🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
muito bom dia a partir da fábrica de unicórnios no Beato em Lisboa debatemos os zeros e os uns do digital da tecnologia da Inovação e também do empreendedorismo ligue está no ar o contracorrente até ao meio-dia pode participar através do 91002 4185 não existem povos mais inovadores que outros mas existem condições que afetam os resultados dessa inovação uma cultura laboral e social em que não exista o medo de confrontar o poder a par de não se temer o risco e a incerteza são determinantes para se criar um ambiente favorável à inovação e ao empreendedorismo José Manuel bom dia com isto tudo queres dizer que vens desfazer aqui a ideia do génio solitário é isso eh sim quer dizer o Génio solitário é uma coisa muito interessante mas não não funciona digamos assim quer dizer permite e permite por vezes grandes grandes inovações coisas completamente novas mas se não houver a seguir a capacidade de escalar as ideias as ideias não não vão muito longe não é portanto e e nós temos os melhores exemplos dos últimos anos são quase todos para não dizer são quase todos enfim a gente não sabe bem o que se passa no Oriente onde há muita coisa que apesar que que está a acontecer mas fica mais longe de nós mas vem quase tudo dos Estados Unidos vem muito pouco da Europa e algumas das grandes diferenças que nós percebemos que existem não tem apenas a ver com a capacidade que os Estados Unidos T têm tido de atrair talento e at e atraem talento eh olha roubando um pouco a todo lado não é ind vindo buscar pessoas Muitas delas que nós até começamos a formar em Portugal na Europa e que vão por lá e já não voltam e ficam por lá isto começou a acontecer há umas Décadas atrás e o e o e basta olhar para uma coisa que é olhem para a lista dos prêmios noveis e vejam Qual é a percentagem de ou americanos ou outros cidadãos que trabalham em universidades Americanas e comparem depois com aquilo que são os que trabalham nras universidades noutros locais noutros sítios depois há outra coisa que também que é que eu aí acho que é uma cultura muito muito muito distinta tem a ver com com a cultura do risco a possibilidade de correr riscos quer dizer e costuma-se dizer que quando se é mais velho é se mais prudente e isso É vantajoso para quando ser é mais velho nós temos mais cuidado mas a a capacidade de de repente aportar tudo em coisas que podem parecer eh disruptivas e novas é é é é muito menor e uma das grandes diferenças que existe entre e a Europa e Portugal em particular dentro da Europa mas na Europa em geral para os Estados Unidos é o chamado e e é é chamado financiamento da Inovação designadamente através de estruturas de de de capital de risco e isto não se resolve ao contrário às vezes do que é o discurso europeu não se resolve com com subsídios não se resolve com subsídios porque a capacidade é é extraordinariamente diferente eu vou nesta introdução como temos um convidado gão de tempo especial não vou dizer muito mais mas vou só dar um pequeno exemplo tem a ver com questões questões destas a Europa Está a ficar para trás não há nenhuma grandes dúvidas sobre isso pelo menos naquilo que eu tenho podido perceber em tudo o que respeita à Inteligência Artificial e à utilização da Inteligência Artificial e uma das coisas que é necessário para desenvolver modelos de inteligência Aral artificial é uma capacidade computação absolutamente descomunal eh as as empresas europeias mesmo sendo grandes têm muitas vezes dificuldade para consegui-lo E então a os países europeus mesmo sendo mesmo sendo relativamente ricos e eh tê também às vezes dificuldade para chegar lá e portanto a Europa tem desenvolvido alguns projetos ditos europeus para criar ela à Europa e essa super capacidade de computação eu estava a ouvir isto com interesse em tentar perceber onde é que isto vai e de repente lembrei-me por esses dias vi uma fotografia tweet como se dizia antigamente agora não sei como é que se diz um X não é assim um boado exquisito vi um tweet vi um tweet em que me aparecia um pequen vídeo de um de um super computador que estava a ser construído mas que era uma coisa que tinha pá era um Hangar de aviões pá aí uma cois assim desse género cheio de parteleiras com aquelas ligações tudo aquilo chips e que são micros não é até até ao teto nunca mais acabava olhava para aquilo dizia assim bem e quem é que está a fazer isso