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bem-vindos de regresso a mais um clube dos 52 a série de entrevistas que estamos a realizar a propósito dos 10 anos da Rádio observador dos 10 anos do Observador e dos 5 anos da Rádio observador já estava a fazer a rádio mais velha do que ela é portanto hoje o nosso convidado é Tiago pite Cunha Tiago Pit e Cunha tem enfim eh tem dedicado muito da sua vida à causa dos oceanos e à causa da da ligação de Portugal ao mar é neste momento presidente da Comissão eh não presidente da Comissão executiva é assim que se diz do da fundação oceanos Oceano Azul eh Tiago eh Há muitos anos que lei as suas coisas que as suas entrevistas eh mas quando nós olhamos para o que foi a evolução da relação de Portugal com o mar nas últimas décadas Será que Já começamos a tirar partido das suas potencialidades Bom dia Jé Manuel gabb lha a paciência de ler as minhas entrevistas e artigos H também tem um livrinho sobre tem um pentos um livro não é mais o ensai da fundação Francisco dos Santos de facto não eu e e ultimamente realmente o grande empenho tem sido a construção desta Fundação aen Azul Hã mas eu acho que tem havido uma evolução realmente em Portugal na questão do mar da ligação ao mar eh mas não viramos a página verdadeiramente ou seja estamos longe de compreender a nação que somos aquilo que nos distingo todas as outras Nações E com isso tirar todos os corolários retirar todos os corolários possíveis que nos podem levar a ser muito mais pertinentes no século XXI com esta Nossa ligação ao Oceano e por um lado digo que houve uma evolução porque principalmente desde a famosa comissão estratégica dos oceanos do governo Durão Barroso do princípio do século que começou a haver novamente uma perceção estratégica dos oceanos que foi muito a divulgada pela imprensa pelos mídia e que levou portanto a esta perceção estratégica dos oceanos comeamos dizer que é já de alguma forma uma percepção coletiva ah os governos começaram a criar os ministérios do mar e já tinha havido um antes não é já tinha havido dois dois houve um do um do um um no governo AD e um do bloco central com o com o com exatamente houve dois governos nos anos 80 houve dois ministros anos 80 ainda havia marinha mercante Nessa altura ainda havia marinha mercante porque a marinha mercante veio-se a reduzir sempre 10 em 10 anos caía digamos assim uma porcentagem de 50% a marinha mercante desaparecia e portanto 50% em 50% veem-se a reduzir muito ao longo das décadas desde desde a revolução não é que cujo aniversário que agora celebramos dos 50 anos H mas portanto alguma de alguma maneira o o poder político passou a olhar para o mar de outra maneira começou a criar o ministro do mar independentemente dele ser bom ou mão termos ministros do mar eu tenho uma oposição uma opinião que é bastante e que está naquele livrinho que tinha escrito o tal ensaio Sou bastante contrário ao Ministério do mar e ao Ministro do mar acho sempre porque é uma coisa transversal não é Há muitas áreas que TM a ver com o mar e que não estão Obrigatoriamente nesse Ministério portamos a falar por exemplo da energia com com com a parte eólia estamos a falar das pescas que em princípio Aí sim estariam nesse nesse Ministério mas há uma parte das pescas que é em terra digamos assim ou a parte do peixe que é em terra que pode ser sim veja o turismo os transportes marítimos a ciência os portos a construção naval portanto a indústria a reparação naval as novas áreas a biotecnologia tudo isso são áreas de facto que é difícil eh capturar numa tutela e nós temos muito esta tradição francesa deixar que uma política tem que ter uma tutela e neste caso aqui como eu costumo dizer Nós também não temos o ministério da terra nem o ministério da lua porque é que vamos ter o Ministério do mar se nós tratarmos o mar com respeito não podemos ter o Ministério do mar temos que ter um ministério de um ministro sim que seja o campeão de uma política de oceano sim e que portanto seja um ministério de um coordenador de assuntos marítimos e que tenham um poder digamos assim de de articulação e de conformação da realidade das decisões com as diferentes tutelas quando disse que houve evolução quer dizer nós nestes últimos vai lá 20 anos quer desde comissão estratégica não passamos a ter pescas ou passamos não passamos a ter quer dizer nos Portes talvez sejamos um pouco melhor na construção naval desapareceu alguma voltou de recuperou Viana do Castelo O que é que onde é que nota diferenças bom eh eh estamos a falar para a economia