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Esta é a história do dia da Rádio observador como é que se contém uma onda de violência teremos Tolerância Zero a qualquer ato desordem destruição praticados por grupos criminosos fazemos um apelo à calma e à tranquilidade públicas deu orig aos episdios de vicia nas ruas da região de Lisboa três pessoas foram detidas e dezenas de outras foram identificadas pelas autoridades que prometem endurecer a resposta perante os tumultos a morte de Odair miz vai ser investigada neste momento as autoridades tentam conter uma escalada da violência nas ruas até onde pode ir a resposta das forças de segurança O que é uma política de tolerância zero qual a margem para endurecer a atuação das autoridades vou falar com Paulo saragoça da Mata advogado e mestre em cias jurídic criminais eu sou a Teresa abcis e esta é a histria do dia de quinta-feira 24 de Outubro bem-vindo Paulo saragoça da Mata muito obrigado eu pelo vosso convite esta quarta-feira em conferência de imprensa o diretor Nacional da PSP Em substituição Pedro Gouveia falou em Tolerância Zero para com atos de desordem praticados por grupos criminosos H atitude legal para endurecer a vigilância e oolo de bairros específicos Ah muito boa noite mais uma vez há há atitudes totais eh neste aspeto repar que a ordem pública É porquê Porque a ordem pública tutela valores fundamentais constitucionalmente tutelados portanto a ordem pública é é absolutamente fundamental que seja tutelada para garantir depois a vida a integridade física o património e tantos outros valores eh com acento constitucional eh lembra-se que dizia diziam os romanos que sal os Populi suprem Alex ou seja o bem-estar do povo é a lei Suprema Uhum E os portugueses e os habitantes das grandes cidades e destes bairros estão disponíveis também para sacrificar uma parte ou grande parte da sua liberdade em nome da segurança olhe lá está Isso é uma é algo que estatisticamente já poderia ter sido analisado em Portugal uhum somos um país com muito pouca tradição de perguntar a opinião estatística amente as nossas estatísticas são poucas e e São antigas porque há sempre muito poucas estatísticas atualizadas mas eu vou-lhe dar o que é a minha perceção e e porquê Porque Julgo que qualquer português que se que calce os sapatos de uma pessoa que vive num qualquer bairro destes e que nada tem que ver com os desacatos prefere obviamente sacrificar a sua liberdade nomeadamente a liberdade ambulatória de andar pelas ruas pela sua segurança a dos seus filhos dos seus pais e os seus bens e portanto nós numa circunstância de eh desacatos de extrema violência que que em Portugal não acontece em todos os dias é óbvio que e as pessoas estão dispostas e por outro lado como disse há latitude legal aliás há latitude legal para o estado utilizar inclusivamente as forças armadas para para controlar desordem pública nós não vamos ser sentes com esses comportamentos que fique muito claro nós queremos tranquilidade nós queremos ordem pública nós queremos que cada um possa exprimir a sua opinião mas tem que ser dentro das regras nós não vamos pactuar com a violência nós não vamos pactuar com o desrespeito pela ordem pública e e os acontecimentos dos Últimos Dias aquilo que temos assistido na sua opinião justificam este endurecimento da atuação das forças de segurança Olhe eh nós tivemos uma noite tivemos uma noite mas tanto quant está a ser divulgado aliás sal ver pela na própria conferência de imprensa hh foram detetados detetadas comunicações em redes sociais eh de convocatória de novos atos para esta noite uhum e mais dispersos H isto isto liga-se com uma questão de ser um movimento orgânico ou inorgânico Hum Depois gostaria também de dar uma palavra sobre isso mas nesta circunstância se hoje tivermos atos daquela natureza mais disperso e mais e mais intenso um dos critérios naturalmente Tem que haver um endurecimento e eh a nível de PSP e de forças diria eu sem ser o exército eh Temos vários graus várias polícias temos o corpo de intervenção e digo-lhe uma coisa eh que se prende depois com a razão de ser orgânica ou não orgânica temos também e polícia preparada para combate a atos terroristas e quando eu digo atos terroristas podem agora os nossos ouvintes dizer bem este tipo é louco está aqui já a pensar que há qualquer coisa por baixo estas mensagens que estão a ser espalhadas nas redes sociais que a polícia diz ter identificado nas redes sociais de pelos à violência especificamente