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viva e bem-vindos ao dúvidas públicas entrevista de Economia que está Sempre disponível em podcast e em rr.pt e que pode ouvir a esta hora na Renascença o nosso convidado de hoje começou na política ainda antes do 25 de Abril mas atualmente diz-se desanimado com o abastardamento da vida pública e muito em particular da vida partidária foi logo aos 18 anos que adu ao PSD onde mais tarde foi secretári geral nos tempos em que Marcelo reb liderou o partido sendo depois vice-presidente de pelo menos três outros presidentes Manuela Ferreira Leite foi a última Líder com quem trabalhou de perto ele próprio acabou por liderar o PSD entre 2018 e 2022 mas a sua vida não foi só política deixo exemplos trabalhou na indústria téxtil e na metalomecânica foi diretor financeiro da extinta Shine esteve ligado ao setor da banca durante alguns anos certo é que a política sempre foi uma constante na sua vida e por isso também foi autarca na segunda maior cidade do país para além de o ter uma carreira como Deputado assume ser extremamente organizado a começar pela vida financeira a sua ou das instituições por onde foi passando não fosse formado pela faculdade de economia da Universidade do porto confessa que viveu sempre com a tendência de ser impulsivo mas que a idade o moldou moderando quando se senta à mesa aparecia umas tripas à moda do porto uns rojões à moda do Minho mas também bem uma boa Lampreia O que diz que não consegue engolir ou passar por cima é das suas convicções o mesmo será Dizer Que Não Consegue Mentir nem a si próprio nem aos outros Rui Fernando da Silva Rio é o convidado deste dúvidas públicas entrevista conduzida por Sandra Afonso e Arsénio Rais Agradeço desde já a presença do nosso convidado e parto já para as perguntas sobre o orçamento do Estado políticos e empresários têm criticado a falta de ambição e atividade do documento concorda com esta análise Hum bom dia para já não hum não diria tanto eu não diria não diria assim eh porque se formos olhar ao consumo por exemplo eh até muito ambicioso como nós sabemos antes do orçamento e no próprio orçamento andou eh ou tem há medidas que eh fomentam o consumo em que foi como nós sabemos foi foram feitos uma série de ajustamentos nas carreiras especiais dos professores da PSP dos guardas prisionais dos enfermeiros das Forças Armadas portanto todos esses aumentos e a somar aos aumentos salariais da função pública naturalmente que apresentam ambição do ponto de vista do consumo não apresentam ambição noutros patamares ign nadamente na poupança mas eu isso é ambição ou despes ismo seor eu para ser sincero é um bocado despes ismo para ser sincero eh pronto mas é é a minha opinião mas é uma opinião acho eu coerente com tudo aquilo que eu fui dizendo ao longo da minha vida relativamente às Finanças Públicas e não públicas eu diria que se me perguntassem o orçamento não tem pontos positivos tem e dizia-lhe já por exemplo eh o quadro macroeconómico apresenta um saldo externo positivo de 3,6 por do PIB O que é que isto quer dizer quer dizer que a nossa relação com o exterior naquilo que vulgarmente falamos na na balança de pagamentos é eh positiva ou seja exportamos mais do que o que importamos eh num valor razoável 3,6 do PIB ora isso é muito positivo quando a troica veio quando tivemos a chamar a troica foi justamento porque andamos 10 anos com saldos negativos fortes e isso é que levou à situação que tivemos P Esse é um ponto Positivo na no no quadro macroeconómico que está subjacente ao orçamento de estado há também uma uma redução do peso da dívida no produto que também é importante mas a dívida aumenta atenção que isto também a dívida o Global da dívida pú aumenta faç Não não é faç o pack não aumenta para aí 5000 milhões de euros acho que é mais ou menos esse valor Mas faça a PIB tem uma redução de de um bocado acima até de 2% passará para 93,3 o que é é é é um elemento positivo para ir fatiando acha que se podia ter ido mais longe aí nesse caso ou não eh sim Acho que sim e isso agora e quando eu referenciar os pontos negativos um dos pontos negativos É exatamente esse que tem a ver com o superávit deixa-me só terar a questão dos positivos positivos eh a atualização dos escalões do IRS que é feita em 4,6 por com uma inflação de 2,3 eh Nem sempre é assim muitas vezes nem a inflação eh nem a havia atualização dos escalões à inflação ora isto que significa que as pessoas podem ter até um pequeno ganho não é eh porque os pagando um bocadinho nada menos de de de IRS eh e há depois uma uma muito muito muito ligeira redução da carga fiscal muito pequenina mas de qualquer maneira é redução não é aumento pronto estes pontos são positivos agora os pontos negativos o ponto mais negativo e que é a marca deste orçamento e com esse eu realmente eh não posso estar em acordo é o crescimento da despesa pública a despesa pública vai crescer 6,6 por quando a inflação vai ser de 2,3 Portanto o que é previsto significa que a despesa pública vai crescer mais 8,3 1000 milhões de euros Isto é realmente um exagero não é um exagero o peso da despesa pública no produto no PIB sobe de 44,4 para 45,2 por. ou seja mais estado mais estado nas nossas vidas quando eu entendo que é exatamente o contrário nós Devíamos Ter uma estratégia para ir reduzindo o peso da despesa pública no produto que já esteve a queimar os 50% agora está um bocadinho abaixo mas para ano vai subir outra vez mas sen dor a estratégia não era e no fundo copiar ou seguir a política eh que tinha sido eh eh avançada por por António Costa eh e e Fernando Medina agora nos últimos anos eh porque no fundo O que justifica este aumento da despesa são medidas que já falou como por exemplo a progressão das carreiras especiais eh eh os aumentos para os professores polícias médicos eh qual era a alternativa tudo isso é verdade agora eh e tu e eu não quero não digo que tudo isso que foi contemplado seja injusto do ponto de vista social não é não é não é e mesmo assim ainda Estarão aqui carreiras eh que não foram contempladas e que que estão a ganhar mal e estas também não quer dizer com estes acertos também ganhem bem agora nós só podemos dar aquilo que o país permite que se dê que a nossa riqueza que aquilo que produzimos permite e o que eu entendo é que teria de ser no seu global e agora não vou discutir se o global é mais os professores ou PSP os guardas prisionais Qual o mix mas no seu Global eh tinha de ser obviamente mais moderado e mais esticado no tempo não é portanto são são são são problemas que se arrastam há muitos anos salários que se foram degradando que agora temos de recuperar mas o ritmo que recuperamos tem de estar de acordo com aquilo que é o orçamento e por isso a despesa pública aumenta desta forma absolutamente brutal e o superávit que tá a ver que em 2023 tinha sido um 1,2 por do PIB e em 2004 agora com parte destas medidas também já foi degradado para 0,4 e para o ano