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nasceu na Alemanha mas de lá não guarda grandes memórias Só o frio deu-se a conhecer no levanta ti Ri e apaixona o país há mais de 20 anos com a sua graça natural às vezes um bocadinho peculiar estamos habituado a vê-lo vestido num papel que representa muito bem o de rochin al faduncho mas também é muito bom soltar paredes de esferovite mas ainda assim diz que o melhor papel que veste é só um ser pai dos palcos passando ainda pela televisão a rádio e agora mais recentemente pelos livros Marco Horácio em 40 minutos muito bem-vindo bem-vindo Marco como estás que apresentação Muito obrigado tudo certo tá tudo certo certíssimo certíssimo pá um belíssimo trabalho de investigação esqueçam de falar que eu uso laria feminina mas dessa parte pró gente sabe Pou a gente sabe Olha tu preferes fazer esta entrevista em alemão ou em português eu digo isto Porquê o André Maia esteve estive na Alemanha esteve na Alemanha este ano portanto e o que é que aprendi podia dizer schnitzel e t Pronto já não passaste fome e e passaste por bem educado não fala fazermos em português porque eu sei vocês têm um vasto público alemão Mas eles eles têm que aprender a nossa língua tenho a certeza que temos Imigrantes a a ouvirem s é bem provável bem provável olha mas isto é é é algo que sear muitas pessoas não sabem que é tu nasceste na Alemanha vieste para Portugal com 10 anos 10 anos sim e que memórias é que tens da Alemanha dessa dessa infância por lá olha memórias tenho da neve basicamente e tenho não tenho memórias mas bastante características ou seja sou muito pontual eh notou-se chegou 15 minutos antes da entrevista verdade sou muito e fiável de palavra Ou seja quando eu digo a minha palavra Vale como um documento escrito Uhum E o meu nível de organização pessoal e profissional é sim sim é como os alemães não brinqu em serviço Ou seja podem-me apontar o que quiserem mas a nível de profissional não há não há nada a apontar nisso s e acho que isso também vem dos meus pais mas tem muito a ver com o espírito alemão e aquilo que que tive lá até à quarta classe na na escola mas os teus pais emigraram para lá igaram sim sim como tantos outros foram para lá à procura de de melhores condições e e pronto e iam trabalhando lá e fazendo a Vivenda bocado não sei quantos andares aquele mamarrachos que todos nós conhecemos e era o sonho do do nosso Imigrante né hoje em dia já é um bocado diferente mas Antigamente era muito isso era ganhar dinheiro para construir a casa cá e depois voltar agora quando vou lá fora e fazer espetáculos para os imigrantes digo sempre e pá fiquem aí pá fiquem vocês estão aqui tão bem Portugal é fixe vão lá de vez em quando em agosto e tal para para comer um peixinho e tá com a família e é pá mas fiquem fiquem aí onde estão pá estão muito bem aqui então isso isso quer dizer que fazendo aqui uma retrospectiva se fosse agora terias ficado na Alemanha não se fosse agora eu tinha dupla nacionalidade e porque eu fui sempre muito e patriota aqui is Só não sou só português é só querer dupla nacionalidade e quem sabe sequer Estava a fazer o [Risadas] na Alemanha e então mas não tens não tens não não ten não só tem nacionalidade portuguesa tu tu lembras-te muito pouco mas naquela altura eh os alemães é mesmo aquilo que se diz são um povo assim mais frio que não ri tanto achas que o levanta ti raria seesse L na Alemanha ex não sei eu acho que cada povo tem a sua o seu Trigger Point de de riso e nós vimos isso de norte a sul no país a Malta no norte é muito mais disponível para rir do que a Malta do centro ou mesmo do Algar pronto Depois temos o lentes que é o misto apanha-me grandes plateias e apanha-me plateias mais não são melhores nem piores mas mais observadores estão mais a ver o espetáculo de comédia e não a vibrar tanto na Alemanha eu acho que tem tudo a ver h Onde estás no sítio Onde estás é um povo extremamente eh inteligente por ser muito organizado se calhar gosta de um set mais organizado ou de uma piada mais mais evoluído ou não mas eu lembro me ver coisas na Alemanha quando era miúdo muito parvas e achar imensa piada e os alemães também é muito portanto eu acho que o humor é algo que cabe em todo o lado e os vários tipos de humor cabem em qualquer país em qualquer cultura mas costumas ver conteúdo humorístico elão não porque não porque já já entendo muito pouco Uhum E os alemães têm sempre el não sei se ele tá a fazer humor se ele tá tá chateado com a vida um Manifesto qualquer que ele está po ele mais ser muito agressivo a falar é assim não não vejo muito conteúdo vejo algum conteúdo português Algum americano também gosto muito do gervis que para mim é o é o maior que eu acho que quando for grande quero ser ter quero ter a coragem que ele tem dizer aquilo que ele diz e tá-se a marimbar hh mas sim vej algum conteúdo estrangeiro e Nacional acima de tudo aham Olha quem também veio da Alemanha Pelo menos é o que está no no perfil Foi um tal de roxinol faduncho Não sei não sei se conhece se conhe est com El diz diz a biografia do rochin ol funs que o fadista foi expulso da Alemanha por contra contrabando de alguns produtos nacionais para venda aos portugueses emigrados nomeadamente morcelas é verdade é verdade oui falar disso ouvi falar disso Marcela e e no choriço bacalhau azeite