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viva está com hora da verdade o programa do público e da Renascença o nosso convidado é João Vieira Lopes Presidente da Confederação do comércio e serviços de Portugal eu sou Helena Pereira e comigo está a jornalista da Renascença Susana Madureira Martins esta semana arrancou o debate do orçamento de estado no Parlamento a proposta inclui uma redução do irc de 1% as empresas conseguiram aqui o melhor de Dois Mundos bom o orçamento so o ponto de vista da empresas é bastante limitado eh e mesmo em geral tem aspectos positivos enfim que nós que eu referiri a alguns no entanto eu diria que este orçamento e é um orçamento de certo modo de continuidade a carga fiscal mais as prestações sociais no seu conjunto apenas baixam 0,11% isto segundo a análise que autal fez eh portanto para nós eh para as empresas eh foi positivo ter enfim baixado o irc as tributações autónomas que é outra área que nós eh nos afeta bastante porque é transversal a todo o tecido Empresarial também houve algumas melhorias nós preferíamos que e a taxa eh do irc para as PMs e Mcs eh que baixou 17 para 16 tivesse baixado mais e pensamos que isso era um esforço possível até porque não era muito caro falar em termos de custos orçamentais até os 10% era possível eh era Aliás o governo definiu o objetivo de 2,5% e nós gostaríamos que ele fosse mais acelerado e também que eh o limite não fosse 50.000 € mas 100.000 € tendo em conta a atualização com a inflação enfim com os resultados Portanto o PS tem aí culpas então Eh o PS manifestou uma posição de princípio que nós não estamos de acordo como é como é evidente eh é um orçamento que eh tem aqui uma série de Vertentes que são positivas para o rendimento das famílias eh aliás no seguimento das medidas que o governo Tem tomado enfim recentemente para certos setores da sociedade eu diria que em termos de poder de compra é um orçamento que eh tem uma vertente positiva e no entanto estruturalmente enfim não difere muito dos modelos anteriores Se bem que também tenho outro aspecto para nós que é positivo que e não consideramos que seria tão importante a rapidez com que se estava a tentar baixar a dívida preferíamos que houvesse folga precisamente para haver outras medidas sobre ess ponto de vista também é positivo agora está muito longe enfim das nossas aspirações e de certo modo as expectativas que tínhamos de que da parte enfim do governo houvesse um choque fiscal mais radical que não se concretizou sim que não se concretizou e e inclusivamente que e enfim da parte das empresas tivéssemos quer na capitalização quer noos incentivos ao investimento medidas mais profundas do que do que estas diria que é um um orçamento socialista Como dizia hoje no Parlamento a iniciativa Liberal bom não chegaria a isso porque há diferenç Mas disse que era um orçamento de continuidade um orçamento de continuidade eh penso que tem uma vertente eh mais interessante em termos de empresas e em termos de mercado de enfim do possibilidade do poder de compra eh mas podia ter sido feito por António Costa isso isso é é um bocado especulativo não é portanto não é não é digamos o nosso terreno agora eh o que acontece é que eh Há de facto eh aqui situações que são Eh preocupantes Ou seja o investimento em particular investimento público tá muito longe daquilo que nós pensamos que é necessário eh pensamos que o nosso modelo exportador tem que ser incentivado com valor acrescentado especialmente através da incorporação de serviços Eh aí o orçamento não temos medidas significativas por exemplo para o aspeto do dos transportes eh a não ser enfim toda a problemática da aviação mas eh neste momento eh para digamos o modelo exportador nós precisamos também eh de investir claramente quer na na logística quer em termos rodoviários quer em termos Ferroviários e não tem e grandes novidades de Que medidas é que está a falar por exemplo que gostava que fossem contempladas não é ol por exemplo eh em relação aos setores dos transportes que são setores que Como sabe e estão filiados na ccp H havia expectativas muito maiores e em relação ao incentivo e para remodelação das das frotas eh em relação digamos ao Apoio aos combustíveis já que os diferenciais e em relação a Espanha voltaram a aumentar portanto há toda aí uma série de áreas Que