é só 0,3 Ora nós temos uma dívida enorme não é nós pagamos uma fatura de juros brutal nós vamos pagar 6,3 ou 6,4 eh 1000 milhões de euros de de de juros é muito dinheiro portanto a dívida cresce se o nosso super hábito não é maior as nossas taxas de juro não reduzem como deviam reduzir e esta fatur de juros da dívida pública é muito grande e portanto o dinheiro vai para juros para pagar aos credores n é da dívida que nós temos em vez de ir para para a política para aquilo que nós precisamos olhe para salários por exemplo para salários não é tambm também acha que este é um orçamento eleitoralista Eu acho que eu inclusiv oportunidade de dizer isso logo a seguir mais ou menos ao resultado eleitoral e obviamente que os três principais partidos todos eles conduziram a sua ação até ao momento presente pensando que podia haver eleições agora daqui por dois ou três meses e querem chegar todos às eleições da forma mais popular possível portanto desde a AD passando pelo PS e pelo chega tudo aquilo que dizem e tudo aquilo que defendem é sempre tendo em vista a sua popularidade para no caso de haver eleições estarem todos bem posicionados Pronto chegaram à conclusão da forma como como vemos designadamente o partido socialista que isso não seria vantajoso para si e portanto da forma como tudo isto correu terminou da forma como sabemos ou seja o PS vai se abster e o orçamento vai passar e não vai haver eleições também não tinha que haver em minha opinião se o o orçamento chumb asse não tinha que haver agora este Presidente da República é que eh dissolve por tudo e mais alguma coisa a madeira os Açores a assembleia da república e portanto provavelmente ia dissolver mas não era preciso ficava por du a décimos e apareceria uma nova proposta uma nova proposta de orçamento mas a verdade é que o a a possibilidade de haver essa essa essas eleições levou a que todos se colocassem dessa forma e é por isso também que o governo também vai dando um pouco para lá daquilo que as possibilidades orçamentais permitiam porque está também em competição com os outros que também exigem mais há medidas que foram que foi a oposição que aprovou no Parlamento medidas destas não é que foi antes do do orçamento foi foram aprovadas pela oposição contra o governo da mesma Da Da Da Da com o mesmo com o mesmo intuito portanto aquilo que eu diria é o grande problema deste orçamento é um aumento enorme da despesa Se nós queremos baixar os impostos nós temos de baixar a despesa Ou melhor não é aqui não não se trata de baixar em valor nominal de pô-la por exemplo a subir menos que que a própria inflação por exemplo e e e e para lá disso automaticamente reduz também o peso no no pibe portanto se nós queremos baixar os impostos nós temos de controlar mais a despesa e não fazê-la disparar da forma como neste neste orçamento dispara que lá está vamos ter ainda mais estado port era uma crítica que se fazia aos socialistas e e bem mas aqui infelizmente tem um crescimento muito grande da despesa e uma e uma e uma redução grande superávit deixe-me dizer sobre superávit eu pouca gente vai concordar com isto que eu vou dizer mas é a minha convicção desde sempre eu acho que um país que tem o nível de dívida pública que Portugal Tem e infelizmente muitos outros na Europa também tem tinha de haver uma determinação europeia neste sentido enquanto o o o a dívida pública não vier para os 60% do PIB ou 50 eu até prefiro 50 mas pronto para os 60% do PIB o superávit tem de ser de 1% pronto eh isto para mim era era importantíssimo para a Europa e se a Europa não faz isto fazíamos nós eh por conta própria elest está a ver em 2023 foi de 1,2 portanto até superou o 1% não é mas era estrangular era um novo cinto eh apertar o cinto sobre os portugueses não não não é assim tanto como como que está dizer quer dizer era eu agora para lhe dizer assim os números de cor não consigo mas o nosso superávit é de 800 milhões eh enfim seria teria de ser mais o dob seguramente mas quer dizer num num num num PIB de 24.000 milhões nós estamos aqui a falar agora em termos de em termos de de super hábito que temos ou que poderíamos ter de mais 800 ou mais 1000 milhões quer dizer não é nada de de não é não é não é assim nada do outro mundo é só uma questão de eh sermos disciplinados e e termos naturalmente um um programa como aquele que que que eu que eu defendo P eu eu acho que por exemplo nós a médio longo prazo Devíamos definir alguns objetivos e prosseguir depois de todos os anos um bocadinho esse objetivo portanto primeiro a redução do peso da despesa no PIB e podemos definir que cada orçamento que apresentamos a despesa cai 1% por exemplo relativamente ao PIB não é por exemplo ou 1% ou 1 e Meio a Um quer dizer definir um temos condições para e temos condições para fazer esse caminho Ah pois temos que ter pois temos que ter claro que temos que ter e o caminho ao contrário Em que em que a despesa pública vai sempre aumentando aumentando aumentando e o seu peso no PIB sobe isso é que não não é ela até houve anos que já desceu não é senão nesta altura tínhamos passado largamente os 50% eh portanto eu acho que que que essa a definição de uma estratégia não é que dissesse assim nós eh todos os anos imaginemos o peso do pibe tem de cair e tem de cair não sei isto agora fazer umas contas e fazer uns equilíbrios mas % 0.6% 1% seja o que for e o peso da despesa no PIB não é despesa propriamente dita a despesa nominal e o superávit para mim era Claro enquanto um país não tiver os tais 60% já como digo até prefiro 50 teria de ter um super hábito de 1% eh repar os países tiveram durante anos e anos défices de 1 2 3 4 e às vezes 5% até casos desses então quer dizer há momentos em que é preciso disciplinar as Finanças Públicas eh e em paralelo também ter um plano de redução do Peso dos impostos no PIB mas para eu ter um plano de redução do Peso dos impostos no PIB eu tinha de ter em paralelo um plano de eh redução do peso da despesa no pibe também tá ver já já já que fala na redução de de impostos uma das críticas eh é é decida limitada do irc o governo devia ter insistido eh eh no corte inicial de dois pontos percentuais ao ano Ah o próprio esse próprio corte não é uma revolução é algo que eu que eu essa proposta do governo estou totalmente de acordo eu acho que repare a redução do irc significa apoio ao tecido produtivo apoio ao investimento apoio à Apoio às empresas quem é que dá emprego e paga salários são as empresas portanto se eu quero pagar melhores salários eu tenho de começar por apoiar as empresas para lhes dar condições para elas pagarem os melhores salários se eu faço ao contrário se eu promovo primeiro consumo sem ao mesmo tempo promover o investimento e a produção obviamente que eu estou e enfim estou estou a andar em situação contrária eu tenho primeiro de acarinhar as empresas para que investem não é que produzem mais que aumentam a sua produtividade para elas ao fazerem isso também estarem