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Esta é a história do dia da Rádio observador como é viver no bairro do zambujal o que se diz Neste País detrás dos Montes a Vila Real Santo António no Algarve é que o bairro zj é uma camada de assassinos pá Somos Ladrões somos isso e nada disso Corresponde à verdade nós mostramos O que é o bairro dejal Senor André Ventura ele que venha aqui que vai ser bem recebido como aqui uma cachupa que estas pessoas sab o Cabo Verde sabem fazer e vai conhecer o bairro zambujal há muita gente digna aqui nós queremos é que seja reposta à verdade e queremos que pá a paz volte Gilberto pinto é murador do bairro do zambujal e falou a uma reportagem da CNN é uma das muitas vozes que apelam à serenidade só quero poder ter paz no sítio onde vive na Freguesia de alfragide no Concelho da amadora o bairro do zambujal até aqui desconhecido para a maioria entrou no trilhão das notícias como palco de tumultos Mas afinal Como será a vida no Bairro e o que conduziu esta situação e como se sai daqui São perguntas para Mário Linhares presidente da associação hent que entrou no bairro há anos como voluntário dos Missionários da Consolata eu sou o Ricardo Conceição e esta é a história do dia de segunda-feira 28 de outubro bem-vindo Mário Linhares Obrigado pelo convite Ricardo é um prazer estar aqui há quanto tempo trabalha no bairro do zambujal e já agora explique-nos o que é que faz aí eu conheci o bairro de tramb Jal em 2002 Ah quando comecei a fazer voluntariado lá e das primeiras atividades que fiz foi Alfa tização de adultos aulas de guitarra para crianças acompanhamento de estudos e isto porque os missionários da consulata começaram a trabalhar lá e eu estou ligado aos missionários da consulata Há muitos há muitos anos e El vindo para lá e havendo tantas necessidades eu acabei por responder assim eu tenho aqui UMS temp umas horas do meu sábado que consigo eh dedicar a este bairro e esta comunidade portanto a minha história de ligação ao bairro é esta e esse é um trabalho que continua a fazer SIM neste momento já não Exatamente isto portanto entretanto eu com um grupo de amigos criamos uma associação que se chama adentes e que neste momento trabalha com associações do bairro que que estão lá e que estão sediadas lá eh com pres Associação casa que foi criada por jovens que nós conhecemos nesta altura em 2002 e neste momento até estamos a fazer um projeto bastante grande no bairro que se chama zambujal 360 em que a ideia é dar a conhecer o bairro pelos motivos melhores que tem multiculturalidade por isto por aí e conhece obviamente muito bem o bairro Qual qual é a história deste bairro pois Exato eu tive que estudar um bocadinho a história do bairro porque eu próprio queria perceber como é que isto acu não é como é que estas pessoas foram para ali como é que este Barro foi construído e tem uma história muito muito interessante porque ele fica localizado em alfragide mas quando ele foi construído ainda não existia o município da amadora portanto este Bairro quando foi construído pertencia a Oeiras Uhum E durante muitos anos foi assim até que amadour se tornou município e nessa altura passou para a amadora pertenceu à Freguesia da Buraca também durante muitos anos e na reorg de freguesias este bairro dejal era o único que estava do outro lado do ic19 E então nessa reorganização passou para a junta de FR ao fragio portanto mesmo esta história já diz muito né de primeiro pertence a um município depois perten a uma Freguesia e agora pertence a outra Freguesia o bairro quase que está entalado entre vi vias rápidas não é exato exato embora quando eu fui construído Não havia não haviam estas vias rápidas portanto a história é muito antiga porque a antes de haver aqui alguma construção em alfag havia O Aqueduto das francesas que é um Aqueduto secundário que ajudava a lvar água ao acuto principal Uhum E o que aconteceu foi que no final dos anos 60 com as grandes cheias de 68 muita população nos arredores de Lisboa ficou desalojada e o estado de novo começa um fundo de fomento para a habitação e constrói alguns bairros um deles um dos primeiros que vem desse projeto é o bairro dejal Hum que tem um projeto muito interessante portanto os arquitetos quiseram logo incorporar esse tal acuto que existia no planeamento urbano portanto esse Aqueduto acabou por dar uma rua pedonal ao bairro que é a rua das mães d’água e as primeiras pessoas que foram habitar este bairro no fundo são Esse é essa população migrante Portuguesa que foi trás dos Montes das Beiras do alentejo que vivia em Lisboa à