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André Azevedo quando dizemos que alguém tem a mania das doenças podemos estar a menoris um problema de saúde mental grave e que deve ser olhado com outros olhos ou seja não é apenas a mania das doenças não é apenas a mania das doenças a gravidade e este Isto é um clássico não é é determinado por vários fatores mas tem que ser olhado numa perspectiva séria e e rigorosa não é só a mania das doenças Este é o sair do labirinto eu sou o Paulo farinha e vou conversar com a psicóloga Andreia Azevedo sobre ansiedade Face à doença Andreia Azevedo é psicóloga Clínica há 20 anos formada na faculdade de psicologia da Universidade de Coimbra lida com vários diagnósticos mas nos últimos anos tem encontrado em psicoterapia cada vez mais casos de perturbação de ansiedade à doença Olá Andreia bem-vinda Este é de facto o nome que eu usei perturbação de ansiedade à doença é o nome atualizado ou corrigido daquilo que antes dizíamos ser hipocondríaca ou uma um hipocondríaco é o nome quer atualizado quer corrigido da perturbação eh do foro psicológico que subjaz aquilo que antes e falava dizíamos ou chamávamos de hipocondríaco H na última edição do do manual de classificação diagnóstica pela qual nós Os Profissionais de Saúde Mental nos nos regemos o famoso dsm5 o famoso dsm5 dsm o diretório das doenças da da da Saúde Mental creio que o manual de classificação das das doenças psicopatológicas de acordo com a associação americana de p Patria examente dsm5 porque é a edição a quinta a quinta edição portanto de acordo com o dsm5 edição exatamente H nós largou-se e o conceito de hipocondria por dois motivos um deles é tinha a ver com o estigma que associado à própria à própria perturbação ao próprio problema o hipoc o hipocondríaco é o maníaco das doenças é uma pessoa cheia de manias e que adora andar de médica em médica e a chatear os médicos portanto isto minava e E passou-se durante muito tempo a minorar quer a intervenção quer a forma como familiares amigos e comunidade olhavam para o o doente ou para a pessoa que sofria desta condição então então faça isto e de forma a minorar os este estigma associado largou-se eh o nome hipocondria e passou-se a chamar a perturbação de ansiedade Face à doença ou à doença porque e eh para também desviar o foco principal da perturbação não é a ansiedade portanto a preocupação com a possibilidade de ter uma doença portanto e e esta perturbação assim classificada no no famoso dsm5 eh entra Então dentro entro do Chapéu eh das perturbações eh de ansiedade entra no chapéu das perturbações por sintomas somáticos a antiga hipocondria é é aparece neste chapéu no dsm como perturbação de ansiedade Face à doença que se distingue específico com algumas especificidades da perturbação por sintomas somáticos porque é que isto é relevante então a hipocondria Foi dividida em dois é hipoc podemos dizer que sim foi dividida pelo menos em dois Então mas podemos dizer grosso modo e e para aquilo que nos traz a estas conversas a esta conversa sair do labirinto que uma pessoa hipocondríaca ou que antes chamávamos hipocondríaca eh é alguém que na verdade sofre de eh ou poderá sofrer de perturbação de ansiedade à doença é alguém que sofre ou que poderá sofrer de perturbação de ansiedade à doença esta preocupação obsessiva vou usar a palavra com a saúde e com a doença de onde é que isto vem é é genético é pela experiência da pessoa ao longo da vida pelo ambiente familiar em que em que cresce é tudo isto é pelo caldinho que o que o Paulo se costuma referir em antigas edições todos sabemos H ou pelo menos devemos saber que as perturbações do foro mental psicológico e psiquiátrico tem uma natureza multifatorial é extremamente difícil para não dizer Impossível chegar à raiz à raiz do problema como se costuma utilizar nas e mal utilizar e no senso comum esta saber de onde é que vem exatamente a perturbação de de ansiedade de ansiedade à doença então a pergunta seguinte já já que falamos deste caldinho então presumo que a covid tenha vindo piorar tudo isto certo acreditamos que sim empiricamente ou seja na minha prática clínica A verdade é que têm surgido muito mais pedidos de ajuda no âmbito desta condição acreditamos tentando fazer aqui alguma alguma análise mais compreensiva eh eu creio e e queremos de alguma maneira geral que a pandemia da covid veio a abrir veio funcionar como fator de risco para h para o desenvolvimento desta perturbação em pessoas já vulneráveis ou sensíveis Ou seja a ao contrário do que pergunto eu do que poderá ter ocorrido em algumas situações que é passar a falar-se mais de saúde mental e portanto a pandemia veio de alguma forma e ajudar a libertar