Nós pensamos que seriam digamos importantes eh no entanto eh enfim conseguir pensamos que e apesar de tudo e abriram-se algumas portas e nomeadamente do RC a não suficientes para dar de facto um grande salto qualitativo aliás Basta ver que os objetivos de crescimento e são objetivos positivos mas estão muito longe dos 3 ou 4% que o país necessita para convergir realmente com a Europa porque hoje em dia não é muito difícil ter mais meio ponto ou mais um ponto que a Europa Já que as grandes economias que TM um peso muito grande digamos na na Europa como a França como a Alemanha e e a própria Itália estão a crescer tão pouco e que eh de facto não é muito difícil ter um crescimento melhor que a média ag acho que só com menos três ou quatro pontos é que eh serviria como estímulo para o crescimento da economia isso a baixa do irc de eh irc eh era um dos elementos quer dizer eh importantes nesse nesse sentido eh a por outro lado a mas nesses 3 ou 4% uma redução de 3 A 4% Era isso ah não nós nós estamos de acordo que se avançasse com o objetivo e de chegar aos 15% no fim da legislatura portanto estamos completamente de acordo achamos que e a baixa do do irc e seria importante eh como incentivo queer ao investimento Nacional quer ao investimento internacional porque todos nós sabemos que muitas opções de investimento eh em termos enfim das multinacionais E das companhias internacionais vão aqueles rankings que as consultoras fazem onde esto é um dos elementos que que pesa A C A ccp tem H contas feitas sobre o impacto e financeiro da redução do irc eh como ela está desenhada no orçamento do Estado a 1% tem essas contas feitas consegue porque as contas não foram feitas pelo governo não é o impacto do irc e a 1% a redução do irc sim mas vamos lá ver o o impacto neste momento enfim os números pelo menos que que que o governo e e as consultoras do presente é cerca 500 milhões de euros não é portanto e o que é um valor que em termos do total do orçamento não é nada de de especial aliás eh nós tivemos sempre mais dúvidas nesta discussão eh sobre a a viabilidade o impacto da proposta industrial de ir IRS jovem que eram 1000 milhões de euros que nos pareceu eh demasiado sobrecarregada em termos de orçamento pros efeitos que conseguiria ter para além inclusivamente algumas empresas contactaram noos que tinham preocupações eh pelo facto de terem uma pessoa com 20 anos de casa a ganhar o mesmo que um jovem e que depois teria um ordenado líquido que ISO até poderia ter alguma perturbação interna Mas penso que isso nos compromissos com o PS o governo acabou por encontrar uma fórmula que nós consideramos aceitável O que é que espera que melhore na no orçamento de estado nesta discussão na especialidade eh sobre esse ponto de vista é a grande incógnita é a grande incógnita porque eh portanto a situação política é que nós sabemos os equilíbrios são os que são eh o governo disse que aquele era o seu orçamento e que iria defender o seu orçamento sobre este formato eh Aparentemente o partido maior da oposição eh disse que não iria fazer uma pressão significativa ou que não ia mesmo fazer pressão na discussão da especialidade eh pensamos que vão haver muitos Fiv políticos Mas enfim não esperamos grandes alterações não não esperamos grandes alterações francamente nós a ccp como sempre pedimos a audiência a todos os grupos parlamentares vamos lá defender o conjunto de propostas que que nós apresentamos eh enfim é vários desde os problemas do dos ias de caixa ou aos problemas de fazer digamos a o acerto de contas das empresas em termos de eh das do do valar das dívidas ao fisco com as dívidas do Estado às empresas nós temos um pacote de propostas desse tipo que iremos e iremos também tentar também e encontrar melhores formulações para e em particular para as tributações autónomas e porque de facto é um imposto completamente injusto é um imposto sob custos e como digo atinge todo o tecido Empresarial e e por isso nós julgamos muito importante digamos haver Medidas com efeitos transversais e não apenas com efeitos sectoriais e Mas além nest tributações autónomas na especialidade era uma nós nós nós temos uma proposta nós temos uma proposta de melhoria vá dos escalões por exemplo para as viaturas e das taxas que o governo só baixo % agora digamos nós compos enfim defender os interesses