua a sua questão é é é é muito pertinente porque no fundo estamos a criar medidas que depois na prática não se aplicam o 105 mês é Outro exemplo é outro exemplo exatamente esta medida que é uma medida que ficou estabelecida para que as empresas pudessem fazer chegar um prémio não se confunda isto com aumento salarial é um prémio pois muito bem o que é que este prémio que é voluntário para recompensar bons desempenhos O que é que obriga para que possa ser praticada subir todos os trabalhadores na empresa ao nível de 47% pergunto numa empresa não haverá sempre diferenciação não haverá sempre alguns trabalhadores que merecem mais e outros que merecem menos não deveríamos estar a falar de um aumento médio creio que estão de acordo mas ao estabelecer que todos têm que ser aumentados mesmo aqueles que até se calhar tem pouca assiduidade se calhar tem pouco comiss com empresa calhar pouco focados na no no na sua atividade mesmo esse tem que ser aumentados para que possa entregar prémio àqueles que efetivamente o merecem portanto não faz sentido nenhum portanto não vai acontecer esse esse prémio é uma medida que podia ter seguramente vai acontecer uns quantos mas podia ter um efeito muito maior porque pela primeira vez eu queria registrar isso como positivo pela primeira vez em Portugal é possível atribuir um prémio sem que o estado diga eu quero a minha parte mas não acha que vai beneficiar as empresas que atualmente já tê capacidade para pagar prémios de produtividade acaba por ser difícil porque este tem que ser cumprido isto que eu estava a dizer que é aumentar todos ao nível de 4,7 se disser assim então mas tem que haver um aumento essas que se calhar a partida tem essa capacidade portanto beneficia aquelas que mais capacidade têm não Beatriz Ferreira o problema aqui não é uma questão de capacidade é uma questão de gestão de recursos Se eu precisar na minha empresa de fazer uma gestão de recursos eu tenho que conseguir distinguir bons desempenhos de desempenhos piores se eu estabeleço com a regra é a tem que aumentar todos por igual isso não vai permitir e um desempenho e uma e uma gão de recursos humanos que de outra maneira tinha aqui um bom instrumento para o fazer ou seja mas 4,7 é um aumento mínimo não é mas quatro tem que ser um 4,7 ou seja foi ontem anunciado que o aumento para a função pública é dois or est estamos no mesmo país portanto a ao ao aos funcionários do estado é lhes dito que vão aumentar 2% e os funcionários que não são do estado é dito que têm que aumentar 4,7 Para poderem receber um prémio há aqui qualquer coisa portanto nós aceitávamos e e achávamos que isso é que fazia sentido precisamente para não confundir aquilo que é uma medida de produtividade com uma medida de aumento de Salários nós aceitávamos que naturalmente pudesse primeiro ou trabalhador a quem é paga um prémio que tinha que necessariamente ter tido um aumento de de salário para quê para não se confundir uma coisa com a outra estamos de acordo primeiro um aumento de salário e depois o prémio agora o dar para eu dar um aumento para eu dar um prémio a uns quantos tenho que aumentar todos está contra que seja seja para todos exatamente o Olhe uma das além do irc outra das medidas deste orçamento é o IRS jovem aliás é um orçamento para os jovens a já foi apelidado acredita que terá eh esse essas taxas de imposto mais benéficas para os jovens acredita que terá o tal efeito pretendido de reter os jovens eh no país é por essa via ou é mais eleitoralista eu eu acredito que esta medida é uma medida eh que sendo boa não é aquilo que se chama vej em comum uma bala de prata para resolver o problema porquê um jovem não fica em Portugal apenas pela questão de ter uma redução tributária mas é importante é importante porque a redução fiscal faz com que aproxime o valor que a empresa paga daquilo que ele recebe portanto há claramente um ganho por uma razão simples e dou um exemplo houve uma empresa que se deslocalizar recentemente de Portugal para um outro país onde basicamente Manteve o mesmo nível salarial mas todos passaram a receber em média mais de 30% é significativo porquê Porque embora as taxas sejam as mesmas nesse país aplica-se com níveis intervalos muito mais elevados Ou seja eu utilizo as mesmas taxas para tributar níveis de rendimento muito mais elevados portanto não é de menos importância nós querermos em relação aos aos mais jovens estabelecer um regime que de alguma maneira os lhes diga vão pagar menos imposto e por essa via vão ter mais rendimento portanto Esse é uma medida que nós apreciamos e achamos que está no sentido certo nós tínhamos proposto uma medida um pouco diferente que era exentar os primeiros 100.000 € de rendimento ganhos por um um jovem com uma limitação por ano ou seja achamos que isto tem que ter limitações mas não pamos a limitação pamos a limitação no montante não no escalões porque nós ao pmos nos escalões estamos precisamente a não chegar à aqueles que até podem ter uma propensão maior para irem que são aqueles que ganham mais mas que também são mais disputados lá fora mas respond à sua pergunta não basta isto muitos jovens emigram não é apenas pelo salário é pelo projeto de vida claro que o salário é importante para o tal projeto de vida mas é projeto de vida