algum estigma que havia em torno da Saúde Mental neste caso não veio fomentar mais porque se fala muito disso falava-se a toda a hora disso não falava-se a toda a hora disto éramos bombardeados com com várias informações sobre a evolução da doença sobre a mutação incontrolável e imprevisível dos vírus sobre as alterações e a minimização dos cuidados de saúde no setor público sobre todas as alterações dos cuidados de saúde o setor privado H muitas das informações desculpe Paulo muitas das das informações também tinham um caráter catastrófico eh até e isso na altura era relevante era relevante efetivamente porque a preocupação era diminuirmos o contágio portanto as pessoas tinham que levar aquilo a sério pronto e e o reverso da medalha neste caso naquilo que nos traz esta conversa hoje sobre perturbação de ansiedade à doença é que naturalmente pessoas com mais propensas poderão eventualmente ter esta perturbação terá sido acentuada exatamente ex veio veio abrir a caixa de pandora ou veio intensificar sintomas pré-existentes e e no seu caso na sua prática Clínica bateram lhe mais pacientes à porta com bateram bateram bateram e este bater mais à porta pode pode estar relacionado com eh o aumento de casos não é o aumento da incidência de casos ou também com e ou também com a maior predisposição à vontade abertura e reconhecimento para se poder falar do trabalho do psicólogo e da psicoterapia como uma resposta de qualidade e e as pessoas quando quando lhe batem à porta H chegam de uma forma natural Olha eu percebo que isto já me está a afetar demasiado ou os sinais del Alerta muitas vezes precisam de ser ou ou Alguém precisa de sinalizar e dizer alguma coisa como é que um alguém que acha que precisa de ajuda neste caso lhe chega de diversas vias h o o a pessoa pode já estar eh pode pode ter percebido quase desde logo que alguma coisa se passava e que a sua ansiedade era desmesurada H faça à probabilidade de vir a ter eh ou à possibilidade de vir a ter uma doença grave mas na maior parte das vezes nós já somos o fim nós psicólogos psicoterapeutas já somos o fim de linha depois de a pessoa naturalmente correr médicos multiplicar-se em pedidos de ajuda eh em diversas especialidades multiplicar diversos exames muitas vezes mais do que uma vez Então e o facto de os médicos poderem tranquilizar olha tá tudo bem as suas análises estão bem não há problema nenhum pelo qual deve análise ex seja o que for eh é uma componente do problema a tranquilização médica não é suficiente e às vezes até empola mais dúvida não é o médico que diz não está tudo bem está a ver os seus exames está tudo bem pode ajudar a deixar aquela pessoa com perturbação tade à doença mais ansiosa e mais preocupada porque porque o próprio médico muitas vezes ao notar a preocupação da pessoa vai se esforçar e bem para para explicar o resultado daquelas análises até porque sabe que este tipo de doente é um doente que depois vai fazer muita procuração vai buscar vai aole M vai ao chat GPT agora também não é pronto e então o médico naturalmente que se preocupa em dar informação científica e fid digna mas basta uma informação não ficar uma informação nova surgir ainda que completamente inócua do ponto de vista médico mas surgir eh e que não seja compatível com aquilo que a pessoa já tenha lido estudado ou ouvido para rapidamente a preocupação com a suposta doença que trouxe o doente àquele ao médico evoluir para a preocupação com outra doença ridente porque no fundo estamos a falar de pessoas que acreditam mesmo que há ali um problema não não não são pessoas que mentem ou que imaginam doenças elas acreditam piamente que que sofrem daquele problema realmente acreditam piamente que sofrem daquele problema e sofrem muito com esse acreditar piamente eu tenho eu tenho eu tenho estou-me a lembrar de alguns clientes que me dizem bom depois do meu estudo todo lá vinha o lá vinha o ter a psicoterapia cognitiva ou comportamental pronto um bocadinho com esforço o que o que é que isso significa quer dizer que é é aquilo que falava há pouco é a última linha é o último é aquilo que se lê é aquilo que já se leu sobre as as respostas de intervenção existentes para o problema e porque entretanto o médico ou o psiquiatra ou os amigos já alertaram para ov lá H tu se calhar não podes não ter uma doença grave isso ser difícil para ti de acreditar em mas já pensaste que isto pode ser algo h mais mental o próprio psiquiatra já alertar para isso e vai ter que fazer psicoterapia e e quais são exatamente esses sinais de alerta Quais são as coisas a que que as pessoas à volta chamam a atenção até chegar a um ponto em que o próprio reconhece que sim senhor que que há ali alguma razão nos outros