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mais uma semana mais uma viagem pela nossa língua portuguesa que é tão bonita está no ar o português suave todas as semanas viajamos pela língua portuguesa com o linguista Marco Neves linguista Estrela do T eu gosto sempre de vocês ficar jeito examente sem jeito é uma boa expressão podemos ir mais à frente bem-vindo de volta estiveste na China na China com alunos portugueses alunos portugu tit à China mais tarde ou mais sabes falar chinês não não sei já sei umas palavrinhas agora que fui lá apanhando aqui ali mas é a língua é muito diferente não é e é curioso há muita coisa a dizer sobre sobre as línguas da China porque por exemplo nós nós tendemos a achar aqui em Macau se fala aquilo que nós chamamos Mandarim Mas eles têm uma língua diferente que é um cantonês que é partilhada com ali com aquela região eh mas isso fica para um episódio sobre Ficamos um dia só fazer um episódio especial sobre mas eu estive lá estive lá a falar com alunos de português com professores de português e num congresso também sobre sobre Camões isto de falar da língua também tem estas e podemos dizer vantagens ou desvantagens porque a viagem fo grande mas eu gostei muito claro gostei muito de de lá ir conhecer o país bem Ora bem ora é o português suava chegar ali fronteiras e é mesmo isso que vamos fazer já a seguir porque vamos eh como sempre à nossa primeira rubrica vamos a expressão a palavra que marcou a atualidade desta semana vamos à língua nas notícias língua nas notícias ora eh Marco que palavra é que escolheste para esta semana bem nós muitos temas Há muitos temas mas há um que se está a aproximar a grande a grande velocidade da nossa do do presente digamos assim ou nós estamos aproximar-nos dessa data que será as eleições nos Estados Unidos Aliás elas já começaram porque já estão a a votar há bastante H Há muitas semanas Falta pouco mais de uma semana para conhecermos O Vencedor ex que é sempre a terça-feira é dia próximo dia e é um e é um um evento um acontecimento muito marcante para o mundo todo como nós sabemos não é só nos Estados Unidos e o que aqui o que eu gostava de apontar é para a palavra eleitor neste caso somos eleitores também dá para nós Sim nós não vamos votar nestas eleições e mas mas vamos vamos olhar e ver os resultados eh O que é curioso e e isto também tem que ver com a tradução é que nós temos uma palavra eleitor eh mas os neste caso os americanos os norte–americanos usam eh duas palavras diferentes neste Neste contexto eh eleitor dá para elector uhum eh que tem as duas palavras tem mesma origem Latina aquela pessoa que escolhe não é eh mas em se nós vimos bem nas notícias em inglês americano raramente eles usam Electro quando estão a falar do Dia das eleições ou ou nunca porque usa o voter eh e o voter é o votante o eleitor e comum qualquer um de nós que vai votar eles reservam a palavra elector para outra coisa que tem que ver com o sistema eleitoral norte-americano eh na verdade eles estão eles estão a votar para eleger os electors e que que são as pessoas que depois vão e semanas depois há um grupo de pessoas que vai de facto dizer quem é que são quem é que vai ser o presidente na prática e isto é o colégio eleitoral colégio eleitoral Exatamente é o colégio eleitoral e eu isto não é um programa sobre política americana Claro mas mas temos uma América dividida já temos mas é só é só para lembrar que quando nós traduzimos por vezes eh Há estas diferenças que são curiosas entre as línguas e o inglês em particular é uma língua que tem muitas muitos binómios destes eh neste caso são duas palavras eh voter elector que vêm do latim por vias diferentes mas eles têm muitos outros binómios que são de origens diferentes porque é uma língua um pouco híbrida eles têm muitas palavras que vêm do do do germânico palavras próprias deles eh mas depois também tem muitas Palas que foram roubar à outras todas Eles são muito são muito digamos ladrões de palavras desde sempre e depois tem aqueles binómios como Pig é o porco mas quando o porco morre é elevado a Pork que é a palavra o Pork vem do mais das da das línguas latinas o pig mais da da ou seja H estes binómios todos Freedom Liberty portanto é é uma língua curiosa e quando nós traduzimos por vezes é difícil encaixar como acontece sempre e caixar estas as duas línguas e e hoje para a língua das notícias