tudo mais ala coisa sim sim sim o que é que tu achas que o que o rochin olf dun sendo um grande grande amante de Portugal acharia do Estado atual do país sabes que o rochino é o eterno hh positivo ou seja para além de ter um Ego e Acima da Média não é cada a contrário dos portugueses Sim sim eu acho que também a construção também partiu muito Daí ser aquela personagem que que é eh inspirador por ser tão positivo e tão ter tanto amor próprio ter um um Eco tão tão tão grande uhum eh eu acho que ele está sempre bem porque o rinol é o típico português que passa pelos Espinhos da chuva e quer é fazer pela vida e quer ess enrascar e depois tudo o que dá ao público H é sempre eh sincero ou seja mesmo quando tu dás qualquer coisa que é mais h mais forte mais mais destrutiva que vá contra quando é feito com sinceridade e autenticidade as pessoas riem-se as pessoas acham piada e queria simpatia e o rinol tem este este dom ele trata mal os músicos acha que é o maior Aldeia sim lado de todo lado e maior fadista de sempre h e o público tem sempre aquela tendência de ficar ao lado dos músicos mas também acha piada ACOM cromis que ele tem e depois é é um é um personagem muito inclusivo porque sempre se vestiu como quis sempre falou como quis sempre apareceu como quis fez o que quis o que quis fazer não tem medo de repercussões é o único fadista que de bigode fto que foi ao alta definição portanto só e a autenticidade deste deste personagem e a veracidade é é é enorme portanto é quem dera muitos de nós temos este esta esta coragem de estar no meio artístic como ele está uhum e já levam 20 anos é de certa forma também uma caricatura do do português podemos dizer uma espécie de de Zé vinho e nestes 20 anos da forma como nós olhamos para os portugueses também foi mudando a mentalidade e tu achas que tem havido uma tentativa de afastamento destes sentimentos de portugalidade do ser português sentes que isso mudou nos últimos anos eu acho que eh as pessoas estão-se a afastar H primeiramente de uma coisa que é básica que é é saberem Quem são elas próprias ou seja tu só podes dar as à tua portugalidade se tu souberes quem é qual é o teu lugar aqui em Portugal e E no meio Onde onde tu onde tu te mexes e onde tu estudas onde Tu Vives onde tu trabalhas as pessoas estão muito confusas estão muito estão muito à procura do seu eu da sua identidade do seu género também e eh e por caminho fica e esta este sentimento de unidade ou seja somos todos portugueses vivemos todos no mesmo país Devíamos Remar todos para o mesmo lado Devíamos todos querer a mesma coisa um país livre um país em p um país justo e de repente estas pequenas distrações no fundo são alguns algum são egoísmos particulares e eh dispersam noos uns dos outros e por isso é que também temos muita tendência hoje em dia de de criticar tudo e e de não aceitar tudo e qualquer coisa sentimos magoados e ofendidos porquê Porque não há um sentido de unidade e a acho que se vem perdendo muito isto eu acho que a pandemia foi um bocadinho o início disto Porque estávamos todos muito foi nessa altura que sentiste mais ess Sim estamos isolados uns dos outros uhum e e e depois que é que nós fizemos a maior parte das pessoas quase toda a gente fizemos um bocadinho das redes sociais a a a a nossa Bíblia de viver a nossa a nossa a nossa Ok o nosso manual de instruções podia ter sido ao contrário não é tanto tempo fechados e tanto tempo afastados sim podia ser Ok queremos voltar queremos voltar a dar valor à à conversa em família a estar em família passado tempo passado tempo com aqueles que nós gostamos mas não acho acho que aconteceu um bocadinho o contrário as pessoas começaram a entrar neste neste neste mundo mundo da rede social nós todos sabemos como tudo na vida tem coisas boas e coisas má na min op tamb M viciante também sim e é muito viciante e e eu digo sempre o tempo que tu passas de fazer swipe no teu telemóvel é o mesmo tempo que a vida te está a passar ao lado ou seja há coisas a acontecer à tua volta e que tu não estás a observar há pessoas a passar há pessoas a sofrer há pessoas a precisar de ajuda há amigos que querem conversar precisam de conversar e tu não estás atento a isso tu estás e enfiado com os teus olhos na nesta caixinha com aquela luz magnética e e que te e distrai de tudo o resto e é preciso levantar a cabeça e tu vês cada vez mais e eu acho que também tem muito a ver este este baixar de cabeça que nós temos a ver o telemóvel também é um bocadinho este este desacreditar esta desconfiança que nós temos quer nos outros e que nós ganhamos nos outros e que estamos fechados no nosso mundo e este mundo torna-nos extremamente egocêntricos e e às vezes eu digo mesmo isso quando as pessoas vão vão e vão jantar fora e fazem isto e fazem aquilo as pessoas têm muita tendência de de tirar foto ao Prato Eu também já fiz isso todos nós fazemos isso eh mas eu tenho consciência que faço isso tiramos foto ao prato e e e quando o mais importante é é provarmos o prato e partilharmos o prato que as pessoas estão connosco com uma uma boa conversa e e e um bom vinho ou um bom Sum seja o que for e nós estamos aprer isso Eo está noos a tornar seres isolados portanto a portug portugalidade é uma coisa que hoje em dia se vive muito sozinh e não eh em conjunto como se viia viver na minha opinião e o rinol