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[Música] seja muito bem-vindos a mais um popup o almanaque de cultura popular Que semanalmente agradece a existência destes três iluminados Maria Ramos Silva Bruno Vieira Amaral e Pedro bucheres Muito obrigado isto sou eu a agradecer a vossa iluminação Obrigado Esta semana vamos apesar de tudo falar daquilo que não somos nem nunca vamos ser meus amigos o quincy Jones compositores e produtores inscritos na história da música por muito que vocês se esforcem e vamos começar com quy Jones fica a notícia para quem não está a par coinci Jones morreu esta semana aos 91 anos compositor e produtor que fez história com Frank Sinatra com Michael Jackson com o mundo inteiro dos jaz bandas sonoras H foi um dos que ajudou a construir a música popular como a conhecemos hoje podem ter a certeza H é óbvio que temos aqui o senhor no meio de nós esta frase assim é um pouco estranha e Maria Ramos Silva vamos começar e por ti H uma dúvida que me assola que me tem ocupad M nestes últimos dias coincy Jones é uma estrela pop o que é que tu achas acho que não e acho que acho que conhecid vamos acar com de músicos como escrevia Smith sonan eu eu partilho a ideia sobretudo muito reconhecido e conhecido na na indústria justamente mas depois acaba por ser não um donquixote mas um fiel escudeiro não é ali um sanj espansa da pop se quiseres que está ali a fazer o seu papel e muito bem mas mas não é não é o Michael Jackson no sentido de notoriedade e da e da enfim do de ser agraciada e reconhecida e imediatamente identificada apesar de ter sido absolutamente genial ter sido um génio criativo assim em toda linha e sobretudo alguém que consegue ele morre com 91 anos não é consegue estar sempre muito adiante no seu tempo ele começa como trompetista passa por uma série de géneros como tu dizias ele escrevia-se com muita graça ele tem uma história para contar sobre praticamente todos os nomes diz um nome qualquer de alguma sobriedade seja Sinatra seja C Bis ele vai ter sempre uma história para contar com aquela pessoa e chega ao ponto curiosamente de se desentender segundo consta com outro visionário à sua maneira ou Michael Jackson com quem trabalhou que dizia bem tu não não estás a perceber a música de hoje eh a música moderna a música que se deve fazer porque supostamente Ele conta isto anos mais tarde numa entrevista à time que Michael Jackson dizia que o o rap estava morto e ele dizia o rap ainda nem sequer começou Hum e estava certo não é quando nós olhamos depois o que é que a história de de de da música mostrou pronto e e portanto eu acho que ele conseguiu eh eh manter-se sempre atual e e e ativo e e perceber isso tudo agora ocupando sempre esse lugar H esse lugar de de de bastidores se quiseres de um de um Rick Ruben de um George Martin que não é uma figura imediatamente reconhecida talvez mais popular porque momento também tem um documentário na nas plataformas não é e portanto ganha essa dimensão mais pop mas não é uma figura pop não é uma estrela Pop eh não basta essa existência no meio de toda essa pop para ser uma estrela pop Não não é que ele não mereça agora obviamente se tu fizeres se colocares a imagem do Senhor em cima de uma não é com papel explicar das pessoas Olha este é o Michael Jackson este não sei qu eu não sei se é imediatamente reconhecível não é obviamente que para a indústria é uma coisa de caras tenho dúvidas que seja genericamente uma coisa de caras Sim senhora Pedro bucher Mendes H antes do do começarmos mais este mais mais um episódio deste extraordinário programa tu dizias que e lançava a questão de até que ponto quincy Jones é um dos responsáveis por fazer da música Negra a música pop de hoje de hoje e já desde algum tempo não é sim quy Jones morreu 91 anos o que significa que viveu muito tempo é verdade aqui no sentido de de de ter passado por muito muitas fases da música da história da Música Popular Vamos achar que a música que que nós ouvimos hoje em dia começa a seguir à Segunda Guerra Mundial uhum eh tem muito que ver com questões de tecnologia por exemplo a disseminação do do do pequeno giradiscos em casa aqueles que nós às vezes vemos vintag né ou vintag como se diz em Portugal aques de plástico H 33 rotações exatamente eh 45 33 é o álbum é o álbum ah estás lá dos singles ok ok certo certo certo os os os pequenos uma canção de cada lado pois o Elvis PRY lançava singles de quase todas as semanas pronto e portanto Há Há uma grande questão associada à