era isto era de falar do eleitor que que na América se divide em dois muito bem Se tiver alguém a ouvir-nos dos Estados Unidos pronto certeza aqui há alguém certeza C enviar um pequeno e-mail para português @ iso e e Aliás já que estamos a falar dos Estados Unidos mais uma dúvida diz-se em Ohio que é difícil dizer também Ohio ou no Ohio eles tem às vezes uns nomes de estados muito difíceis Olha vou responder a isso na próxima secção pode ser vamos a isso então vamos ao mapa da língua mapa da língua a rubrica em que viajamos pelo país para desvendar as pressões regionais do nosso Portugal e hoje Marco vamos mesmo falar do mapa em si vamos a isso dos nomes que estão no mapa nós temos eh os nomes que estão no mapa são os topónimos Tecnicamente e nós temos nomes de países cidades regiões estados dos Estados Unidos Por exemplo Ohio de províncias também noutros países e há uma característica que por vezes as pessoas not então quando estão a a conversar e t alguma dúvida que é muito curiosa nós em português podemos ou não usar o artigo definido e depende antes antes do país e do estado e da cidade e da cidade dependendo do do do caso em particular e eu já recebi muitas perguntas mesmo antes de termos aqui o nosso português suave e já recebia muitas vezes esta pergunta eh quando é que se usa o artigo e quando é que não se usa temos o caso por exemplo o porto eu vou ao Porto tem o artigo o porto é uma cidade temos o caso a guarda a guarda é uma cidade a Nazaré h e e e depois dizemos Lisboa Lisboa é uma cidade eh nós nunca dizemos a Lisboa e as pessoas perguntam Qual é a regra e não há regra nenhuma is sab por exemplo o caso de de Portugal porque eu Portugal eu brinco muito com meu pai e com o meu irmão antes dos jogos da seleção nós costumamos dizer vamos ver o Portugal exato muo à francesa exato exato exato que não que não não é clar em em Portugal em português nós não dizemos Portugal com com com artigo eh mas dizemos a Itália Itália dizemos na verdade nos países todos quase sempre temos artigo algumas exceções eu dizia há pouco não havia regra algumas tendências algumas tendências e por exemplo no caso dos países vamos começar pelos países os países têm quase sempre artigo eh nós dizemos a Rússia e a Lituânia a Alemanha a China o Japão ag estamos a tentar encontrar um Quais quais é que não TM tentem lá encontrado já fizemos um aqui mesmo agora o Brasil tem sim o Portugal Portugal não tem não sei se é por ser nosso mas Portugal não tem curiosamente há aí uma cu mas tentem lá mais algum Espanha a Espanha dizemos a Espanha em geral ou não mas isso é um outro caso suam poss ajudar Angola não dizemos Com artigo é Angola Cabo Verde também não dizemos Com artigo o Cabo Verde pois não dizemos o Cabo Verde dizemos Cabo Verde só eu eu sinto que a minha cabeç explodir Timor também não dizemos Timor pois portanto há aqui uma certa tendência para países da mas o Brasil já dizemos não é uma regra mais uma vez mas parece hav uma tendência para países com a língua portuguesa não ter o artigo mas depois também temos Marrocos a irritar noos um pouco aqui a regra porque Marrocos também não leva artigo pois dizemos só Marrocos portanto não há propriamente uma regra mais uma vez mas vemos é ali que os falantes têm uma tendência mas é sempre uma tendência com tantas exceções que fica tudo baralhado e depois perguntam e não eu agora fiquei ou seja nós temos é de aprender basicamente para cada palavra temos de aprender e esta característica um estrangeiro quando aprende português tem de saber o que aquela palavra tem ou não tem é quase como se fosse uma letra da palavra Ou seja faz parte da própria da da própria palavra tem de estar no eh assinalado não é uma regra Mas voltando portanto temos países em que eh quase todos TM artigo alguns não têm muito poucos temos cidades que é ao contrário precisamente quase nenhuma tem artigo Mas algumas T eh temos o porto que tem artigo aguarda mas depois vamos começar a a ver Faro Lisboa podem começar por aí a a dizer cidades que poucas têm poucas tê artigo eh depois regiões muitas têm artigo eh os estados também costumam ter artigo portanto a tendência para dizer no Ohio eh haverá exceções como sempre eh e e e basicamente não há muito mais a dizer exet duas coisas que eu vou dizer não se importarem há sempre mais alguma coisa a dizer alguns casos de terras em que há variação e costuma dar