em condições de pagar melhor salários e ao pagar melhores salários as pessoas também em condições de gastar mais não é de viver melhor e gastar mais sem provocar inflação porque Entretanto a produção também aumentou que foi isso que determinou o aumento do rendimento das pessoas e esta é assim que deve ser era era esta a proposta do governo e eu estou eu estou totalmente de acordo agora dito isto O que significa ou seja se posso e retirar das suas palavras que com a decida de apenas um ponto percentual será muito reduzido não é nada é não é nada é meramente simbólico agora isso foi aquilo que o governo teve de fazer para conseguir que o orçamento passe portanto aqui a responsabilidade não é do governo aqui a responsabilidade é da oposição particularmente do partido socialista isso leva-me uma outra questão eh Senor que é o Pedro Nuno Santos nomeadamente aqui na Renascença já disse que não está obrigado a votar tudo o que o governo apresentar na especialidade a minha questão é temo ou admite que a especialidade possa vir a desvirtuar este este orçamento sim eh temo isso temo isso porque eu eu conheço bem o o Parlamento tive lá já muito tempo e percebo que de de repente pode-se entrar numa numa numa numa histeria e num disparate e começam a aprovar coisas a chumbar coisas essenciais e a aprovar coisas fundamentais e quando chegamos ao fim do debate Na especialidade portanto não é este primeiro debate que vai haver agora mas depois o debate Na especialidade em novembro quando lá chegarmos ao fim olhamos para o orçamento e aquilo não é nada não é não tem não tem lógica nenhuma agora isso aí vai depender muito do partido socialista nãoé vai depender muito vai depender mais do partido socialista do que do governo não é falava há pouco de investimento e pergunto-lhe também isso já agora Olhando continuando a olhar um bocadinho aqui para o orçamento se faltam na sua opinião incentivos neste orçamento ao investimento ou seja se as empresas têm eh realmente eh razões de queixa eh fa minha opinião faltam incentivos à poupança isso é que que tá diretamente ligada também ao investimento e às condições que há para se eh investir eh nós somos um país com fraca poupança ao sermos um país com fraca poupança diminuímos também a nossa capacidade de investimento e portanto nós de Devíamos ter isso eu também digo já há muitos anos e aqui também não há nunca houve nos governos no no nos orçamentos do PS e aqui também não há um eh um forte incentivo à poupança à poupança das famílias à poupança das empresas e à poupança do Estado a poupança do Estado o que é que é é a redução da dívida pública Isso é que é a poupança do Estado a poupança das famílias com medidas fiscais com com com pedagogia porque repara e eh hoje em dia uma aplicação financeira as pessoas poupam qualquer coisa tem uma aplicação financeira e a probabilidade de terem uma taxa de juro superior à taxa de inflação é diminuta ora quer dizer então a pessoa tá a poupar e a perder dinheiro porque o dinheiro que poupa a crescido dos juros não consegue comprar passado um ano aquilo que um ano antes comprava sem juros portanto isto eh não incentiva as pessoas e é é preciso incentivar a poupança no caso das das das empresas as empresas estão fortemente descapitalizados é absolutamente essencial que haja uma política de Apoio às empresas para elas se capitalizar ora uma empresa que tem lucros e não distribui os lucros está-se a capitalizar deixa ficar o dinheiro lá e portanto se se ficam lá o dinheiro dos lucros não tem de ir à banca a pedir emprestado está-se a capitalizar se não tem lucros ou se os distribui eh pode continuar descapitalizada do caso já estar não é e ora bom premiar as empresas que não distribuem dividendos que invistam o que investem os lucros seja que investem os lucros em maquinaria seja mesmo em fundo mareio justamente para equilibrar a tesouraria que é um investimento também e isso é absolutamente Vital mas é vital não é este anos é vital há há muito tempo como digo a poupança dos três famílias e estado e particulares eh é muito fraca o estado não tem poupan bem pelo contrário cada vez debe mais este orçamento já já inclui incentivos à Capitalização eh no lado das famílias é que não se encontram medidas eu queria lhe perguntar especificamente por exemplo a política em relação às certificados de aforro que houve aqui de certo modo algum recu Face à Banca na opinião de várias especialistas eh como é que vê esta posição do do do governo estas alterações que que foram sendo aprovadas as alterações que este governo agora aprovou não tem a ver com a rendibilidade do próprio certificado da F tem a ver com outros aspectos lat sim não não mexeu nos juros É verdade não mexu na taxa de juro mas podia mas podia ter podia e devia em minha opinião sinceramente devia eh eu não percebi bem quando o governo anterior e o Dr Fernando Medina reduziram daquela forma eh a remuneração dos certificados de forro pensei que aliás este governo ia dar um ajustamento Zinho para cima eh e dava aí um um empurrão digamos assim ao aos certificados de forro e que é um produto que as pessoas e que não não tão bem dentro do assunto como é que investem como é que deve ser recorrem com facilidade portanto pessoas que não têm grande formação de ordem financeira é um produto muito bom para elas e estamos a falar da maior parte das pessoas não é E como sabe vai capitalizando os juros o dinheiro vai ficando lá e a pessoa tem uma agradável surpresa ao fim de 2 TR anos tem um bocado mais dinheiro assim a surpresa é é não é tão agradável porque a taxa de juro tá tá efetivamente muito baixa eu teria e essa é uma das medidas eh que poderia ser tomada para o reforço da poupança a outra é naturalmente a taxa liberatória dos dos dos juros não é quando nós temos uma aplicação e temos de pagar IRS sobre os juros a taxa é de 28% e eu fazia um ajustamento para baixo também ex eh fazia uma pedagogia que é muito importante a pedagogia da poupança eu relembro alguém que fez isso muito muito muito bem feito eh que foi o Dr Miguel Cadilhe quando foi das Finanças fez uma excelente pedagogia à poupança fez uma excelente política relativamente à poupança e em paralelo fez outra coisa que é bom para as pessoas para as famílias e bom para as empresas que é a dinamização do Mercado de Capitais a dinamização do mercado de capitais da bolsa exatamente a dinamização do Mercado de Capitais é outra área digamos assim da política financeira e da política económica que deveria que deveríamos fomentar porque é excelente naturalmente para as empresas se financiarem de forma mais barata ou se autofinanciar em quando emitem ações e as pessoas compram por exemplo eh ou através de obrigações com taxa mais mais favorável eh e as pessoas têm ali uma forma de de de de de aforro também mais mais fácil o mercado de capitais hoje não é o que era há 30 anos ou há 40 está em muitas coisas melhor mas em muitas coisas também desvirtuado eh de