Vídeo: E o Vencedor é… em direto na Rádio Observador

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[Música] Este é o som do e vencedor é das manhãs 360 nos próximos minutos como Sempre damos notas aos principais protagonistas da atualidade E para isso hoje J a nós e ao José Manuel Fernandes a Ana Sales e esta manhã vamos ser muito transparentes mas também muito atentos naturalmente à onda de violência desta semana na na grande Lisboa Ana a quem é que atribuí nota perante tudo isto Eu pensei que me ias perguntar se eu encontro algum vencedor nesta situação h não já se falou no no chega como um Vencedor entre aspas na na medida em que tem procurado capit iar a violência e a desordem e toda a questão da da segurança aou falta dela que é que é um tema que é caro ou chega que está sempre no discurso André Ventura mas eu acho que nem esse vencedor consiga encontrar h não vejo nada de positivo nas nas últimas declarações que que Ventura fez ontem quando novamente sem nenhum conhecimento de causa H disse que nada indicava que a polícia agiu de forma desproporcional e e usou a sua habitual linguagem Leviana a que já que já nos habituou h de quem não quer saber da da responsabilidade que que deveria ter por ser um agente político e por ser o líder do terceiro maior partido de não dever falar do que do que não se sabe e porque está uma investigação em curso e e o Parlamento não é um programa da manhã e não tem uma rubrica diária dedicada ao Crime onde André Ventura pode dizer o que o que pensa o que lhe vem à cabeça e depois isto começa a piorar quando não é só Ventura e e a irresponsabilidade começa a a espalhar-se infelizmente devido por um lado à redes sociais e onde as palavras têm um Eco grande e falo por um lado daquele assessor parlamentar do chga que escreveu um disparate no Twitter que eu nem vou reproduzir mas que é preocupante e não é só sinal de de imaturidade daquela pessoa que também um é mas é é um vislumbro um bocadinho do que se está ali a formar disparate é eufemismo neste caso não é eu disse disparados não não queria entrar aqui também nesta nesta guerra de de palavras violentas que acho que já chega não é tivemos ontem à noite eu não vou abordar muito isso porque sei que vamos falar de disto aqui do das declarações ontem do também do líder parlamentar do do chega ontem à noite na televisão também completamente inqualificável e eu acho que não podemos conformar noos com o facto de sabermos que que é assim é assim que se pensa é assim que que é que é ali que que não há moderação que é o que se exige nesta altura que que se só só se está ali para acrescentar mais radicalismo mais ódio mais mais extremismo que é justamente o que não que não pode ou que não que não deve prevalecer Dea situação difícil como esta difícil para os envolvidos para Famílias para moradores de bairros que não podem sair à rua e que se vem impedidos de fazer a sua vida normal por causa de uma onda de de violência e de distúrbios que T que ser eh travada e e a prioridade tem que ser evitar que isto escale e isto não se evita com declarações incendiárias com incentivos à violência quer de um lado quer do outro porque temos visto que a simplificação do que aconteceu não está só a ser do do lado do chega h e e tem tem havido por exemplo ontem no no Parlamento por parte do bloco de esquerda mas não só no ativismo em geral o ativismo Cívico um discurso de quase incentivo à revolta de de justificação desta revolta com razões históricas com com estatística mais uma vez sem sem conhecimento de causa sem sem factos e e se se Condena chega por glorificar a violência policial também tem que se condenar quem aproveita h o debate e e a voz e que tem e e e o espaço que tem no na comunidade e e nos meios de comunicação e onde quer que seja para pular a uma revolta do outro lado e e à destruição como forma de luta porque isto não é uma luta dos bons contra os maus não não somos os espadachins h e e tudo isto põe em causa a segurança de de muas é o tal é tal questão do aproveitamento político desculpa interromper Tu vais Vais continuar a desenvolver essa essa ideia mas há uma notícia de última hora que é importante dar nesta altura Morreu Marco Paulo o cantor de 79 anos é uma notícia que foi avançada pela Estação Sic a estação onde Marco pao trabalhava é um dos mais populares cantores portugueses tê eh vendas superiores a 5 milhões de cópias recebeu 140 discos de platina Ouro e Prata ainda um disco de Diamante ele que tinha sido diagnosticado com o cancro no pulmão em 2022 agora a morte anunciada pela Sic a morte de Marco Paulo aos 79 anos naturalmente que vamos