deste setores e a tem esperança que o partido socialista por exemplo possa apresentar uma proposta nesse sentido eh francamente nos outros anos tínhamos normalmente as expectativas O que é que faria cada um dos partidos neste momento eh para nós é uma interrogação mas o nosso papel o nosso papel eh é digamos abordá-los e e todos os grupos parlamentares para nós eh não fazemos distinções políticas como nos compete não é e e vamos ver eh vamos e enfim temos e e esta semana já tivemos alguns contactos mas foram Compartidos de noor dimensão eh ou de menor peso e com o PS ainda não ainda não tiveram com o PS reunião com o PS eh não tivemos uma rão marcada mas foi adiada porque era no dia em que houve aqueles conflitos na zona de Lisboa e portanto não não foi possível E também esperamos ter com o PST que já nos respondeu que nos ia receber mas mas aa não marcou data mas não tem expectativa nenhuma de que do lado do PS hja abertura a mudar alguma coisa que quer que seja para as empresas em benefício das empresas tendo em conta como foram as negociações não sei porque a vontade de antes era pouca também H na outra legislatura bom repara e e nós tradicionalmente eh os partidos vai lá no comportamento tradicional dos partidos é que os partidos da oposição demonstravam sempre muito mais abertura que os partidos que suportavam os governos pronto isso era uma historicamente e a situação atual é um bocado atípica foi a contrário a situação atual é o contrário é isso Não não é oo contrário é um bocado atípica quer dizer ou seja não não nunca passaste por uma situação destas com um partido governo da oposição muito equilibrados enfim com maiorias diferentes com eh novos partidos com perfis também diferentes e com posturas que eh sem história conhecida para lhe poder analisar digamos os comportamentos enfim é uma situação é uma situação diferente em relação ao IRS e ao reembolso que os portugueses têm tido nos últimos dois meses setembro e outubro a ccp a Confederação Comércio e Serviços tem sentido que os portugueses estão a consumir mais e mais à pressa e aproveitando até promoções e saldos mais cedo bom neste momento ainda não não se nota de uma forma Clara no entanto nós temos a expectativa globalmente em termos quer de comércio quer de serviço ao consumidor nessa nessa vertente nós temos a a ideia que há condições para este período de fim de ano ser um período e positivo para para estes setores também por causa disso porque também por causa disso também porque e enfim o governo satisfez um conjunto de reivindicações de alguns setores da sociedade também porque apesar de lentamente está começar a baixar a prestação da Habitação e e de facto eh em termos de liquidez eh neste momento as a alteração das retenções da fonte também teve um aspeto também teve um aspeto positivo claro que isso depois terá o seu impacto no no verão próximo quando as pessoas provavelmente tiverem expectativas diferentes em relação ao que vão receber aou pagar em termos de IRS mas há indicadores de que as pessoas estão a consumir mais agora na sequência de desde de início de ver e essa situação é muito diferenciada aliás e há setores que estão a refletir mudanças comportamentais importantes até na sequência da pandemia por exemplo o setor do vestuário neste momento e os operadores de de pequena e média dimensão Independentes estão com problemas as chamadas lojas de ruas estão estão estão com problemas e porque de facto os hábitos com a pandemia permanência de um nível razoável ainda de teletrabalho e que vai continuar levam a que os hábitos de consumo sejam diferentes online sobretudo e por outro lado por exemplo setores como o calçado também eh Há mudanças comportamentos aqui há 10 anos não se uma pessoa de fato e ténis portanto tudo o que seja o calçado tradicional português do couro como Aliás o este mesmo fenómeno está a suceder em Espanha e está a suceder em Inglaterra eer em itlia também são setores que tem alguma tem alguma vertente neste momento de alteração de hábitos de consumo eh e concorrência também do enfim do Comércio eletrónico não é portanto eh o próprio alimentar também tá a sofrer algumas mutações porque eh a pandemia valorizou a proximidade e neste momento os operadores económicos de maior dimensão estão a abrir estabelecimentos pequenos e médios em localidades que