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[Música] está no ar o explicador das manhãs 360 esta terça-feira sobre a atualidade política na semana em que o orçamento do Estado começa a ser discutido na generalidade E para isso é nosso convidado o líder parlamentar do PSD hug Soares e governo comes lias em bairros sociais também denominadas zonas urbanas sensíveis Bom dia Hugo Soares bem-vindo a este explicador há pelo menos 20 anos que se fala destas questões sobretudo quando há episódios de violência nesta nestas áreas O que é que deve ser feito de concreto depois dos acontecimentos no bairro do zambujal na amadora na semana passada muito bom dia obrigado pelo convite cumprimento os nossos ouvintes ouvintes da Rádio observador eu creio que o governo e todos os poderes públicos designadamente as autarquias que são Também quem de mais perto acompanha e conhece as realidades destes bairos sociais devem continuar Creio que não é iniciar porque isso já se faz aos mais diversos níveis aos níveis até do apoio social e de algumas associações de caráter social e não público eh acompanhar e eh as realidades destes bairros e encontrarmos cada vez formas mais efetivas de fazer a integração destas comunidades nós temos que olhar para estes bairros sociais e não confundir a parte com um todo temos que continuar a fazer uma destrinça muito forte daquilo que são comportamentos criminosos porque o são daqueles que fazem uma vida perfeitamente normal mas muitas vezes com muitas dificuldades mas não há duas maneiras de dizer isto que não esta nós só conseguimos redistribuir riqueza e portanto termos uma sociedade mais justa com toda a gente a viver melhor se houver riqueza para distribuir e para haver riqueza para distribuir nós temos que aportar no da nossa economia para depois Criar e gerar riqueza para Que ela possa ser eh no fundo distribuída do ponto de vista da justiça social e portanto aos mais diversos níveis desde o acompanhamento das questões sociais mais prementes ao nível mais macro do ponto de vista daquilo que é o crescimento económico de um país e a distribuição de riqueza destes nestes dois patamares é onde eu creio que se deve fazer a realização das políticas públicas com vista à Maioria dessas situações mas o que é que tem falhado para que estes episódios eh continuem ciclicamente a repetir-se h Há quem diga e tenha apontado nestes últimos dias que o estado só faz sentir a sua presença nestes bairros através da polícia e através de intervenções musculados É essa a sua perceção o estado deixou a abandono estas zonas e urbanas vamos começar pelo início porque a primeira fase a primeira parte da sua pergunta nós a há décadas se calhar em Portugal que nós não conseguimos quebrar o ciclo da pobreza H em Portugal nós pior do que isso não conseguimos quebrar o ciclo intergeracional da pobreza O que é que isto significa significa que o avô nasce pobre o pai o filho portanto será pobre e o Neto será pobre e isto é nós falharmos como país isto está estudado os dados são objetivos ainda há dias numa conferência do parlamentar do PSD a Dra Isabel Jé H trazia esses dados à colação e eu acho que isto é a prova mais Cabal que temos falhado como estado não vale a pena quando nós não conseguimos criar pelo menos porquer as gerações futuras possam subir na escala social possam ser aquilo que desejam efetivamente ser se é que desejam nós estamos a falhar com o país e portanto desse ponto de vista Eu repito há uma dimensão de macro Ou se quiser de maior latitude de menos menos eh diária mas de mais projeção do país para futuro que nós temos mesmo que inverter nós temos mesmo por o país a crescer para poder trazer esta gente connosco não deixando ninguém para trás ponto número um ponto número dois é evidente que há várias dimensões da intervenção do estado H desde logo do ponto de vista social como há pouco referia mas não deixa também de ser rigoroso que o Estado tem que ter uma presença sempre de autoridade eh não digo de uso da força quando ela não é precisa nem é necessária nem é isso está em causa agora nós não podemos também escamotear que muitas destas dimensões precisam evidentemente de repressão precisam de autoridade o o país tem que continuar a ser um país seguro e deix já agora também só dizer-lhe que estas situações felizmente não são tão cíclicas eh quanto aquilo que muitas vezes eu vejo na comunicação social o que nós agora comentamos de facto aconteceram nes casos e creio sinceramente foram episódios isolados e que hoje não têm continuidade eles têm vindo a esmorecer ou esmoreceram durante a última semana mas ganham mas mas ganham uma uma uma grande um grande destaque não só mediático os próprios partidos eh acabam por falar bastante destes temas quer que também contribuíram para um certo impol destas situações os partidos políticos Vamos lá ver não houve empolamento eh as coisas aconteceram mesmo não V apena escamotear mas aconteceu mesmo houve um conjunto de tumultos na região de Lisboa que aconteceram e que criam uma perceção de insegurança e que geram eh insegurança nas pessoas e isso