qualquer maneira apesar de não ter o mesmo potencial que tinha há 40 anos em minha opinião para as pequenas e médias empresas Ou para as médias pelo menos eh mas eh ainda havia aqui um caminho a percorrer nesse sentido eu eu eu sou um forte defensor disso só para fechar aqui o capítulo da poupança e ainda relacionado com as famílias eh também temos que falar do IRS eh o governo podia ter ido mais longe eh nesta neste alívio fiscal não isso acho que não acho que Considerando o nível de despesa que tem não é eh considerando que os escalões são atualizados como eu disse a 4,6 por se nós compararmos isto com aquilo que aconteceu o que acontece normalmente este este está muito mais favorável sinceramente já vi orçamentos que nem os os os os escalões do IRS sequer atualizava e portanto automaticamente as pessoas perdiam dinheiro através da inflação não é eh Portanto o não desse ponto de vista ao nível do IRS e dentro daquela lógica que eu há bocado disse ou seja as coisas têm de ser feitas de uma forma planeada e cadenciada ora se agora não fosse assim fosse mais do que isto já não era assim tão cadenciado mas não desse ponto de vista acho que está bem já agora olhando para outras enfim para outras áreas que têm impacto direto no orçamento no caso por exemplo da Habitação não há no orçamento em si grandes novidades porque elas já tinham sido apresentadas algumas delas eh as medidas conhecidas podem realmente mudar alguma coisa em sua opinião relativamente à habitação certo eh a Olha eu tenho uma uma opinião também na habitação uma opinião muito fora do comum eu acho que e as simples medidas dizer assim eh os preços estão altos e portanto se o preço tá alto tá alto eu tenho é de aumentar a oferta eu aumentando a oferta o preço baixa ora bom eh eu não acho que neste caso concreto o aumento da oferta de construção nova em massa se Se conseguisse isso que ia fazer baixar o preço ia fazer baixar o preço a curto prazo e aumentar o preço a Médio prazo Qual é a minha ideia ao dizer isto é que estes problemas situam-se principalmente em Lisboa e no porto há mais aí Alguns focos mas principalmente em Lisboa e no porto E porque é que é assim é assim precisamente porque nós somos um país super concentrado em Lisboa e em grande medida no porto mas fundamentalmente em Lisboa ora então penso comigo se eu continuo a fazer em Lisboa mais caixotes para encaixotar pessoas à volta de Lisboa quando digo Lisboa não é propriamente a cidade é grande de Lisboa e o grande Porto É disso que eu estou a falar se eu continuo a fazer caixotes para encaixotar mais pessoas repar que aquilo que eu estou a fazer é aumentar o que se pode chamar o poder de sucão de Lisboa sobre o resto do país ou do porto sobre o resto do país portanto as pessoas que hoje já têm dificuldades em continuar a viver no no interior ou pelo menos pior que isso fora do grande Porto e do grande Lisboa à medida que nós mais concentramos isso mais difícil será portanto mais gente se vai deslocar para para Lisboa e para o porto à procura de casa por isso eu digo no curto prazo até pode baixar os os preços a médio longo prazo vai aumentar ainda mais o problema Ou seja a grande solução aqui era em primeiro lugar não tanto a construção Nova em minha opinião mas fundamentalmente a reabilitação a reabilitação Urbana Nós andamos e no porto em Lisboa aqui o porto que eu conheço bem e nós vemos muitas muitas muitas casas abandonadas muitas casas abandonadas ora essas já estão feitas é preciso é reabilitar nem mais sequer na na na questão urbanística no equilíbrio ou desequilíbrio urbanístico portanto reabilitação Porto de Lisboa fortemente e depois uma política que nunca tivemos e que é a grande falha do pós-25 de Abril para mim uma política de Desc iação e desconcentração uma política de promoção do interior porque é que nós não podemos ter estas assimetrias territoriais que temos tudo concentrado em Lisboa alguma coisa concentrada no porto e pronto Braga não se pode queixar muito com certeza e ali à volta de Braga mas depois o país o território nacional eh na entrada doos montes no alentejo nas Beiras está eh eu não vou dizer o abandono que é um exagero mas completamente desprotegido S sendo que essa política Sen levará alguns anos e há e há efetivamente problemas muito urgentes para resolver quer dizer o preço da habitação em Lisboa e no porto sobretudo atingiu níveis eh muito incomportáveis para muita gente é verdade é rigorosamente verdade mas isto repare é fruto dos erros cometidos ao longo de décadas de concentração e mais concentração e mais concentração e tanto nós chegamos a Lisboa é mais um caixote mais outro caixote mais outro caixote mete a pessoas lá para dentro mete as pessoas lá para dentro mete as pessoas lá para dentro e quanto mais mete lá para dentro mais cresce a a digamos a a economia local mais mais inviabiliza o o o interior do país portanto nós temos de eu eu não estou a dizer que eh não é preciso que não temos dar resposta às pessoas imediata na medida em que em que pode ser imediata nós temos mas por trás disso temos ter uma base diferente a base de uma política territorial que nos Garanta que não é assim como eu estou a dizer ou seja em termos de medidas efetivas H eh uma uma das críticas a este orçamento é o de não ter avançado com o Iva reduzido na construção de 6% eh a bastonária dos contabilistas certificados defendeu na Renascença que há obras paradas à espera desta medida eh isto eh é uma falha do governo sim eu pessoalmente não não não não vou dizer que é uma falha é uma opção não é pronto eu eh reconheço até por aquilo que acabei de dizer agora que o que nós temos de impulsionar fortemente a reabilitação Urbana e portanto e ter uma taxa de Iva de 6% transversal para tudo que é reabilitação e não apenas em determinadas zonas devidamente marcadas eh eu acho que poderia ser efetivamente um bom caminho quer do ponto de vista da qualidade da vida urbana quer do ponto de vista da da resposta para os problemas da Habitação eh nas grandes nas grandes cidades examente nas duas nas duas maiores cidades acho que era efetivamente uma política que até eventualmente poderia aumentar a receita eventualmente portanto se que se Porque apesar do Iva baixar se houver mais obras aumenta aí só só só não sou só não digo com toda a certeza porque eu também não sei e penso que não há neste momento eh capacidade instalada em termos de mão deobra capacidade instalada para dar resposta e uma uma um Boom de construção que nós estávamos a necessitar no sentido Boom de construção reabilitação em minha que está previsto é minha opinião e que está previsto seor no fundo este este Boom de construção com o prr com com as grandes obras que estão projetadas mas aí são obras públicas não é propriamente habitação não é mas no prr é habitação social também sim pois eh mas eu tenho dúvidas infelizmente quer dizer espero que não mas eu não sei se vamos conseguir responder direito por esquecer