era um bom Embaixador olha como é que tive esta ideia há pouco perguntar-nos perguntaste noos como é que surgiu a ideia para o nome em 40 minutos e nós dissemos não sei tu sabes ou lembras-te como é que surgiu a ideia primeiro do nome e também da da personagem de como é que como é que te lembraste desta Olha o nome não é meu o nome é do da do do Henrique Cardoso do Roberto Pereira do Eduardo madeira que escreviam na altura para mim para levant ter ria e eu fui distante sempre várias personagens durante o levanta ria e depois aquelas que funcionavam eu repetia aquelas que não funcionavam não repetia eu mal em que fiz um fadista ele começou só com uma boina e e com cascol e depois a coisa foi evoluindo não tinhas o bigode nem os óculos ainda não não não não tinha nada disso e depois h eu comecei a perceber olha está a resultar e porque todos nós quer queiramos quer não temos um temos um bocadinho no nosso AD an de Fado Isto é sempre qualquer coisa que é é como aquela coisa pá isto diz-me qualquer coisa mas não sei de onde o Fado é muito isso é muito nosso e então pensei assim olha no sem vou fazer aqui um no programa C do levant de Rio vamos fazer aqui com guitarristas e vamos fazer aqui uma coisa mais séria uhum hah e fizemos isso e os guitarristas estavam comigo na altura que não são os mesmos agora disseram Olha o Fado humorístico tá tá esquecido há 30 anos uhum eh ninguém pegou nisto ninguém fazse Algumas casas de Fado Mas é uma coisa muito pouca porque é que tu não pegas nisto e fazes um por os próprios músicos sim os próprios músicos de F Sim e eu pensei assim e pá se calhar tá aqui uma oportunidade de fazer alguma coisa deixar algum registro interessante e e pegar num coisa que está extinta que é Nossa que é o Fado humorístico e depois fazer isto na minha cabeça ia fazer isto se meses e depois entretanto vê outras pessoas e outros fadistas pegam nisto fazem letras e e e começam a crescer e começam a voltar a trazer o FAD humorístico nós fizemos um documentário muito interessante à volta da vida do rinol em que o Fado humorístico quase foi nasceu quase primeiro que o fado tradicional que as pessoas conhecem porque o Fado humorístico vem das ruas vem vem das desgarradas da rua era era eu eu estava a pensar nisso nas desgarradas sim sim mesmo er sim e era muito político muito social e depois o Fado passou a estar nas nas casas fado porque foi uma forma do Salazar controlar o que é que se cantava O que é que não se cantava e portanto mas o Fado inicialmente era muito faca no na aliveira e toma lá disto e tu respondes agora espera lá era muito assim e nós pegamos um bocadinho neste conceito e o que é que nós fizemos Eu apenas modernizei o e vou modernizando paraos tempos atuais tanto que eu tenho público o rochol uma das das grandes mais valias deste projeto e isto que manté ainda a fazer é que nós temos público dos 8 aos 80 mesmo e é é é gratificante ver como é que eu tenho pessoas que há 20 anos atrás foram ver um espetáculo E agora tem 25 ou tem 30 ou tem 40 anos e vão ver outra vez e Vem ter comigo e mostra umas fotos e a diferença e eu pensar eu estou cada vez melhor e mais giro e eu quando era pequenino não sabia de que er a música dos cãos de loiça ainda sei ainda hoje sei e o meu pai eu via meu pai isso isso é maravilhoso e o facto de Tu ouviste o teu pai o facto de ouviste o teu pai o que me Estás a dizer para mim é importante porque era uma partilha que vocês tinham juntos mas mas a parte mais interessante é o meu pai nunca me disse ou pelo menos me lembro nunca me disse olha senta-te aqui a ver isto eu eu é que ouvia o meu pai a rir-se a rir às gargalhadas e queria ouvir e sentava-me com ele voluntariamente e a partir daí sabes que eu acho que é essa a imagem que nós temos do do Marco Horácio que é olhar para a televisão e sentir-nos abraçados pela energia é uma energia em que estamos todos em família em que estamos todos a rir Acho que é essa a imagem que tu passas para as pessoas e é e é para isso que eu trabalho cada vez mais ou seja das pessoas sentirem que que sou mais um que está lá em casa com eles sem dúvida e tu tinhas formação musical para para fazer um projeto deste cali na altura não imaginava que ia ser isto não zer sim não tinha eu acho que é é é muito instintivo e é muito meu pai é é músico meu irmão é músico Ou seja eu sempre nasci um bocadinho rodeado de músicos e portanto tenho esta tenho sou afinado sei sei sei perfeitamente cantar dentro do Tom Uhum E depois fui fazendo eh alguns espetáculos de música ao vivo quando tinha 20 anos e fui de bar em bar e improvisava muito mudava muitas letras aliás eu fado das barracas que é um fado que eu escrevi tinha 19 anos portanto hum eu acho que tem mesmo a ver com o meu com o meu lado familiar a minha mãe também cantava muito bem e e portanto erdei um bocadinho esse esse mas nunca estudei música Foi uma pena que eu se eu tivesse aprendido a tocar viola o o zambu Hoje em dia não existia bem era eu olha mas tu na altura nos tempos do tiri hh não só no programa mas também fora havia uma forte presença de comédia musical no levanta ti ria Estavas Tu Francisco Menezes Eduard madeira tamb Eduard madeira o Quim roscas E o Zé estacion também fora também fazia Pedro Neves o próprio airman uns anos antes neste momento a comédia musical desapareceu um bocadinho