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[Música] o impasse entorno do orçamento do Estado continua no topo da atualidade neste que é um país escreve Helen Matos das inteligências superlativas e no texo Boa tarde Helena e se calhar começava pelo fim do teu artigo publicado este fim de semana no site observador achas que Pedro n Santos e entre aventura subestimaram a inteligência de Luiz Montenegro mas também dos portugueses em geral em todo este processo do e das reuniões Enfim tudo aquilo que temos falado porquê e isso aí não é uma questão dechar eu tenho mesma certeza a ao feito em geral quando se faz comentário e opinião vivemos no mundo do achismo e eu não me excluo disso mas a outra hipótese para que isso não acontecesse era então que eles fossem pessoas não inteligentes André Ventura e Pedro nun Santos o que não é manifestamente verdade portanto aqui só pode ter acontecido aquilo que muitas vezes acontece a pessoas com inteligências até um pouco acima da média Como será o caso de André Ventura e Pedro mumo Santos que é só contarem com a sua inteligência e ou ou como aquelas pessoas que só contam com a sua tática e e que esquecem que do outro lado também estão pessoas que podem ser mais ou menos inteligentes mas que também têm as suas táticas e a sua inteligência e portanto eles de alguma forma desenvolveram todo um conjunto e uma tática de pensar que poderiam fazer 1 mais 1 mais 1 igual a três penso só ter dito 1 mais 1 mais um e e e e não não é igual porque nós temos de contar que nessa adição também entram outros algarismos e que são os as táticas dos outros e eu acho que claramente esqueceram isso foi como se tivesse visto cada um deles jogar ou atuar num palco isolado subestimaram claramente Luís Montenegro isso parece-me ser claramente mas também os portugueses e porque os portugueses não porque os portugueses apoiem ou desapoio Luis Monte Negro não é isso que aqui está em causa é muito difícil sobretudo em matéria fiscal em coisas que implicam matéria fiscal a aguentar um discurso em que as pessoas eh hoje em que a certa altura já se está a discutir ali uma particularidade e as pessoas têm o o quadro o panorama e portanto eh o recu a margem de recu vai diminuindo e neste momento Pedro nunos Santos está com duas semanas ele quer estas duas semanas e ao fim de duas semanas na cabeça dos portugueses o orçamento já existe portanto é claramente Acho que sim que subestimaram André Ventura e Pedro Santos sim Helena e o teu artigo Versa muito a inteligência e o que é que vale a inteligência em política outro protagonista de quem falas neste artigo é de Marcelo Rebel de Sousa eh perguntando para que servirá a a a famosa inteligência superior do atual presidente da república explica-nos lá isso olha Raquel eu conto contigo para me ajudar porque é efetivamente isso que eu não percebo ou seja Marcelo Rebelo de Sousa é sem dúvida inteligentíssimo mas a inteligência por si só não serve para muito sobretudo na política não é eh se não for pautada por um outro conjunto de requisitos alguns dos quais tão básicos quanto o bom senso a noção de senso comum de vida real que é isso que faz um um um grande político Ou seja a a inteligência é sem dúvida um fator essencial Mas e no caso de Marcelo a inteligência juntam-se outras coisas como ele é um português com com cosmopolitismo que conhece ele eu acho que ele nunca leu nem um c dos livros que refere mas leu leu bastante não é panto é uma pessoa com o mundo com abertura mas na verdade é como se fosse um brilhantismo que se esgota em si mesmo não vai para o lá disso achas achas que na sua atuação como presidente da república ele também apoiou-se muito na sua inteligência e descontou muito da Inteligência dos vários protagonistas com quem foi tendo cruzar e aqui falo também eh de António Costa eh e incluo agora também Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro enfim todos estes protagonistas que se foram e cruzando com ele enquanto Presidente da República achas que ele também caiu nesse erro de desvalorizar que do outro lado também havia eh eh uma estratégia e um e um rumo e inteligência Ah isso claramente aliás falar com Marcelo uma pessoa qualquer um de nós que que fale com ele eh numa conversa mais informal confronta-se com isso ou seja ele eh uma ele ladamente diz mas porque sim mas porque eu tenho uma relação com os portugueses e isso é alguma coisa que é extremamente perigoso nós aliás sabemos como de alguma forma de Belém foram saindo pessoas que eh faziam parte dos se dos seus assessores de pessoas que tinham experiência política tinham experiência na área da comunicação Porque Marcelo sabia e acreditou sempre que lhe bastava chegar lá dar dois abraços Três beijinhos dizer alguma coisa que desconcertar quem estava do outro lado e quando ele começou a ficar fragilizado E aí claramente não se pode ignorar o chamado caso das gémeas não é e eh E vai encontrar outros protagonistas do lado de lá como é o caso de Luís Montenegro que se percebe pela forma Como gera o silêncio e para Marcel é muito mais complicado Quem gera o silêncio do que Quem gera as palavras não é porque ele com as palavras é é é é a praia dele não é ele cons mas verdade Elena é que é que Marcelo R Sousa também tem tem sido mais e eh enfim mais cauteloso ou menos palavroso nos últimos tempos que é o claramente um sinal dos tempos não é e mas repares como por exemplo na escolha do pgr ele a certa altura andava num frenesí pala afros a lembrar dia sim dia não que lhe cabia uma palavra sobre escolha do pgr porque o Montenegro não lhe dizia nada tal como também já não tinha dito em relação à formação do governo à escolha de Maria