contra as autoridades sim eu não acho que isto seja neste momento Um Puro movimento inorgânico de um bairro da população de um bairro que se sente ofendida uhum magoada com a morte de um vizinho de bairro e não vou discutir a legitimidade ou ilegitimidade do ato praticado pela polícia muito menos discuto a dor o sofrimento da família que perdeu dos amigos que perderam aquele rapaz ISO não é discutível a questão é o que está por trás disto é apenas esse grupo A reagir ou temos uma estrutura de grupos que se estará aproveitar Dias comunidades que se aproveita desta situação ora a mim parece-me claramente até pela depressão que ontem se verificou também na Portela de carnaxide e alguns atos um bocadinho tímidos mesmo dentro da cidade de Lisboa em campo torque eu diria que isto não é um movimento inorgânico isto foi um caso Pontual que eh movimentos orgânicos aproveitaram para iniciar uma campanha Clara de vandalismo e de atemoriza Isto é é é grave bastante grave e pode claramente Estar ao serviço de forças muito superiores seja de grupos de mais diversos tipo de tráficos pode ser de situações de apoio a Mentos terroristas ou aos terroristas e portanto Portugal um país um jardim à beira mar plantado como se dizia antigamente muito habituado à paz e à segurança que aliás é um dos grandes atrativos que Portugal tem para os turistas h não não não está preparado diria eu ou não estava preparado nós os cidadãos não estávamos preparados para de repente ver um eclodir de uma situação destas se a situação se prolongar torna-se uma gravidade se foi uma situ episódica vivemos bem com ISO agora temo que esta noite alguma coisa aconteça mais já regressamos à conversa com Paulo saragoça da Mata advogado mestre em ciências jurídic naa parte falamos sobre aar das foras deur paraar estes momentos mais críticos e também para a resposta da população ela era genuinamente uma mulher revoltada Esta é a hisória de Vera Lagoa a mulher mais temida pelos poderosos de todos os regimes afrontar desafi os militares de abril e ridicularizou os que se achavam donos do país episdio 4os a grande provocadora é uma série para ouvir em cinco Episódios que faz parte dos podcast Plus do Observador é narrada por mim José mata com banda sonora original de mulin os assinantes do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios desta série os podcast Plus do Observador tem o apoio da Kia estamos de regresso à conversa com Paulo saragoça da Mata esta quarta-feira também na conferência de imprensa Pedro Gouveia diretor Nacional da polícia de Segurança Pública não quis falar sobre a idade do agente suspeito da morte de Odair Munis disse antes que todos os agentes que passam pela Escola prática estão preparados para atuar em todas as situações em todo o território nacional o Paulo saragoça da mata tem muita experiência no mundo da Justiça estes polícias jovens muitas vezes estão deslocados têm a experiência necessária para atuar neste cenário eu tenho aqui uma declaração de interesses que que não posso deixar de fazer eu além de ter dado aulas à academia militar há uns anos atrás também dei aulas à aquilo que era a escola superior de polícia e eu conheci nesse tempo como funcionava a formação dos nossos polícias e e e alguns militares e devo dizer que eu tenho muita confiança na formação que é dada não sei a idade não quero saber é natural que um advogado com 5 anos de experiência não é um advogado com 30 anos de experiência a reação é outra a preparação é outra não podemos a entender que se um advogado de 5 anos reage de uma maneira reage de uma maneira por ter 5 anos percebe Não se pode fazer a a inversão do do raciocínio Com certeza que o profissional tenha a idade que tenha terá usado todos os conhecimentos que L foram transmitidos para os aplicar e repar não está sozinho um militar naquelas circunstâncias não um agente desculpa não está sozinh há mais agentes há obviamente uma situação de confusão mas estas decisões não são tomadas e e e atabalhoadamente é essa que é a característica de uma força de segurança há há uma cadeia hierárquica e e e há ordens há instruções e depois há e padrões previstos previamente e nenhum e não me parece que haja aqui na história relatada nada que viole os os os padrões de comportamento os padrões de procedimento uhum Eh agora devo-lhe dizer que também desculpe avançar um pouco reparo o facto de hoje ter sido dito que as redes sociais estavam a ser monitorizadas leva-me a a a lançar um desafio eu há anos que