procura dehas condições de mas em condições muito precárias e foram essas pessoas que foram para ali viver no início dos anos 70 e hoje eh qual é o desenho da população aí no bairro Quais são as principais comunidades Hoje existe portanto a principal comunidade é a comunidade portuguesa esta comunidade migrant que é uma comunidade muito interessante porque são pessoas que na maioria tem a quarta classe mas os filhos já fizeram cursos universitários portanto tudo ISO ao nível sociológico é muito interessante analisar Depois temos uma segunda comunidade muito forte que é a comunidade cabo brigan que também é uma comida muito interessante porque prestou muitos serviços eh ao nível de trabalho doméstico trabalho de construção civil não é portanto e cujos filhos também a maioria estudou eh e fez cursos universitários portanto muitos amigos que eu tenho do bairro uns são físicos outros são assistentes sociais portanto é outos são veterinários Uhum E isto é uma é uma leitura que às vezes nos escapa porque nós exatamente esquecemos que esta geração que vai que migrou emigrou e emigrou tanto os portugueses como os Cabanos os filhos deles ao estarem em Lisboa tiveram acesso a oportunidades que que às vezes nós parece que não queremos ver não é pronto e a terceir o terceiro grande grupo é a comunidade cigana que é comunidade portuguesa também uhum hum e que também inicialmente nos início an est migrou do além pejo para para ali e que depois com mais demolições de bairro em Lisboa do Bairro das fontainhas outros bairros muitos deles muitas famílias vieram mais tarde já nos anos 80 90 eh também para o bairro portanto é assim um bocadinho esta mistura Estas são as três comunidades principais e e convivem ou vive cada um no seu canto do bairro eles portanto os primeiros anos do bairro H os primeiros mesmo portanto anos 70 e 80 a vi vida era muito as pessoas contam que era muito feliz as pessoas davam-se todas muito bem Era assim uma vida de bairro tudo muito entusiasmado por ter uma casa pronto depois há ali uma uma fase difícil anos 90 com drogas muito fortes portanto tava aquilo que nós sabíamos que acontecia no casal ventoso acontecia al também e isso marcou muito muitos jovens e alguns porque a coisa correu mal e acabaram por morrer e outros porque viam os amigos a morrer disseram eu não quero isto para mim e eu eu tenho que fazer qualquer coisa para mudar isto portanto muitos dos mediadores sociais jovens que criaram associações que trabalham no barro são jovens que tiveram esse apelo de dizer eh temos que fazer qualquer coisa para que isto não continue H portanto nasceu de dentro também é bonito isso de ver uhum e neste momento e as relações são muito pacíficas entre comunidades H ou seja a comunidade portuguesa cab G dão-se muito bem é muito muito pacífica pode haver às vezes algum desentendimento de uma família com outra mas são coisas muito pontuais não tem a ver com grandes grupos quando falamos nestes bairros por vezes temos esta estas imagens de que e o bairro não sei medirá o Mário o bairro é uma espécie de uma ilha uma zona quase impenetrável como é que é o bairro do zambujal aí na Freguesia de Alfred é uma ilha é é algo é uma rua por onde se passa explique-nos lá exato o bairro é interessante porque quando ele foi construído ele de facto era uma ilha porque não havia mesmo mais nada à volta alfid não existia e depois eh nos anos 90 construíram muito houve muitas cooperativas de habitação alfo foi crescendo e o que aconteceu de facto foi que com a transformação daquela estrada que ligava cim para Lisboa se transformou no B1 e depois a crio o bairro Ficou ali nessa nessa Encruzilhada e muitas pessoas passam por ali para ir ao Ita ou alfragide mas não há propriamente razões para ir ao bairro de bambo Jal a não ser quem vive lá uhum ou então alguém que precisa de ir à agência portuguesa do ambiente porque também fica dentro do baral o que e isto é um é curioso porque as pessoas valorizam muito isso as pessoas que vivem no bairro olham com muito bons olhos vem com muito bons olhos a presença da agência portuguesa lá do ambiente e portanto desse ponto de vista eu diria que para uma pessoa que não tem nenhuma ligação ao familiar Ou é difícil encontrar razões para ir ao Barro dejal de facto pempo ele continua a estar um bocadinho isolado também por esse motivo é que nós estamos a fazer este projeto que tem uma componente arte urbana e que temos levado muitas pessoas ao bairro para no fundo abrir as portas do bairro porque o bairro é grande não é só uma Rua de facto tem duas fases de construção os arquitetos