tecnologia uma das questões mais interessantes da do pós-guerra nos Estados Unidos e depois chegaria a Portugal é a invenção do Adolescente sei lá as vendas de de batom de Lipstick disparam e pronto a venda de discos da venda música toda aquela cultura que nós vemos dos Diners e do beos batidos e pronto e que vemos no American Graffiti depois no naqueles filos com John TR volta e Oliv and John eh mas o o o quincy Jones era e acabou por ficar creio eu Apesar dele ser músico e fica acaba por ficar como produtor não é como e o que é que é um produtor Isso é que é a grande é a grande questão porque a palavra produtor em Portugal e mesmo na indústria por exemplo na indústria da televisão produtor pode ser simplesmente alguém que dar garrafas de água aos camaran exato e Ah temos não sei quantos produtores aqui nesta ou pode ser alguém que que arranjou dinheiro por exemplo não é prto aí será no cinema à Americana será o o ou será alguém que compra o direito a estar na ficha técnica porque deu dinheiro não é portanto oor executivo a ao produtor Tiago Pereira porque tu deste 10 milhões de euros para fazer um filme pode ser o tipo que resolve simplesmente sim é o tipo mesmo que compra o portanto mas o quincy Jones é um produtor no sentido de de de encontrar a melhor solução para e a melhor solução para depende portanto se se o Michael Jackson estiver a gravar um álbum e ele gravou o primeiro álbum o off the wall não é ou primeiro álbum com o quincy Jones é o off the wall que é de 79 se ele estiver a fazer esse disco Cabral quincy Jones ou COB quincy Jones orientar o Michael Jackson todo aquele talento e toda aquela no sentido de uma modernidade não é coisa coisa que mais do que conseguiu Aliás com a carreira do Michael Jackson ou por exemplo se vamos gravar o the w numa noite é preciso reunir esta Malta toda e depois empacotar tudo de forma a que se torne numa música eficaz para nosso objetivo que é que é Angar dinheiro para as para as vítimas da fom em África mas ao mesmo tempo transformar aquela canção o we the world num tema que sobreviveu até hoje não é um tema tremendamente odelo muito tocado muito reconhecido e reconhecível e e portanto é esse o trabalho do Produtor eu eu falava enfim para para o livro que escrevi dos anos 80 falei com dois produtores da aquela altura da música falei com o António Pinho por exemplo que que produziu o primeiro álbum dos Heróis do Mar e produziu o o primeiro álbum do Rui Veloso Uhum e ele é uma pessoa normal e e no fundo eava mas mas o que é que fez o produtor O que é que faz o produtor E ele disse o produtor está ali e vai dizendo oh mas olha se calhar aqui mais para a direita se calhar se calhar não deviam cantar em inglês viam cantar em português se calhar Esta palavra podemos substituir por aquela h e o conin Jones acaba por deixar a sua marca e trans manda a a a chamada música Negra que nunca foi uma música de Gueto porque é uma música Creio eu e acho que isto é Pacífico dizer absolutamente Irresistível não é quer dizer qual cada um de nós que ouve música daquela altura feita por negros poros obviamente mas mas é absente irresistível O apelo portanto quebra-se creio eu qualquer barreira de preconceito racial aou ouvir um um instrumentista ou um pianista ou um trompetista ou o que for e ele mas ele transforma e e e e dá uma dimensão comercial também porque o quincy Jones também que foi executivo numa numa numa Editora desculpa de discos discográfica e percebeu que era preciso mais além de ser artista é produtor e essas coisas todas era preciso ter exatamente ter atenção portanto meus amigos vocês guardem os direitos e não sei quê os direitos de publishing e taló e portanto foi alguém que trouxe para o chamado mainstream Total a música feita por negros e brancos Claro e amarelos e roxos Mas conseguiu canalizar toda essa energia e essa magia e essa esse talento e essa enfim essa essa dimensão da música Negra para o chamado sim porque estamos a falar sobretudo de música que e que cruza ali o jz sou be gosp para ver que o Billy Jean o Billy jein tem tem um sol de guitarra do Edie van Allen para branquear digamos assim ou seja para que a música seja também aceito por por bilin ou o birit o o o o o birit acho que é o Bin mas mas mas sim pronto mas já vamos ver mas é uma delas mas tem um solo do do guitarrista do sim para ser aceito pelo público branco e é o Michael Jackson Desculpa só para acabar que quebra em definitiva a barreira da cor no na MTV e portanto MTV passa a passar músicos