quem estava a fazer isso era um destes inovadores mais conhecidos da atualidade que uns meses antes tinha dito isto é melhor parar com a inteligência artificial durante 6 meses Porque isto pode ficar desregulado como não parou ele também não parou e fez este investimento chama-se Elan musk eh eh nós Elan musk está muito nos noticiários ultimamente mas a forma como ele foi conseguido sempre financiar projetos que eram considerados impossíveis impossíveis quem é que há eh 10 há 5 anos há 5 anos de diria que era possível que era que o programa espacial americano dependesse de uma empresa privada e dos Fogões dessa empresa privada eu acho que ninguém não é se nos dissessem isso nós dis vocês são malucos há a NASA não é sim e e a NASA é América quer dizer e h não sei pronto e eu acho que isto é é é uma grande diferença e faz grande diferença nós sendo pequenos para coisas de grande dimensão e estamos numa fábrica de unicórnios e tudo o que é unicórnio é uma grande dimensão e portanto portanto não nos chega a ter ter o gênio da lâmpada não é não nos chega ao Gênio da Lâmpada é preciso depois um ambiente em que ess essas ideias Se desenvolvam e desse ponto de vista instituições como estas são importantes mas depois é preciso uma escala que é é muito complicada de atingir não em Portugal é só Portugal é praticamente impossível e mesmo na Europa está a ser difícil eu já vou depis contar outras histórias que me deixaram muito arrepiado eu estou a ler um livro sobre a Alemanha que me está a deixar ficar aterrorizado mas pronto da Alemanha da Alemanha de hoje em dia já lá da Alemanha de hoje em dia então isso é isso é mesmo está está prometido Manuel vamos falar porque temos mesmo aqui que aproveitar e já temos dois dois convidados Gila zevedo o diretor executivo da fábrica de unicórnios de Lisboa e Pedro Santa Clara com o relógio a olhar aqui para o relógio é fundador da escola 42 que forma programadores e também do projeto educativo tumo é assim se estou a dizer corretamente bem-vindos e obrigada Pedro Santa Clara vou aproveitar os 5 minutos respeitando bem partimos pelo princípio não basta então só uma boa ideia é que temos associamos muito os unicórnios a uma ideia genial à lâmpada que se Acende e que tudo se faz a seguir não claramente não basta há uma frase que eu gosto muito que que que diz qualquer coisa como uma uma boa ideia sem execução é um sonho ah ideias Há muitas e é como os chapéus exatamente aquilo que de facto diferencia o O Impacto é é a capacidade de execussão Ah e depois a capacidade de crescimento portanto aquilo que que temos tido pouco na Europa Europa e Portugal Portugal até um caso especialmente bom dentro da Europa em termos de número startups que tem conseguido desenvolver e até chegar ao estatuto do unicórnio mas depois há uma fase de crescimento em que a fragmentação dos mercados europeus de certa maneira a falta de Capital especializado que fomenta o crescimento não permite dar o salto para de facto criar enormes empresas que é o que temos visto nos Estados Unidos e se olharmos hoje em dia para o para o lista das 25 maiores empresas do mundo só vou errar uma europeia e todas as outras são Americanas talvez aja duas ou três chinesas e a h mistura E isto é um problema terrível e da Europa que é um problema da Europa não não podemos aqui pensar que Portugal pode escapar este contexto não dificilmente escapa em em muitos setores económicos neste também e é Temos mesmo que pensar isto de uma forma mais integrada não quer dizer eu acho acho acho que Portugal pode fazer muito pode e deve fazer muito pelo seu lado para para para desenvolver ainda ainda mais este este ecossistema de de startups já muitíssimo para fazer Portugal Tem alguns ativos muito importantes e muito deste capital de startups é móvel e e Portugal é um sítio agradável para se viver é um sítio agradável para se vi criar uma Startup tem bons recursos de pessoas de infraestruturas eh tem tem tem ativos às vezes nos esquecemos mas que são muito importantes temos uma um uma zona horária eh próxima dos Estados Unidos é um sítio bom para se fazer muitos projetos Ah e de facto se compararmos por exemplo com Espanha ou com Itália Portugal tem mais startups do que esses países que são muito maiores que nós portanto a a É talvez dos desenvolvimentos mais notáveis em Portugal e dos últimos anos e e e ainda mais recentemente há há aqui um intangível