aconteceu de facto e uma palavra às Forças exercício de segurança que estiveram implacáveis na repressão no controle de todas essas situações para que as coisas não canhem outra escala a outra dimensão é é aquilo que me perguntava eu não tenho dúvida absolutamente nenhuma daquilo que vou dizer houve pelo menos dois partidos do espectro político partidário que se comportaram como pirómano em toda esta situação não vale a pena por isso é que eu digo muitas vezes e não quero nomeá-los Sares quero quero Claro que quero eh Sem problema absente nenhum só ia concluir dizendo que por isso eu digo muitas vezes que os extremos se tocam efetivamente a Extrema direita e a Extrema esquerda são muito mais parecidas do que aquilo que muitas vezes querem fazer querer ou de que ou que se discute na praça pública o bloco de esquerda e o chega comportaram-se de uma forma que não é adequada a quem tem responsabilidades de poderes públicos a quem representa órgãos de soberania declarações como eh nós temos que aprender a viver sem polícia e um dia vemos de viver sem sem polícia é é é de uma leviandade de uma ligeireza que não tem nome é do bloco de esquerda declarações como o o senhor que todos lamentamos a morte e que cujas circunstâncias estão ainda por apurar H apenas foi morto pela polícia porque era de cor negra é uma essa assim uma é uma uma declaração absolutamente racista e foi do bloco de esquerda mas do outro lado do Extremo oposto declarações como aquelas que ouvimos de que a polícia Tem que atirar mais vezes a matar Porque se assim for acava à bandalheira Isto é de uma gravidade de uma insensatez e aqui já nem é ligeireza porque aqui ultrapassa até a ligeireza aqui há uma dimensão Eh que todos devemos condenar e por isso eu não tenho dúvida nenhuma dizer que esses dois partidos eh contribuíram para eh uma escalada até do ódio e da violência não tenho dúvida sobre isso e portanto eu queria mesmo censurá-las está feita a sua censura Então oes vamos Então entrar aqui na na em temas que a AD e o governo consideram essenciais para o crescimento económico do país vamos falar do irc eh o chega ontem perguntou o que fará a bancada da Ad perante uma proposta do próprio chega de redução do irc em dois pontos percentuais que era a proposta Inicial como nós sabemos do governo como é que a bancada da Ad votará na especialidade uma uma medida dessa estas eu já tive ocasião de dizer vamos lá ver o é público que o governo e o nosso programa eleitoral e o nosso programa do governo previa já para este ano uma descida de dois pontos percentuais no irc eh esse foi era o plano do governo essa era a intenção do governo de resto numa descida consistente do irc pelo menos até 17% Como sabe no final da legislatura O que sucede é que nós não temos maioria parlamentar e como não temos maioria parlamentar para aprovar o orçamento foi preciso que acontecesse negociações que todos reclamaram e no no país com o partido socialista que era quem podia viabilizar o orçamento de estado ora essas negociações resultaram de que o partido socialista era contra a descida do irc tucur e nós conseguimos que o partido socialista viabilizasse como é público o orçamento com acida de um ponto percentual se me pergunta se eu estou satisfeito ou se o Governo está satisfeito ou se o PSD queria de ser mais is se Imagino que não a minha pergunta é outra então e eh Há eu para poder responder à sua pergunta tenho que calizar pao não me leva mal apenas para dizer uma coisa muito simples a pergunta que eu coloco a mim próprio e que o país deve colocar é é melhor uma descida de irc de um ponto percentual neste orçamento de estado ou é melhor não haver descida nenhuma porque o orçamento não é viabilizado a questão evidente que para Tod é melhor haver orçamento e a descida de um ponto percentual de irc o que se faz mas Então apesar de não terem chegado a bom Porto as negociações com o PS Não houve nenhum acordo e o PS decidiu o sentido do seu voto sem ter fechado um acordo com o governo e com a AD e com base na nossa última proposta com base na última proposta mas a AD sente-se então vinculada à aquilo que foi a última proposta apresentada ao PS é isso H é uma pal é um ou o governo se quiser É é um governo de palavra quando nós nos sentamos à mesa com o partido socialista e dizemos Esta é a nossa última posição e o partido socialista anuncia que viabiliza o orçamento nós cumpriremos a nossa última palavra e aquela que foi a nossa posição coisa diferente é o partido socialista não cumprir a palavra o PS já disse que não vai aprovar a descida de um ponto percentual no irc que estava nessa última proposta se o partido socialista não viabilizar um ponto percentual do irc tem que explicar ao país uma vez mais no fundo que está a querer inviabilizar o orçamento mas eu eu creio sinceramente que nós neste momento contribuímos para criar aqui alguma eh novela se quiser usar uma expressão recorrente nestas matérias À Volta do orçamento não é saudável eu vou aguardar serenamente o grupo parlamentar PC vai aguardar serenamente as votações e as propostas que não são