e artistas negros além dos Artistas brancos que passava desde o princípio é no biret sim senhor é no bir mas não faz mal van Allen podia fazer SOS onde ele quisesse porque ele era o Van Allen H Bruno veira Amaral e estava eu a pensar se por estes dias ainda quase que endeus produtores Como já fizemos ou seja H bocada Maria falou e bem né disse Rick Rubin George Martin e quincy Jones Phil Spector Phil Spector por exemplo enfim hum lembrei-me do do do John Landau com o Springsteen e se bem que isso era uma coisa ainda mais misturada mas H Ainda temos esse tipo de figura com esse tipo de relevância pá eu acho que sim sendo sendo que hoje em dia Muitas vezes as coisas são gravadas onde calha não é e e o estúdio é uma coisa virtual mas a figura do Produtor Pelo menos eu tenho essa ideia tornou-se muito importante com a acensão do hiop uhum eh Aliás a certa altura parece que os produtores tinham mais importância na na construção até de de certos produtos eh musicais do do que os próprios artistas no ipop muitas vezes às vezes o nome do produtor vem no nome da faixa pronto e e eu acho que nesse sentido e acabou por se dar importância mais importância com o tempo a aos produtores ou assumiram o maior protagonismo e isso é que é muito interessante no caso do quincy Jones porque ele é é é de facto um um músico e um produtor extraordinário e e manteve-se mesmo assim e relativamente à sombra ou seja deixou e que o Michael Jackson fosse o Michael Jackson sem andar ali com com quincy Jones acoplado apesar de toda a gente na indústria reconhecer a importância que o O guiny Jones teve na na carreira do do do Michael Jackson mas aqui eu eu não concordo muito com com aquilo que que a Maria estava a dizer Opá dele não ser um uma estrela pop eu acho que é se nós olharmos Claro se compararmos com Michael Jackson não mas se compararmos com outros produtores e da altura certo não não ahim aí evidência sim e até pel até pela história depois da da das relações amorosas dele e quer dizer e da figura dele eh mas é muito interessante voltando à questão do ah de ser um géo que que se mantém e de de forma aparentemente muito tranquila mais ou menos na sombra isso isso é fascinante lembra aquele aviso que terá sido posto por ele lá à entrada do H da sessão de de gravação do ear the world que é verifiquem os egos à entrada h e só o quincy Jones é é que podia dizer aquilo a Springs Boby só ele teria essa autoridade só ele tinha essa autoridade e era uma autoridade tranquila ele eh ao contrário de de de outras figuras do do meio do eh do espetáculo da indústria do entretenimento ele não não parece que não tinha grande necessidade de se pôr em bicos de pés para ter essa visibilidade porque ele era naturalmente eh carismático e Poderoso Ele tinha poder muito fruto desta capacidade de relação com pessoas muito diferentes e se calhar Ah eu não lhe chamaria humildade mas desde Estar ao serviço de sem achar que isso o o diminui Uhum E daí ele alcançar este eh esta dimensão ele trabalhou com com o com o Frank Sinatra quer dizer a partir do momento em que trabalhas com o FR com o Frank Sinatra já ninguém te intimida exato atinge quer dizer a partir daí venha quem vier er nada fácil porque ele conta que conhece o pior e melhor lado sem aqu trabalhaste com o padrinho não é não tá é a partir daí quer dizer já ninguém te pode impressionar já não há ninguém que te possa intimidar e eu acho que ele mostra mostrou isso ao longo da vida é uma grande segurança eh um se calhar também el cerado eh no no Carisma dele mas eh eh esta maneira de de lidar com grandes génios sem se pôr em bicos de pés sabendo que aquele é o lugar dele e sabendo a importância que tem ou que teve na no nos trabalhos desses génios para que eles brilhassem para que eles fossem o que podiam ser ele ajudou o Michael Jackson a tornar-se o o melhor Michael Jackson ex que ele podia ser e essa é a função do Produtor só para terminar eu no outro dia estava a ler uma entrevista do do Paulo Branco dado a uma uma revista americana creio eh e em que ele explicam um pouco qual era a ideia dele sempre enquanto enquanto produtor que era e El ele disse não estava muito interessado no nos guiões eh e na qualidade dos guiões ele confiava na visão e dos autores e todo o trabalho dele não era só arranjar dinheiro era arranjar as condições para que aqueles autores concretizassem a su concretizassem e fizessem os filmes que queriam e que podiam eh fazer na música também é isso claro com outra intervenção