eu queria falar também da economia mas também na área ambiental que eu acho que para mim é a economia do Futuro de alguma maneira e aquilo que é a visão da fundação aen azul é muito nesse sentido eh do ponto de vista da economia como digo do ponto de vista da política o mar começou a surgir novamente ponto vista mas o ambiente tem que ter economia se não tiver não ningém o paga não é É verdade é verdade mas na parte da economia o pecado original digamos assim que levou ao colapso do cluster marítimo português foi desaparecimento estávamos a falar do transporte marítimo porque o transporte marítimo é uma indústria Central absolutamente fundamental para um país ter construção naval para ter engenharia para ter design para ter tecnologia tudo de alguma maneira acaba por andar em torno de um grande cluster de transporte marítimo que Portugal não tem manifestamente já não tem deixou de ter nós éramos a 14ª Frota maior em tonelagem de marinha mercante em 74 s mas estava muito ligado ao facto de termos colónias Claro que sim obri não termos autoestradas e não termos mas não tínhamos colónias não tínhamos autoestradas mas agora temos autoestradas não temos colónias e não temos Marinha mas há países sem sem colónias que têm Marinha não é sim e há países como a Suíça que não tem AM e que tem Marinha a Suíça tem a maior a terceira maior empresa de contentores do mundo a mediterranean shipping Company passa passa publicidade mas H E esse esse é o bocado original digamos assim do cluster marítimo português e o o que é que cresceu nestes últimos 20 anos e cresceu muito o turismo marítimo agarrado ao turismo Costeiro o turismo Costeiro er tradicional é o era o que antigamente se dizia que era o sol e praia e que agora se diz que é o sol e mar mas de facto continua a ser muito mais sol e Praia do que sol e tudo a falar de cruzeiros né cruzeiros e Marinas houve um um acréscimo de Marinas Mas depois tudo isto é poiso em escala a costa portuguesa não é pródiga digamos assim adequada ao turismo de iate de de de vela porque é muito aberta não temos as rias não temos o mediterrâneo enfim e portanto essa parte cresceu mas não cresceu até onde Poderia crescer eh e cresceu muito também foi a indústria do processamento de pescado portanto que era a indústria da transformação de pescado do Bacalhau dos pré-cozinhados dos congelados isso cresceu imenso hoje em dia contribui eh francamente para as nossas exportações agroalimentares H porque de facto Portugal é reconhecido como um país de pescado e portanto quanto mais se mete na caixa do Pescado madein Portugal de alguma maneira mais se vende e essa indústria mas a maior parte é pescado que é importado transformado em Portugal e depois voltado a ser e ou reexport hum onde no no digamos no Setor das pescas propriamente dito não houve Quer dizer falou-se muito com a união europeia bate de barcos barco barcos de pesca o fim da Pesca artesanal eh Há pesca artesanal hoje mas é bastante mais residual A Pesca Industrial quase não existe ainda p não existe alguma pesca industrial em Aveiro mas mas diminuta eh a não não sei se são dois chegam aos dois dígitos digamos assim o número de embarcações espa Industrial neste momento mas aquilo que é importante perceber é que os recursos têm vindo decair continuamos a fazer decair os recursos e portanto não pode haver mais pesca se não houver peixe não pode haver pescadores e o que aconteceu nós verificamos isso porque a fundação Ocian Azul empenhou-se muito com a Universidade do Algarve e com os municípios de Silves Lagoa e albufeira em criar a primeira área Marinha protegida do Algarve que foi aprovada pelo governo passado no mês de dezembro e criou este parque natural Marinho do Recife do Algarve que é fundamental porque é a zona das pescarias do Algarve a maternidade das pescarias do Algarve e eh a Universidade do Algarve teve de fazer vários estudos científicos sobre os valores naturais mas também fez um estudo socioeconómico dos usos e esse estudo dos usos socioeconómicos das Costa Costa algarvia demonstra que o Algarve Perdeu nos últimos 25 anos quase 60% dos seus recursos de biclas Isto É extraordinário um país que perde 60% de recursos naturais em 25 anos so exploração por sobreexploração por já estar em sobre exploração há muito tempo o Algar devia ter tido uma área Marinha protegida nos anos 70 ou nos anos 80 ou mais tardar porque houve muito desenvolvimento económico há muita pressão do Turismo tem uma população sazonal muito grande e depois tudo isso sem ter nenhum pensamento não haver nenhum