distinguiu-se um pouco ou nós é que não estamos a encontrar eu acho que é assim continua só que é um bocadinho são os mesmos ou seja continuam a ser 10 sim 10 a 12 a fazer este tipo de trabalho ou ou se calar erro meu a ter essa expressão esse esse trabalho para mim a comédia musical é junta os o o melhor Dois Mundos que é a comédia e a música ou seja a música é uma coisa que diz sempre muito às às pessoas e que é uma coisa inerente à vida nós temos música na nossa vida o durante o dia todo e o humor é pronto é o humor é é o é o eu acho que é é o é é é algo mais português que nós temos e que infelizmente é muito maltratada às vezes que é pelos mídia que é pelas televisões que é pelas pessoas e o e o e eu lembro o meu pai sempre falar dos filmes antigos do Vasco Santana e do António Silva e portanto o humor tinha hh tinha peso na vida das pessoas A a revista à portuguesa tinha peso na vida das pessoas era um era um ir à revista era uma era uma coisa as pessoas iam iam bem vestidas era havia havia al era comir à missa de domingo Sim havia um certo respeito Claro e e apostava em comédia Hoje em dia a comédia é vista um bocadinho ou como algo agressivo ou hum Hum uma data de gajos que que dizem aquilo que acham E que pensam e que que que não querem saber da opinião das outras pessoas e e não é visto como um um ato cultural ou ou um uma um Manifesto de cada humorista porque cada humorista é diferente Cada um tem sua forma de fazer humor e o que eu digo sempre as pessoas podem gostar ou não gostar agora h e devem criticar e deve ser sempre uma crítica construtiva agora as pessoas não têm gostar Claro e se não gostam não acompanham não vem de bloqueio outro não seguem claro vem outra pessoa agora não podemos amarrar de forma alguma a arte não pode ser amarrada nem pode ser a melhor forma que as pessoas têm se querem ferir um humorista ou o trabalho que ele faz é não acompanhar é só isto estão simples como disse é se há humorista por exemplo que h eu não gosto e critico e falo mal e ele tem 100 milhões de seguidores eu estou a dizer que há 100 milhões de pessoas estão erradas na forma de pensar delas isso está errado eu não posso achar que a minha forma de pensar é correta e das outras pessoas é é isto tem a ver com o gosto pessoal é como um quadro olho eu olho para um quadro e adoro o quadro e diz-me isto outra pessoa olha e se calhar não gosta tanto e aquilo que emana do quadro para a pessoa é um sentimento triste ou seja a arte é mesmo isso a arte bem feita provoca este tipo de de de de de Emoções às pessoas e o humor ultimamente também desde a pandemia e volta a referir tem sido muito castrada e às vezes sinto um bocado que H aqui uma uma caça à Bruxas quando hoje em dia se fala tanto de inclusão de empatia de aceitarmos os outros então E porque é que não aceitamos a arte dos outros também da forma da mesma forma que temos que aceitar as pessoas como elas são e e e é é é tão simples como isto estamos de volta em 40 minutos com Marco Horácio vou ser mais positivo agora nesta segunda parte acho que estavas a ser também estava a ser realista sim é minha é a minha realidade digo sempre as pessoas cada um de nós tem a sua realidade eu apenas o que falo com frontalidade a minha e Sinceridade aquilo que eu sinto E é isso que nós queremos um espaço de verdade cada vez mais não vou dizer aqui os teus Não não vou dizer isto não vou dizer psicólogos Não não vou dizer isto vamos passar à frente H já vamos olhar para alguns momentos da tua carreira Aliás já temos vindo a fazer isso H mas para também para conquistas pessoais Mas vamos ao início isto já começou H algum tempo nós vamos agora ao início 1964 ano de liberdade e já várias vezes a PL nas redes sociais à importância da liberdade de dizermos aquilo que queremos aquilo que pensamos o que sentimos a liberdade para ti é algo inegociável daquilo que nós conhecemos e daquilo que vemos se tem que ser tem que ser da liberdade é a única coisa que nos diferenci dos outros porque a tua liberdade é diferente da minha a única coisa que é igual nas nossas liberdades ou que devia ser igual é a forma como como eu respeito a tua liberdade e tu respeitas a minha agora a liberdade é é é é fundamental para tu cresc a esperança para tu eh eh ires atrás do teu objetivo de vida atrás dos teus sonhos essa essa liberdade dá-te essa essa esse esse Vibe ess essa vontade e como é óbvio sem Liberdade criativamente H nada acontece eh os os os os artistas precisam de ser livres para para criar E acima de tudo as pessoas têm que perceber que h a a liberdade Foi algo muito difícil de conquistar eh hoje em dia ainda ainda ainda temos que lutar muito para conquistar a nossa liberdade porque estamos a falar de uma liberdade de opressão de um regime para uma liberdade pessoal e hoje em dia a tua liberdade pessoal às vezes é confrontada é agredida é ofendida e e as pessoas têm que começar a a mais do que esta discussão que há hoje em dia e volto volto a falar disto de géneros uhum olhamos uns para os outros como eh seres humanos diferentes quer e no vestir quer no ser quer no pensar e respeitar isso se nós partirmos do princípio que nós todos merecemos estar aqui todos merecemos existir todos merecemos a nossa liberdade Tod todos merecemos Alcançar os nossos objetivos e se respeitamos isso e há discussões escusados e