que é pela primeira vez o país está na moda ou pela primeira vez desde 1500 o país está na na moda eu vivi muitos anos nos Estados Unidos tem muitos amigos que de repente descobriram e tem vontade de viver viver Portugal quer dizer o país de repente tornou-se credível aver uma empresa portuguesa Praticamente em qualquer setor eh passou a ser credível e há muito pouco tempo há 10 anos atrás não seria e se se se amanhã anunciarmos um Foguetão português já não é um um motivo de de estranheza anunciamos um ch GPT português isso é possível o que é que isso pode pode constituir bem Não faço ideia ou vi só os os os headlines do do primeiro-ministro a falar disso claro que é possível quer dizer chat GPT quer dizer o próprio do chat GPT também fala portuguêsa e também leu a a toda a literatura disponível em português que exista eh eh na internet mas mas obviamente podemos especializar podemos eh treinar este este motor de inteligência artificial com mais informação Portuguesa e torná-lo mais relevante para aplicações portuguesas por exemplo na área da Educação Hum e a educação e e estamos estamos com com mesmo 2 minutos para isso e o PED Santa Clara diz que a Revolução tecnológica pode deve tem de começar nas escola como é que como é que estamos aí eu acho que estamos bem o o exemplo enfim da 42 e e do tumo são são são excecionais quer dizer e e e e para termos a noção de de quão importantes são eh só nas últimas duas semanas tivemos eh tivemos aqui ontem um governador de um estado brasileiro quer ir fazer o tumia 42 no seu estado e quer o nosso apoio tivemos o o o presidente da Câmara de Buenos Aires que quer fazer três centros deumo na sua cidade ah estamos a trabalhar com uma grande Fundação para desenvolver centros tumo em Espanha eh Portugal nesta área tá um pouco à frente de muitos destes países e e e e isso é bom ah falta fazer muito quer dizer a educação Portuguesa que fez um progresso extraordinário nos últimos 40 50 anos tem também problemas muito fortes é uma é é é é é ainda muito desigual eh temos temos eh um um uma grande mismatch entre entre os os alunos que estamos a formar e as necessidades da economia eh e e e depois obviamente temos restrições é mais Evidente é a falta de professores e é e E é difícil vislumbrar como é que vamos criá-los num de um dia para o outro e Portanto acho que há um uma abertura uma oportunidade muito grande do utilizarmos tecnologia para desenvolver melhores modelos pedagógicos que é o caso da 42 e do tum e e eu aqui quero ser cuidadoso eu quando falo tecnologia não é proliferação de ecrãs não é ter Miúdos e agarrados ao telemóvel de todo é simplesmente então é usar tecnologia pel plataformas digitais para conseguir escalar modelos pedagógicos Que nós conhecemos há 100 anos que são os mais eficazes de e aprender fazendo aprender uns com os outros criar uma uma experiência de aprendizagem que seja mais motivadora e que leva os alunos a ter iniciativa e responsabilidade naquilo que estão a aprender Eh claro que sim que há computadores mas aqui no tum por exemplo temos jovens dos 12 aos 18 anos a aprender a a áreas que vão desde a música a fotografia o cinema a animação a programação a robótica o desenvolvimento de jogos o design que são todas áreas criativas obviamente que utilizam ferramentas tecnológicas mas mas a ênfase é na criatividade e na forma como se aprende se aprende nessas áreas como se desenvolvem como pessoas como finalmente estão a aprender a aprender aprender ou seja dar-lhes mais literacia desta área também literacia parece-me escasso quer dizer literacia parece bem agora Houve aqui uma introdução a um tema não é é de facto as pessoas serem capazes de utilizar as ferramentas mais sofisticadas para envolver os seus projetos criativos pessoais e e ao alargar isto a uma uma fatia substancial da população estamos a criar os futuros empreendedores e as pessoas que que que que pela sua experiência passada desenvolveram a autoconfiança a resiliência a criatividade a capacidade de colaborar uns com os outros Todas aquelas a competências humanas que verdadeiramente fazem a diferença para sermos capazes de ir lançar um projeto novo mais uma vez não é um tema de ideia é um tema de ser capaz de criar uma equipa ser capaz de ir buscar capital ser capaz de eh de desenvolvê-la até e chegar ao mercado e isto Exige uma mudança de mentalidade exige alargar muito mais o escopo do do da educação