origem a pancada digamos virtual bom Como por exemplo quarteira eu aqui vou perguntar Aos aos nem vou dizer vou perguntar aos ouvintes que quiserem enviar para Dizem na quarteira ou em quarteira Quira este aqui eu sei bem visto mas não vais dizer não vamos esperar que as pessoas se reajam eu posso dizer que por exemplo no caso da terra da minha mulher da Zélia que é ponto de sor eh todos todos todos nós dizemos em Ponte de sor mas as pessoas de lá muitas vezes dizem a ponte de sor na ponte de sor mas não se irritam a elas sabem que as outras pessoas dizem de uma maneira nós tivemos aqui um debate a certa altura por uma notícia já não me recordo qual que era a questão de é no Marco de cada vez ou em Marco um caso desses em que há uma certa variação portanto há terras em que há uma luta entre os as pessoas que lá estão e as pessoas que estão de fora e depois há um outro caso este este relacionado com os países que temos quatro países em que Varia muito da frase e do gosto da pessoa e esses quatro países é França Espanha Inglaterra e Itália nós costuma temos tendência hoje para dizer eh sem artigo há uma certa tendência mas é perfeitamente possível encontrar textos e desde sempre a dizer a Itália é um belo país eh a Inglaterra a Espanha ou a França eh portanto Aqui varia aí já já é uma decisão de cada de cada falante portanto há Este grupo H diferente de países em que nós podemos usar ou não ou não usar os outros países nós ou usamos ou não usamos e e cada palavra tem isto bem bem definido pronto é olha eu posso vos dizer uma coisa as pessoas irritam muito com quando alguém diz venho da França algumas pessoas eu até muito tarde na minha vida disse na França pronto mas mas na verdade tradicionalmente era assim mas os falantes estão estão a começar a empurrar estes países para não ter artigo o que me leva a crer isto é uma teoria minha não não é como como é quer dizer não é uma investigação lingu não é científico mas a a minha teoria é que os países mais próximos tendem a não ter o artigo sim faz sentido França it Marrocos também próximo é curiosamente é a próximidade é mesmo física mas também pode ser cultural Cabo Verde angola no entanto o Brasil lá lá está vem sempre vem sempre algum que vai atrapalhar Dios o Brasil muito bem que bela viagem Bela viagem vamos fechar o português suave como sempre com o nosso momento scubidu em que desvendamos os mitos neste caso os mitos da língua vamos ao scubidu gostaram gostaram desta adorei oido or já não vejo oid há muito tempo já não vejo oid há muito tempo mas mas tem que sados tem que sados ora eu já não me lembro como é que se chamava o dono doid era o shi acho eu vais ser vais ser tu o nosso shi Marco vais Vais ser tu a pôr fim a este mito Qual é que nos trazes hoje vamos o mito de certa forma está relacionado com aquilo que nós estávamos a falar até aqui tem que ver com os nomes PR pedius não só de pessoas mas também de países e de e de regiões isso também já deu muito debate is anda tudo ligado como se costuma dizer a tradução destes deste sim porque a certa altura por exemplo nos jogos de futebol eh que nós que nós temos que a chequia a famosa chequia por exemplo Esse foi o último foi o último grande eu peço desculpa mas eu não consigo perceber o que da chéquia não tinha pensado falar da chéquia mas posso-te dizer que o que o que o que se passou aqui foi quando a checo Eslováquia se separou em duas nós tínhamos ali a Eslováquia à à Montemar não é dizíamos dividiu-se tiramos a a parte Inicial é a Eslováquia eh no caso do da checo nós começamos a usar a República Checa porque era o nome oficial mais longo e nunca nos habituamos a dizer o o nome curto quase todos os países têm não é H agora o a própria República Checa o governo eh insistiu para que várias instituições usassem o nome o nome curto mas eu eu sei que muitos checos também não gostam disso sim eu eu falei com alguns no europeu Portugal jog contra a séquia e muitos diziam que era apenas uma questão de marketing que foi vendido como S uma questão mar era mais curto É só uma questão para nós porque se calhar as crianças que nasceram entretanto e vão aprender a dizer os meus filhos di est e eu até fico acho estranho eles dizerem Mas então mas não é esse o nome eu tá bem Pronto mas pois Mas mesmo em termos de tradução dos nomes próprios que era o que estavas a dizer já questionamos aqui por exemplo a questão