ainda conhecidas veremos como é que o chega se comporta também na votação da proposta do governo designadamente nessa do irc e depois agiremos em conformidade e tiramos as nossas conclusões nós e o país certamente mas admitindo essa insatisfação com o não ter conseguir a aprovação de algumas medidas que constavam do do programa eleitoral admite algum intendimento com o chega para fazer passar essas medidas ou outras medidas eh que o PSD não tenha conseguido e acordar com o partido socialista não se trata de entendimento não tenho medo da palavra não é isso que eu aliás publicamente já anunciei que tinha feito dois entendimentos com o chega do ponto Vista parlamentar que o chega rompeu sem qualquer tipo de razão portanto eu não tenho medo da palavra entendimento não não há problema absolutamente nenhum com isso mas o ponto não é esse do meu ponto de vista o ponto é outro se eu chego a concordar com as propostas que o governo na presença no orçamento de estado agirá em conformidade creio eu quer dizer embora possa ser expectável de tudo um pouco do partido Chega mas o mais normal é que se o chega concordar com as propostas que o governo apresenta na na proposta do orçamento de estas possa viabilizar votando a favor e portanto a questão fica resolvida não há necessidade nenhuma de haver outros entendimentos agora se quiser ir mais longe na pergunta e dizer assim está o grupo parlamentar do PC que é quem tem agora o papel do tratamento do orçamento do estado na especialidade em nome também do governo disponível para entendimentos não é com chega é com todos os partidos que visem melhorar a proposta do orçamento de estado não tenho dúvida sobre isso e creio que é esse a nossa obrigação uhum a sobre o voto dos dos deputados do PSD da Madeira dos Açores Há algum mistério sobre isso o suar ou são apenas e timings de anúncio porque parece que os próprios líderes do PST madeira e PST aores vão fazendo algum mistério sobre isso sobre essa matéria quero ser também muito claro eu não tenho dúvida absolutamente nenhuma eh que os deputados do do PSD madeira e do PSD sores votarão eh com o grupo parlamentar do PSD a favor da proposta do orçamento de estado Julgo que não há mistério nenhum sobre isso e creio que votarão por duas razões a primeira por uma lógica de de solidariedade com o grupo parlamentar e com o governo que é o que se impõe e uma segunda nota porque este é um orçamento altamente favorável para as regiões autónomas não corresponde a tudo aquilo que as regiões autónomas gostavam que lá estivesse É verdade mas também não corresponde a tudo que vários setores de atividade no país gostariam que tivesse no orçamento estado Roma e pavia não se fizeram num dia e eu não tenho dúvida nenhuma e isso qualquer cidadão das regiões autónomas ou qualquer presidente dos dois governos regionais pode assumi-lo é melhor orçamento para as regiões autónomas do que foram dos últimos 8 anos não tenho dúvida sobre isso e Portanto não vejo razão para que não haja um voto correspondente com esta substância do orçamento para terminar o Soares pedia-lhe uma opinião sobre a sondagem que hoje foi divulgada e que foi feita para o jornal público RTP e Antena 1 em que dá o o governo eh acrescer nas intenções de voto a AD acrescer nas intenções de voto uma ligeira quebra para para o PS sendo que os portugueses estão a aprovar a trajetória do governo e aquilo que têm sido as medidas tomadas pelo governo nos últimos meses Ora bem eu h não queria fugir de um diapasão que é mesmo uma verdade e nós não deprimimos nem nos excitamos quando as sondagens são menos ou mais favoráveis sondagens são sondagens e e e normalmente até há para todos os gostos já agora mas de qualquer maneira é evidente que eh aquilo que me apraz sobretudo registrar nesta sondagem mais do que a intenção de voto é a circunstância de cerca de 79 por dos portugueses considerarem como positivo eh o trabalho do governo e esse é um número muito significativo mas também eh com enfim permitem modéstia não é nada que me surpreenda porque o governo está de facto a governar para mudar a vida das pessoas e está de facto a governar para preparar o país para uma década de crescimento e havia eh muitos constrangimentos nós eu tenho dito eh ir damos o país numa espécie de caos funcional que estamos hoje a procurar ir corrigindo a par e passo e dentro daquilo que também é uma um princípio de termos contas certas no final de cada exercício orçamental e portanto nós temos a convicção de que o Governo está a governar bem e isso est respaldo neste estudo de opinião Hugo Soares líder do grupo parlamentar do PSD Muito obrigado pela presença neste explicador uma boa semana bom dia obrigado Eu que agradeço um bom dia and [Música]
2 comentários
Muito parecidas, porém nada iguais. Uma é por Portugal e os portugueses. A outra… é o que se sabe e vê. Nós sabemos que o líder do PSD sabe… a diferença.
As duas extremas, são o PS e o PSD: governaram o país durante 50 anos, permitindo uma bagunça urbanística e por conseguinte um esgoto social (o mal está feito e não venham com bodes expiatórios).