Vídeo: Helena Matos: A violência que tem afetado a Grande Lisboa é uma crise mais do que anunciada?

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o que se está a viver na grande de Lisboa é uma espécie de crise mais do que anunciada a um filme que já se viu em Espanha e em França e no Reino Unido isto para não irmos mais longe a questão é podia não ter sido assim Helena Matos podíamos ter aprendido com o que aconteceu nesses países Olha eu acho que sim hum eu podíamos e eu acho até Como disse aqui esta manhã acho que Devíamos não é eu creio que de há vários anos que era percetível que havia Miúdos que estavam muito tempo na rua que estavam muito desacompanhados portanto estou a falar aqui a questão sobretudo da Constituição dos gangs não é e acho que Devíamos ter dado muito mais atenção a isso acho que Devíamos ter percebido e Devíamos ter continuado a perceber que realmente hoje estamos muito chocados porque se estão a incendiar caixotes mas muito regularmente incendiam caixotes aliás basta passar por aqueles pelas zonas periféricas de algum daqueles os bairros para perceber que há caixotes incendiados com regularidade que não é absolutamente excecional que se pegue fogo a alguns automóveis também não é de modo algum a primeira vez ou a segunda ou a terceira que se apedrejam autocarros ou que há esfaqueamentos só que isso geralmente é um tipo de Notícias que fica muito restrito ao Correio da Manhã não é e e que tem aqueles títulos que é ras entre grupos rivais não é mesmo quando das ras entre os grupos rivais resultam mortos não é Ou pessoas gravemente feridas geralmente muito muito muito jovens Portanto acho que sim Acho Devíamos ter prestado atenção acho também que Devíamos ter prestado atenção às condições em que os polícias trabalham porque eh quem sobrou foram os polícias claramente ou seja eh Há alguns bairros ou zonas destes bairros onde não se consegue receber uma pisa em casa eh h não se consegue muitas vezes por exemplo e que o os os ubers ou os Bolt vão até lá depende também muito das horas não é e depois temos sempre aquelas grandes discussões sobre o a questão do do CTT não é at um porque em princípio há uma cobertura nacional Não É mas às vezes Há Há Há questões e aí chegamos a um a um patamar e que me parece ser muito importante e que é nós passamos de uma fase em que a sociedad estavam havia uma uma conceção da sociedade que passava pela luta de classes est a falar de Marxismo não é e portanto havia muito uma uma uma perspectiva sobre a luta de classes hoje em dia por todo um conjunto de razões a luta de classes felizmente deixou de ser vista como o motor da história o que não quer dizer que não se continua a ver noutras lutas outro Lutor da história e aquilo que temos muito frequentemente ou agora é uma perspectiva de luta entre nós e eles em que podem entrar expressões como as pessoas racializadas não não racializadas as pessoas dos bairros os imigrantes ou seja esta ideia de que isto tem muito a ver com os extremos políticos não é e em que claramente se continua a ter uma perspectiva antagónica daquilo que é os saltos na sociedade obtêm-se não através de uma aposta na melhoria na em programas políticos nacionais e para todos os no caso para todos os portugueses para todos os cidadãos nacionais e ou para todas as pessoas que aqui vivem Porque alguns ou muitos até não são cidadãos nacionais não têm nacionalidade mas um programas que visem transversalmente o país ou então temos aquilo que alguns definiam como o trabalhar a retalho não é a a e neste caso no Retalho da da conflitualidade este Retalho da conflitualidade e do antagonismo que é muito aquilo que temos visto de facto noutros países que também estamos a ver agora aqui tem depois um outro problema e que é nós temos geralmente muitas destas ações mais violentas em que vemos a forma como alguns gangs capturaram estes estas zonas e que não são necessariamente só urbanas quando se olha por exemplo para França mas pronto H algum grupo ou ou grupo de extremistas capturaram alguns bairros geralmente aquilo que desencadeia a ação pelo menos no início são ações das forças policiais ações que à posteriori se fazem investigações e geralmente conclui-se ou Nem sempre mas algumas vezes conclui-se que houve um uso desproporcionado da força inadequado da força mas nem sempre por exemplo quando nós recuamos aquilo que foram os incidentes muito graves em França por causa de uns Miúdos que se tinham escondido numa caixa de eletricidade a de um de um unidade Onde estão aquelas equipamentos de distribuição de eletricidade a polícia simplesmente Estava a fazer uma operação do Patrulhamento e os Miúdos acabaram a fugir e fugiram para aquele local e morreram por uma descarga elétrica portanto a polícia não teve quer dizer não não foi polícia que fez a descarga elétrica e estava a fazer um Patrulhamento e e a fazer um um um contr controlo absolutamente normal portanto não não temos sempre de pensar que pode decorrer na fase em que estamos em Portugal sim geralmente decorrem a partir de situações de em em que há uma intervenção policial neste caso aqui que resultou com a morte Mas quando olhamos para outros países percebemos por exemplo que em França isso era o padrão nos anos 80 90 depois a seguir podia ser uma coisa que era uma coisa absolutamente indireta já não de nada mas da própria presença policial não é porque estes Miúdos no caso em França tinham fugido para a tal zona de dos Tais Equipamentos elétricos