de mão d’obra não é com isso todos nós sentimos isso mesmo quem não é desse setor que há dificuldades da mobra examente fazer aí a reabilitação de uma casa ou até mesmo construir uma casa para si e vai ver que não é fácil arranjar quem faça isso porque há realmente uma uma há esse estrangulamento infelizmente não é que tem sido compensado pela imigração como nós sabemos né E já agora como é que avalia a garantia pública para facilitar o acesso dos jovens ao crédito da Habitação a banca admite que ela está enfim desenhada posso usar este termo para quem tem bons salários sim eh essa medida Vamos lá ver eh essa Eu por exemplo no caso do IRS jovem eh sinceramente eh discordo Eu discordo do IRS jovem essa medida em concreto que é um um pequeno apoio eh pequeno não é assim tão pequeno porque porque a a o a garantia bancária é importante agora a aou dizer isso quer dizer que não consegue digamos assim que não quer prestar dar empréstimos a quem tem salários muito baixos não é eh não queris assumir o risco não é não quer não quer pois Porque apesar de haver a garantia do Estado naturalmente que depois é em termos administrativos e burocráticos é é um problema enorme eh sim mas aí o governo também não pode fazer milagres não é aí quase se pode dizer é preço por ter C preço por não ter enfim eh é uma medida para ajudar os jovens a a a comprar casa mas deixe-me também lhe dizer que eu eh também simpatizo mais com as medidas que promovem o arrendamento muito mais do que as políticas que promovem a compra de casa própria tá a ver eu acho que um dos problemas de Portugal ainda hoje é falta de arrendamento E durante anos e anos eh durante anos anos era a falta de arrendamento e agora é escassez do arrendamento e portanto eu acho que a política de habitação tem muito mais pela promoção do arrendamento do que pela promoção das pessoas comprarem casa própria mas ainda assim se houver quem tenha ainda essa Cultura como como como tenho Eu por exemplo como tenho os mais velhos de querer a casa própria e vejo vejo de forma positiva o estado de apoiar indo olhando ainda para temas que estão na Esfera do orçamento o governo promete concluir no próximo ano a privatização Da TAP que está enfim finalmente a dar lucro diria eu na sua opinião que cuidados é que devem ser tidos nesta nesta por exemplo eu sou favorável à privatização Da TAP Porque mesmo que seja verdade que a TAP possa estar a dar lucro ela tá a dar lucro à custa de não fazer exatamente aquilo que é suposto fazer uma companhia pública de bandeira como nós costumamos dizer e portanto eh se ela tem de se comportar tal e qual Como se comporta qualquer companhia de aviação comercial privada se não faz diferente porque não sabe porque ou porque não quer ou porque não pode eh eu acho que sim que tem de ser privatizada e portanto estou acordo com isso acima do acima dos 50% sim sim sim sim sim sim ou seja de alguma forma entregar o o domínio da da da empresa sim sim olhando agora para o cenário macro no próximo ano as maiores economias do Euro estão em travagem mas ainda esta semana o FMI pres estimativas de crescimento mais otimistas que as do governo confia nas projeções deste orçamento eu as projeções o quadro macroeconómico que está subjacente a este orçamento hum parece-me parece-me razoavelmente moderado acho que desse ponto de vista acho que está que está bem Portanto tem um prevê um crescimento do PIB de 2,1 por. enfim eh não é não é um exagero Aliás está abaixo daquilo que a própria aliança democrática tinha prometido não é na na campanha eleitoral eh tem aí o crescimento do investimento em 3,5 por e as exportações também 3,5 por não é nada de de de de transcendente acredito que isto seja realizável o FMI prevê ainda que Portugal apresento excedentes na ordem dos 0.2 até 2029 eh isto e sem ter em conta novas medidas políticas é é uma previsão otimista tá a falar é excedente é excedente externo ou orçamental interno Sim isto é uma previsão otimista tendo em conta os riscos externos tá se tá a falar do eu não sei não Sinceramente não não tenho presente as as as as as projeções do FMI se me estiver a falar 0,2 ao nível de super hábito do orçamento eu aí direi que isso é muito muito escasso Face ao nível de dívida que nós temos muito escasso ainda há bocado disso eu para mim deveria haver um 1% 1% não é pronto e por exemplo repare nisto eh o superávit este ano vai ser pior que o superávit dest não super hábito de 25 vai ser pior que o de 24 e muito pior que o de 23 pronto no entanto se pegar no saldo primário que é a despesa as receitas menos a despesa ou a despesa menos receitas como se quer do orçamento de estado sem os juros da dívida pública todas todas todas as despesas Mas Não Contam os juros da dívida pública portanto chama-se isto o saldo primário o saldo primário de 25 é melhor que o saldo primário de 24 e de 23 depois vai ao superavit que é soma-se a fatura de juros que vão que são são 6,4 acho que é 6,4 mil milhões de euros é de tal ordem pesada que mesmo um orçamento que naquilo que é relevante tem um super Avid tem um saldo melhor acaba com o saldo pior porque a f altura de juros está sempre a subir tá a ver mas no próximo ano já temos despesa com o prr sim também temos que contabilizar essa uma parte Ah sim sim sim sim sim há uma parte desta despesa eh que poderá ser justificada pelo governo dizer sobe muito sobe muito mas há uma parte que é investimento que é o prr pronto e o prr Tem uma parte que é fundo perdido e tem uma parte que é empréstimo que aumenta a nossa dívida não é porque vamos ter de pagar a exatamente não é para para também podermos falar de outros temas e e e para terminar um bocadinho esta a discutir sobre o orçamento queria que pedir-lhe uma avaliação à prestação de de Luís Montenegro durante estas negociações do orçamento de estado o eu vou fugir como calculará a fazer uma avaliação direta eh do do do PSD não é posso fazer enfim e dei aqui a minha opinião sobre medidas de política de governo isso aí meu amigo quer dizer é isso aí é o país e as medidas do país e nós temos opinião e a avaliação que lhe pedia era mais política neste caso avaliação do PSD e em particular daquele que é o meu sucessor eu sinceramente acho que te que é um dever ético que me ponho a mim próprio naturalmente eh eu eh não o fazer não quer dizer que não o faça se ele lá estiver muitos anos que daqui por muitos anos não o faça e o tempo vai passando mas assim não acho que não era aliás Como sabe eh se há coisa que que que que em minha opinião me fizeram de mal foi foi foi o quando fui líder do partido foi o as permanente boicotes e críticas isto e aquilo e portanto eu não quero nem andar perto disso portanto Prefiro não foi muito avaliado nessa fase A verdade é essa não é e desabalado e avaliado e reavaliado e e criticado e condenado isto e aquilo pá uma coisa inexplicável eh e Portanto acho que o meu dever é comportar de uma forma simétrica a essa queria era inevitável