planeamento que é algo que aliás é transversal ao território português o Algarve é um caso GR tanteo porque o Algarve É talvez a zona de Portugal mais sinistrada do ponto de vista ambiental da destruição do Capital natural e esse Capital natural é aquilo que vai ser muito importante para o futuro e nesse aspecto vai ser muito difícil pensar que vamos poder voltar a ter grandes pescas aliás é um grande mito que alguma vez tínhamos tido grandes pescas por alguma razão Portugal foi procurar a sua principal proteína que dur que é o bacalhau a mais de 5000 km de distância se nós tivéssemos aqui quantidades como existem digamos assim no naqueles Mares ricos do do Atlântico Norte e do ártico nós não precisaríamos de fazer essa pescaria tão longin mas apesar de tudo enfim Isto é Pesca e pesca de mar aberto digamos assim ou de Marto mas há também eh os produtos marítimos que vêm por exemplo da da indústria da aquacultura certo essa teve o desenvolvimento que se esperaria ou ainda estamos muito bloqueados Não não essa aquacultura continua bastante enfim e agora as coisas estão a mudar porque a pressão Hoje em Dia da sustentabilidade ambiental e de uma transição para economia verde também colocam em causa uma certa aquacultura uma aquacultura que é muito consumidora de recursos naturais Portugal poderia ter apestado na aquacultura a partir dos anos 80 não o fez não o fez também por limitações de ordem da burocracia de licenciamento não havia onde não havia como eh e como tal aí nesse aspeto o país entregou-se nos últimos 50 anos ao turismo Costeiro aquilo que nós encontramos fora das cidades na costa portuguesa é hotéis apartamentos desordenamento Urbano e e isso isso foi digamos assim a aquacultura era difícil conseguir uma licença da aquacultura tanto que em Portugal formavam-se muitas pessoas em biologia marinha não algumas universidades e depois iam acabar por ser aquicultores na em Singapura ou em lugares em outros lugares mas a porcentagem de pescado produzem à coma Cultura em Portugal é muito muito diminuta ainda eu lembro-me que há poucos anos eram 10.000 toneladas era Portugal com só mais de 200.000 toneladas de pescado 220.000 julgo eu quem vai aos Supermercados não tem às vezes essa sensação não pois nós comemos importado e depois pensamos que os robalos e as douradas que também comemos Isso é uma percentagem mínima deverá haver 500 toneladas de robalo Não não é significativo a não ser para os restaurantes para a restauração mas posso chamar de circuito oreca mas de facto para para nós é importante apostarmos em áreas de futuro e e hoje mas mas seja lá como for por exemplo a questão da sustentabilidade ambiental ela tem evoluído positivamente quer dizer Às vezes a ideia que vai tudo para para catástrofe mas há área há zonas que têm de alguma forma recuperado nas zonas estuário estou a recordar-me de alguns estuários que passaram a ter uma vida natural que não tinham Golf paradigmáticas golfinhos agora enfim temos a não sei se se pode considerar recuperação de vida natural mas tivemos estes ataques de orcas na nossa Costa portanto mas há um sinais de alguma quer dizer ou estou enganado estou a eh Em parte eu depende bocadinho de vermos o copo meio cheio ou o copo meio vazio melhoramos imenso em termos de dos do saneamento da Zona Costeira portanto do dos esgotos das cidades e isso é que tem feito a recuperação de alguns estuários e das foses dos estuários é a redução do material orgânico que apesar de ainda ser muito hoje é menor do que era antes desses investimentos que foram feitos basicamente nos anos 90 em Portugal e continuaram a ser feitos Mas com muita mais com mais incidência nos anos 90 eh do ponto de vista da Pesca continuamos a pescar um bocadinho de mais houve casos também bem resolvidos como por exemplo tivemos a pescada por um fio e há uma área de pescada ali na zona ao Largo de sinos e outra no Algarve e foi a comissão europeia Nessa altura que obrigou uns feixos e que levou que a pescada continuasse a existir ela recuperou portanto também há boas histórias mas nós continuamos a ser um país por exemplo para lhe dar uma ideia que é o terceiro maior captor de tubarões da Europa e o oitavo maior do mundo a fundação aina Azul patrocinou um estudo científico sobre isso da wwf Portugal que notou isso é porque porque Nós já não temos outras espécies e vamos pescando vai sempre aparecer alguma biomassa no mar e portanto quando as espécies com mais valor comercial deixam de existir eh nós passamos a precisar de pescar outras espécies e e portanto há