quiseram fazer ruas largas boa exposição solar tem muitos Jardins tem duas ruas pedonais e quando as pessoas entram pelo bairro adentro e circulam l dentro ficam geralmente muito surpreendidas pela positiva com o padin urbano com as pessoas que os cumprimentam e que dizem bem-vindos ao nosso bar portanto é é muito agradável a entrar só que é difícil alguém entrar porque não há propriamente razões ainda mas nós estamos exato e a maioria das pessoas que aí vive eh trabalha os Miúdos vão à escola como é que é o dia a dia sim nós temos nos últimos censos que foram feitos nós temos uma estatística que às vezes pode ser um um bocadinho enganadora porque dizes que 60% da população não é ativa sim o que significa que só 40 que é só que o que é que acontece o bairro caracteriza-se por ter uma população idosa muito elevada portanto pessoas que já estão reformadas eo não conta com população ativa e tem eh muitas crianças muitos jovens em idade escolar portanto dentro destes 60% Na verdade só 8% é que são desempregados Hum e o que significa que eh as pessoas que não trabalham é de facto uma minoria é é muita gente que trabalha e muita gente que já trabalhou e que agora tá reformada e muitos estudantes o Live tem muita vida juvenil mas eh é É podemos dizer que é um bairro onde se sentem as carências económicas eh eh panto eh a maior parte das habitações lá são é habitação social as pessoas concorrem para ter uma casa que pertence ao ao iru que é o Instituto de habitação reabilitação Urbana ou a da Câmara Municipal e a renda é uma renda económica e e de facto as pessoas têm a maioria tem subsistência de ordenado mínimo portanto eh não não se vê propriamente sinais de luz dentro do barco sim também é nestas situações que se vê muito entre ajuda não é Ou seja HUM H um maior sentido de de comunidade é é muito interessante porque quando alguém precisa de alguma coisa vai realmente ao vizinho e e Pede emprestado o que o que às vezes esta questão das ilhas se nós pensarmos no bairro inteiro como uma ilha uhum pode fazer sentido mas eu não sei se às vezes nós noutras zonas de Lisboa no nosso apartamento Nós estamos mais em ilhas do que as pessoas que estão neste parco quando nem sabemos quem é o vizinho do lado ou quem mora por cima ou quem mora por baixo não é ex exatamente já regressamos à conversa com Mário Linhares presidente da associação adentis que trabalha há 20 anos no bairro do zambujal A Revolta que degenerou em violência será um epifenómeno será alo mais ela era genuinamente uma mulher revoltada Esta é a história de Vera Lagoa a mulher mais temida pelos poderosos de todos os regimes afront Salazar desafiou os militares de abril e ridicularizou os que se achavam donos do país episdio 4 a perosa reci a grande provocadora é uma sée para ouvirem C episódios faz parte dos podcast Plus do Observador é narrada por mim José mata com banda sonora original de molin os assinantes do Observador T acesso antecipado a todos os episódios desta série os podcast Plus do Observador tem oo da regresso presidente da associação adentes no bairro do zambujal Freguesia de alfragide concelho da amadora Mário Linhares o zambujal é um bairro perigoso h eu diria que estas notícias dão um ar muito enganador no bairro mas também é verdade que quando Nós entramos no bairro sozinhos podemos ficar com uma impressão de insegurança porquê Porque o bairro tem um problema de limpeza é um problema de há muitos anos ah que tem várias origens tem há ali ainda alguma e falta de literacia Ambiental de facilmente deitar o l para o chão e depois ligado a esse problema porque esse problema existe em qualquer cidade do mundo não é qualquer Vila Aldeia e ligado a esse problema há ainda uma falta de limpeza regular por parte das entidades que poderiam fazê-lo portanto acontece mas mas não com a regularidade eh desejada e quando nós circulamos num espaço que tá maioritariamente sujo há uma sensação de alguma insegurança pronto mas na verdade quando nós circulamos no bairro acompanhados por alguém que conhece o bairro o sentimento de insegurança desaparece e eu digo isto não porque estou lá há 20 anos mas porque no último ano temho levado muitas pessoas ao barco e quando digo pessoas h o primeiro grupo que visitou o bairro no âmbito do projeto que estamos a fazer foram estudantes de arquitetura e Uhum E eles eh sentiram-se muito bem recebidos entramos em casa das pessoas para eles estudarem eh arquitetura no interior uhum eh já levamos empresas levamos estudantes universitários americanos h Hum E todas as pessoas ficam muito bem impressionadas pela experiência