não é há um tema de atualidade sobre o qual não não não podemos deixar de o questionar e que se prende com com tudo isto que tem que tem estado a acontecer no nos últimos dias na aqui na região da grande de Lisboa a morte de um homem que acabou por desencadear uma onda de violência em em vários bairros mais pobres da da desta zona do país que queria pedir-lhe como queria perguntar-lhe como é que olha para o que está a acontecer e como é que acha que será possível travar esta violência que temos assistido nas últimas noites eu não conheço eh muito bem eh a realidade dos bairros sociais de Lisboa eh conheci com as minhas mãos a realidade dos baros sociais no porto quando assumi a câmara em 2002 a e como se recordará eh foi digamos o ponto um e de toda a minha política na cidade do Porto primeira das primeiras prioridades foi a reabilitação dos bairros sociais nesse particular a avaliação da sua ação como ao arcan Porto é positiva Sem dúvida pronto e se isso não tem sido feito os bairros sociais estavam no no início da da deste século não ano 2000 estavam abandonados degrad não todos mas uma grande parte uma parte na criminalidade outra parte na marginalidade e uma pequena parte normal o que é que eu distingo marginalidade é quando já está à margem da sociedade mas ainda não entrou na criminalidade Isto é um conceito da forma como eu me expresso criminalidade é passou já para a criminalidade portanto quando está na marginalidade tá Um Passo Da Da criminalidade eh e a ação de todos os bairros e a destruição de daqueles mais problemáticos designadamente na altura o São João de Deus e o bairro do Aleixo e permitiram garantir durante muitos anos as pessoas não têm noção disso mas eu tinha noção na altura e hoje também tenho permitiram durante muitos anos garantir a segurança Urbana dar um um contributo muito importante para a segurança urbana porque se aquilo não tem sido feito e a área metropolitana do Porto e particularmente o grande Porto teria sido um foco brutal de insegurança imagino os anos ali a partir de 2005 2006 2010 2011 por aí eh eu não sei se em Lisboa eh os bairros sociais estão tão abandonados como estavam os do Porto e ainda que não que não estejam tão abandonados como há 20 e tal anos estavam os do porto seguramente que haverá possibilidade e necessidade de intervenção Municipal para criar condições às pessoas para se poderem desenvolver e viver de uma outra forma e isto eu fiz também em paralelo com as escolas públicas porque as escolas públicas para esse efeito também são muito muito muito importantes é é muito importante que a criança quando vai à escola goste da escola e a escola quando está toda desculpe-me o terme bandal a criança tende a ter comportamentos também eh errados digamos assim e e e a crescer num ambiente pouco propício ao seu desenvolvimento eu não sei se em Lisboa eu não sei se posso em Lisboa responsabilizar muito ou pouco essa situação por isto que está a acontecer não sei eu não conheço a realidade não sei Admito que uma parte da responsabilidade possa estar aí no facto dos bairros não terem o acompanhamento e urbano e social quando digo Urbano em termos de reabilitação e depois social porque depois eu também tinha programas de ordem social para e enfim ajudar as pessoas e e e e e e fomentar o o o bom relacionamento entre elas não é a nossa empresa municipal de habitação tinha todas essas essas valências eu não sei sinceramente como é que isso em Lisboa eh acho que que uma parte da questão deve estar aí e depois a outra parte está também admito eu num num digamos num certo eu não sei eu ia dizer enfraquecimento da polícia eu não quero dizer não é da polícia um certo enfraquecimento da autoridade e não veja com isto eu não estou a dizer que a autoridade tem de ser agora com o CET na mão à pancada não digamos o respeito que o cidadão antigamente tinha pela autoridade é hoje muito menor não é é hoje muito mais fácil faltar ao respeito à autoridade eh neste caso pode ser a polícia mas pode ser outra autoridade Portanto o prestígio por exemplo dos magistrados tá muito abaixo mas muito abaixo daquilo que era há 30 ou 40 anos atrás Portanto o respeito que há pela autoridade é hoje muito menor e eu acho que aqui também se nota em parte e isso não é e já não vou lá muito atrás eu quando era miúdo quer dizer um tipo virar-se um polícia e insultá-lo tentar agredir é uma coisa impensável não é impensável porque a própria farda impunha um respeito que é necessário e e isso tem-se vindo a perder e portanto isso também dificulta a ação da polícia no seu quotidiano Não dificulta nestas ações depois musculados aí pronto é a mesma coisa mas antes de chegar aí obviamente que dificult eh Mudando de assunto sempre foi muito crítico do papel da comunicação social já deve ter analisado o o plano do governo para este setor H na sua opinião o que é que muda e e e e e e acha que retirar a publicidade da RTP H é passar o ónus para os contribuintes eh acho que sim mas eu vejo ess para já sou totalmente contra eh esse esse pacote como fui quando era líder da oposição e o PS o governo do PS o fez na altura da pandemia na altura da pandemia havia apoios para as empresas e eu acho que que as empresas de comunicação social estavam abrigo desses apoios normais e não achei nada correto dar apoios para lá desses Pronto agora eh que nem sequer há pandemia eu não sou Sinceramente não sou favorável a isso eu acho que as empresas e TM o mercado estão no mercado eh ganham dinheiro ou não ganham dinheiro são viáveis ou não são viáveis se não são viáveis têm de se remodelar e t de se adaptar ao novo mercado para passar a ser viáveis e não pode ser o dinheiro público que vem por e simplesmente salvar isso porque isso não faz sentido nenhum eu lembro que no tempo do bloco Central havia subsídios públicos dados pela Secretaria de Estado do emprego para as empresas pagarem salários portanto as empresas não não eram viáveis não conseguiam pagar o salário subsídio público para pagar salários isso não é solução não é solução perpetuar empresas inviáveis aqui no caso compar a comunicação social eh vou só e dar este exemplo eh porque passou por lá com a indústria metalúrgica ou seja na sua opinião tem a mesma importância tem h e e e e terão que ter as mesmas condições de funcionamento é isso que está a dizer salve situações absolutamente excecionais eu entendo que todos os setores têm de eh ser viáveis de de de de de ter de ter mercado significa que tem utilidade não é quando quando uma empresa tem mercado a empresa tem utilidade as pessoas reconhecem a utilidade ao produto dessa empresa compram e ela é viável eh Isto é transversal é para para para todos os mercados para todas as empresas e portanto eu aqui Sinceramente eu eu aqui Digo o seguinte são duas situações uma é o apoio transversal eh que eu li até a dizer que é para Para apoiar a contratação de jornalistas eh o que eu não concordo não há também não vou dar apoio para a