eh porque a sonoridade dos álbuns do do Michael Jackson tem muito do trabalho do do do quincy Jones não é é uma coautoria mas anda lá mais perto do que por exemplo no cinema exato falar em sonoridade e e antes de rapidamente antes de acabarmos a primeira parte eu pedi vos aqui que escolhessem uma música para exemplificar a obra de coincid John Vamos ouvir a escolha da Maria Ramos [Música] Silva caramba tanto estilo H on Days like di que faz parte da banda sonor do filme Um Golpe em Itália sim eh com com Michael Kane não é e no card Ben tinha que ser né assim um bonitão e muito e e muito charme sim com produção do George Martin curiosamente E isto é de 69 eu eu quis sobretudo fugir quer dizer podia ter trazido uma série de Hits absolutamente incontornáveis mas tanto para este desafio como para a segunda parte já lá vamos eu tentei fugir um bocadinho aos anos 80 porque eu penso que os anos 80 também T um peso especial para cada uma das figuras que nós famos aqui hoje e e e acho que isto acaba por reabilitar um pouco daquilo que são também as raízes musicais do do quincy Jones e depois tem este este estilo não é interminável difícil de superar parece-me bem eh vamos agora ouvir H deixem-me só ajeitar aqui com os botões a escolha do Pedro bucher mentes e que é uma canção totalmente [Música] desconhecida Pedro já dançe muito vezes o b por acaso não eu e eu eu escolhi duas não é escolhi também o Man mas pronto só há tempo uma Man in the Mirror foi foi a outra não é o o eu acho que a obra do Michael Jackson que era um artista bastante irritante naquela altura não sei se concordam pois tinha aquelas roupas e depois a pele ia ficar mais clara não eois o nariz qualquer coisa e depois o cabelo qualquer coisa e depois ficava recluso e depois comprou um rancho e depois dormia com o macaco tudo isso por tudo B ou eu não Ou eu não não não tive na altura inteligência Fora fora fora outras questões Não é Pedro fora outras Sim claro mas eu eu não tive na altura a inteligência à maturidade o que for para para compreender a verdadeira dimensão do talento do Michael Jackson eu acho que se nota nós estamos a ouvir uma música do princípio dos anos 80 não é sim e parece que foi foi composta e gravada anteontem não é verdade e pronto É só um exemplo de de Este é o é o é do album Thriller que é de 82 h e é um Enfim acho que é um dos grandes álbums da música música contempor produzido pel e achas muito bem e agora para terminar a escolha do Bruno viira [Música] Amaral devia ter começado um bocadinho antes precis eu precisava da voz do senhor aqui isto é uma grande amalha o início est estava a confirmar é a primeira faa do álbum do Off the Wall E diz bem meus amigos é isto que nós vimos agarrem-se agora vamos a Isto preparem-se é o é o primeiro álbum produzido do Michael Jackson produzido pelo pelo quy Jones o primeiro do Michael Jackson publicado fora da da motown foi o princípio da história de outra história de outra do do do segundo lá da segunda vida do do do Michael Jackson e aponta logo uma uma série de de caminhos por onde ele haveria de seguir e e e é para mim é dos melhores singles do do Michael Jackson e e pá eu agora deixava isto mas não pode ser eh temos que ir embora mas nota-se bem desculpa Isto é de 79 e nota-se bem o o progresso que houve entre um disco e o outro Ou seja a maneira como como ambos acompanharam a evolução da tecnologia porque depois aparece o sintetizador no meio deo e eles usam estas estas cangalhas eletrónicas todas ao serviço da música ao serviço da música cangalhas cangalhas muito bem com esta cangalhas chegamos ao final da primeira parte do pop-up voltamos depois de um curto intervalo até [Música] já estamos de regressar ao popup com Maria Ramos Silva Bruno Vieira Amaral e Pedro bucher mentes esta semana e estamos aqui a falar de somos quatro pessoas banais Aliás a falar de gente com obras brilhantes falamos primeiro de quincy Jones havemos de falar de John Williams já vamos explicar porquê antes Vamos às olha vamos às sugestões da semana Maria Ramos Silva H tu trazes música porque tu tu tens andado a redescobrir relação com a música Isso é bonito e pronto não estava à espera desse apontamento Mas vamos lá então primeiro a carinho no electrical audio H em Chicago isto porque já que estamos a falar de grandes produtores ela esteve a gravar este seu primeiro ep com um grande produtor que que morreu este ano o CV albini H Isto são são são quatro temas incluindo um citan vos e eu penso que o o vinil até