e que e e nos sinais que o próprio identifica Quais são esses esta ansiedade Ou seja a resposta à à ameaça que se sente não é a ameaça à integridade física e ou psicológica da pessoa é visível e a pessoa começa ser isolar porque por um lado começa a precisar de evitar locais que que possam ser de risco ou que a possam expor à doença que naquele momento é temida ou então porque entretanto notou uma informação qualquer ou no trabalho ou aleatória na rua e precisou de ir para casa estudar Isto é muito comum H nas pessoas com uma personalidade mais obsessiva e e por isso pergunto eu pode-se por vezes confundir com com o diagnóstico do qual também já já já abordar no mental a secção do Observador dedicada à saúde mental e nestas entrevistas em particular o se do labirinto que é a perturbação obsessiva compulsiva É verdade isto a perturbação da ansiedade Face à doença é altamente comórbida com outras perturbações e a perturbação obsessiva ou compulsiva é uma delas e quando esta comorbilidade se estabelece a perturbação é mais difícil de tratar ou o tratamento é mais longo e tem que ser mais persistente existe um subtipo já agora na perturbação obsessiva ou compulsiva eh existe um subtipo que é o subtipo de saúde vem classificado assim e isso muitas vezes dificulta ao diagnóstico mas preciosismos pós profissionais dentro daquilo dentro daquilo que preocupa muito aquelas pessoas coisas ligadas diretamente à à sua saúde especificamente coisas ligadas à saúde ou ou e e ou à contaminação faça uma doença temida e fal falava do tratamento vamos a isso como é que se trata portanto um paciente chega ao seu consultório ou porque acha que precisa de ajuda ou porque já alguém lhe disse que precisa de ajuda e ele o reconhece enfim seja o que for que tenha que tenha levado àquele à aquele ponto como é que se trata uma perturbação de ansiedade Face à doença caso a caso não é que é o outro clássico não é caso a caso mas de uma maneira geral a H é preciso é preciso de alguma maneira nós terapeutas garantirmos que a pessoa está eh Consciente e motivada para tratar e a preocupação excessiva e não uma doença muitas vezes a agenda do terapeuta e a agenda do Doente quando o doente ou o cliente ou o paciente nos chega à consulta é diferente e portanto a primeira coisa a fazer depois do habitual da habitual apresentação a primeira coisa a fazer é a chamada psicoeducação ou e e garantir que as agendas se encontram que o cliente sabe que está ali porque tem uma ansiedade um problema de ansiedade excessivo e eh sem fundamento médico para em relação à possibilidade de ter uma doença e que essa intervenção passa eh pela ajuda do psicólogo ou do psicoterapeuta e portanto então vamos falar então sobretudo de tratamento da ansiedade lidar com Aquela ansiedade vamos falar sobretudo ou seja eh sendo a ansiedade h a componente Central eh desta perturbação nós eh nós vamos fazer um uma psicoeducação que que habitualmente fazemos nas perturbações da ansiedade mas dirigida para a ilusão do controle e para h e e e e para a a a forma como o problema em termos mentais se se se manifesta e como e como afeta aquela pessoa no seu e como afeta aquela pessoa no seu no seu dia a dia e esse esse quando se fala de do tratamento dar início a um tratamento dar início a um processo de psicoterapia H há pouco falava também na duração que que pode variar estamos a falar de quantos meses quantas semanas quantos ou mais tempo ainda de de de de acompanhamento regular para alguém que tenha uma perturbação de ansiedade Face à doença eu diria que obviamente vai depender de muitas coisas e particularmente traços de funcionamento de de personalidade e das condições contextuais mas eu diria que menos de 15 a 20 sessões não serão suficientes ora 15 a 20 sessões e uma com uma periodicidade semanal quinzenal eu preferencialmente quinzenal ou seja portanto estamos a falar pelo menos uns qu meses quatro não uns se uns seis meses pelo menos meio ano pelo menos meio ano e e as pessoas ao fim de umas consultas ao fim de umas sessões ao ter a noção que vou ter que semanalmente vir aqui sentar-me falar com esta pessoa sobre este problema sobre esta minha preocupação isso é acompanhado de alívio é acompanhado de preocupação como é que as pessoas reagem à ideia de Isto vai ser um processo que ainda vai vai demorar algum tempo de diversas formas não é hum a maior parte das vezes falo falo no caso dos meus consultórios uhum quando a pessoa me chega já vem encaminhada habitualmente pelo médico psiquiatra já vem ali com o primeiro com já vem relativamente motivada para estar ali até porque a literacia quer em Saúde Mental quer até eh em relação à à forma como a psicologia em consultório se funciona