até aqui não tinham qualquer presença eh isso também tá a fazer pressão sobre os operadores Independentes de pequena e média dimensão isso afeta oo setor retalhista e também afeta o setor grossista como é óbvio porque o grossista é o principal abaste sor e daí estes fenómenos que nós tivemos de eh algum aumento de sim de desemprego de desemprego Não de despedimentos e enfim nos últimos dias até Foi um tema bastante trazido à ordem do dia eh não nos parece que a situação seja e digamos dramática no sentido de estar a agravar mas mas que de facto teve algum impacto como também outro hábito de consumo que é importante no nosso universo eh tem a ver com eh o facto por um lado o teletrabalho e por outro lado eh Digamos um grande número de pessoas hoje trazerem as refeições de de casa eh a a pequena restauração também das zonas normalmente de escritórios também tá a sofrer bastante a Confederação assinou recentemente o acordo de concertação social com o governo é um acordo que vale até 2028 pergunto-lhe se ainda há eh prioridades a definir e quais é que são essas prioridades para a Confederação bom o nós assinamos o acordo o acordo é um acordo limitado Não não é um acordo muito ambicioso eh tem alguns aspectos que nós consideram positivos e e nesse nesse sentido como enfim não temos sido nunca máxima listas assinamos esse acordo eh estão abertos muitos capítulos e seis Capítulos aliás um dos últimos pontos nós aí há duas áreas em que nós estávamos pretendíamos dar prioridade agora na discussão A a seguir e um era a sustentabilidade da Segurança Social que é um ponto que que nos preocupa bastante aliás A a ccp tem uma história já digamos antiga de de preocupação nesse ponto e outro era a questão laboral eram mais ou menos os dois aspectos que nós iremos propor ao governo como prioritários daqueles seis pontos que estão ainda em aberto a sustentabilidade da Segurança Social o antigoverno António Costa preocupava-se dizia-se muito preocupado com a necessidade de diversificação do financiamento da Segurança Social é uma preocupação para a Confederação também é por aí que passa a prioridade eh Há há duas vertentes importantes uma é essa aliás nós historicamente até e como é que se pode financiar Então quais é que são essas fontes de financiamento exato bom eh nós historicamente como digo fomos da das entidades que defendemos que deve ser estudado haver um mix de financiamento através não só do valar da mão deobra no fundo no fundo quem tá a pagar o grosso da Segurança Social são as empresas que TM mão deobra mais intensiva ou mais alargada e e também uma componente do valor acrescentado líquido precisamente para digamos ser uma fonte diferente de rendimento e há algumas experiências n alguns países nesse sentido que que era uma questão que iia ser aprofundada porque o fenómeno do envelhecimento da população Não é provável que melhor or nos anos mais próximos e e mesmo temos um problema demográfico muito intenso que vai demorar uma ou duas gerações a corrigir só uma vez for completamente corrigido a não ser pela imigração eh portanto Isso é uma vertente uma segunda vertente é que nós neste momento eh atingimos o fundo de financiamento que deve ter uma garantia para 2 anos não é de de pensões neste momento atingiu-se esses Val V vão ver com digamos o nível de crescimento do emprego incorporação de um número significativo de imigrantes da Segurança Social há neste momento alguma margem e alguma margem e nós preferíamos que fosse definido uma política o que é que se vai fazer esse excesso do que deixar esse excesso para utilização conform os ciclos eleitorais que é tentação alada não sim mas eh agora essa almofada provavelmente deveria ser estudado se permitiria baixar por exemplo tsu para as empresas que era uma das questões que Que Nós pensamos que que tinha sentido que o PS sempre travou eh nós tivemos sempre aí posições um pouco diferentes dos governos anteriores que pensavam que oal modelo de Segurança Social era estático e e e resolvia os problemas adero nós sempre tivemos essa essa grande divergência eh e por isso eh é que como digo nós temos livros publicados sobre isso e o governo aí também felizmente a pessoa que trabalhou con nosco neste projeto até foi um dos membros da da comissão que preparou o livro Verde eh mas acha acha que no atual quadro