Sai agora em novembro e depois olha nem eu sabia Essa é indicação para o Pedro vinil em novembro Pedro vinil não esqueç depois e já que voltamos um bocadinho aos anos 90 e eu nem nem nem eu sabia à Cades que tinha de ouvir os Silver juwes e tive a recuperos esta por estes dias e portanto olha se quiserem voltar um pouco a 96 e de natural Bridge acho que não acho que não vão mal e e pronto muito bem Pedro bucheres Hum também trás música mas primeiro tens um livro atlas da i ia inteligência se o Michael Jackson me irritava nos anos 80/90 eh eh atualmente na atualidade É inteligên irrita-me imenso imenso imenso imenso eh e e demorei a pegar neste livro que o relógio de água publicou recentemente chamado atlas da ia de de Kate Crawford eh que é uma espécie de eh pré-história eh eh destas coisas da Iá não é eh é é um livro francamente bom já tem dois ou três anos o que é bom porque não tem grande parte daquela coisa do shit que é uma palavra que agora se usa não é s outra vez pronto isso ah não sabia que tinha não tem esta coisa do chat gtp também voltou para frentex por exemplo isso e e mas mas é um livro e bastante bem documentado e e e denso no bom sentido ou seja H eh justificado e com raciocínios examente interessantes e intuições e que eu não estava à espera sobre estas questões da Inteligência Artificial que em princípio vão tomar conta do nosso destino Sens que sim pessoas por exemplo não têm cabelo vão passar a ter pronto é o que dizem não está fácil isso e nós vamos todos dizer coisas que nunca dissemos atlas da ia de Kate Crawford da relógio de água e ainda e ainda O Extraordinário novo disco dos deq gostaste muito sim que mas que E lembrei-me deste Insight que também é engraçado que nós não já não precisamos saber o nome dos álbuns basta pôr o novo álbum do do que no Google ou pronto mas que Pelos vistos se chama a nothing is Forever cá está que é uma grande verdade e quem é o produtor Não sei acho que não é o quincy Jones mas o álbum é francamente bom não não eu não estava à espera vamos já saber pronto pronto é francamente ah is Forever desculpem lá estamos a fazer isto aqui no imediato e não eh foi o próprio Robert Smith Olha bem com Paul coret um abra um abraço ambos um abraço sentido um abraço sentido eh sugestão do Bruno viira Amaral Bruno Brun chama-se Martha na Netflix marth my ou a do Tom também é bastante boa a Martha Stuart quem é a Martha Stuart é uma figura da televisão norte–americana Uhum E é daquelas figuras muito específicas da da cultura norte–americana ou seja não tem um alcance Universal apesar de e termos ouvido falar dela e ao longo do tempo n nos Talk shows foi alvo de piadas e aparecia só que não era uma figura com a qual nós tivéssemos alguma relação porque não passavam cá os programas dela que eram aquelas dicas não só de de cozinha mas de cuidar da casa de decoração alguns passaram de depois ou a chamada entre aspas dona de casa perfeita não exato e eh e depois teve ali uns problemas e um bocado com a justiça na altura então aí foi foi mesmo presa foi fo Foi mesmo presa sim e e foi tornou-se assim uma e aparece várias referências na na cultura popular em filmes eh e em séries à figura da Marta Stuart e aqui é um documentário que dá a conhecer Bas ela teve informação antecipada de jogos na bolsa e foi apanhada jogos na bolsa jogos na bolsa jogadas assim manhosas Desculpa sim eh e ficamos a conhecer eh um bocadinho a história que para para a maioria dos espetadores em Portugal será será desconhecida de de mar mas há aqui uma uma coisa interessante e é por isso que eu trouxe este documentário é que é um documentário muito bem feito hum eh ao contrário de uns e outros ao contrário de outros pois é é que e independentemente de achares mais interessante ou menos interessante a figura em si o documentário e Tecnicamente está está bem feito o que valoriza acaba por valorizar a própria história da da da protagonista da da da do do documentário está na Netflix sou dona Marta Hum já tinha dito vamos depois de coincid vamos falar de John Williams eh ele que é o protagonista de um novo documentário que está disponível na Disney Plus eh Pedro menes vamos vamos começar por ti John wilmes agora que é se calhar o autor de bandas sonoras mais famoso da história do cinema não sei digo eu ou pelo menos anda por aí perto e e eh tu não gostaste do documentário mas gostas do John Williams sim o documentário E H faz estávamos a falar disso na na por por mensagem não é eu tive esta ideia acho que uma