continuar eh olhar para esta notícia vai seguramente marcar marcar este dia em que retomamos a conversa aqui no vencedor onde também não estamos a encontrar vencedores Ana não sei se se ficavas por aqui sim eu não tenho não tinha muito mais para dizer queria posso já dar já a minha nota é uma nota negativa para para quem há irresponsabilidade de quem tem responsabilidades eh tanto de um lado como do outro não não não distingo aqui esquerdas de de direitas e e é um quatro eh para quem como agente político tem como dever contribuir para para a segurança dos cidadãos e para a preservação da ordem pública e e não está a fazê-lo e não está a fazer um quatro para para isso é no mesmo sentido Bruno que vais buscar os teus vencedores que serão perdedores também sim não são são perdedores claramente eh desde logo é preciso ter muito cuidado com com com a informação que se que se divulga e há aqui também uma responsabilidade do jornalismo porque desde desde o fim de semana eh temos ouvido eh diferentes versões e diferentes factos e se são diferentes e se contradizem é é porque alguns não são factos eh sobre aquilo que que aconteceu porque primeiro o o o cidadão morto pela pela polícia estava armado eh tinha ameaçado tinha empunhado uma arma branca depois a arma branca tinha sido encontrada numa bolsa dentro dentro do carro depois o carro era roubado Eh agora já sabemos que não não era roubado era era o carro deste deste cidadão eh Depois tinha a bal rado de carros depois já não depois a polícia arrombou a porta da da casa da família a PSP ontem negou perentoriamente eh que isso tenha acontecido no meio disto tudo temos de facto eh partidos eh de esquerda e e da direita numa competição para ver quem consegue capitalizar mais Com estes incidentes uns reduzem a polícia a um bando de racistas quase uma espécie de C clux clã que anda por aí com o objetivo de de perseguir e de matar eh cidadãos negros os outros eh dizer que se a polícia atirasse mais eh havia ordem Isto é é completamente intolerável que um responsável político o líder da bancada parlamentar do cheque diga uma coisa destas Eh que que no no fundo se limita a a veicular aquilo que eh pessoas completamente irresponsáveis dizem nas redes sociais eh eu ontem falava aqui da da nostalgia do Fogo de uns e da nostalgia da ordem de outros e ontem eh vieram confirmar isso precisamente aquilo que pretendem h e e há quem também veja nestes incidentes eh no no no incêndio de autocarros na eh nas agressões à polícia a autodefesa destas destas comunidades lá está é mais uma vez usar isto como um um instrumento uma espécie de marioneta eh de de de objetivos e eh políticos ontem ouvimos eh Fabian Figueiredo do do bloco de esquerda a dizer que os episódios de violência e brutalidade policial devem merecer a atenção do poder político devem ser alvo do mais amplo escrutínio público obviamente eh mas depois dizendo que se corre o porque há o risco de se criar uma mácula sobre todos os elementos das forças de segurança ora quando se usa isto H este tipo de argumento para eh fazer para manchar toda uma comunidade o bloco de esquerda é o primeiro a dizer que não se pode e partir de o de Atos isolados ou de indivíduos para e eh cobrir toda uma uma comunidade e é verdade então também não se deve fazer o mesmo em relação às Forças policiais deve haver tranquilidade para saber aquilo que se passou apurar aquilo que se passou ao certo perceber eh eh Que tipo de ameaça eh representava e aquele indivíduo para eh na Ótica do do do dos polícias que tivesse de alguma forma justificado e o uso de da arma da arma de fogo nós sabemos que das intervenções policiais nestes contextos são muito muito complexas e por isso a polícia também tem todo o interesse em que eh haj o máximo de cuidado porque nó estamos a falar de intervenções policiais eh uma operação Stop na ponte 25 de Abril não não não é e eh não não não não é a mesma situação eh existe uma uma tensão e entre a comunidade e entre E as polícias e eh também não podemos dizer que a polícia simplesmente não não tem de fechar os olhos e não pode intervir nesta nestes bairros porque ainda no outro dia ainda ontem ouvimos p pessoas que vivem nestes bairros a dizer que e a vida muitas vezes é impossível e não tem a ver com a intervenção da da da polícia tem a ver com as pessoas que vivem lá e há pessoas que vivem lá que se dedicam ao Crime que tornam a vida para os moradores dessas comunidades quase impossível e o que é que a polícia deve fazer deve simplesmente deixar as pessoas eh entregues a si próprias fechar os olhos a isto mas quando intervém de facto tem que