para que para para poder desenvolver todos esses futuros empreendedores P Santa Clara A conversa ia estender-se mas aqui vamos respeitar o o horário a que nos comprometemos muito obrigada por ter ter entrado aqui no no contracorrente Gil Gil vezes só só esta ideia porque o José Manuel quer ainda falar aqui do do caso alemão esta ideia de que uma ideia que não passa de uma ideia é um sonho como é que isto depois se transfera fábrica dos unicórnios tem resposta para isto ajuda a concretizar uma boa ideia Pronto Muito bom dia também e obrigado pelo convite para estar presente de facto a fábrica de unicórnios como o nome próprio indica o objetivo é ser uma fábrica é ser a capacidade de pegar num num empreendedor que tenha uma ideia e ajudar-lhe a dar o espaos corretos ou se pensamos num num ambiente Fabril uma linha de montagem que consiga fazer os passos que o Pedro referiu portanto começar a desenvolver um produto que seja um piloto ter as primeiras fontes de financiamento começar a procurar um mercado começar a procurar os primeiros clientes a partir do momento que encontra aqui e na gíria aqui das startups usa-se muito o termo product Market Fit que é conseguir encontrar um mercado e um produto em que faça sentido e a partir desse momento começar então o escalar que o José falou e bem de facto o a Inovação só surge quando de facto se escala e portanto aqui também a fábrica de unicórnios o a grande mudança que fizemos aqui nos últimos dois anos no Panorama português foi começar de facto a pôr aqui um enfo foc muito grande na parte de expansão internacional portanto startups ou empresas tecnológicas já tinham aqui um produto e um mercado possam então escalar a uma escala global e então tornarem-se aqui grandes empresas irrelevantes a nível internacional já há casos de sucesso nós já temos vários casos de sucesso portanto nós o o nosso foco tem sido de facto esta parte da expansão internacional o são processos que obviamente tem demoram o seu tempo nos Estados Unidos um unicórnio agora em média 7 anos e meio a ser desenvolvido na Europa dado os nossos constrangimentos há de ser um pouco mais mas temos aqui já no nosso conjunto de startups e nós apoiamos este ano só para porque penso que uma parte dos ouvintes não saber não sabrar qual é a definição do unicórnio portanto um unicórnio e é uma boa pergunta queos estamos aqui a falar hoje muito da fábrica do unicórnio unni coisa que não existe não é enfim é um mitológico um campinho um mito na gíria naa da das empresas tecnológicas é uma empresa que tem uma avaliação superior a 1000 Milhões de Dólares portanto quando passa essa barreira e é uma barreira que foi colocada para simbolizar ser uma empresa já de facto de escala Global portanto quando chega esta esta valorização é considerado unicórnio para nós obviamente o a fábrica de unicórnios é esta ambição de tornar empresas globais vs chegam a este 1000 milhões Ainda bem mas o objetivo é conseguirmos tirar criar aqui inovação que possa escalar e que possa a ter Impacto a nível Global ora Aqui estamos a falar e aliás falou eu tomei nota aqui de dos constrangimentos da Europa não sei se é desses constrangimentos de Manuel são esses constrangimentos que te arrepiaram nos casos que queres trazer aqui tem a ver com isso ou não Sim sim eu eu vou ler aqui uma frase e que que acho que de alguma forma ajuda a perceber alguns dos nossos constrangimentos na na na Europa portanto a as startups precisam de apoio eh e habitualmente precisam de mercados capitais fortes e portanto e depois precisam de ser deixadas com alguma margem de liberdade e não serem limitadas pela burocracia há um ambiente em que e portanto existir é possível apoiar novas empresas em alguns países Claro em alguns ambientes e Mas é difícil que isso aconteça para startups primeiro se não existir o chamado vendor capital portanto capital de risco capital de risco é uma coisa diferente do que daquilo dos bancos não é Portanto o um banco um banco tem uma lógica Diferente ao emprestar dinheiro do que tem uma empresa de capital de risco uma empresa de capital de risco eh sabe que vai perder dinheiro na maior parte dos empréstimos que faz para ganhar muito dinheiro quando aparece um unicórnio pronto é este é esta a lógica a lógica de um banco até porque tem lá o dinheiro at lá o dinheiro de pessoas comuns não tem lá o dinheiro de investidores que T uma mentalidade diferente