e portanto o sentimento de insegurança diria que existe porque há uma ideia prévia sobre o assunto Uhum mas Nas condições certas eh desaparece agora este caso que aconteceu surpreende até os próprios moradores não é porque das das pessoas com quem eu converso toda a gente está triste com com o que aconteceu toda a gente tá triste pela imagem que isto passa para fora Uhum mas também muito consciente de que isto Só tá a acontecer porque existem cicatrizes profundas que nunca Ficaram bem saradas Eu já eu já quero ir a essa parte isso obviamente é é essas dicas que deixou aí são são muito importantes antes queria só eh até porque tenho aqui esta dúvida porque muitas vezes ouvimos histórias e eu chamo-lhe histórias porque a maior parte delas por vezes não t adesão à à à realidade mas queria perguntar-lhe isto no bairro de zambujal por exemplo passam autocarros há há Correios há serviços de entrega há tvde há táxis porque todos vamos ouvindo histórias que os táxis não entram no bairro x ou no bairro Y ou nem sequer o carteiro vai vai entrar como é que é aí também é normal neste ponto ou não é engraçado porque eu no sítio Onde eu almoço no bairro que é o café que tem a melhor tostam ista de Lisboa portanto como que se chama o café como é que se chama o café que é o tág do Oceano pronto Fica fe é onde o carteiro que distribui as cartas almoça também e nós costumamos cruzarmos várias vezes pelo bairro e às vezes eu até tenho dúvida porque como estamos a fazer dar um projeto de pinturas e dar esta morada aqui preciso dar esta morada para eles carregarem em plataforma e olha não essa morada é a rua das galegas e tal Portanto o carteiro circula com muita à vontade no bairro dejal H os táxis também os autocarros também circulam e por dentro do bairro e e foi uma conquista ou seja eh Há uns anos atrás os os autocarros não circulavam e foi uma conquista do bairro a conseguir que o Autocarro passasse e portanto há mercearias há Cabeleireiros eh o bairro por exemplo o estofador da Buraca que é o estofador mais conhecido de Lisboa porque a maior parte das empresas renova os toques dos carros ali e por exemplo eu fiquei tão fascinado com esta história que não não precisava propriamente de renovar o estofo do meu carro mas quis ir lá só para esentar e ficou bem servido ideia ficou muito bem servido mas tive que ficar dois meses à espera porque a lista de espera é gigante Ah o que mostra a fama que tem não é e portanto este ambiente ente de família quase que existe é muito forte e a relação com a polícia como é que é a relação que a polícia também é por exemplo este café que eu tava a dizer a polícia Costuma ir lá tomar o pequeno almoço vários quase todos vão lá e estão lá sentados à mesa com toda a gente e não não há propriamente conflito nós eh no projeto que estamos a fazer que implica o descarregamento de plataformas elevatórios para os artistas pintarem a polícia foi cinco estrelas connosco e acompanha neste caso o descarregamento e depois o carregamento a plataforma vai lá não vai propriamente con à Prova de Balas vai lá acompanhar e cumprimentar as pessoas e as pessoas falam Ou seja a imagem que nós temos hoje é que a relação é super tensa nada saudável mas de facto não é assim não é não é isso que se sente aí não há inimigos não há o nós e o eles não há o nós e o eles e e o e a polícia conhece bem o bairro conhece bem as ruas do bairro e aliás a esquadra da polícia é à porta do bairro é a entrada do bairro não é uhum exato claro que neste momento é uma relação tensa com um grupo muito específico não com a maioria dos moradores e como é que os jovens um adolescent 16 anos ou 15 anos do bairro do zambujal Olha para um bairro de Lisboa ou olha para para a cidade de Lisboa Há alguma tensão nessa na forma como se relaciona com esta com esta parte da cidade com o centro da cidade ou não uhum hh eh eu vou esta essa pergunta lembra-me um professor de arquitetura eu não est arquitetura mas ele dizia uma vez para explicar como era importante a disciplina que ele ensinava eue dizia não é indiferente nascer num Palácio uhum ou nascer num T2 ou nascer num T6 e nascer e crescer não é exato ou nascer não ter zero não é indiferente Claro e portanto se para qualquer pessoa não é indiferente isto não há de ser indiferente obviamente nascer e crescer num bairro que que fica na confluência de duas grandes estradas onde onde não é fácil entrar e onde a limpeza não funciona tão bem não é H não é indiferente Não não pode ser indiferente e há responsabilidades de toda a gente nisto há responsabilidades de quem vive lado de querer criar