onde é que vão ter melhores condições de vida onde é que vão ter melhor serviço de saúde onde é que vão ter melhor serviço de educação para os filhos para criar os filhos para desenvolver os seus projetos de vida onde é que vão ser mais estimulados nas suas empresas e nós aqui enquanto empresário enquanto líder de uma Confederação é preciso dar a mão a palmatória nós ainda não conseguimos em Portugal desenvolver projetos empresariais que sejam suficientemente estimulantes para que muitos desses desses jovens profissionais que vão procurar lá fora desafios profissionais que cá ainda não têm porquê Porque nós ainda não conseguimos construir esse modelo de sofisticação de de de de de projetos de empresariais que permita que às vezes as pessoas se sintam estimuladas para desenvolver cá esse projeto mas mas o este IRS jovem não com este IRS jovem não se pode correr o risco das empresas contratarem trabalhadores jovens com um salário base mais baixo do que aquele que oferecem atualmente porque sabem que o salário líquido vai ser maior é é preciso vigiarmos isso e para que isso não aconteça é é importante que se tenha esta ideia que do lado dos empresários não é só só anjos e mas também não é só demónios ou seja eh estas questões são questões que Mas pode haver esse risco É ISO pode haver esse risco porque aí teríamos chegar àquela ideia que então este país não é para velhos ou seja iríamos então fazer uma política de recrutamento até aos 35 anos e quando chegasse aos 35 anos iríamos mudar portanto há medidas nesta e acha que isso pode Não vai acontecer porque a própria medida introduz limites a isso porque começa com isenção a 100% e vai reduzindo ação do IRS jovem como ficou é preferível àquela proposta inicialmente por este governo eu creio que sim eu creio que esta formatação com os inutos da medida do partido socialista é melhor que aquela que estava inicialmente prevista é melhor porquê olha primeiro porque não tem um custo um custo orçamental tão violento como tem esta medida e precisamos de avaliar todos nós estamos convencidos que ela pode ter um efeito positivo e e estamos esperançados que assim seja Mas ela tem que ser avaliada tem que se perceber se esta despesa fiscal efetivamente tem contrapartida na medida positiva num segundo aspecto que também eh permite é que todos todos os jovens podem beneficiar dela e anterior estava um bocadinho mais exclusiva num determinado segmento mas ainda assim esta medida exclui os jovens de mais alto rendimento ora Há alguma razão para excluir os jovens de mais alto rendimento não são precisamente esse que vão ser mais tentados em projetos lá fora eu diria que sim Então esse desproteger então só queremos proteger os outros mais baixo rendimento eu creio que é uma discriminação que estamos a fazer em relação aos jovens profissionais discriminando precisamente aqueles que têm mais capacidade ou têm porventura mais requisitos válidos junto do mercado mas também não se está a dar o sinal que as empresas devem contratar pessoas até aos 35 anos e que a partir dos 35 anos podem ir procurar outras não se se fosse constante a redução eu eu eu imagino que isso podia ser ser lido assim mas não é no primeiro ano de atividade tem uma isenção total e vai diminuindo até chegar aos 35 anos ou seja na fase final já tem uma tributação quase Idêntica a quem tiver 36 ou 37 ou seja e há um estímulo para os primeiros anos de entrada no mercado de trabalho mas depois esse estímulo vai naturalmente ficando mais diluído por isso é que eu acho que a nossa proposta era uma proposta mais razoável porque tinha 100.000 € ou seja quem atingisse 100.000 € podia até atingir em 5 anos mas Digamos que esse contador ficava preenchido e não havia mais esse benefício assim desta maneira e é um pouco diferente mas acredito que conseguimos evitar conseguimos evitar esse esse receio precisamente porque ela é gradual vai perdendo aidade no na na no desconto digamos do Imposto Mas pode haver desigualdades grandes dentro das empresas entre pessoas que tenham 36 anos e outras que tenham ou estejam a entrar no na empresa ou tenham ISS cerca de 30 anos Isso sim isso sim mas também é importante como é que as empresas podem lidar com isso isso sim mas também é importante que nós consigamos dar este sinal ou seja é um sinal forte que a sociedade está a dizer os mais jovens têm que efetivamente ente um bocadinho como como como já há muitos anos Almada Negreiros dizia eh voz ou geração desenvolvei em Pátria portuguesa o o ideal das vossas juventudes e nós muitas vezes estamos a desenvolver o ideal das juventudes fora e nós não podemos ser um país com o envelhecimento Como está a acontecer nós não podemos ser um país com a pior relação entre as novas E as gerações mais senores Isto vai ter consequência na na questão do sistema de de pensões tem consequência na questão de de das das contribuições para a segurança social na sustentabilidade da Segurança Social Portanto o reter os mais jovens é de facto uma missão que o país inteiro deve deve considerar como importante as empresas terão que conseguir arranjar uma forma de conjugar estes dois ativos os ativos com mais experiência que são também muito importantes com o ativo que não tem essa experiência mas que pode ter mais energia