político era possível eh depois do PS e PSD se ter entendido Para viabilizar o orçamento entenderem se na Segurança Social eh eu acho que é difícil mas Em contrapartida também e estamos aqui num momento em que isto está tudo muito em aberto não é e e portanto ou seja o as oposições podem forçar também a maioria a a ter o outra posição pois E além disso digamos a e e neste momento há uma série de temas na no Parlamento na Assembleia da república e que poderão ser aprovados em com jumet trias variáveis quer dizer portanto que é o que sucede sempre que existem não só cá em Portugal esta estas situaç governo di que se desvirtua desvirtuar o orçamento é uma coisa M não mas vamos lá ver eu penso que esta esta esta discussão não cabe para ser feita neste orçamento cabe para ser feita na sociedade porque isto há aqui opções mas à frente então estratégicas por isso é que estes pontos Nós aceitamos a proposta do governo de e incluir estes pontos numa alinha que são pontos que nós vamos começar a discutir agora depois do orçamento portanto acha que tem que se fazer o caminho para baixar a técio das empresas e dentro do PSD que no passado tentou fazer e depois recuou como a gente se lembra há 10 anos Eh agora acha que que poderá ser possível que isto termine de outra forma repar eh nós como Confederação temos um conjunto de objetivos não não não estamos com os cicos políticos portanto tentamos colocar é cada e cada governo aquilo que nós pensamos há por vezes eh conjunturas em que há oportunidade para alterar a não mas isso não nos deixa de deixar o papel chamemos assim de de apresentar isso e essa redução da da da tsu podia ir até onde não repara ess essas essas contas têm que ser bem feitas eh nós inclusivamente inclusivamente eh nesses trabalhos que já apresentamos portanto nesses trabalhos que já apresentamos eh até é a fizeram-se simulações sobre o por exemplo o que é que atest sobre o o os rendimentos do trabalho poderia baixar-se introduzir-se fatores de por exemplo 1% de valor acrescentado líquido Mas isso é isso é uma opção da sociedade agora achamos é que não é tabu isso tem que ser discutido claro que há poros conceitos ideológicos há há opções diversas há eh mas nós pensamos que isso é um tema que nos compete meter em discussão na sociedade Qual é que era o outro a outra prioridade que a Confederação tem para além da sustentabilidade da Segurança Social era a legislação do trabalho SIM neste e nessa área o que é que vão propor ao governo breve TR bom neste momento há três ou quatro questões que para nós são são importantes eh uma delas tem a ver com e digamos aquilo que nós consideramos temos suporte a inconstitucionalidade das restrições ao outsourcing portanto Isso é uma Isso é uma uma área outra questão tem a ver com a organização do tempo de trabalho em que nós continuamos a pensar que os bancos de horas e algumas áreas flexíveis são são necessárias outra outra situação tem a ver com Portanto o modelo enfim da da das plataformas no sentido de de verificar a digamos a o tipo de contrato que as pessoas que trabalham em plataformas devem ter e e há até questões enfim pronto podem ser menores mas que hoje em dia já tem algum Impacto nós achamos que deve ser revisto aquela metodologia da autodeclaração das baixas porque eh as estatísticas mostram que eh Há períodos de fim de férias e a seguir a feriados etc eh que estatisticamente ais número B está haver abusos é isso Exatamente estamos a portanto nós é preciso limitar nós não acabar completamente não mas limitar e fiscalizar limitar e fiscalizar aliás nós na altura quando enfim o por acaso até o foi o o ministro da da saúde que falou connosco sobre o tema nós dissemos que que pronto era um objetivo interessante para digamos baixar a pressão sobre o serviço Nacional de saúde não é mas que queríamos fazer um balanço passado um ano porque não nos íamos opor a que se fosse experimentado e penso que as estatísticas que vários órgãos de comunicação social publicaram quer dizer mostram claramente que que que enfim isto não nem sempre deve ter tido o o o o a utilização mas o estado deixa-me só mas o Estado tem capacidade para fiscalizar o problema aí e que está identificado é que não há essa fiscalização existem meios para conseguir fiscalizar isto para já por exemplo e existe e as pessoas podem Digamos