que nem vamos ter no nosso dia a dia e é tão simples como isso eu eu quando aceitei a minha liberdade e quando falo com a minha liberdade é sempre com a permissa que do outro lado venha à liberdade que vier que eu estou pronta para a receber para ouvir Posso não aceitar mas vou aceitá-la vou não aceitar não a compreender mas não vou julgá-la porque a liberdade é algo que não se pode julgar Cada pessoa tem a sua é uma grande mensagem esta Ora bem temos aqui uma grande mensagem e e marco o o bom humor como é que as pessoas sei lá os teus tios a tua família quando eras mais pequeno não em 1964 Porque nessa altura não não falavas quando nasceste mas naqueles primeiros anos tu Já eras uma criança bem disposta que dizia assim piadas e as pessoas ficavam todas a rir contigo ou eu eu lembro eh sim eu era ou seja gostava muito de cantar e de fazer coisas com a minha mãe e de e participava em alguns eventos na Alemanha da quando os portugueses se juntavam Uhum mas eu lembro-me assim a minha maior fase de de estupidez natural foi mais ou menos no secundário é é a idade habitual não é sim e depois quando Fi estudar piria que ia no Autocarro a contar piadas desde estamos a falar de meia hora para lá e meia hora para cá ia a contar piadas as pessoas iam todas viradas no Autocarro para trás para me ouvir e a mas estranhos estranhos Sim sim e a perguntar este macaco tá ali a fazer cenas e fazer imitações e fazer ou seja eh sempre foi uma coisa que de muito minha mas no secundário desenvolveu-se mais depois fui para o conservatório estudar e depois foi aí que eu percebi eh que o humor aliás eu fiz no primeiro ano de conservatório fiz coisas sérias depois é é que puseram um rótulo de humorista e de comediante eh eu eu percebi que o humor para ser bem feito tem que ser feito de uma forma séria e e séria como a Ah quando dizemos as coisas ou quando fazemos as coisas temos que ter um propósito maior do que a piada em si certo nunca pode ser só apenas a coisa básica de Olha vou dizer isto ou vou dizer esta agira aqui ou vou dizer isto que eu já sei que as pessoas vão reagir não tem que ser uma coisa mais elaborada e pensada e foi partir desse momento que eu tudo o que eu faço e tudo o que eu escrevo e e tudo por mais que as pessoas olhem para aquilo e pensam assim e pá isto ele tá não Isto é às vezes é é muito pensado e tem sempre uma mensagem muito importante por trás e rochol tem tem três quatro mensagens importantes durante o espetáculo que as pessoas vão vendo vão-se rindo mas eu sei que aquilo fica lá e aquilo fica lá a bater e aquilo fica conscientemente quase mas tinhas algum plano b na altura e não eu na altura entrei para inglês Alemão para ser professor e depois é que sim e depois entretanto o meu tio que que foi professor na Faculdade de Economia disse olha as pessoas estão sempre a dizer que és engraçado e faz espetáculos Air por é que não tentas ir para o conservatório ah sempre curs eu ia às aulas do Marco se fse Sem dúvida sem dúvida e de repente pá eu lá viin a de viira de Leiria com a minha meia branca e a minha calça de flanela e mais bimba era impossível fstar provas eram 800 e tal pessoas a concorrer para 28 vagas ou 29 vagas e eu não sei como é o destino entrei pronto e agora é a minha vida e e foi muito engraçado todo esse percurso foi muito engraçado daria mais 40 minutos só a minha história no conservatório daria mais 40 minutos porque eu tenho situações que eu acho que os professores olhavam primeiro pensava ele tá a representar ou tá a falar a sério po podes dizer uma podes dizer alguma Olha posso dizer que quando fui eh nós tíos as provas eh eh teóricas e práticas e tínhamos uma espécie de entrevista em que dividiam por grupos e eh e Nós entramos numa sala éramos para aí uns 25 e tinha H eh Eugenia Vasques Valentin Lemes amos Eram quatro professores à nossa frente e iam fazendo entrevistas e eu tinha vindo da da aula de de de corpo tinha de calções e meio e tal vinha não sei sentei-me nem fui-me dar de roupa nem nada eu estava com o meu ar de de vir Leiria sentava e e eles a perguntaram-me assim então diga uma coisa então qual é o livro que neste momento tem a sua mesa de cabeceira e eu olha neste momento estou a ler o Tio Patinhas E é verdade que eu adorava ler o tio eu cheg Tio Patinhas sim que eu gosto de ler às vezes gosto de ler anda desenhada Sim manda desenhada e adoro acompanha não sei ah muito bem então e qual foi a última peça de teatro foi ver e por acaso tinha se tinha sido no dia anterior e fui ver uma peça do H do do e o grupo era era o Miguel Cintra fui ver era pronto fui ver a peça no dia anterior n que tinha visto teatro na minha vida e eu disse isso olha a minha peça primeira peça foi ver Ontem eles foi ver ontem sua primeira peça de teatro e assim é verdade então o que é que achou eu assim achei aborrecido e e e a telme desculpe aou sim porque H pronto a peça foram quase 3 horas e ali a partir das 2 horas já tava perdi ela el o meu interesse perdi o meu interesse de seguir a peça e tava comecei a ficar cansado ai é então o que é que você não se que é que você faria tirava-lhe uma hora de espet tentava ou seja e e a coisa foi sempre evoluindo sim sim foi sempre lind e que é que gosta de ler Maisa gosta de ler a bola gosta de não sei quê tudo assim e e eu acho que eles ficaram convencidos que eu estava