para fazer atingir determinados objetivos eu eu creio que nós nos des habituamos de pensar que os mais sor continuam a ter um lugar muito importante nas empresas e sobretudo no momento em que a nossa longevidade está a aumentar Ainda bem porque isso é um é um é uma conquista civilizacional mas está a aumentar mas não estamos a querer a conseguir que vivam mais vivem mais tempo mas não vivem melhor pelo contrário vivem mais tempo mas pior nós estamos a criar de alguma maneira uma nova geração de pobres que são aqueles que se nada for feito e nada for feito é por exemplo reter jovens se nada for feito o o waging report que é um relatório da União Europeia estabelece que se nada for feito nós vamos ter uma taxa de substituição inferior a 40% Ou seja a relação entre a primeira pensão e o último salário 40% é possível viver com 40% do último salário durante vários anos também é é isto que nós precisamos de encarar mais uma vez não é uma medida eleitoralista ninguém fala disto porque todos ficam muito satisfeitos com a com o estado atual não dá votos cada vez que nós falamos em pensões mas já alguém fez esta esta reflexão hoje nós temos sensivelmente mais 1 milhão de imigrantes que entraram no sistema e por isso estão contribuir com as suas contribuições sociis e e e por isso Houve aqui um acréscimo das receitas da Segurança Social alguém se deu a conta da parte de gráfica Ou seja a contrapartida disso Quais são as obrigações que que a Segurança Social está a criar de pagar reformas a esses que começaram agora a a contribuir ninguém fala nisso porque se nós fizéssemos de facto aqui um confronto entre as entradas e depois as obrigações para futuro que nós estamos a a contrair seguramente que a nossa segurança social não está mais forte e vê neste governo a disponibilidade para não só discutir mas passar para a ação e e não colocar as conclusões do livro verde da Segurança Social na gaveta precisamente refereo bem as conclusões do livro verde da Segurança Social é muito claro em relação àquilo que é necessário ser feito a questão é que nós como estamos em entrar em sucessivos períodos eleitorais tudo o que sejam transformações necessárias eh que o país tem que tem que fazer todas as transformações que de alguma maneira colidam com o objetivo de dar boas notícias e e só boas notícias aos eleitores são adiadas para segundo plano e é preciso um governo que tenha a coragem de dizer aos portugueses olhos nos olhos aquilo que não está bem que contribua para a literacia que em muitos casos é utilizada para amarrar o eleitor fazendo ter medo de transformações e é preciso um governo corajoso que D Esperança aos portugueses que diga há aqui um problema vamos resolvê-lo está aqui esta dificuldade Vamos Construir para uma solução porque se assim não for se perante o problema não for apresentada uma solução naturalmente que estamos a fazer aquilo que muitos partidos fazem sobretudo em economias mais pobres mais frágeis que é alimentar a subsídio a dependência alimentar esta ideia do estado social que a todos vai resolver tudo e nós eu gostava que nós em Portugal criássemos sobretudo uma sociedade empreendedora e em que tivéssemos portugueses que naturalmente contassem com a rede de proteção do Estado sendo necessária mas que o estado os incentivasse a fazer por si terem essa atitude de encarar a iniciativa como uma iniciativa que depende de cada de cada um E que naturalmente o estado estará para ser essa rede de proteção mas aquilo que ten tenho visto é um estado que de alguma maneira amarra o este este este cidadão e amarrando acha que dessa forma Conquista mais facilmente o seu voto ou prometer-lhe soluções uma última questão sobre o orçamento do Estado fez bem o governo em descongelar a taxa o congelamento da taxa de carbón e e por essa hav aumentar os combustíveis fez nós precisamos de fazer várias transformações essas transformações são transformações muitas vezes que são naturalmente uma exigência para as empresas estamos de acordo é é mais fácil não não não fazermos nada mas nós vemos e não somos inconscientes que precisamos de uma transformação ambiental não por por sermos moderninhos mas porque de facto temos que ter uma consciência que temos este planeta e temos que o preservar agora or aquilo que eu gostaria era que isto fosse a uma a um nível Global porque nós aqui em baixo temos fronteiras mas lá em cima no digamos na atmosfera não temos estas fronteiras dos países e de que nos adianta muitas vezes nós teros aqui campanhas exigências muito fortes que restringem muito a nossa capacidade industrial e que não estou a falar só de Portugal estou a falar na Europa mas depois chegam à às Fronteiras da Europa e deixamos entrar produtos mercadorias que t regras completamente diferentes aos quais vem os quais vêm competir com a nossa própria produção e aí não se aplica nenhuma taxa de carbono há entrada em Portugal e por isso em Portugal ou da Europa e por isso gostaria muito que este esforço fosse um esforço partilhado a nível Global Porque se forem apenas alguns países a fazê-lo a única coisa que estão a fazer é contribuir para a própria dificuldade do da sua capacidade de produção e não para resolver problema nenhum Armindo Monteiro Obrigada por ter estado sobre escuta OB obrigada h