fazer isso duas vezes por ano se calhar podia-se reduzir a uma numa primeira fase e segundo a fiscalização tem que ser aleatória vai que é completamente Tecnicamente impossível fiscalizar tudo mas pode-se intensificar e mais e além disso fiscalizar e tirar consequências disso porque infelizmente e pensamos que a medida tinha boas intenções mas e mas nós temos muitas queixas e repar uma coisa que que é uma coisa que por vezes as pessoas não valorizam e em Portugal nós temos um tecido eh empresarial em que há uma esmagadora maioria de Micro e Pequenas e médias empresas e nessa Então nesse tipologia de empresas a falta de uma pessoa ou duas por vezes tem um efeito quase catastrófico de ter o abrir a porta de uma loja portanto ou de um cabeleireiro ou de uma agência Imobiliária quer dizer ou seja e por isso é que provavelmente Empresas Grandes não tê tanto Impacto quer dizer mas agora este é o deciso Empresarial que temos e nós preocupa-nos bastante porque é daí que temos recebido mais queixas e a a semana de quatro dias e nesse quadro e acha que se devia alargar a experiência que começou por ser uma experiência piloto bem eu acho que a semana também levanta problemas à empresas Sim vamos lá ver a a semana de quatro dias a experiência que fez fo voluntária e o estado não participou não investiu nada portanto manter experiências desse tipo eh Nós pensamos que não tem grandes problemas agora pensar que isso é uma medida que no curto Médio prazo pode ser generalizada pensamos que é completamente irrealista eh em particular em em tudo o que ten a ver com e estabelecimentos de porta aberta ou de contacto com o público porque eh se se para manter digamos o a abertura durante toda a semana teriam contratar mais gente isso eh punha problemas de rentabilidade portanto não não achamos inconveniente que se façam experiências pensamos que a médio e longo prazo é capaz de se poder caminhar para aí eh hoje em dia pensamos que é mais realista essas experiências podem ter mais viabilidade as áreas de consultoria novas tecnologias comunicação eh enfim na área do Comércio é difícil é difícil até porque Portugal tem um tem um eh criou criou no nos últimos anos uma tradição que é dos países que têm a janela horária maior quer dizer e portanto eh é difícil depois cobrir Sim era era era era difícil agora a falta de mão deobra por exemplo eh e as dificuldades dos novos hábitos até do das Gerações mais jovens e de trabalharem por exemplo em horários noturnos ou fins de semana e que já se nota em vários setores quer do Comércio quer da Restauração quer de outros leva a que provavelmente este problema da eh este problema do dos horaris não seja um problema que que possa ser considerado Tabu achamos que deve ser discutido esta semana soube-se que os despedimentos coletivos já são o número já é maior do que todo o ano anterior e no na na no setor dos serviços Qual é o impacto que está a ter esta realidade dos despedimentos coletivos eh repar neste momento e o se reparar nos números é maior em termos do número de unidades mas não é muito maior em termos do número de pessoas e portanto eu acho que esse fenom entronca aquilo a sensibilidade que nós temos entronca e nalgumas questões que eu já referi e há há operadores de pequena e média dimensão independentes e por exemplo nas áreas como eu digo do vestuário do Calçado e isso que tem neste momento dificuldades portanto e no próprio alimentar e a pressão sistemática de abertura de de estabelecimentos de média dimensão das grandes organizações também faz pressão sobre o os pequenos e médios operadores independentes e os quais no caso concreto depois e digamos se reduzirem os seus movimentos também acabam por afrentar a montante o setor que os fornece normalmente é um setor grista Mas como eu disse não penso que ISO seja uma coisa neste momento que esteja a atingir dramáticos até porque o governo diz que é uma situação preocupante não acho que é preocupante porque é sempre preocupante porque e o que acontece é que o número de desses estabelecimentos incluindo por exemplo na na na Restauração quer dizer de pequena restauração mas acha que não vai crescer esse número não vai crescer Su eu pelas razões que expliquei em termos de poder de compra e nós na análise que fizemos na confederação pens pensamos que esse número não se vai intensificar