🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
Vamos lá ver o que é que esta O que é que são estas as cadeiras de cidadania e desenvolvimento isto começou a aparecer eh Enfim no final dos governos de Sócrates e e até foi de alguma forma consagrado nos governos de Passos coelho com orientações genéricas mas eh que ou eram para procurar de alguma forma nas disciplinas que já são obrigatórias ir introduzindo alguns destes temas ou eh na alguns caso de ter aulas específicas mas sem carácter obrigatório o carácter obrigatório é relativamente recente vem de uma lei de 2017 portanto vem de governo de António Costa sim obrigatório com nota portanto também obrigatório partir momento que é obrigatório tem nota ho até a ginástica tem nota não é portanto eu no meu tempo mais uma vez não havia nota não havia nota à ginástica não é não não no meu tempo não havia nota ponto final parágrafo não havia nota tínhamos nota n também não havia nota a outra disciplina que havia na altura que era canto coral fiz não est eu digo mesmo eu desmo mesmo também felizmente não havia nota a canto coral pronto e portanto nessas expas não tinham nota e religião moral também não tinha nota também não tinha nota portanto eh Ora bem Quando nós vamos ver o os os documentos que estão disponíveis no site do do da direção Geral de educação vemos que aquilo que se pretende com esta disciplina é quase infinito é quase infinito sim é é impossível inclusivamente no tempo letivo que existe cobrir tudo o que ali está porque aquilo vai e di assim nesta realidade rodoviária a questões que têm a ver com Direitos Humanos a a educação para a saúde e depois tudo isto são coisas de páginas e páginas e páginas e páginas e páginas e páginas nunca mais Acaba Portanto o que resulta muitas vezes é que isto depende muito das escolas e depende muitas vezes dos formadores que as escolas encontram uhum O que é também um tema controverso porque às vezes as escolas encontram formadores que tornam a formação Muito desconfortável no mínimo para as famílias o que devia na minha perspectiva permitir às famílias dizer assim e pá tudo bem mas isto não pronto dito isto eu diria que há temas que a escola não deve ignorar por exemplo alguns que têm a ver com educação sexual porque sabemos que nas famílias por vezes é um tema difícil pronto e sobretudo num tempo que nós vivemos em que temos muitas famílias que já não são as famílias que nós antigamente dizíamos tradicionais Isto é famílias em que eh os pais dos filhos estão continuam a ser a estar juntos pronto de uma maneira eh mais mais direta temos situações muito variadas eh nalguns casos famílias monoparentais noutros casos divisão entre pai e mãe dos do dos filhos Há muitas situações e portanto muitas vezes nessas situações é mais difícil inclusivamente que os pais estabeleçam Qual é a estratégia para eh lidar com um tema que tradicionalmente é relativamente desconfortável porque tem a ver com intimidades e coisas desse género portanto e e e e desse ponto de vista há algumas questões que até nas nas primeiras orientações que vinham para para para esta disciplina tinham a ver por exemplo com a possibilidade de questões que têm a ver por exemplo com a reprodução serem tratadas nas aulas de biologia por exemplo nas aulas ou de cias não sei como agora se chamam ciências da vida não sei como é que tem essa essa vai variando a long penso que vai a Ciências da Natureza vai variando ao longo dos anos Portanto tem vários nomes ao longo dos vários circulos de ensino portanto ser tratado aí portanto havia a possibilidade de ser tratado Qual é o onde é que as coisas começaram se começam a tornar mais delicadas começam a tornar-se mais delicadas quando eh passamos passamos para aquilo que nós podemos considerar uma agenda mais ideológica portanto e aquilo que tem sido mais contestado e onde nasceu boa parte desta controvérsia é porque a linguagem de alguns destes manuais e não direia tanto os conteúdos porque não é manuais são aquilo não são bem manuais são guias de de para os professores a linguagem deles e eu não sei se existem manuais porque isso não consegui encontrar online não há os meus filhos nunca tiveram manuais seia e os do João Miguel SOS também nunca tiveram pronto eu diria que alguns desses conteúdos conteúdos são apresentados portanto primeiro às vezes nós olhamos para a coincidência entre a onde se pretende falar de alguns temas às crianças e saber se elas estão ou não Preparadas para isso por exemplo e é sugerido não portanto também aparece como sendo um dos objetivos a educação sexual mas eu não não encontrei no no ministério de educação nenhum nenhum guia específico para essa para essa área mas por exemplo na educação para a saúde aparece lá um subcapítulo relacionado com isso portanto com a educação sexual