tem vindo a aumentar portanto as pessoas sabem que não se reduz a uma consulta a duas ou a três de que é um processo relativamente longo algumas pessoas experimentam efetivamente esse alívio o alívio que vem para já do facto de ser a primeira pessoa em muitos casos que encontram e que lhe diz isto não é a uma Manias da sua cabeça e que valida a a preocupação porque o o doente o cliente sofre imenso Então e o psicólogo que lida com um paciente que sofre de perturbação de ansiedade Face à doença é muitas vezes a primeira pessoa eh que valida aquilo que ele sente e que que entende aquele sofrimento se não é a a primeira pessoa É dos primeiros É dos primeiros e É dos primeiros a fazê-lo de uma forma impactante naturalmente porque tem obrigação de de conseguir fazer isso eh mas sim a normalização e a validação do sofrimento e dos Estados do sofrimento e da dor psíquica é a plataforma a partir da qual nós trabalhamos e e e isto parece que nós não estamos a dizer nada de especial nós estamos a dizer muito nós estamos a quebrar Barreiras nós estamos a a quebrar a resistência habitual eh nós de nos encontrarmos a falar sobre nós sobre questões muito dolorosas num ambiente tão íntimo A exposição é enorme e o sofrimento associado à perturbação também é enorme portanto não seremos das podemos em muitas situações somos das primeiras até porque familiares amigos naturalmente já estão já estão fos já fizeram um longo caminho exatamente já já fizeram um longo caminho a tentar mostrar já estou fto que esteja sempre a falar de medicamentos exatamente já já Já sabes que os exames deram negativos Já sabes o médico já te disse os médicos já te disseram por três vezes ou mais que tu não tens nada já te dissemos para parar de dar informação à tua cabeça agora só não mudas porque não queres ui mas isso não é assim pois não Mas isso não é assim Andreia e e quando h quando falamos de de de uma abordagem a este a este problema disse-me que muitas vezes os pacientes lhes chegam já vindo encaminhados por por um psiquiatra então muitas vezes o tratamento de uma perturbação de ansiedade Face à doença além da psicoterapia implica alguma medicação pergunto eu eu diria que E aí não vou buscar o clássico eh Depende da situação não vou eu diria que na maioria das vezes é necessário o famoso inibidor de recaptação da serotonina ou outro que o médico entenda que faça mais sentido para aquela pessoa estamos a falar sobretudo ao nível de antidepressivos enfim não vamos falar sobre isso A Andreia é psicóloga não prescreve isso é o papel dos dos psiquiatras mas eh da sua experiência Clínica um acompanhamento com medicação é mais eficaz no tratamento de juntamento com a psicoterapia no tratamento de alguém que tem uma perturbação de ansiedade Face à doença na maioria das situações H tende a ser mais eficaz a estabilização com a medicação numa fase inicial na maioria das situações obviamente que dependente da severidade mas naquelas que eu recebo habitual mente a perturbação já tem algum grau de severidade e de impacto na vida eh precisa de uma estabilização primeiro porque o trabalho depois a medicação ajuda aquela pessoa a estar mais recetiva ajuda a pessoa a estar mais recetiva e ajuda a pessoa h a lidar de uma forma menos assustadora com e as práticas que nós vamos fazer dentro e fora do consultório a chamada exposição exposição à situação de temida Ah porque por vezes o o tratamento passa por o quê ir a locais que a pessoa pode pensar que estão contaminados por exemplo pode passar por ir a locais que a pessoa possa pensar que estão contaminados sem a sem sem haver a possibilidade de fuga não é com o terapeuta a modelar e a trabalhar a regulação da ansiedade e do medo naquela situação portanto é é é um é uma prática de corre regulação da qual eu eu de facto em cuja eficácia eu acredito bastante uhum a intervenção passa também por ajudar a identificar e a reconhecer os chamados comportamentos de segurança e evitamento e comportamentos de tranquilização que não tranquilizam nada mas que tornam a pessoa dependente daquele efeito de tranquilização a curto prazo que é tu não tens nada ok muitas vezes eu tenho que sacar é preciso nós sacarmos da frase Então e se tiver Então vamos cá pensar os dois e se tiver diga-me o que sente diga-me o que pensa e o que é que podemos fazer ou não fazer se tiver ou efetivamente vier a ter porque olha Ninguém está livre e essa validação é muito importante para para a pessoa sentir que é ouvida que eu diria Essa confrontação validante Andreia h o a perturbação de ansiedade da doença eh manifesta-se habitualmente mais numa determinada idade noutra mais na infância adolescência idade adulta há dados sobre isso os dados que