vários países muito deste Tubarão é descarregado na Galiza em Portes da Galiza portanto não é sequer registado em Portugal também mas o que é facto é que esse estudo den nota que continuamos a pescar muito tubarão o tubarão er fundamental Não sa a maior parte desse tubarão entre nós comemos com o nome de cação só para saber o que como no Brasil também mas não mas são todas as espécies de tubarão Há muitas espécies de tubarão de tubarão Portugal Tem uma profusão de espécies de tubarão na costa Portuguesa e no mar português e tudo aquilo entra como cação ou não assuste os turistas não não faz casos de ataques não mas não mas é efetivamente o tubarão é muito importante porque o tubarão está no topo da cadeia trófica e é fundamental para o equilíbrio da cadeia trófica é como quando se nós limpamos os predadores toda a cadeia trófica Normalmente colapsa também e neste caso estamos ainda a caminho disso ou seja por isso é que nós não fazos uma área Marinha protegida a fundação Ocean Azul desde que foi criada conseguiu com o governo da região autónoma da Madeira o alargamento da área protegida das ilhas selvagens que foi uma boa Conquista Porque neste momento só com 3.000 km qu que é nada que é uma área pequena é a maior área sem extração de todo o Atlântico Norte vejamos como estamos não só em Portugal mas em geral ainda no século XX digamos assim no século passado no que diz respeito à conservação da natureza e à capacidade de proteger a natureza depois fizemos Esta área Marinha protegida no Algarve com todos os parceiros que anunciei e que e o governo eh eh o último governo portanto só para as pessoas terem ideia uma área marítima protegida é uma área onde não pode haver extração é isso não não há vários graus totalmente protegida há vários graus de proteção nas selvagens por exemplo é totalmente protegida não há extração eh nesta as áreas Marinhas costeiras eh normalmente tem de haver sempre alguma extração porque também temos de respeitar as pescas Como diz e a ideia atéa no Algar foi em particular Pretender defender a pequena pesca A Pesca local aqueles pescadores que ainda levam embarc para a praia que fazem parte da idiossincrasia do território e que estão em vias de extinção que estão em vias de desaparecer e portanto eles fazem parte de se nós quisermos ter uma Economia mais diversificada e um turismo de maior qualidade no Algarve essa pesca não pode desaparecer sou pena do Algar se tornar quase num dormitório em que as pessoas vão dormir para aqueles apartamentos e depois vão à Pria dormitório é um centro comercial Ou um centro comercial mas portanto no Algarve foi necessário digamos assim criar permitir uma série de artes de pesca como nós já temos pouco tempo diga-me lá daqui a 10 anos Como é que vê esse mundo o que é que nós O que é que nós O que é que estamos a fazer que possa acontecer para ser diferente não apenas no volume das pescas mas eu deixa-me sair das pescas então deixe-me ir O que é realmente verdadeiramente importante este século o século XX vai ser reconhecido no século X2 e X3 estivermos cá para reconhecer o século XX como o século da descarbonização da mesma maneira que o século X foi o século da revolução industrial ou que o século XX na segunda metade poderá ter sido o século do estado social de direito este século vai ser o século da descarbonização porque a descarbonização é efetivamente O Grande Desafio que se coloca à espécie humana é a única ferramenta que temos para combater as alterações climáticas e só pode ser alcançada através de uma transição para uma economia verde o mar vai ser uma cartada fundamental nesta transição e nesta descarbonização principalmente porque o mar ajuda a descarbonizar a economia no seu cmputo geral se apostarmos em três áreas fundamentais tradicionais e numa área mais eh promissora e que é nova embrionária as tradicionais é obviamente a energia já hoje a energia eólica offshore é uma grande parte do Energy mix da energia da Europa a comissão europeia entende que a partir de 2030 aá mais nós temos condições temos ótimas condições em Portugal desde que tinhamos Nós só temos temos muito poucos parques offshor Ainda temos poucos só temos até porque nós não tínhamos condições no sentido que até desenvolvermos esta tecnologia flutuante não era possível Mas neste momento como sabe o governo anterior avançou com uma ideia até um pouco digamos assim exagerada a meu ver de 10 GW de energia offshore sendo que ou foi anunciado um leilão para 3 GW 10 GW significa que vamos aproveitar o vento é superior à energia que