Vídeo: Mazgani: “Neste disco quis conservar a tradição”

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quando não está ninguém em qualquer combate serve levo o retrato morto do poeta breve escuto as queixas e As Confissões e recomendo vivamente tenho o remédio para as aflições de to gente envio as minhas prescrições mapas e indicações aqui da frente Leste sinto-me viv aqui a trabalhar no meio do terror da Guerra aproveito o tempo para estudar entre a batalha e a espera tive vergonha do Medo avancei Recebi uma medalha cont em breve poder regressar com uma obra que me valha envio as minhas prescrições mapas e indicações aqui da frente leste quero te ver e quero te abraçar para me render e aprender a chorar quando a guerra acabar aqui da frente Leste quando não se tem ninguém qualquer ciência serva leva o amoleto pobre do profeta leva Escuta as queixas e As Confissões e recomendo vivamente as leituras e as orações a toda a gente envio as minhas prescrições mapas e indicações aqui da frente leste quero te ver e quero te abraçar para render e aprender a chorar quando a guerra acabar aqui da frente Leste maravilha mas gani na rádio observador neste frente Leste é uma das canções de cidade de cinema novo disco que de resto já está disponível pelos habituais serviços de streaming não sei se ainda se encontra nas lojas ainda se vai às lojas comprar discos masg Espero que sim eu espero que sim também espero que sim obrigado por ter bem vindo à rádio observador é um prazer voltar a estar contigo é um dos meus autores favoritos na música nacional há já alguns anos e e e acho que ainda assim mais gente devia conhecer estou aqui para para tentar mudar isso obg mim obrigado olha fala um bocadinho deste Cidade cinema Até porque eu já te tinha ouvido cantar de facto em inglês e depois fiquei assim um bocadinho confuso quando comecei a ver o primeiro disco completamente composto tinhas ouvido em português o primeiro disco inteiramente composto em em português de mas gan e depois fui ver e de facto Sim tu não tinhas discos editados em em português como é que aconteceu esta mudança na tua vida bom tenho tido a oportunidade de contar a história de portanto esta coisa ter surgido com tela do grande Pedro Gonçalves que como do combo que me telefonou um dia desafiar-me a fazermos um disco em português e vindo dele vindo da da capacidade do géo do talento dele Eu achei porir ismo que era do pá do extraordinário porreiro da Bondade da gentileza da sensibilidade era também um ser humano extraordinário eu acho que essas coisas normalmente vão de mãos dadas e porque os grandes artistas normalmente são pessoas muito humildes e gentis acho eu Uhum E bom mas pronto ter ser com ele deu-me coragem mesmo o telefonema foi foi longo porque eu ia imenso e explicava que não que não seria fácil de de trocar de língua e ele disse pá deixa lá de coisas e tal e foi isso foi isso infelizmente não fiz o disco com ele H foi o Mário Barreiros que o produziu mas Pronto foi ele que plantou a semente e foi ele que me deu a coragem de avançar como é que foi também esse trabalho com o Mário Barreiros é um dos grandes nomes da música nacional é incontornável É um tipo omnipresente nos últimos nas últimas décadas da música e Portuguesa fez com que tivesses que ir ao Porto sim também é bom n que é um sítio que eu gosto de ter Ah pá um é outro é outro Special One É um tipo com muita facilidade e que convive com a música desde desde a infância é impressiona muito a intimidade que ele tem com a música Os Instrumentos que ele toca a destreza a maestria e também gerir a energia no estúdio os ânimos avançamos paramos etc Ele mexeu muito com esta cidade de cinema pá a Não sei acho que não quer dizer e mexeu muito no sentido em que sem ele era impossível isto ser dirigido Uhum mas pronto quer dizer da minha parte também vou ganhando algum músculo a fazer os discos e tenho mais ou menos uma ideia do que quero que as canções sejam e a música já vai com uma certa identidade digamos É apresentar já impõe já uma estética ou uma roupagem se quiseres e e e pronto Acho que sim quer dizer sem ele não ser e com a ajuda do Pedro Vidal também não é fiquei curioso também com este título cidade de cinema isto diz alguma coisa do que são estas novas canções e que título é este e que dico é este Há alguma temática que que que que esteja mais presente ou acho eu sinceramente eu acho que é é é a ficção onde eu habito é isso é a minha cidade é ou é a minha relação com a cidade como também um lugar de de imaginação e de criatividade não é essa a relação que eu tenho é engraçado dizer isso porque eu já senti noutros discos de mas guny que a inspiração ou tu próprio Poderias andar mais pelo Deserto ou por outras geografias nesse aspecto Este é um disco mais Urbano também nas coisas que cantas Que dizes que compões eu acho que que essa pergunta é muito interessante realmente é uma excelente pergunta devia depois pensar nela depois em off mas mas sim quero dizer eu acho que o deserto é um deserto também das possibilidades não é é o deserto é um lugar onde