a representar ou seja que veio uma uma coisa tão Sim e eu respondia tão sinceramente que que pronto e depois tive tive a minha prova a última prova era monólogo eu fiz o Manifesto anti Dantas e nós estávamos na sala principal e os meus colegas Estavam todos a apresentar o monólogo eram 4ro minutos de monólogo e que era decisivo e eh eram oito oito professores na atrás de umas mesas corridas a ver e eu comecei observar que os meus colegas estavam a fazer a prova deles eles estavam sempre a falar uns com os outros não prestavam atenção dizer quando olhavam não sei quê e aquilo estava-me enervar eu quando 20 anos era uma pessoa muito nervosa eu qualquer coisa era agora não felizmente e então aquilo estava-me a encher estava-me assim como é que é possível as pessoas estão aqui Isto é o sonho de muitas pessoas eles nem sequer tomam atenção aquilo que eles estão a fazer e então o Manifesto anti dentas começa com o basta pum basta e quando foi a minha vez eu cheguei ao pé da mesa e mandei assim um um grande murro na mesa disse basta pum basta eles os oito saltaram das cadeiras e eu sei que tiveram qu minutos a olhar para mim e depois quando saí da sala pensei assim olha não vais entrar e pá mas pelo menos eu nunca mais Vão esquecer de ti isso garante pronto e depois Isto foi tudo uma sucessão e depois Acabei por entrar e e hoje pronto hoje estou aqui a falar com vocês 40 minutos 40 tu numa entrevista disseste que nunca ias impedir o teu filho de seguir a carreira de humorista Sim tu lembras-te na altura quando disseste aos teus pais pai mãe sim vou ser humorista ou não sei não sei se foi assim também sim mas lembras-te da reação deles eh quando eu disse que ia para teatro meu pai eh deixou de falar comigo não queria É sério não queria que eu fosse professor outra coisa Qualquer não deixou de falar comigo e estamos a falar eu eu desde os 13 anos já pagava os meus estudos sozinho já ou seja Não dependia dos meus pais para nada só para viver e pronto o resto pagava eu tudo sozinho e quando ele disse fui fui para teatro ele mais do que de criticar ficou desiludido uhum uhum ficou derrotado eu olhar como é que tu lidase com isso ur foi um jovem não é Sim mas tu tinhas que idado tinha 19 tinha 19 sim mas eu sempre tive uma relação muito tensa com o meu pai ou seja Hã Eu queria seguir este caminho como eu Não dependia dele para seguir esse caminho eh ele teve que aceitar a minha mãe claro ficou felicíssima da vida a minha mãe sempre quis ser artista e quis ser atriz e cantava e representava e tudo e mais alguma coisa pronto e depois o meu pai com o tempo eh foi aceitando a ideia e depois à medida que eu fui fui ficando mais conhecido Ah ficou mais convencida da minha escolha e aceitou mais a minha escolha o que é errado na minha parte porque eu acho que o facto o teu grau de de notoriedade nunca deve ser o a a base para lugares filho nenhum Ou seja eu acho que o incentivo é é fundamental e acho que hoje em dia que eu digo ao meu filho não quero saber o que é que tu queres ser a única coisa que eu quero é que sejas feliz Claro porque Se fores feliz naquilo que tu fazes vais querer chegar mais longe vais ser ambicioso e e trabalhar para ti 8 horas ou 10 ou 12 ou 16 não vai custar Nada e tu se quiseres chegar mais longe que os outros Vais ter sempre que trabalhar mais que os outros senão não tens IMP não há como como dizias a no caso da tua mãe sempre foram muito próximos E E H ela ela gostava de ver o que tu fazias acompanhava qual é que foi assim de todos os conteúdos que fizeste aquele que ela gostou mais a minha mãe Air minha mãe recortava tuudo tud tudo tinha sem que apare no jornal sim sim tudo tinha dois álbums cheios de recordes que depois descobri muito mais tarde que ela ia EA guardando tudo e a minha mãe sempre ia algum sítio a minha mãe era muito engraçada sempre que ia um sítio qualquer ou be café ou jantar ou almoçar ou fazer compras a primeira coisa que ela dizia quando as pessoas er dizia eu sou a mãe do Marco Orácio que CR E ai sim sim sim não sei qu então conta-me lá não sei qu sim depois as pessoas andavam ali à volta e perguntavam coisa ela tinha tinha tinha muito orgulho e como é como é óbvio sempre que eu tinha peças de teatro ou qualquer coisa ela vinha cá sempre ver a estreia e convidar sempre a vi vi cá ver ela é o meu pai e vinha cá e ela vibrava muito porque ela de facto H tinha um lado artístico muito grande que depois infelizmente Devia dar a vida que ela depois teve não não conseguiu não conseguiu em verdade por aí fui eu por esse caminho eu acho que ela ria-se um bocadinho aem mim também e tirava essa satisfação também para ela pessoal de de eu estar neste meio artístico e e No fundo ela havia em ti se calhar aquilo que ela gostava ter seguido e queria ser sim eu acho que sim sem dúvida nenhuma e e como é óbvio ela às vezes até tinha tinha alturas em que me via na televisão quando eu não estava na televisão ela diz ai vi um teu programa novo não sei quê mãe não sou isso não sou é o manzarra estás a fazer confusão não não eu tenho a certeza ó mã tou-te a dizer que sou eu não eu acho que és tu não estás a querer dizer não mãe não sou eu ela já me vi Às vez em mais programas aliás se fosse ela diretor de de estação na altura fazias tud até fazer o o Jornal da Noite Fazia tudo Fazia tudo sim Marco tu para além