Onde por exemplo se sugere que sobre métodos contracetivos e em concreto o uso do preservativo Isso deve ser começado a falar a crianças que podem ter 10 ou 11 anos portanto segundo ciclo do básico a questão do uso do preservativo Sim sim e portanto tá lá tá escrito não tenho não há dúvidas sobre isso é ir ao site encontra-se lá é um PDF lá está portanto eh e isso é um tema que eh para o qual eu diria que já se pode considerar mais duvidoso P estamos a a falar daquilo que se deve falar em que alturas pronto eh não é dizer que enfim coisas que se dizem antes na pré-escolar o corpo da menina e o corpo do menino são diferentes porque há muitos filhos únicos que podem nem sequer ter noção disso pronto eh isso são coisas que eu diria que fazem enfim agora já é diferente quando por exemplo a propósito pela porta daquilo que se apresenta como sendo a igualdade de género que aqui há uns tempos atrás nós diríamos igualdade de sexos mas que agora se diz igualdade de género e entram e outras noções que eu diria que entram pela porta do cavalo por exemplo a noção que já aqui de batimos várias vezes de que tudo isto são construções são meramente construções sociais e culturais e muito tempo tem no limite quase nada a ver com a biologia e podem aparecer expressões como sexo atribuído à nascença como se não houvesse sexo biológico pronto eh eu uma das coisas que reparei nestes debates e nos artigos que foram publicados nos últimos dias foi um um certo artigo que ali citava o artigo vinha num jornal mas citava outro jornal que identificava a ideia de que a teoria de género como que é um um dos temas que alimenta a controvérsia seria uma invenção e da da Extrema direita particularmente da Extrema direita espanhola o Vox aqui ao lado em Espanha Ora bem eh isto isto aparece escrito por pessoas que tinham em jornais portanto estamos a falar de dois jornais supostamente de referência que deveriam ter obrigação de ter um bocadinho mais de conhecimento primeiro que tudo quando é que isto apareceu a primeira vez que em vez de se falar de sexo começou a falar de género de uma forma assumida foi em 1994 portanto há 30 anos num congresso eh das Nações Unidas que decorreu no Cairo e por questões de compromisso compromisso como saem ess congressos tê muita gente gente muito variada países muito hiper conservadores países diferentes e tal e houve ali um compromisso de colocar aquele termo lá e depois a partir daí eh e muito por causa do estudos e áreas de estudos que foram crianes nas universidades surgiram foram surgindo várias teorias bem e o que é que essas coisas nos dizem eu vou te ler aqui uma frase sem dizer quem quem é o autor eh e sem dizer qual é a data para se ter uma ideia do do do problema eu o que o autor diz é o seguinte O que se entende por libertação neste caso não é simplesmente a libertação dos papéis sociais impostos mas em última análise uma libertação que FZ a libertar o homem da sua determinação biológica humana faz-se agora uma distinção entre o fenómeno biológico da sexualidade e as formas que assumiu na história a que se chama género mas o apelo À Revolução contra as formas históricas de sexualidade conduz também a uma revolução contra os dados biológicos a ideia de que a natureza tem algo a dizer já não é admissível o homem deve ter a liberdade de se remodelar à vontade Ele deve estar livre de todos os dados anteriores da sua essência ele faz de si o que quer e só assim é realmente livre Consegues imaginar quem é que escreveu isto não essa revolução contra a natureza não é quem Joseph hassinger 1997 Ben 16 bent 16 portanto em 19 97 portanto ainda não era ainda não era Papa ainda não era Papa portanto isto é uma coisa D uma entrevista com um Jornalista chamada Peter sval salvo erro num livro salda Terra tá publicado eu penso que tem s em português esta tradução eu fiz a partir do inglês pode ser assim um bocadinho pronto e porque não encontrei a versão não tenho a versão portuguesa mas Isto mostra que este tema depois tornou-se mais repar isto é uma descrição o que R tá a fazer aqui é basicamente uma descrição depois a seguir ele faz uma crítica pronto esta crítica nasceu em boa parte dentro da igreja católica foi assumida começou por ser assumida precis por João Paulo I depois por Ben X e depois por Papa Francisco que tem falando imenso sobre isto portanto não é uma coisa da direita radical como se nos querem fazer acreditar portanto é um tema é um tema que é relevante para todos aqueles que de alguma forma eh eh são católicos pronto estamos a falar da principal denominação religiosa de Portugal e portanto não é indiferente portanto a saber como é que isto se trata no sistema de ensino não é um tema que nós possamos dizer isto é um Adquirido civilizacional não se toca nisto como às vezes nos querem