tudo é possível uhum o deserto é também um início o deserto é também um lugar para onde se vai à procura de uma palavra primeira e nova não é mesmo nas grandes mitos e etc hum Talvez seja a minha maneira de comunicar com a cidade esta cidade de cinema do a partir às vezes do meu deserto uhum sabes que a primeira canção que eu ouvi e que tem rodado aqui na Playlist da Rádio observadora chama eh eh tenho uma uma particularidade que me surpreendeu na na tua música e que nem sempre a tinha identificado noutros discos e noutras canções eu senti que a chama é uma canção profundamente portuguesa eh remete-me para um universo de fora da cidade de de Rural H parece-me que é inspiração n algumas coisas sei isto pode ser assim um bocado de farf que eu vou dizer mas nalgumas coisas fez-me lembrar eh a escrita do Carlos do Rui Veloso quando conseguem descrever aquela Senhora da Aldeia e eu acho que há uma história na chama que me remete para esse tipo de Geografia pode ser só de mim ou ou dos dias em que a escutei para alguém que não nasceu em Portugal sentiste também isso a chama de facto é uma canção que mergulha um bocado assim num num universo português mais Rural e antepassado absolutamente e e e eu acho que também para quem tiver curiosidade acho que o André tentugal apanhou muito bem naquele vídeo Claro no vídeo H sim é um é um Portugal quase primitivo não é é um eh essa essa ruralidade etc que estás a Desc ver eu acho que as palavras quer dizer o português obriga também a a abordar o e o tema quer dizer impõe o tema eu acho que a cantar inglês não faria não abordaria esta este Imaginário ou esta estética e eu queria fazer um disco em português não era só pela plasticidade da língua queria que fosse realmente eh um disco com que em conversa com a essa tradição não é e portanto sim é é profundamente português essa esse Imaginário não é e muito bem conseguido acho que acho que não acho que senti isso até antes de ver o vídeo o vídeo captou claramente essa ideia e é uma uma grandíssima e canção olhamos aqui para concertos de mas gani já no próximo dia 22 Teatro Maria Matos em Lisboa eh No próximo dia 24 casa da música do porto fala-me um bocadinho da tua banda quem é que vai a palco contigo como é que está está a ser preparado também este novo espetáculo que Imagino que incorpore outras canções certo eh vou com o grande Pedro branco na guitarra O Extraordinário Isaac chega na bateria e O Magnífico Vítor Coimbra no no baixo uhum Eh vamos vamos é um formato bem Rock and Roll esse que descr é rock and roll é rock and roll as as coisas ganham muito músculo depois em palco a chama já tem essa toada também não é é já isso já eu acho que isso também tem quer dizer para além de conversar ou dialogar com esse lado português que estavas a a sublinhar também acho que dialoga bem com as coisas que eu fazia antes Uhum E acho que tem essa esse esse músculo não é Uhum E a ideia é documentar se quiseres aquele período das canções em disco e com os concertos e com a estrada as coisas irem irem mudando e ganhando eh novos significados eu espero que o palco seja isso um lugar de para explorar digamos a capac quanto é que as músicas aguentam quanto é que elas valem também quanto é que elas valem e até quando é que se pode puxar por elas hum eh recordo 22 de outubro Maria Matos em Lisboa 24 de Outubro casa da música do porto há aqui também um outro concerto no dia 25 ainda dás um salto a Felgueiras Casa das Artes também aproveitando aí o salto a a norte aguardamos mais datas para este eh novo disco do masg chama-se cidade de cinema ossono e porque ele é um grandíssimo compositor eh e e e parece que me fez tanto sentido ouvir-te nestas canções em em em português escolheste para fechar esta passagem aqui no ao vivo à Avenida que é de resto da canção que abre o disco certo exatamente e não não toca a chama mas ela já roda aqui na rádio observador Obrigado por isso em breve vamos introduzir aqui também a frente Leste que ouvimos há pouco mas gani muito obrigado por teres vindo à rádio observador muitos parabéns por este novo disco e e bons concertos OBS um abraço grande obrigado jura ó minha Julieta guardas da tua saia doirada onde a sombra mais ardia vai-se o dia na solidão da Avenida jura minha bela adormecida que guardas essa promessa fugidia depressa va no teu corpo distraída dentro da brancura nos teus ombros de maresia tu que caminhas na certeza que Passas por na calça não tenho tradição nem Lena perdi o fio à miada sou herdeiro da ruína não sei teu nome nem morada eu nasci na despera ó minha Helena inventada choraa ó minha doce rapariga que levas a lembrança que não se apaga a sorte do perfume que o vento não tem casa tu Que passas pela rua onde o sonho se embriaga e vai-se o dia na solidão da vida mas g na rádio observador muito obrigado por teres vindo agradecer também aqui os cuidados técnicos da Mariana Sousa Aguiar no vídeo esteve o Tiago coto Obrigada por ter ouvido este podcast Se gostou pode subscrevo pode partilhá-lo e também pode ouvir a 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