do Rin alfad uns e de muitas outras coisas que já fizeste apresentase o levanta-te e ri o salve-se quem puder que eu sou fã não sou conta Ti André Mas eu sou muito fã eu eu lembro-me de ser pequeno e estar em casa a dizer solt a parede que bom que bom eh programas que ficaram na na história da da televisão portuguesa curiosamente dois programas que acabaram por por voltar Estamos numa era de reboots eh remakes será que podemos dizer que há menos criatividade agora ideias novas do que há uns anos ou os neste caso estes formatos são mesmo bons e fazem sentido voltar ainda que com algumas diferenças eu acho que é assim quando tu tens formatos de sucesso e depois voltam muito tempo depois há sempre o erro de de poderem correr mal não é uhum não foi o caso exato no teu caso não foi foi cas não por acaso tive sorte nos dois eu acho que tem muito a ver com com as energias do projeto o sal qu poder é nitidamente um programa de verão e é um programa de mi que Miúdos que depois trazem os pais também para ver e trazem os avós e que juntam a família toda à frente da televisão é um formato que a meu ver tem sempre espaço todos anos apresentado por mim ou não ou com a Diana ou ou outras pessoas a apresentar faz sentido para mim eu acho que as pessoas o o querem sentir ligadas cada vez mais a televisão eu acho que tem que ter esse papel de ligar as pessoas e e de de convidá-las a estar com elas e o e o saler tem tem isso porque é é é sempre foi um programa que eu e a Diana fizemos sem rede uhum não temos temos um guião pré escrito mas raramente seguimos o que está no guião eu dovido que tu compre tanto também e e e brin vive muito da energia que nós temos e de nós gostamos quer um do outro quer apresentarmos o programa um com o outro e da envolvência que isto tem e foi um programa que de facto marcou muitas pessoas e marcou-me a mim também à Diana e fazia todo o sentido de voltar e quando voltou o nosso único receio meio da Diana era Será que conseguimos ter a mesma energia Claro a mesma boa disposição porque entretanto isto Mudou as coisas mudam será que temos a mesma a mesma capacidade e depois como a Diana continua humilde e maravilhosa e super inteligente e e e muito e e e cada vez mais eh talentosa porque este acho que este eu acho que tu até ajudaste muito a desconstruir e essa pessoa televisiva podemos dizer da Dias Chaves ao ponto ela agora estar num desafio diário e acho que muito do trabalho que ela fez contigo tambémm ajud ajudou agora neste momento eu acho eu acho que ela ela confiou em mim uhum quando foi o sal se Quem Puder porque nem é nem toda a gente tem humildade que ela teve de eu tenho aqui um gajo ao lado que é é um canhão à Solta Portanto o que eu vou fazer é É vou acompanhá-lo claro e é Gir porque ela ao fazer isso não só revelou a humildade dela Como ela depois de repente e e agora quando voltamos isso foi notório e nós estávamos muito equilibrados na apresentação não quer dizer que nós estávamos estávamos mais sim s e isto tem muito a ver com a forma Generosa que nós trabalhamos um com o outro ou seja H Nós brincamos muito um com o outro e o nosso objetivo principal é sempre o para o bem do programa para as pessoas se divertirem para as pessoas que estão no estúdio acima de tudo se divertirem porque as pessoas que estão no estúdio se divertem quem tá em casa também vai se divertir mas ela que chu imenso como como apresentadora e ela neste momento para mim é uma das melhores apresentadoras nacionais não só porque faz muito bem o papel da apresentadora como a desconstrói muito muito bem a aquele lado às vezes intrans nível que os apresentadores têm que é aquela coisa formal e ela quando quer desconstrói isso humana e torna-se extremamente humana e carinhosa e ela de facto é uma pessoa assim o levanta ti ri eh esse fenómeno H se calhar vou vou mear na cabeça mas é um programa que nunca devia ter acabado nunca nunca porque era um programa necessário porque não só porque mostra eh os novos humoristas e dava palco aos novos humoristas como é um programa que se reinventa porque o standup tá em cima da atualidade e é sempre produto novo não é há sempre coisas a acontecer numa semana há sempre coisas a acontecer Ah o levant ter ria era daqueles programas que que podia continuar mesmo fosse à segunda-feira à meia-noite continuava a ter seguidores e pessoas a ver e a acompanhar H infelizmente não é assim tenho muita pena eh e quando digo Isto mais uma vez ponho sempre o meu lugar à disposição porque as coisas evoluem os apresentadores evoluem eh Eu não não gosto de estar agarrada a nada mas o o standup a é necessário tanto que eu estes últimos três anos tenho feito uma coisa muito Gir chamado última rear que é organizado pela revista sábado que é um concurso standup nós fazemos quatro semifinais de norte a sul e eu tenho descoberto humoristas e e Malta nova a fazer humor e mulheres a fazer humor de forma magistral e que me diz bem que há muita saúde humorística em Portugal há pouco espaço para este para esta Malta crescer Ah e mostrar o valor que tem é no fundo também era uma rampa de lançamento para muitos artistas era foi tanto sim e depois também foi um bocadinho a o Bispo papão para muitos outros e muitos outros que fazem standup que não precisam de televisão para nada e que são muito bons a fazer standup que se