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[Música] há uma epidemia de doença mental entre os adolescentes a afirmação e o alerta é feito pelo presidente da sociedade europeia de pedopsiquiatria e é assim uma frase H muito assustadora Olá boa tarde Eduardo Sá H olá jte fala este este especialista em problemas de comportamento perturbações de ansiedade depressão eh eu não vou repetir o nome e do presidente porque é é grego e tem muitas sílabas Mas esta afirmação é uma afirmação H muito direta mas também muito difícil de absorvermos não é uma epidemia de doença mental é algo muito grave a DIT eu acho que a intenção é ser tão chocante quanto consegue porque eu tenho a ideia que quanto mais chocante mais as pessoas e vão estar atentas e em relação a um conjunto de problemas diante dos quais muitas vezes andam distraídas a verdade é que os nossos filhos são muito protegidos e o facto de serem muito protegidos não os estraga mas às vezes fragiliza os porque por exemplo quando T um primeiro episódio de ansiedade bom eles estão tão tão habituados a controlar o erro e estão tão habituados a terem noos a protegê-los de todos os efeitos secundários dos acontecimentos que fazem parte da própria vida que às vezes um episódio de ansiedade é vivido por eles como se fosse um episódio de Pânico ou seja se eu fosse Alguém capaz nunca passaria por aqui agora nós protegemos os demais por um lado e por outro nós esticamos os demais nós esticamos os demais com as exigências que colocamos sobre eles bom em relação a tudo e mais alguma coisa desde a escola ao resto da vida deles e depois como se não chegasse da SOS muitas vezes entregues bom na gestão como outros dias estávamos a referir da sua relação com as redes sociais Uhum E para mais bom definimos um conjunto de metas como se afinal de contas eles para serem uns filhos como deve ser uns bons filhos tivessem que concretizar não só os sonhos deles mas também em parte os nossos Ou seja é um pacote tão grande tão exorbitante e onde muitas vezes nós não lhes damos espaço para serem só Miúdos que se assustam que têm medo que fazem lamúrias que fazem birras ou que às vezes ficam tristes e à beira de um ataque de nervos que aquilo que muitas vezes acontece é que a nossa reação quando eles reagem assim com algumas dorzinhas é uma reação muito alarmada quase como se disséssemos por favor não reaj dessa forma porque eu já não sei o que é que é de fazer se em cima disto nós pusermos a maneira às vezes um bocadinho irresponsável como nós medicamos tudo e mais alguma coisa de uma forma às vezes muito precipitada e sems darmos tempo a metabolizar as suas dores evidentemente que à medida que eles crescem e meu Deus imaginá-los com 16 ou 17 não é imaginá-los crescidos mas mas aí eles têm a noção de que têm tantos desafios em mãos e têm às vezes tão poucas competências para isso que de repente eles ficam numa espécie de relação de pânico Não é com a ansiedade é com a vida e n com a vida e com e com a sensação de um futuro tão incerto obscuro às vezes porque nós passamos a vida a dizer que eles têm que acreditar no que são capazes e nas Entrelinhas estamos sempre a dizer que seja o ambiente seja a economia seja a Segurança Social seja l o que for seja a habitação o futuro é uma porcaria portanto sim tenham fé no futuro mas atenção ela é uma porcaria e portanto nós às vezes não nos damos conta que essa é que me parece que tem que ser o Passo Forte nós não nos damos conta como contribuímos para esta epidemia de doença mental nos adolescentes nós fazemo-lo movidos pelas melhores intenções do mundo mas que contribuímos para ela contribuímos sim senhor hum Esta esta esta Isto foi uma entrevista a ao Expresso esta este presidente da sociedade europeia de psiquiatria da Infância e da e da adolescência é uma longa entrevista que vale a pena ler e e e fala no facto dos Adolescentes viverem hoje de uma forma muito diferente do das Gerações anteriores h e e diz mesmo que a vida mudou radicalmente desde o final do dos anos 80 os ditos mudou para muito melhor é bom que amos noção disso ou seja tomando em consideração as os diversos tratos socioeconómicos nós temos que assumir que em 40 anos a vida dos Adolescentes portanto das crianças e dos adolescentes mudou significativamente nos últimos 40 anos produziram-se os melhores pais que a humanidade já produziu nos últimos 40 anos produziram nosos pais que entendem que a escola não tem que ser uma obrigação do Estado é uma convicção de cada mãe e de cada pai nos últimos 40 anos nós até planeamos as gravidezes e preocupamos noos a ler histórias para eles adormecerem coisa que não acontecia nós vamos com eles ao pediatra e quando eu digo nós estou a dizer a mãe e o pai que era uma coisa que nunca acontecia e portanto nós temos menos filhos temos mais recursos apesar de tudo Somos melhores pais mas todavia temos poucos filhos dito e às vezes termos poucos filhos e sermos pais mais tarde não significa por inerência sermos melhores pais e esta geração também nasceu com as redes sociais já ó dito que privilégio por outro lado mas mas a revolução digital é demasiado estruturante talvez não é mas Eles continuam a precisar de ter pais mesmo em relação às redes sociais e portanto é este coctail todo que é importante que nós não percamos de vista não significa que de repente nós fiquemos de mãos na cabeça ó meu Deus e o que é que vai acontecer ao meu filho adolescente não tarda nada não é isso é nós termos a noção de que eles precisam de ter tempo para ser adolcentes precisam de ter tempo para aprender a conhecer-se e para obviamente para aprender a errar e a viver tudo aquilo que faz parte da vida e se eles muitas vezes parecem doentes muito depressa Uhum é porque nós queremos tanto que eles cresçam uma velicidade estonteante e cresçam com sucesso em tudo que às vezes não lhes damos tempo para serem crianças para serem adolescentes para viver e às vezes na ânsia de sermos os melhores pais do mundo estamos ali a dar empor rõ zinhos em suaves prestações para que eles fiquem primeiro adoentados e depois claro doentes Eduardo e é um tema muito complexo talvez haja oportunidade de voltarmos a falar dele noutro Eduardo um grande abraço obrigada e até manhã out pris e até amanhã [Música]