contratação disto e daquilo nout noutros setores mas depois particularmente grave a minha opinião é da RTP que é uma situação diferente na RTP é retirar a publicidade da RTP procurando com isso ajudar os privados e portanto parte o governo do princípio CTP tem X por da Publicidade e esse 6% passa integralmente para as outras empresas para as outros para os outros canais primeiro não tenho a certeza que seja assim só uma parte provavelmente é que passará o resto já nem continua já nem continua na televisão porque eu não sei quem é que vê publicidade quando leva com 15 minutos de Publicidade não vê é um engano para os próprios para os próprios eh investidores na na publicidade uma coisa é ver três ou quatro spots publicitários sim outra coisa é quando a pessoa tá a ver uma coisa e depois tem de levar ali com 10 ou 15 minutos de Publicidade muda de canal se não muda de canal não está a ver foi fazer qualquer coisa a outra outra quarto na casa e e regressa à sala depois é aquilo que que que eu direi como como aqui mais como G não é do Comum político agora relativamente à RTP ao tirarem a publicidade da RTP estão obviamente a colocar a RTP totalmente na dependência dos dinheiros públicos que eu acho Mal ponto um ponto dois estão a desmotivar a Médio prazo os próprios profissionais da RTP porque se a RTP está no mercado e precisa também de angariar publicidade tem que ter audiências tem que ter credibilidade tem tem que ter público não é se o tempo vai passando e isso não é necessário é humano que os próprios profissionais vão baixando os braços porque não há aqui uma competitividade direta tá a ver quer dizer tem mais teve mais audiência ou menos audiência vai dar tudo ao mesmo mas sabe que no canal 2 não há publicidade não tá a dizer que que os profissionais na na rtp2 baixam os braços o o eu estou aa mas de certeza que tenhem um um comportamento diferente daquele que teriam se tivessem no mercado concorrencial não é e a rtp2 tem como sabe audiências muito muito muito muito baixinhas não é e e portanto a rtp2 pode fazer sentido agora o que não o que não faz sentido é ver salvo o exagero eh duas rtp2 não é isso é que estou a exagerar a rtp1 acho que nunca será uma rtp2 mas eu com isto não estou sinceramente não estou a criticar o o os profissionais que ainda nem sequer fizeram isso eu estou a dizer é que o ser humano não é Tend a comportar-se dessa maneira todos nós Eu também todos nós e portanto ou nós temos aqui alguma concorrência entre nós eh ou Olha é um dos problemas é um dos problemas da Justiça quer dizer quando falo tanto na justiça é um dos problemas da Justiça eh tanto faz fazer bem como fazer mal não acontece nada não é isso não pode ser assim e portanto aqui eh eu temo exatamente a mesma coisa eh e isso significa eh a prazo destruir a RTP que é uma coisa que a mim me custa muito eu nunca trabalhei na RTP não tenho nenhuma afinidade da RTP não sei por ser português mas tenho não vou dizer tenho RTP no coração Isto é um bocado exagerado mas eu eu e pá sinto também como uma parte minha como português e e cresceu com ela não é é cresci com ela sinceramente do ponto de vista cultural do ponto de vista emotivo é uma coisa que me desgosta muito muito muito ver a RTP a definhar se assim for o caso mas eu ainda tenho esperança que não seja assim e para mais isto se o se o light motivo se aquilo que que que leva ao governo a fazer isso é ajudar os privados e pá sinceramente então aí eu ainda tenho de estar em mais em em em em em maior desacordo pá Sinceramente não não acho que exista que que o orçamento do Estado esteja aqui para fazer uma coisa dessa ou seja subsidiar RTP para poder libertar algum alum mercado para os privados que repito nem acho que isso seja muito eficaz sen Doutor vamos começar a apelar ao seu poder de síntese mas não queria também deixar de alguma forma ter a sua opinião sobre os dois próximos atos eleitorais autárquicas e presidenciais começando pelas presidenciais Marques Mendes Santana Lopes eh são boas hipóteses para o PSD eh no sentido do partido os apoiar naturalmente uma vez que a a iniciativa de uma candidatura o o o o congresso do PSD que que pronto teve ali uma uma pela pela presença de precisamente de de Luís Marques Mendes e do Pedro Santana Lopes no Congresso acabou por se falar enfim não sei se falou lá dentro do Congresso mas dentro quer dizer ao microfone mas nos nos nos Bastidores e depois nos nos comentários falar das presidenciais eh e o e o o deputado do PSD o Carlos Reis eh disse uma coisa que marcou o congresso eh de uma entrevista a observador mas que marcou o congresso eh Diz ele que o Marcos Mendes é dos candidatos que o PS pode ter dos que menos abre para lá do PST e eu concordo com isso ou seja o Dr Marcos Mendes não não não não sei se faz o pleno dos dos dos dos votantes PST fará dos militantes mas dos votantes PST não sei se faz o pleno is talvez faça mas num alarga particularmente à direita nem alarga particularmente ao centro à esquerda Claro que não porque é quase impossível o PSD ser um candidato que alarga à esquerda mas que alarga ao centro e que alarga à direita sei lá imagine Dr Passos Coelho alarga forte à direita e muito não é como sabe n é por exemplo seria um bom candidato na sua opinião eu acho que DR DR P escoelho se quiser ser acho que tem toda a legitimidade para ser e tem currículo para ser e faz sentido penso Admito que ele não queira mas faz sentido disso não tenho dúvida nenhuma penso também que ganharia com muita facilidade a primeira volta muita facilidade dificilmente vejo um candidato à esquerda e à direita com maior potencial de ganhar a primeira volta do que o Dr Passos Coelho já depois para passar à na segunda volta à qual ele iria com toda a facilidade já a coisa era muito mais difícil porque ao alargar fortemente à direita não alargava ao centro eh mas esse alarga não é eh o o Dr pode ser o candidato mas aliás as enfim as sondagens enfim não não não é assim um grande argumento mas todas as que saem têm sido fracas Mas isso também não é um grande argumento já agora deixa-me não vou ler aqui o perfil podia mas não vou ler aqui o perfil definido e na Moção de estratégia apresentada por Luís Montenegro mas o perfil de Rui Rio garante lhe encaixaria nesse perfil que está definido na Moção de estratégia eu não vi a Moção de estratégia Admito que o perfil do Rui Rio encaixe nisso mas para e o Rui Rio ser candidato a presidente é preciso que ele próprio queira não é e admite ponderar ser candidato o o Olhe eh ou é uma porta ch tenho eu tenho uma dificuldade enorme em dizer terminantemente não mas digo-lhe quase digo-lhe assim olhe 99,999% não não tenho essa vontade agora ainda demora muito tempo e pode acontecer qualquer coisa que eu não sei o quê que leva eu ganhar mas não olho que não me estou a ver sinceramente não estou mes não vê nada à partida que eu pudesse motivar esse ponto hum não não não estou a ver nada neste momento que possa