nós temos são da antiga hipocondria portanto para sermos rigorosos parece-me que ainda não temos muitos dados consistentes em termos de prevalência e incidência da perturbação nos nos diversos ciclos ciclos de vida no entanto acredita-se que ela é muito pouco comum na infância e tende tende a surgir na adolescência a partir dos 16 17 18 anos Aliás já é muito comum os adolescentes desenvolverem uma preocupação elevada Nem sempre desproporcional mas elevada com a sua condição de de saúde e e em em em jovens com o caldinho pronto a perturbação aí pode aparecer numa primeira fase tende a aparecer de uma forma pontual não é há aquele de uma forma episódica aparece ali é tratado h e nunca mais volta noutras situações vai aparecendo ao longo da vida e de cada vez que aparece é mais impactante portanto não podemos adiar a intervenção S são crises que depois vão V vão aumentando de intensidade reincidindo exatamente e é mais frequente em homens ou em mulheres ou não há dados sobre isso também não há dados sobre isso e os dados que existem com algum Rigor Eu também diria que são um bocadinho falíveis tradicionalmente assumia que as mulheres quer por fatores genétic quer até por fatores contextuais e tinham mais tendência a desenvolver perturbações de ansiedade do que os homens Nós não sabemos se isso tinha se isso tinha de facto a ver com uma com uma prevalência estatística ou com H com o facto de as mulheres tradicionalmente verem mais facilmente à consulta e procurarem mais facilmente ajuda do que os homens é um hábito cultural que esteve posso exatamente agora o que eu posso dizer é que a maior parte dos clientes com ansiedade com perturbação de ansiedade Face à doença que eu tenho neste momento em consulta são homens naquilo E e esse nessa alteração nesse crescendo que verificou que foi verificando nos últimos anos nesse crescendo que foi verificando nos últimos anos muito bem muito bem andr estamos a aproximar-nos do do do final da nossa entrevista mas não queria deixar de lhe perguntar H é possível que já todos nos tínhamos ou muitas pessoas já se tenham cruzado com alguém que possa ter aqui algum ch ou alguns sintomas daquilo que acabamos de de falar como é que como é que nós podemos ajudar alguém que nós achemos que tem a mania das doenças qual é a melhor forma a forma mais eficaz de de podermos contribuir para que para tranquilizar essa pessoa ou para conduzir eventualmente a uma a uma ajuda especializada é um é um apoio informal muito paciente que tem que ser que deve ser muito paciente e muito cuidadoso Eu compreendo que tu estás aja cheio cheio cheio de medo se eu se se essa preocupação também estivesse dentro de mim dessa forma de certeza ou por certo que eu também estaria assim muito assustada Isto é a validação depois nós também terapeutas precisamos de que adjuvantes na vida da pessoa não é o que é que isso significa significa parceiros os parceiros informais H da terapia aquela pessoa que vai dizer olha lembras-te o que combinamos fecha a Google se faz favor não vais pesquisar mais Ok não alimentes mais eh a expressão inglesa don’t feed your fears não alimentes mais os teus medos Ok portanto Anda aqui e vamos vamos ao padle ou vamos ou ou vamos fazer outra coisa que sabemos Ok tentar distrair mas mas sem menoris sem menoris e há uma outra questão também que é mais difícil que é o lidar com as tranquiliza diz-me por favor que está tudo bem Já sou eu a exagerar outra vez não já e e claro que o amigo o marido ou a mulher vão querer dizer está tudo bem claro que está tudo bem mas esta tranquilização aumenta a perturbação e a médio a curto prazo portanto H então quando alguém nos diz diz-me por favor que tá tudo bem O que é que podemos dizer o que é que o que é que podemos fazer para ajudar a pessoa a sair desse labirinto e até caminhar em direção a um possível tratamento é uma ajuda muito paciente e tranquilo e e e validante se eu estivesse no teu lugar se eu estivesse com tanto medo de ter uma doença destas eu também estaria eh tal como tu extremamente preocupado e sentiria a vontade de procurar e de saber mais mas lembra-te lembra-te o que é que o médico disse lembra-te o que é que os exames demonstraram Temos que confiar agora não te esqueças eu não sou a pessoa eu não sou profissional portanto eu não sou a pessoa indicada para melhor te tranquilizar estou aqui para te apoiar e para para te acompanhar eh nesta preocupação mas eu não sou profissional e ao fim da conversa de hoje o saí do labirinto desta edição foi sobre perturbação de ansiedade à doença para nos ajudar a perceber um pouco mais sobre este problema de saúde mental tivemos connosco a psicóloga André Azevedo eu sou o Paulo farinha até a próxima