recusaram ir ao programa e que se recusam ir ao programa algum estereótipo por trás hum eu acho que é só h não não sei qual é o não não conheço as pessoas não quero estar a acusar como é óbvio há pessoas que não precisam de ir a levanta ri certo mas as pessoas que estão em casa precisam de as ver é tão simples quanto isso e naquele registro também Sim eles não precisam de ir mas as pessoas que estão em casa que não têm acesso de ir aos Camy clubes e ao espetáculo deles porque moram não sei aonde ou porque não tê capacidade se calhar são 10 minutos do trabalho deles que eles não só dão a conhecer o trabalho deles como também socialmente podem mudar a mentalidade das pessoas e podem também intervir de alguma forma a h na evolução da pessoa que está em casa e o humor tem que ter esse papel e a partir do momento em que o humorista se recusa era a um programa onde tem 10 minutos um espaço que está sozinho em palco não tem não não está ligado a mais ninguém são 10 minutos que ele pode fazer o que ele quer e mostrar aquilo que quer dar às pessoas a forma dele pensar quando recusa fazer isso para mim é só um ato egoísmo não é mais nada porque se ele não precisa eu levant terri e diz assim olha eu vou mas o cx vou dar para solidariedade ou vou dar não qu gar vou porque se calhar há 800.000 pessoas em casa ou 1 milhão dessas de 1 Milhão há 700.000 que não me conhecem e ficou-me a conhecer e eu também mostro um bocadinho de mim às pessoas isso é fundamental para mim mas pronto Marco Por falar em mostrar eh queríamos que mostrasse aqui um outro lado mesmo para acabar porque isto está a passar a voar e vamos mesmo à última pergunta H lançaste um livro chamado pai Horácio sim onde falas um bocadinho da da paternidade também e deste novo desafio que tiveste com a tua mais pequenina até tens aí é uma espécie do anel não é o elástic cabel o elástic cabelo que uma pessoa tem que o raminhos é que já é perito Nis que para quem está a ver em vídeo Marco tem um anel em forma de tive que aprender a fazer Totós e ela fa dois fac dois Totós quando ela vai para a escola e eu digo sempre va com três Totó para para a escola que são esses dois e sou eu que E então vai sempre Toda torta a mãe é tem meno jeito faz a coisa Sara faz aquilo muito bonito pá aquilo quando vai comigo vai assim Ah mas isso é que tem piada ol para revelar aqui a personalidade do pai exato exato na na capa do livro tu dizes que H lá dentro estão lições para viver a paternidade com humor sim é fácil fazê-lo é eu acho que é só um mindset e vocês que vão ser pais no futuro é um livro fundamental para vocês porque para já é um livro muito importante para a parentalidade nós Homes dar ideias à minha família que depois a minha mãe vai vai mandar uma mensagem diz assim quando é exato vai acontecer vai acontecer meus rapazes eh nós como homens temos que assumir o nosso papel na parentalidade isto tem que ser 50 50 e nós durante a gravidez eh isto pronto sou pai de segunda vez eh nós fazemos muitas figuras tristes porque andamos sempre um bocadinho a reboque das mulheres elas qu estão grávidas des instalam logo uma aplicação já sabem que à segunda semana aquilo parece um feijão à terceira semana não sei quê Já sai e nós andamos sempre um bocadinho atrás delas a dizer que sim e este livro equilibra as coisas porquê por experiência própria eu dou dicas muito importantes do tipo de comportamento que nós devemos ter nas nas diversas etapas da gravidez o que é que devemos dizer o que é que não devemos dizer eh porque a nossa vida pode estar em causa e portanto eh é um livro que acompanha o o homem durante a gravidez da mulher e depois acho que é é a fase mais maravilhosa nas nossas vidas e tem que ser vivida com amor e com humor é muito duro ser pai quem quem diz ahi adoro ser pai e adoro ser mãe e não é é muito fixe não sei quê é porque tá a fazer coisa mal porque e as dores de cabeça sim sim é é cansativo ser pai pai quando você é pai a sério aliás tu já deves ter algumas o teu filho tem que idade o meu filho tem 18 agora entrou para a faculdade dor de cabeça quando ele sai à noite não porque eu sabes muito desde muito os filhos são algo que não é nosso é nosso até uma certa idade depois são do mundo e são da vida deles Sim eu também tenho que fazer esse esse desm comprar o livre and esse desmame também para para ou seja ele eu confio nele ele foi tem e boas bases Morais Uhum E é um excelente rapaz H foi criado assim e Mas agora tá na vida dele eu digo-lhe sempre Olha estou cá quando tu precisares estou aqui para conversar para aquilo que tu precisares e a Leonor vai ser educada da mesma maneira eu acho que quanto mais independente criarmos os nossos filhos Claro mais sucesso eles vão ter mais felizes vão ser no no no futuro mas e volto a dizer ser pai é cansativo Ser mãe é cansativo e preparem-se para muitas noites sem dormir e andar completamente desnorteados essas noites eu ponho as repetições do levanta-te R madrugada depois diz-me quando fores pai se for assim tá bemo deve ser deve Marco ora muito obrigado por ter estado conosco aqui em 40 minut vosso tempo estivemos a rir muito ao longo de 40 minutos Ach nunca mais se vai esquecer do nome do nosso não sabe como é que el surgiu mas nós também mas tem que arranjar uma explicação bonita coisa filosófica alo mais profundo Obrigado PR obrig