acontecer que me dê o impulso para ganhar vontade e para isso depois de de tudo porque já passei na vida pública já agora como é que valia o desempenho de Marcelo Rebelo de Sousa na presidência da república avalio mal avalio mal eh e quero destacar algum alguns dos indicadores que o levam a fazer essa avaliação eh olha acho que eh obviamente que as pessoas vão assim bom mas quando foste presidente do PSD não vi dizeres isso assim Claro que não porque eu estava num cargo institucional e o o líder da oposição e o presidente do PSD não está ali para andar a criticar o presidente da república e tem pode fazer uma crítica ou outra em circunstâncias muito especiais mas tem que ter um comportamento institucional que era isso que eu que eu tinha e acho que era o meu dever hoje estou liberto disso e posso fazer uma avaliação diferente eu eh acho que um presidente que dissolveu a à madeira dissolveu o a Assembleia dos Açores dissolveu duas vezes à Assembleia da república e quase que ameaça uma ameaçar uma terceira se não houver orçamento eu acho que desde aí é logo um fator de instabilidade que é o contrário do que deve ser um presidente da república depois permanentemente a a intervir eh e a intervir para já em grande quantidade e depois muitas vezes a intervir de forma desajustada para aquilo que deve ser um presidente da república depois nós abrimos o jornal expresso e quem anda nisto há muitos anos percebe que é rar à semana que não venha um recado do Presidente da República no Expresso para a ou para B ou para C tá muito longe daquilo que é o meu estilo tá muito longe daquilo que eu gosto tá muito longe daquilo que eu entendo que deve ser um presidente da república sinceramente com toda a frontalidade e sem hipocrisia como eu costumo dizer com sinceridade não me revejo naquilo que é está ser o foi o primeiro mas particularmente este segundo Mandato do do professor Marcelo Bel S Sinceramente não é a minha opinião e e é adepto da frase de cavaco sobre Mário Soares Vamos ajudar o senhor presidente a terminar o mandato com dignidade Não isso aí não aplicava aqui eh porque nem nem vejo que ajuda se pudesse dar professor Marcelo é como é E vai continuar a ser era assim há 20 anos há 30 e vai continuar a ser assim portanto é é é como ele entende que deve ser e pronto também também não o país não acaba pelo facto de eu não me rever totalmente no estilo dele eh mas não ia tão longe não isso não isso eu não diria no caso das autárquicas responde-nos há pouco sobre presidenciais que 90 se não estou em erro que 99.99% portanto fica só 0,01 o que é uma margem muito e voltar e voltar a ser autarca é uma aventura que terminou ou há alturas em que ainda lhe apetecia ver acontecer porque o papel do autarca tem tem tem uma relação muito mais diret Inter interessante é é interessante é interessante eh é mesmo o altar que é mesmo executivo ao passo que um ministro por exemplo um primeiro-ministro diz-se que é um executivo mas não é tão executivo assim como é um autarca não é o autarca mesmo eh desse ponto de vista a política autárquica é encantadora devo dizer acho uma coisa extraordinária não é e é tanto É extraordinário numa cidade como a Porto como Lisboa como numa cidade pequenina numa Terra pequenina em que estamos próximo das pessoas a fazer aquilo direto com as pessoas e se me pergunta bom e de vez em quando e apetecia voltar a ser autarca para poder fazer Isto ou Aquilo particularmente na minha cidade onde eu passo e vejo tantas coisas com que não concordo É verdade mentia dissesse que não isto acho que é é é comum quase toda a gente e então particularmente a quem foi presidente da Câmara tantos anos portanto muitas vezes vejo coisas e di Pá quer dizer precis mudar isto eh e portanto Esse é o impulso mas depois não Ou seja acho que foi uma etapa da minha vida foram 12 anos H eh onde eu me realizei tive muitas dificuldades começar particularmente no princípio Mas onde realizei onde estou contente e tenho orgulho naquilo que fiz e portanto muito dificilmente se deve voltar ao mesmo lugar pelo menos para o porto responda-me vê alguma figura do PSD eh que estivesse na sua opinião detalhada para exercer esse papel tão importante que é o da proximidade mas também o de gerir uma das grandes cidades do país não eu sou sou suspeito naquilo que vou dizer minha resposta é muito óbvia se eu há 3 anos H nas últimas autárquicas e apostei no Engenheiro Vladimir feliz que foi o meu vice-presidente e Vereador e que eu conheço bem e achava que ele seria um excelente presidente de câmara h hoje se me pergunta eu tenho de dizer a mesma coisa porque é também aquilo que eu sinto é evidente que ele está fora não é e enfim foi quase que obrigado a sair porque enfim porque não se rever naquilo que o partido no porto Estava a fazer e e não tinha grandes condições para para para fazer aquilo que devia e entendia que devia fazer e Mas não deixa de ser uma pessoa e Talhada para o lugar e com capacidade e só mesmo para terminar acha que o PSD pode tal como Montenegro elegeu como objetivo voltar a presidir a associação de municípios sim sim eh nós tínhamos uma uma diferença para o partido socialista há 4 anos de 60 e tal presidências de câmara Portanto o PS tinha mais 60 e tal presidentes de câmara que o PSD recuperamos 30 e tal recuperamos metade portanto neste momento a diferença entre o PS e o PS deve andar em 30 30 e poucos presidentes de câmara B se fizer uma recuperação Idêntica àquela que foi feita há 3 anos tem a presidência da Associação Nacional de municípios Dr ru ri ao terminar tentamos sempre conhecer melhor os nossos convidados através da música pod pedimos por isso que que escolhesse um tema musical que de alguma forma tenha marcado a sua vida e gostava agora que partilhe o tema e os motivos da sua escolha ah os motivos da minha escolha Olha o tema eh a deixa-me lá ver o o o a a ai h o nome exatamente do po é o nome é You never can tell pronto Este é estava-me a falhar agora o nome never can can canel do Chuck Berry eh porque é que eu escolho olha escolho porque é uma música Alegre e que me dispõe bem que ten um um bom ritmo e eu como enfim em miúdo agora já não e toquei bateria gosto do ritmo e e pronto e é uma música com que eu com que eu gosto imenso há muitos anos a escolha musical do Rui Rio ex líder do PSD convidado hoje deste dúvidas públicas este programa teve o cuidado técnico de Rui glória e Paulo Teixeira só na plastia de João Campelo imagem de Eduardo e Pedreira mão voltamos na próxima semana até para semana
2 comentários
Nem é preciso ser economista para entender que este OE é um desastre que vai sair muito caro aos portugueses, antes o PSD com o espirito mais troikista que e troika tirava tudo a todos, agora emanado com o espirito populista é dar tudo a todos, passa do 8 para o 80, vamos muito em breve precisar de um governo que seja sério e não embarque na politica do chico espertismo.
Dr. Rui Rio teria sido um grande PM de Portugal.