ter um cuidado especial porque já se sabe que a atenção é muita e um um um pequeno incidente pode de facto depois resultar num num num grande problema a minha nota é negativa para para os políticos que em vez de de de assumir uma atitude de responsabilidade querem mesmo provocar querem que que o que o conflito se alastre qu inica que nota também 1 do José Manuel muita imprudência em algumas declarações políticas sobre o sobre o tema Vamos tentar ouvir o José Manuel deve ter desligado o microfone até porque já ouvimos os cães isso Exatamente exatamente hoje é quinta-feira hoje é quinta-feira é o dia é o Dia de ladrar em mais é o dia de ladrar em mais mas o que go estava a dizer é assim de facto e não é apenas importância não é quer dizer são declarações incendiárias não são importantes são incendiárias e eu devo dizer que enfim sobre o cheg é difícil acrescentar mais coisas eh O Bruno já falou do FBI de Figueiredo mas é preciso acrescentar uma uma uma intervenção foi feita no plenário a bastante mais incendiária que a de Fábio Figueiredo e foi feita por Mara Mortágua portanto eh que na prática disse que nossa polícia só quando entrava num bairro onde houvesse uma minoria étnica era para violentar essa minoria étnica basicamente Foi o que ela disse Ora bem eu acho que nisto às vezes vale a pena voltar à terra e e perceber o que é que tem acontecido em Portugal portanto primeiro primeiro facto o número de de de cidadãos que são mortos pela polícia em Portugal é dos mais baixos do mundo dos mais baixos do mundo e tem vindo a diminuir na primeira década deste século a média Eram quatro por ano na nos últimos 8 anos foi 1 E5 para terem uma ideia da de como é que isto compara eu encontrei aqui por acaso e vtei estou a fazer um pequeno daqueles exercícios que se fazem no Google a polícia de p Isto é um título do Instituto humanitário brasileiro portanto uma uma associação da sociedade civil a polícia de Portugal matou em 10 anos o que a brasileira mata em dois dias pronto a gente sabe que Brasil é o Brasil mas não se enganem o país onde a polícia mata mais pessoas em termos proporcionais vou dar números por 10 milhões de habitantes que é mais ou menos a população portuguesa portanto para Portugal será um meio nós temos no Brasil 276 temos na Nicarágua 523 temos na Síria mas a sria pronto é um país em guerra 819 temos em El Salvador 1700 e sabem quem é que está à cabeça da lista quem um país de que de alguma forma o bloco de esquerda e o PCP defenderam há Pou há poucos dias no Parlamento a Venezuela 18 30 cidadãos mortos pela polícia por ano por 10 milhões de habitantes por 10 milhões de habitantes portanto foram muito mais que eles têm mais 10 milhões de habitantes portanto é um rácio por 10 milhões de habitantes portanto isto quer dizer e eu acho que ninguém quer cá ter a polícia da Venezuela como é óbvio mas mesmo na Europa mesmo na Europa nós estamos a comparar com países que têm indicadores muito muito diferentes de dos nossos por exemplo e um país como como como a França por exemplo são em média seis mortos por ano um país como a Holanda são não ten são quatro mortes por ano na Austrália que supostamente é um país super Pacífico são sete mortes por ano sempre rácio por 10 milhões de habitantes a Bélgica são 4 milhões 4 milhões por ano portanto 4 quro mortos por ano portanto a nossa polícia a nossa polícia lida melor com estas situações e outro dado muito que eu diria muito paralelo a este quando vemos um número de polícias mortos em serviço ele é praticamente igual ao número de cidadãos que são mortos pela polícia em confrontos ou em situações de eventual abuso que são raríssimas quer dizer nos últimos anos mais grave de todas foi aquela que se passou com o CF nem sequer nem sequer foi com o PSP nem com a GNR que todos nos nos recordamos foi com o CEF eh e portanto foi a a a a a mais grave a situação mais grave de todas portanto é é é é é é este o ponto em que Estamos portanto convém ter perceber que primeiro morrem praticamente tantos polícias como as pessoas que os polícias matam em serviço e quando matam em serviço Regra geral são situações de confronto e de risco para eles de acordo com as regras que o número deste tipo de de mortes têm vindo a diminuir o que o que é um sinal de que a nossa polícia está mais bem preparada e mais profissionalizada e mais competente n na na sua ação eh de segurança e há uma diferena substancial nas últimas décadas uma evolução positiva e que quando comparamos com países mesmo aqui ao lado portanto países europeus nós comparamos melhor eh portanto é disto que temos que estar conscientes quando ouvimos