escrevi e e disse que nós não podemos deixar movimentos que se passeiam pelas redes sociais pelos YouTubes da vida pela pela internet de forma mais ou menos embuçada mais ou menos camuflad H andar a fazer apelos ao ódio H vários anos e e não não tomar atenção a isso temos que tomar atenção a isso e isso já começou há uns anos e repar bem que os crimes de ódio normalmente são Associados Aliás toda a gente associa o crime ódio ao assassinato de alguém de uma etnia minoritária ou diferente daquela do país em que está nós estamos a viver e ninguém o disse ainda com clareza a prática de crimes de ódio contra as forças de segurança e contra aqueles que até serão a maioria da sociedade em que vivemos ou seja temos o crime de ódio virado ao contrário falou aqui da da sua preocupação em relação à existência de movimentos na internet que se possam estar a aproveitar eh desta situação deste momento específico preocupa o que esta onda de violência possa vir a alastrar que seja mais difícil conter a resposta é absolutamente afirmativa nestes movimentos inorgânicos par todos nós recebemos mensagens via WhatsApp via e-mail com vídeos sabemos que Muitos são falsos são vídeos alterados e manipulados e mas há outros que que sabemos que são verídicos e que vê a ser até confirmados em que o apelo ao ódio a a uma revolta H é é é claro é explícito é inequívoco e devo dizer para que não haja mais interpretação que não me recordo de ver esse tipo de vídeo ou de apelo aos imigrantes que agora tanto se tanto causam incómodo a toda a gente ou seja não não e vídeos desses de cidadãos do do Paquistão do banglades da Índia do Tibete Não não é até porque acho que o que acontece em Portugal neste momento aconteceu em França há há uns anos com muita intensidade eh e acontece nos Estados Unidos em circunstâncias exatamente iguais a esta muitas vezes recordarse h de tumultos de Íssima expressão em cidades norteam pela má conduta policial supostamente numa abordagem a um carro a um carro de fugitivo agora isto não é um problema de imigração isto não acontece com o Imigrante que chega e que vem trabalhar tá cá 1 ano 2 anos 3 anos há de reparar que estes problemas por regra acontecem com cidadãos portugueses que são já cidadãos portugueses de segunda e de terceira geração de portugueses em regra é aí que o problema e portanto não poemos reagir dizendo a culpa é dos Imigrantes vamos concar polícias que abatem e pessoas de outras etnias isso é é um crime dizer portugueses são genericamente uma sociedade e um povo Sereno e Tranquilo e Pacífico e que tem a noção exata daquilo que é ser Pacífico é realmente não querer a instabilidade e não querer a violência e resistir à tentação da violência porque sabe que a violência é uma escalada vimos apelos esta quarta-feira por parte do presidente da república para eh tentar conter o alastrar de uma onda de violência disse que já foi também já deu aulas numa escola superior de de polícia o o o que é que aconselharia neste momento H às autoridades e às pessoas que assistem a estes atos de O que é que aconselharia para tentar então conter aqui reações mais exageradas ao ao que está a acontecer olhe ao ao nosso povo somos todos o mesmo povo a conselharia imensa calma ajudar o mais possível ao restabelecimento da Paz nestas Comunidades a fazermos mesmo esforço por transmitir uma mensagem de calma de pacificação e de União somos o mesmo povo independentemente das etnias os que estamos cá e que somos cidadãos de Portugal e também ajudam o nosso povo os que têm autorização de residência e portanto não há que ter uma reação contra o diferente não é o inimigo é o outro não podemos manter isto agora às autoridades portuguesas eu aconselhava que não deixassem em caso algum h de reagir de modo compatível a pôr cobro a esta situação Porque se o estado português numa situação destas mostrar tibieza fragilidade falta de pulso obviamente porque acho que estão movimentos orgânicos por detrás disto obviamente que o estado português ficará muito fragilizado perante esses movimentos organizados de forma escondida com a cabeça de fora dentro das redes sociais Obrigada Dr saragoça da Mata foi um gosto muito obrigado meu Paulo saragoça da Mata é advogado mestre em ciências jurídico criminais este Episódio teve o apoio na produção de Maria Nunes e ouvimos declarações do presidente da república na Sic Notícias esta foi a história do dia a sonoplastia é de Pedro Oliveira a música do genérico É do João Ribeiro Eu sou Teresa Abis até amanhã