das melhores ideias que tive nos útimos 10 anosim pelo menos última semana porque o documentário parece um daqueles vídeos que é preparado para a tua festa de casamento ou festa dos seus 50 anos ou festa dos teus bodas deor ou ou quanto reformas pronto e não não tem uma única H aresta portanto não tem uma uma e h não sei se tem que ter porque lá está como eu não conheço a vida do John Williams Apesar dele dizer duas vezes e não sei se te lembras Bruno duas vezes ah tive uns problemas e tal ah duas vezes é dito tive uns problemas mas coisa e tal e pronto hh o o o o John Williams a relação que eu tenho com ele é a mesma relação que eu tenho com o compositor do Parabéns a você ou do São músicas tão presentes na nossa vida que que que que não se V forma de de as melhorar digamos assim ou ou de São tão adequadas não é na na na na nossa vida ele é o compositor só para quem não está a ver de da música do ET da música do Indiana Jones do do Star Wars da Lista de Schindler eh do Jurassic Park do Superhomem do Superhomem do SIM eão do tubarão basta ouvirmos dois ou três acordos identificamos imediatamente e e é enfim apesar de não ter gostado do do do do documentário gostei de de de passear pela obra dele uhum e e de facto fiquei H overwhelm esmagado com com ai desculp e é do sozinho em casa e do e do H exatamente do Harry Potter sim sim como é que o tipo quer dizer como é que o tipo consegue consegui ou consegue mas lá como mas essa é a questão e isso não é explicado no documentário certo Exatamente exatamente acho que o Bruno também vai vai falar disso o que eu senti é eu gostava de saber mais não tinha que ser todas e pá mas por exemplo há há um bocadinho quando eu falo do tubarão Essa parte a pró não é e ele tá a piano e vai explicando queria mais disso eu eu eu acho que ele até vai buscar isso agora não não quero estar aqui a albar ele vai buscar creio que é o devorak uhum eh esse essa música do tubarão esse início eh mas fica fica a saber-se pouco do do processo criativo é percebe-se que ele vê os filmes e depois tenta entrar eh lá no ambiente mas esse é o processo é o que eles explicam não é que os filmes vêm com uma bana sonora que o que os realizadores puseram clar à cuspo e a fita colola e basicamente el di isto está tudo errado eu vou fazer e sim eh mas mas depois o o chegar lá Quer dizer não é é difícil e acho que para qualquer compositor seja de bandas sonoras ou ou outra coisa qualquer é difícil explicar exatamente de onde é que vem sim mas há detalhes que são explicados parece tudo geração espontânea não é não há detalhes que são explicáveis e há histórias certamente que ficaram por contar agora o que é que qual é que eu acho que é bem é difícil explicar porque é que aquilo é tão bom não é e é é porque aquilo a música a música música música O documentário é mau mas porque a única vantagem do documentário é de facto faz-nos passear por pela obra do John Williams que é tão reconhecível que te dá logo uma sensação de conforto e ficas à espera então deixa ver qual é que é e a outra banda sonora que que ele fez ele tem há aqui uma a questão da parceria com o Spielberg ele fez praticamente todas as bandas sonoras a partir de certa altura do sugarland Express que também é mencionado no no ele fez todas as bandas sonoras do dos filmes do Spielberg eh e eu eu diria que ele está para a música no cinema como o Spielberg está para o cinema ele tem o mesmo sentido musical nesse caso de espetáculo de maravilhamento que o Spielberg tem na composição visual das cenas não Consegues imaginar outro realizador a fazer aquele movimento de câmara que eles chamam o mar afilhamento do do Spielberg por exemplo no Parque Jurássico quando aparecem os dinossauros pela primeira vez e não Consegues imaginar aquilo ao som de outra música e há uma coisa desculpa que que o documentário mostra bem é quando às vezes eles mostram as imagens sem a música e com a música E isso podes fazer em relação a muitos filmes há outro outra grande Apas willams Claro claro do do do há um exercício feito por exemplo para o Psycho e talvez talvez só o Bernard Herman é que tenha Estado ao nível ou seja tão conhecido tão popular como o John Williams o que fez também compôs bandas sonoras várias por exemplo do Psycho para para o Wi coock fez também a última que ele fez até foi o txi driver que é que é uma banda sonora mais jaísa para para o o Martin scor Cesa mas o Bernard Herman e há há vários documentários que fazem essa comparação eh por exemplo do Psycho