aqueles sei lá e o Bruno deu dois eu vou dar zero eu dar Zero ao cha e dar Zero ao bloco de esquerda porque tem tem sido tem tido um comportamento ambos absolutamente lamentável absolutamente detestável absolutamente condenável desde que esta crise começou e que só contribui para e por um lado assustar as pessoas assustar a opinião pública incendiar a opinião pública e e contribui para que e quem tem que andar no terreno quem vive naqueles bairros quem vive em bairros deste género tenha tido não uma não duas já vai na terceira noite de pesadelo portanto e agora parece que a moda é incendiar autocarros Portanto vamos ver quando é que isto acaba um zer por isso aqui atribuído pelo pelo José Manuel Fernandes vamos vamos mudar de tema Paulo para ficar a perceber que Portugal é um país muito transparente muito transparente eh e depois a transparência também tem custos não é H E E provoca atrasos no no nos investimentos públicos pelo menos de acordo com com a presidente da CP nós sabemos que há muitos atrasos no metro Lisboa ficamos a saber há dois ou três dias que as obras estão com atraso entre 18 e 30 meses a obras que Já deviam ter acabado segundo o calendário do próprio metro ainda não acabar ainda não começaram sequer a compra de body cams por exemplo para as forças autoridad GNR PSP está atrasada presa em Tribunal também há vários meses e a própria CP H tem a maior encomenda da história da em curso a compra de 117 comboios custa 750 milhões de de euros e está paralisada nos tribunais também há mais de meio ano por causa das impugnações por isto tudo porque o presidente da CP Pedro Moreira disse no Parlamento atribuiu esta excessiva de litigância nos concursos públicos e às regras da contratação pública que diz que são boas e a frase dele é a litigância é maior em Portugal porque somos o país mais transparente neste tipo de concursos eu não quero Contrariar isto obviamente nem dizer que não somos o país mais transparente haverá indicadores sobre isso certamente eh eu quero é olhar para isto não da forma positiva como Pedro Moreira olhou Mas da forma altamente negativa que isto tem primeiro porque a transparência é boa mas não é um não é um fim em si mesmo quer dizer são os processos São não são transparentes para serem transparentes é um meio de promover o escrutínio de informar os cidadãos tentar disso Vadir práticas Ilegais ou uma gestão agora não podemos ficar na transparência somos todos muito transparentes e mais transparentes ainda não há problema nenhum é se não fizemos rigorosamente nada o o problema de facto é a paralisação que a nossa burocracia que podemos chamar transparência H Coloca neste tipo de coisas este contrato da CP por exemplo que foi lançado ainda no tempo eh eh de Pedro Nuno Santos ministro da das infraestruturas foi aprovado Nessa altura depois o concurso foi lançado no final desse ano Demorou dois anos a ser decidido portanto lançou-se concurso porquê Porque entretanto já a pasta tinha mudado para João galamba Eh que na altura justificou também esta demora no processo de adjudicação com o cuidado e a preocupação e de evitar eh ou mitigar o risco de litigância portanto os próprios governantes eh os próprios decisores públicos têm medo de decidir medo no sentido jurídico Se quisermos e processual do caso de decidir porque sabem que o risco de litigância é elevadíssimo o que me parece extraordinário é que não façam nada Isto é não alterem as regras não procurem outro equilíbrio entre transparência H cuidado jurídico e e rapidez eh e que continuem nisto para quê para para proteg para se protegerem eles próprios para evitar que as decisões sejam contestadas posteriormente Isto é surreal estamos aqui metidos basicamente no meio de nós burocráticos absolutamente paralisantes como se vê todos os dias e depois o que é que isto gera quando quando há aperto no calendário Por exemplo agora estamos apertadíssimo para cumprir o prr para não perder dinheiro o governo já aprovou um regime extraordinário para contratos e obras públicas Portanto o próprio governo tem noção de como paralisante mas não se muda nada nas regras é esta LG é esta lógica que vais dar uma nota sem dúvida a jornal Mundial da Juventude também foi criado um regime especial para compras e contratação pública precisamente porque se sabe que as regras em vigor não são são altamente bloqueantes não esta lógica de facto somos muito transparentes Fantástico mas depois não há comboios que andem nas não há há comboios para para trazer para a CP queres uma nota para is um quatro isto um quat recebi o quatro Amanhã temos mais um venor até [Música] amanhã di