significativamente pelo menos até ao fim deste ano e agora o próximo ano tem aqui Vertentes pronto potencialmente positivas como digo o orçamento prevê subida do do consumo privado poder de compra etc etc e mas aqui variáveis que nós não dominamos as guerras os efeitos e e próprias eleições Americanas há aqui um conjunto de interrogações no atual contexto político considera que pode haver maior abertura para retirar da da Lei algumas medidas e nomeadamente a proibição de as empresas recorrerem ao outsourcing após um despedimento coletivo é uma medida que de resto está a ser avaliada pelo tribunal constitucional não eu eh Nós pensamos que que essa medida não tem sentido e portanto e aliás em conjunto com as restantes Confederações empresariais nós e avançamos com propostas de inconstitucionalidade Portanto acho que e esperamos agora é um dos temas que nós queremos discutir agora digamos na concertação e e esperamos maior abertura nesse nesse sentido não é e que o governo avance de modo próprio para retirar isso ou a maioria essa a nossa proposta e acha que há pode haver sendo um um outro governo de centro direita que pode haver mais abertura bom eu penso que em termos de desse tipo de legislação haverá naturalmente em relação ao anterior que foi quem promoveu a medida não é Uhum mas que não teve acordo na concertação social porque isso foi na chamada agência do agend do trabalho Digno não é chamado eh enfim que eu que eu aliás na concertação referi que eu acho que era um título dein dóra porque eh ninguém vai dizer que é cont que é pelo trabalho indigno relativamente à à aos salários há aqui outro Outro fator que há o aumento do do salário mínimo e e uma uma previsão uma aceleração do crescimento do salário médio de para 1890 € em 2028 Houve aqui ambição a mais do governo e isto é vai ser possível vamos acreditar neste valor ou não bom o salário mínimo aumenta por lei e o salário mínimo empurra o salário médio não é agora a experiência demonstr onos ao longo dos anos que quando se empurra muito para cima o salário mínimo e para além dos v lá dos indicadores económicos o que acontece é que há um achatamento ou seja aproxima-se do salário médio e aproxima-se da mediana eh essas medidas repare isso é como no acordo também há um objetivo de produtividade ess essas medidas enfim são são medidas são objetivos bem intencionados eh Mas podem não ser alcançáveis pois Eh agora a grande dúvida que nós temos e que nós eximimos sempre é se eh as outras medidas que digamos potenciam isso são suficientemente fortes em termos fiscais e outros para as empresas eh para as empresas digamos conseguirem atingir esses meios reparam você se já setor do Comércio e a parte dos serviços ao consumidor que está interessado em que os salários médios subam somos nós não é E agora o que acontece é que E essas medidas são objetivos mas não há digamos mecânicas diretas Além de que há uma certa complicação em termos de cálculos de médias e enfim a eficácia Nós temos muitas dúvidas não não temos nenhuma Aliás já pedimos ao governo na concertação uma análise da eficácia da medida semelhante feita no acordo anterior portanto porque muitas vezes são medidas bem intencionadas mas depois o número de empresas que tê conhecimento disso e quees podem aplicar e que t departamentos ou Consultores capazes de fazer os cálculos do que das médias e das médias Gerais e etc eh E essas questões preocupa-nos como nos preocupa o facto de o o aumento do salário mínimo precisamente muito para além dos indicadores económicos está noos a causar problemas complicados na contratação coletiva porque desaparecem muitas categorias e Ou seja a certa altura a certa altura nós temos que e digamos avançar avançar com de categorias e depois começa a ser difícil nos contratos coletivos n alguns deles diferenciar as pessoas por qualificações e inclusivamente gerir carreiras deixa-me perguntar-lhe sobre H declarações desta semana do secretários de estado do trabalho que traçou como objetivo novas regras de de estágio um estágio um contrato as empresas as do Comércio que é o que estamos a falar também aqui estão Preparadas para Isto ou isto vai limitar eh os estágios e bom a questão a questão dos estágios é uma questão que e enfim Há uma grande preocupação em termos europeus eh porque também se verificaram a partir