sem a música e e e com música e e claro que tu percebes é totalmente diferente é e E tens de perceber e e eu acho que que isso é que é grande qualidade do John Williams e dos grandes compositores para cinema é que eles percebem uma vez mais e estamos a falar dos produtores eh a música Tem de estar ao serviço do que está a ser mostrado Tu não podes tentar impor eh uma criação tua uma uma composição à à própria matéria e do do do filme à própria matéria a composição visual do filme tens de encontrar algo que sirva que melhor eh mas que não se sobreponha ao ao ao filme eh e isso é muito difícil de conseguir eh e é e é mais estranho no caso do John Williams é porque e depois tu ouves aquilo sem os filmes e aquilo vale por si eh E então e eu acho que o documentário é fraco eh mas a obra do John Williams é de facto fascinante sim qualquer um de nós pode acordar ao som da margem Imperial por exemplo S do da da Marcha Imperial e e e não só e outras que táis eh deixa-me só dizer antes da Maria a música do John Williams não sei se já foram à à Disney World ou ouos partos da Disney pronto Aquilo é música Main Street usa que é que é que no fundo a a estética Disney não é é é uma é uma parece sempre a mesma música parece sempre parecem sempre as mesmas notas arranjadas de outra forma e e claro que são não é notas arranjadas de outra forma mas mas os os arran aquilo parece sempre um um parece estamos sempre a ver aqueles globos de vidro com neve não é tem esse tipo de mas ao mesmo tempo nunca é repetitivo Ele também fez o indicativo dos Jogos Olímpicos de Los Angeles né que é incrível não sab4 e foi ele que escolheu as as cinco notas do encontros imediatos do ter Não muito bem Isto não foi Maria Ramos Silva A pergunta mais difícil deste programa que é se podemos colocar o John Williams e quincy Jones no mesmo patamar de influência eu penso que sim penso que não cas afirmativa e atitude na resposta e eu não sei não sei bem se se coinci J gostava de cinema mas o John willams diz que nem ia ao cinema que é uma coisa extraordinária eu disz isso neste documentário que não tinha especial relação com com os filmes ou ia ver poucos filmes também achei interessante é engraçado isso também gostava depois ele disse ah e Cinema não sim não porque também tem muito a ver com o processo depois de de de trabalho dele porque o Bruno falia bem desta questão nós conseguimos distanciar noos dos filmes não é e e e a e a obra dele sobrevive nós ouvimos eh qualquer um destes temas eles são obviamente indicativos imediatamente logo de tudo nós sabemos se conseguimos localizar e o próprio distanciamento dele em relação à própria produção dos filmes porque eu recordo Por exemplo quando o o Spielberg está em cracovia a fazer a lista de chinder ele está no berkshire no campo a fazer aquela banda sonora não é aquela coisa Parque jurásico par porque são os dois do mesmo Ano sim sim sim e portanto H ali e também Como consegue transitar não é de um registro para o outro uma coisa completamente sim do braquiossauro para aus não e apesar do dessa qualidade Espetacular da própria música ele mesmo assim consegue em certos momentos uma grande sobriedade eh quer por exemplo na Lista de Schindler mesmo no no Saving Private Ryan que tem ali uma dimensão pá eh quase eh elegíaca é é Marcial não é vai ali buscar coisas a a é é essa tradição musical militar mas D dá-lhe ali uma outra dimensão mas sem eu acho que a música do John Williams cai menos no sentimentalismo do que o Spielberg ou seja o Spielberg com outro compositor eu acho que aquilo podia se tornar ainda mais mais pegas Peg Mas ó Tiago só para te dizer porque é engraçado há uma inclusivamente eles são contemporâneas portanto voltando aqui à ligação entre o Queen e o Williams é muito engraçado porque H por exemplo há pelo menos um tema que o que é fundamental na história do quincy Jones que é o flamy To The Moon e a forma como ele mudou para sempre aquele tema é um tema que já existe antes de ser popularizado pel P Sinatra em 64 e que ele consegue tornar aquilo absolutamente eterno quando desacelera o ritmo portanto com esta simples mudança muda completamente o destino daquele daquele tema e e é por exemplo é um dos temas em que há uma versão belíssima do do depois do John Williams em 93 ch Orquestra de Boston que é uma versão acústica do F To The Moon que também se puderem ouvir vão e portanto quer dizer eles acabam até por estar ligados de alguma forma na história da música e na própria produção eh e