Luís alquer por caro comissária portanto há aqui uma clara dificuldade de Marcelo e daí o termo Rural não é eh em lidar com com esta forma não de palavras mas sim de silêncios de Luís Montenegro agora Marcelo que é claramente uma pessoa muito inteligente mas foi sempre uma pessoa com uma absoluta falta de noção do chamado senso comum da vida comum das pessoas e portanto sendo muito próximo ou fisicamente às vezes muito próximo dos portugueses a acaba por e não não não integrar certas coisas que são as preocupações reais e eu acho que isso realmente lhe falou porque realmente para ele é tudo tão fácil porque ele ele era daqueles alunos percebia tudo à primeira ele nunca teve de se esforçar é tudo que tudo lhe caiu muitas vezes e graças a essa inteligência de alguma forma foi mais fácil e e nesse sentido Helena eh eh como é que eh Olhas para a forma como é que com com que o presidente poderá usar essa inteligência neste caso do orçamento ou seja essa inteligência poderá servir para quê de como é que ele poderá eh enfim tentar resolver todo este embr goglio que e este impasse que estamos a Viver Bem eu não sei se terá de ser através da inteligência ou da falta dela porque aquilo que nós precisamos neste momento é de senso comum o presidente já explicou várias vezes ao país faz falta um orçamento Eu não creio que o país tenha de ir para eleições ou que seja isso uma espécie como aconteceu no passado uma algo que esteja escrito na pedra que não possamos viver em do a décimos mas eh neste momento o presidente sobretudo tem de dar espaço para que aqueles que são os verdadeiros protagonistas que é quem pode aprovar ou viabilizar o orçamento tomem as suas decisões é claro que sempre alertando para as consequências que nem podem avir Agora nós estamos perante um presidente Clara mais fragilizado muito mais fragilizado por outras razões e portanto eu não creio que Marcel neste momento tenha até o intervencionismo que ele mesmo gostaria de ter eu eu o tenho eu eu nunca achei que a inteligência fosse uma ou uma ultra inteligência uma uma necessário eh Mais valia para o exercício do cargo agora também me custa ver Marcelo Rebelo de Sousa muito fragilizado neste seu final de mandato e de alguma forma eh com as suas palavras a serem postas na ordem eh por um primeiro-ministro que se revelou muito mais tático do que aquilo que se esperava ainda ninguém disse que ele era inteligente curiosamente eh Mas eh e e e por uma oposição que e em que o partido socialista certamente se lembra não é que Marcelo Rebel de Sousa é o homem que achou que por ter havido um orçamento chumbado o país devia ir para eleições portanto se alguma conclusão se pode tirar disto nós que estamos e muitos de nós aqui temos filhos netos crianças na famíia e que vivemos todos tão obsecado com a inteligência eh e com o caí das Crianças Talvez nos Dev Dio noos preocupar talvez Mais até do que com inteligência quando noção de bom senso eh senso comum Realismo eh capacidade de resistência à frustração por exemplo que é uma coisa que eu acho que será muito recomendável para Pedro Nuno Santos e para André Ventura portanto Há outras qualidades muito subestimadas para lá da inteligência e que fazem muita falta aos políticos e sem me alongar mais talvez possamos recuar um bocado no tempo e pensarmos em políticos que certa não eram tão inteligentes quanto Marcelo mas que conseguiram levar a sua a água aos seus Moinhos com muito mais eficácia por exemplo Cavaco Silva hum ó ó Helena só antes de encerrarmos esta conversa há um outro protagonista de que falas neste texto também a propósito da sua reconhecida inteligência que é António goter já não estamos a falar da política nacional mas também tu falas disso eh eh mas também daquilo que tem sido o seu papel à frente das Nações Unidas eh Guterres não não tem muitas semelhanças com o Marcelo Rebelo de Sousa além de ser reconhecido como uma pessoa notoriamente inteligente pois só que só que o engenheiro Guterres foi muito inteligente enquanto aluno do técnico não é eh enquanto Engenheiro eletrotécnico era realmente na suidade eh O problema é que desde que saiu do técnico não não tem parado de nos deixar desconcertados Sempre que chega a um cargo e e não sequer vou agora aqui referir esta questão deste desempenho como secretário Geral das Nações Unidas que certamente ainda terá muitas páginas e muita história para ser feita mas realmente António Guterres é o homem que até hoje os portugueses certamente burr isss imos Como é o meu caso nunca perceberam porque é que eles se demitiram e ele também nunca nos conseguiu explicar porque é que se demite enquanto primeiro ministro numa noite das autárquicas eu sei que isto pode ser muito básico e e pode ter uma pergunta muito básica e de uma pessoa que não que não sou certamente prodigiosamente inteligente mas eu não consegui perceber e se vocês me conseguirem explicar tenhem para aí 2 minutos e eu agradeço não mas eu gostava de te deixar aqui uma provocação podemos concluir do teu texto que o poder não é para os inteligentes não o poder não não agradece-se agradece-se que quem vá para o poder Seja inteligente e Portugal tem tido a sorte de ter governantes que são claramente inteligentes e portanto mesmo pessoas por exemplo critiquei bastante estou a pensar o caso sóc não era manifestamente inteligente não não a questão é que alguns políticos como é o caso de Marcel Rebel de Sousa houve uma concentração na sua hiper inteligência como se fosse uma qualidade que prescindia de todas as outras e é possível e é possível ler isso tudo no teu artigo Helena Portugal o país das inteligências superlativas e inúteis Obrigada Helena OB obg n