nós consumimos hoje em Portugal portanto é uma área com um potencial extraordinário podia duplicar a nossa produção energética e podia nos tornar exportadores de produção energética se tivéssemos uma ligação elétrica submarino submarina que está por fazer a meu ver com uma enorme falta de visão entre a península ibérica e e uma Europa que contorne de alguma maneira a França no sentido em que a França não nos deixaria nunca passar pelos Pinel 1 kW de energia a energia vai ser muito importante eh Outra área é a área dos transportes marítimos os transportes marítimos são energeticamente mais eficientes que os outros modos de transporte ou seja por causa da sustentação que o mar dá podem transportar mais massa com menos energia Mas neste momento eles são parte do problema porque eles produzem eh emissões altamente poluentes que levam a que haja eh estes gases altamente nocivos mas com a nova propulsão dos navios e existe tecnologia na Europa para essa propulsão podem passar a chamar-se os navios verdes e como tal serem parte da solução da descarbonização da indústria dos transportes e finalmente a parte da alimentação e da segurança alimentar h o mar pode ter um papel muito portanto aqui principalmente na numa aquacultura mas numa aquacultura que ainda não existe muito que é a das algas e a dos bivalves porque ambos os algas e vivales removem CO2 eh gases de efeito de estufa do Oceano para poder crescer e depois Ao serem consumidos libertamos esses gases do Oceano e portanto estas indústrias estas três na alimentação nos Transportes e na energia o mar será fundamental a nova área embrionária é Esta área da biotecnologia azul que é utilizar no fundo recursos vivos organismos marinhos que são extraídos com cuidado sobre critérios científicos e protocolos internacionais que lhos levam depois a poder sequenciar o seu ADN e a poder utilizá-los em utilizações biotecnológicas de alto valor acrescentado em produtos que no fundo de alto consumo desde os tésis aos biomateriais eh a revestimentos de de digamos assim eh de casas das paredes de azuleijos eh E isso está a acontecer no sentido em que a fundação ocan Azul criou aquele programa de aceleração de startups de biotecnologia azul de todo o mundo chamado Blue bi value com esse programa criamos um pipeline de startups e a partir dele e algumas já estão já são mais do que startups ou ainda não eh mais ou menos mas algumas o que se conseguiu que foi muito interessante foi ligá-las aos grandes grupos económicos em Portugal ou seja há um consórcio com 82 empresas só desta área da biotecnologia muitas dalgas que se chamem nova mar e esse consórcio foi um consórcio que está a trabalhar porque também oferi eh Fundos públicos do plano de resiliência e recuperação do famoso prr mas também de Capital privado de capex privado dos grandes grupos económicos E com isso está a conseguir criar uma prova de conceito de como utilizando os ditos organismos e utilizando eh eh o empreendorismo das startups mas também a investigação e desenvolvimento das academias e das Universidades portuguesas o país pode desenvolver aí uma uma indústria de altíssimo valor acrescentado E e essa digamos As algas podem ser dos grandes Ret eh eh digamos recuperadores de CO2 não é porque a capacidade de criação de biomassa é muito mais rápida do que noutras noutras regiões há projetos nessa nessa frente bem o Portugal Tem neste momento já dezenas e dezenas de empresas de algas são quase todas pequenas não diria que todas são pequenas há umas que já são empresas médias eh eh mas mas de facto o nosso país também tem condições excelentes do ponto de vista físico para criar algas Nós não somos bons para criar peixe porque a água é muito fria a dourada e é melhor criar ser criada no na Turquia ou na na Grécia mas as algas ganham muito com o apoel português as nossas águas são muito ricas em em substância orgânica quer As algas quer os bivalvos podem ser feitas com muito sucesso em Portugal e eu acho que elas vão ser uma grande aposta do futuro eu diria mesmo que as algas vão estar para o século XXI como o café e o cacau estiveram para o século XIX como grandes como tens que revolucionar o mundo aou permitir a revolução industrial no sentido da dos turnos de elaboração eh pelo que permitiram às pessoas deixar digamos os seus círculos ciclos da natureza para poderem estar Despertas à noite bem acho que é uma boa forma de terminar o tempo voou como é habitual neste neste neste programa ficamos com uma boa perspectiva de futuro e com algas Muito obrigado muito obrigado