um bairro melhor e o bairro do zambujal eu digo os tempos mais difíceis dele já passaram ou seja estava numa fase muito boa com muitos bons sinais muito muita gente ficar a contecer o bairro pelos melhores motivos com pessoas a a a mostrar orgulho a dizer que são do bairro de tjal Uhum E eu espero que isso eh volte rapidamente porque e e agora chegamos a este a esta situação estes atos de violência a que assistimos eh São atos isolados eh quer no tempo no espaço quer a quem os pratica como é que o o bairro Olha também para isto tudo pois h eu eu da da aquilo que tenho falado e conversado com as pessoas há um sentimento de tristeza grande por isto estar a acontecer este é eu acho que é o sentimento mais geral é um sentimento de que que pena que isto me está a acontecer aqui no sío onde vivemos Hum e por isso por eu constatar este sentimento eu eu só consigo perceber que isto é uma coisa muito pontual Hum que rebentou e basta um pequeno grupo querer manifestar-se e fazer ouvir a sua voz deste deste modo que não é o modo correto e Para para que facilmente se olhe para um todo a partir da da parte não é do menor agora como é que se chegou aqui como se chegou aqui exatamente exato como é que se chegou aqui hum parece-me que tem que haver em primeiro lugar um esclarecimento isento do que aconteceu na causa de Amour com a com a morte de uma pessoa não é portanto e enquanto isso não ficar bem esclarecido hum vai haver aqui um sentimento de injustiça Uhum que tá recalcado noutras histórias que eu também vou ouvindo que eles volta eem meia contam porque há 10 anos atrás também aconteceu isto e nunca se resolveu nunca se chegou a saber eh a verdadeira razão e a pessoa que matou nunca foi condenada e não tem a ver só com a polícia às vezes Há outras Há outras histórias entre pessoas em que uma morre e investigação nunca foi concluída a a falta a falta de uma verdade ou ou de um esclarecimento no fundo ajuda a alimentar toda esta esta raai isso sim porque depois as pessoas se sentem invisíveis esquecidas e quase como que cidadã cidadã cidadãos de segunda né Uhum E E é isto que depois faz com que de repente se perca a noção e se e se toma atitudes que não que não que não são as mais corretas não e como é que saímos daqui Mário como é que saímos daqui parece-me que H é muito importante a investigação ser c e esclarecer calmente o que aconteceu até porque seja uma situação aou outra é importante que se clarifique e que se perceba que os seres humanos também erram e que seja ele qual foi o que errou eh que se perceba exatamente o que aconteceu parece-me também que é muito importante que estes territórios não continuem esquecidos por exemplo eh o projeto que nós estamos a fazer lá que se chama zj 360 nós fiz é um projeto que envolve os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e cada pintura que temos da arte urbana é sobre um desses objetivos Uhum em que conta é contado através para o objetivo número um erradicar a pobreza é contado a partir de uma história real de Uma Família do bairro que o que é que eles fizeram para que uma família não ficasse na pobreza não é Uhum E nós com este projeto eh encontramos 17 parceiros incríveis por exemplo o turismo de Portugal que disse logo no primeiro momento sim nós queremos que quem visita Lisboa Conheça o bairro do zambujal e vos vá visitar e que seja guiado por um jovem do bairro que diga e aqui que eu vivo e eu tenho orgulho em viver aqui e aqui que vocês podem almoçar Onde se come uma boca chupa onde se come um bom gregado temos parceiros como por exemplo A Casa da Moeda que Desde o Primeiro Momento disseram nós queremos trazer aqui os nossos colaboradores queremos que conheçam o bairro as histórias das pessoas e eu penso que esta este é o caminho para sair de de questões como estas é abrir as portas encontrar razões para ser fácil de entrar conhecer as histórias destas pessoas e as pessoas perceberem que de Fora realmente há interesse em conhecer em em elas serem conhecidas Ou seja que elas não são invisíveis n é que elas não são colocadas à parte eu penso que é esse o caminho não é esta Integração Social em vez de manter mantermos todos aqui cada uns nas suas Ilhas né uns uns numa ilha mais privada e outros numa ilha mais mas temos que nos interessar mais uns pelos os outros sim obrigado mar linhar Obrigado pelo convite linhar é presidente da associaes entrou noir do zambujal há 20 anos como voluntá dos Missionários da Consolata esta foi a história do dia a sonoplastia é do Pedro olivea a música do genérico do João Ribeiro eu sou o Ricardo concei até amanhã n