tudo em temas que depois acabam por fazer parte do grande Cancioneiro não é e que são absolutamente populares exatamente e davam uns dois ótimas t-shirts deixa-me só dizer este este esta esta nota que também não tá ensaiada recentemente por exemplo na Fórmula 1 a fórmula 1 eh foi comprada e tal por um fundo e decidiu e eh modernizar-se e uma das coisas que tem é um indicativo musical uma uma composição eh de arranque quando os grandes prémios arrancam a transmissão e isso é muito identificado hoje em dia p pelos fãs e e e de facto dá um emcp a a a modalidade e e transforma Aquilo num espetáculo que eu acho que é uma coisa que que os que a música do John Williams faz e e isto que o Bruno disse é bem visto de facto é dá dar qualquer coisa a mais aos filmes do spill que já é um tipo que teria todo o dinheiro e todos os meios e todo o talento do mundo para fazer grandes filmes Grande cinema e o e o e a música do John Williams ou os temas as composições de facto melhoram e muito os o cinema do em fronteiras nãoé em fronteiras uma e passam a ser sinónimo de certa de certas coisas por exemplo tu ouves a música do Indiana Jones e pensas em aventura é dá dá vontade de andar aí a saltar chibatadas aí chibatadas e a disparar contra e compar um chapéu um chicot aliás eu eu pedios o mesmo exercício que fizemos com o quincy Jones podimos fazerem com o John Williams e escolhessem temas Eh vamos ouvir a escolha do Pedro eh tu escolheste duas eu só pus aqui uma até porque como e e o Bruno diz bem esta era a personagem que eu eu ainda hoje se calhar um dia ainda vou conseguir ser fico sempre levemente emocionado com dois fos sim mas eu eu eu sou contemporâneo Eu vi este filme no cinema não é portanto era um garoto P 12 anos ou não sei o quê quando viste pela primeira vez e de facto isto é uma coisa h não se explica speechless não é ficamos speechless é do Indiana Jones já agora é do Indiana Jones mas havia outra música que tu podias ter escolhido que é mar Imperial do Star Wars não é mundo Star Wars fundo quando os maus quando os maus também têm direito à música O que a escolha do Bruno Vieira Amaral é esta isto transpira Brun amar toos pá Isto é não é não é dos meus filmes preferidos as pessoas não estão a ver mas o o bro tinha as mãos postas não não tinha mesmo porque e eu eu eu também vi este filme no cinema não é dos meus preferidos é o Inteligência Artificial não é dos meus preferidos do sper Se bem que eu ao longo dos anos um filme que irrita o o Pedro eu ao longo dos anos tenho tenho vindo a reavaliar o filme já já já o revi e tenho gostado mais à medida que vou vendo mas desde o início esta eh cena do do reencontro eh do do robô com com a mãe é é é é tá ali no no precipício não é ali entre o aamchi pil argana sim é pá porque também só há uma e pá é uma coisa e aqui e aqui e ele casa a música perfeita para o momento gosto muito desta frase mãe só há uma porque é a única coisa que só há uma como toda a gente sabe é isso é mãe parece recentemente aí umas discussões não tenho estado atento mas Hum E agora a escolha a da Maria Ramos Silva onde é que está é [Música] esta isto não vai acabar bem com esta música Não Vai Acabar bem Sabes eu eu trouxe este tema mais uma vez para voltarmos a neste caso aos anos 70 ao início dos anos 70 Isto é de um filme que eu estive anos a tentar reencontrar porque me lembro de ser muito miúdo de o ver em casa Devia ter sei lá para aí 10 12 anos isto é uma tragédia Porque isto é daqueles filmes catástrofes com o Jin heckman Portanto o Pedro deve ter visto em que o barco se vira aquela gente tem que tentar safar-se toda à Aventura do pass é uma coisa assustadora eu tive pesar deles com isto e h um remake há um remake do Wolfgang Peterson de 2 poucos qualquer coisa com o c Russell eu não sei se não utilizam a a banda sonora do É sério achas que vão buscar exatamente a mesma coisa eh não não quero estar aqui a mentir mas que paguem mas bom não é obviamente a melhor banda sonora mas é um bom exemplo de como um filme e uma e uma banda senora Talvez um pouco mais de de segunda linha acaba por ajudar e lá está a fazer sentido com aquilo que é que é o filme principal portanto sempre bem ali no no refogado e depois na salsa ele está a embrulhar bem a a refeição completa e pronto ol e aquilo funciona eu pá meter refogado numa discão destas É extraordinário resisto extraordinário muito bem eh foi um bom programa devo dizer-vos E chegamos ao fim de mais um popup e voltamos na próxima semana até lá [Música]