de certa altura e nalgumas profissões abusos das empresas nomeadamente profissões liberais etc portanto por isso eh acho que e neste momento a enfim essas medidas não sei bem qual vai o efeito que vão ter mas eu temo bastante quando se regulamenta muito para estreitar que é uma tradição europeia que isso acaba por perturbar e depois em Portugal a reação é ninguém respeitar isso e depois temos problemas com a inspeção de trabalho etc portanto Mas é isso é uma interrogação para nós e não enfim não ainda não consultamos as empresas e a esse a esse nível agora há aqui outra questão que nos preocupa também em relação a estes setores que é uma questão de fundo e que é a agenda de modernização do comércio e serviços que estava já no acordo feito com o anterior governo eh e que eh só foi formalizada na última reunião do conselho de ministros do anterior governo eh em nossa opinião eh apesar de algum esforço e dos contactos que temos feito com este governo tá muito longe de estar concretizada e e nós preocupa-nos porque eh de facto quer sequera quer não estes setores representam dois ter3 da força de trabalho e e e e do PIB e tudo isso e estão eh neste momento bastante por vezes esquecidos como por exemplo nas 60 medidas do programa económico do governo eh e E aí é uma questão que que nos preocupa porque a no fundo seja aos serviços ao consumidor mas seja acima de tudo os serviços às empresas são uma uma contribuição muito importante para a incorporação de valor acrescentado nacional e e isso é outra das áreas onde nós também temos feito muita pressão sobre o governo é que Analise a exportações não só e na lógica e na Ótica a do valor bruto mas do valor incorporado nacional e e isso até fizemos alguns trabalhos nesse sentido com o professor Augusto Mateus eh portanto nós estamos bastante preocupados digamos como é que Portugal pode enfrentar e digamos e neste momento eh esta revolução económica porque não temos qualquer dúvida a Europa pretendeu copiar o modelo alemão de média tecnologia ou seja automóveis aviões e comboios eh subestimou o digital e deixou hoje em dia o digital nas mãos dos Estados Unidos e da China e a Europa é um player de segunda e por vezes os países periféricos Como Portugal TM tendência a imitar isso por isso nós o que nós queremos é mais investimento na todas as áreas que têm valor acrescentado e nomeadamente as tics as digitalizações etc Digamos um impulso muito maior aqui para podermos competir e e e ganhar espaço na economia mundial receia receia que a reestruturação da Volkswagen possa afetar a autoeuropa isso francamente não conheço suficientemente o o o mercado automóvel eh nesse nesse sentido eh mas essas coisas a Europa pelo menos a imagem que nos dão é que é das empresas mais deportivas da Volkswagen Agora sim mas estão a fechar a Alemanha está a fechar exato e c produção sim mas a Europa perdeu a Europa perdeu a guerra do automóvel elétrico com a China quer dizer portanto porque subestimou porque subestimou por isso é que nós também cada vez mais também defendemos que independentemente destes jovens e destas questões todas que pronto podem ser discutíveis se faz desta medida ou noutra medida Portugal tem que investir fortemente em imigração qualificada nós não não pensamos que que que que as questões e se coloquem meramente em restrições à imigração Mas acima de tudo pela positiva como é que se incentiva a a imigração qualificada porque de facto para conseguir meter valor acrescentado e nós já tivemos experiências históricas positivas o textil foi com valor acrescentado de Marketing e de e de moda e de e de qualitativo e o calçado e outros setores e também outros setores que que nós somos fortes a própria algumas coisas digital a própria construção a própria construção o que exporta são serviços não é gestão deobra e e planeamento portanto eh eh nós achamos que não t sido suficientemente eh nomeadamente os investimentos feitos com os Fundos europeus eh centrados nestes setores dos serviços que são por nós florais para aumentar o valor acrescentado está terminado este hora da verdade o nosso convidado foi João vira Lopes Presidente da Confederação do comércio e serviços de Portugal Este foi um programa gravado pela Beatriz Garcia gravação áudio e também por Marta Pedreira mão na gravação vídeo regressamos na próxima semana