de haver frankfort por exemplo Frankfurt há há uma O mito é os nomes próprios não se traduzem e é que às vezes não se traduzem mas não é uma regra portanto este esta esta regra não se aplica a todos os casos Vamos lá ver os nomes próprios não são só as pessoas H são os países as cidades as regiões no caso dos países Nós traduzimos quase todos quer dizer nós nós dizemos chequia ou República Checa em português não dizemos em cheo e nós dizemos sei lá Inglaterra exatamente nós dizemos China não dizemos não sei muito bem como é que se diz aprendido mas mas o o o o quer dizer que nós traduzimos o nome próprio dos países nós traduzimos o nome próprio de algumas cidades e aqui Começa a complicar porque algumas têm tradução outras não normalmente são as cidades mais importantes Londres tem Nova York tem tem uma uma tradução Paris não é bem uma tradução Mas é uma leitura diferente em portuguesa Eh agora há algumas cidades que já tiveram este nome como Franc forte não é eh angora que era a capital da Turquia auau quecada não é que depois deu deu um certo tecido que é angorá que nós só usamos nesse e as pessoas discutem é então mas porque é que nós dizíamos Franco Forte e dizíamos e mas é assim houve também pessoas que alguns especialistas na língua que há umas décadas decidiram começar a criar eram da opinião que todas as cidades tinham de ter um um nome em português então criaram nomes como oxonia para Oxford que foram buscar o latim cbis acho que era cinco para Cambridge H mas Pronto quanto às quanto às pessoas aqui se vocês diz Então as pessoas não se traduzem de certeza mas algumas traduzem-se por exemplo os os nomes dos Reis da da Inglaterra do re Unido e os Papas também se traduzem o era tradicional Ou seja hoje nós tendemos a não traduzir mas mais uma vez não é uma regra é uma tendência que foi crescendo até chegarmos a um ponto em que a maior parte das pessoas diz diz isto e eh mas se formos ao século XIX o o Júlio Verne era Júlio Verne não era Júlio Verne ah havia o leão tolstoy havia não sei quantos escritores com nomes e e mais as próprias pessoas não se importavam nada de mudar de nome de de língua para língua par mais internacional não é sim iam falavam com uma pessoa de outra língua diziam o o seu nome na na língua dessa pessoa era era um era um hábito que nós fomos perdendo e hoje todos nós tentamos não e atropelar o nome das da das outras pessoas mas este diria que é um mito eh não quero dizer que seja completamente falso no sentido em que há uma tendência forte para não traduzir o nome das pessoas mas é mas se alguém acreditar que não se pode que é uma regra que é algo que nós ensinamos por exemplo aos alunos de tradução isso isso é um mito uhum Marco para fechar e antes de fecharmos este episódio sim ouvimos dizer que tens um presentinho para mostrar aos nossos ouvintes para falar também não um grande presente um grande presente sim ago é precisamente tem mesmo que ver com esta última Nossa rubrica não é que que é um livro que eu publiquei há poucos dias pela Guerra e Paz que se chama que di ou quer e que é sobre mitos e disparados da os empregados de de café devem estar tão orgulhosos desse desse título ou ou não porque o livro não diz propriamente pois pois não diz propriamente bem Ficam ficam felizes a ver a capa depois le depois quando leem não mas eu digo que aquilo é uma piada e não há mal nenhum mas há algumas pessoas que acreditam que de facto dizer criam café é um erro e e eu já encontro e normalmente não são os empregados de mesa os empregados dizem aquilo brincadeira cem com os com com os clientes mas há mesmo pessoas que dizem que não não se pode dizer queria porque isso é perito perfeito e e eu digo é É verdade mas depois há há há digamos razões muito fortes para podermos usar isto mas não vamos falar vamos se Car podemos ter um episódio não sobre o livro em particular mas sobre esse mito que é bastante interessante mas pronto queria já não quer é um livro também tenho de fazer Às vezes alguma publicidade aqui Ora bem queria já não quer nós queremos sempre nós queremos sempre todas as semanas é isso para a semana cá estaremos e para mais um português suave e já sabem Podem enviar dúvidas para portuguess suave @ observador.pt com os dois s de português e de suave sem circunflexo muito bem a ficar muito profissional a dizer o nosso e-mail Obrigado Marco até PR semana até PR semana