fazer querer e portanto eh eu acho que nós temos de realmente de perceber o o que está em causa porque uma coisa é chegarmos ao pé de de facto das crianças e e procurarmos complementar aquilo que é a sua falta de informação sbre alguns temas outra coisa é chegarmos ao pé delas e dizermos que elas podem enfim aquilo que resulta desta teoria como de outras que t a ver por exemplo com a raça que nós também já temos aqui muitas vezes e e que na minha respectiva No Limite são racistas pronto e isto também no limite limite às liberdades porque impõe outros dogmatismos portanto desse ponto de vista eu na minha perspectiva e ao contrário designadamente do que tem sido a resposta oficial do Ministério da Educação e de duas pessoas que eram aqui nossas colaboradoras Portanto o ministro e o secretário de estado portanto eh o António Alexandre e o e o Alexandre Cristo Alexandre em Cristo que dizem que sendo uma disciplina obrigatória não há hipótese de ver ao opting out eu creio que além dos conteúdos Devíamos também hum possibilitar isto porque vamos lá ver eu olha se me viessem dizer pedir um conselho sobre o que fazer para para atingir os objetivos da daquela cadeira portanto que em boa parte Entre esses objetivos está as pessoas conhecerem os valores eh deamento doos valores constitucionais os valores da nossa digamos do nosso mundo eh civiliza civilizacional que não são iguais em todo o mundo pronto mas são aqueles que nós queremos que nós desejamos e perceberem o tipo de debates que existem e tema central nos sempre sempre que se fala disto que é que construir espírito crítico procurava que houvesse nas escolas uma coisa que é muito comum no mundo anglos saxónico muito comum eu já participei em algumas coisas dessas mas a nível universitário nunca nunca encontrei a nível do ensino básico e secundário que são os chamados clubes de debate O que é que são os clubes de debate os clubes debate são umas coisas que do ponto de vista da agilidade mental são muito interessantes que é pegas em duas posições contraditórias e pedes a pessoas que não têm que pensar daquela maneira que vão defender uma posição contra outras que vão defender outra posição e elas têm que encontrar os argumentos de posições que são contraditórias e e depois no fim há uma uns sistemas de avaliação que podem ganhar um ou ganhar outro nos clubes de debate eu acho que isto é uma forma muito interessante perceber o pluralismo de em relação a alguns destes temas permitir um debate inclusivamente permitir que que sejam os próprios alunos é evidente que eu acho que isto não se pode fazer em todos os graus de ensino mas quando chegamos mais perto do fim eu acho que era uma coisa que devia não não encontrei não li todos todas as recomendações existe pelo menos existe muito pouco em escolas portuguesas existe na escola dos meus filhos efetivamente para os alunos do secundário e é uma experiência fantástica é uma experiência fantástica eu sei que eu já apanhei isto no no superior imagino mas acho que isto é o tipo de orientação que as escolas deviam ter e não é uma coisa que custe muito eu é um programa europeu no caso é um programa europeu no caso europeu não pronto e isto é uma coisa que tá provado que é muito bom sobretudo para criar espírito crítico porque em faz obriga às pessoas a fazerem uma coisa que nos tempos que correm é extraordinariamente difícil que é porem-se nos sapatos de outros sim porque muitas vezes as pessoas para tentarem ganhar o debate que é um concurso e toda a gente gosta de participar em concursos tem que perceber qual é argumentação que às vezes é o contrário da sua e argumentar o melhor possível portanto é uma coisa que eu acho muito interessante e e que podia ser mais vantajoso podia ser mais vantajoso podia ser mais usado Ainda bem que a escola já fazem isso e tu a escola os teus filhos faz isso não sei mas eu não sei em quantas Acontece muito poucas a eu Creo que são muito poucas pronto
2 comentários
Não há teorias ou ideologia de género. O que há é pura e simplesmente um crime cometido sobre crianças e jovens sujeitando-as a um sofrimento psicológico, com consequências muito físicas, para o resto das suas vidas, por adultos delirantes, perversos e perniciosos. E pensar que há tanta indignação quando se fala em penas perpétuas…
Disforia=Doença.
As doenças previnem-se e tratam-se na medida do possível quando se sofre efetivamente delas. Não se promovem, não se anunciam, não se patrocinam e muito menos se transmitem de forma intencional e sistemática. Acho que estará algures nalguma lei que tal configura um crime.
Uma coisa é o que as coisas são, outra coisa é a nossa visão sobre o que as coisas são. O que as coisas são, é factual… A visão que temos sobre as coisas é geralmente uma escolha consciente ou ignorante. É só isto.