designadamente uma mentalidade de risco diferente um banco tem outra tem outra lógica portanto e nós sabemos como clientes dos bancos que cisos um empréstimo por regra temos dar garantias Qual é a garantia que pode dar uma setup porque é apenas uma ideia muito dificilmente não é portanto a lógica é outra e nós não temos não temos em em Portugal e na Europa mentalidade de capital de risco achamos que mu muitas coisas dessas se resolvem às vezes com políticas públicas com subsídios eh esquecemos de duas coisas que são muito importantes é que primeiro os subsídios no caso da Europa e em Portugal porventura mais do que na Europa vêm quase sempre agarrados a muita burocracia muitas obrigações e o que é que implica ter burocracia e obrigações implica ter dimensão para ter gabinete jurídicos gabinetes de economistas gabinetes de advogados gabinetes disto daquilo e daquilo outro para conseguir e buscar o dinheiro que está lá tá nos programas às vezes e está no nosso prr muitas vezes mas depois quando vamos ver quem beneficia ou é quem conhece os atalhos e os atalhos não são talvez a forma mais recomendável quer dizer ah Talvez possa haver cups de atalhos a gente aí era capaz de posicionar e ou então é pronto porque tem dimensão para conseguir e preencher a papada toda corretamente corrigi-la e litigar quando há quando quando a situação para litigar isto não já agora acrescento não só ter essa dimensão como ter o tempo que tem que esperar exatamente o tempo aqui também é muito importante como é óbvio como é óbvio esta frase que eu comecei a ler e depois fui acrescentando umas coisas é uma frase o tal livro que que eu referi que é um livro de um dos mais prestigiados jas da Europa chamado V flang mch que escreve no Financial times ele é de origem alemã e acabou de publicar um livro chamado caput sobre o o fim do Milagre alemão e eu pus-me a ler o livro e de repente comecei a encontrar algumas coisas por acaso até estamos melhor por ex nós Portugal em comparação com a Alemanha Nós ainda estamos melhor melhor em comparação com a Alemanha por exemplo temos uma infraestrutura digital que é melhor que alemã a infura digital alemã Ele conta aqui uma história que é há um ouve um ministro no governo da Alemanha que pediu para não lhe passarem chamadas para o carro porque as chamadas no carro caem porque a cobertura da rede é má ora isto em Portugal já não acontece não é já não acontece ou não acontece Quel frequência a cobertura por fibra ótica é é é em percentagem é muito menor que a nossa Há até uma outra história que ele conta enfim ISO e e e alguém que um fotógrafo que estava numa zona relativamente remota não muito remota da da da da Alemanha nada na Alemanha é muito remota apesar de ser um país grande não é não estamos a falar dos Estados Unidos eh tinha um pacote de fotografias era um fotógrafo profissional que pegava pesava 4 GB 4 GB é para se ter uma ideia se fizermos download de um filme da internet eh habitualmente um filme tem 4 GB portanto e sabemos que fazemos aquilo poos a descarregar e ao fim de poucos minutos se tivermos uma boa ligação em casa ser FR Ótica está resol V ele fez o seguinte eh pôs o filme a descarregar para o para o ao fazer upload primeiro e depois a seguir descarregar do outro lado mas a fazer upload para a internet para enviar para o seu cliente e como o cliente era a 10 km distância Ele preparou um cavalo para levar o DVD e o cavalo teve tempo de ir e voltar e o upload não tinha acabado portanto Isto mostra o estado o estado de e isto isto aconteceu por erros de políticas públicas que apesar de tudo nós esses erros não cometemos em Portugal mas aconteceu também pela forma como e a economia foi protegendo os grandes no caso da Alemanha protegendo a grande indústria e automóvel quer dizer aquilo que um dia foi dito nos Estados Unidos que era e o que é importante para General Motors importante para os Estados Unidos na prática e nunca não foi aplicado mas na Alemanha é capaz de dizer o que é importante para a Volkswagen não para a Mercedes é importante para a Alemanha foi sempre aplicado portanto e o que se foi fazendo foi e foi criando incapacidade de adaptação e nós semana passada ou há 15 já enfim recentemente fizemos um programa A propósito das crises na Volkswagen na crise e na crise da Alemanha e porquê Porque vão ter que ser pedidos trabalhadores encerrados fábricas Não sei não sei que mais Ora bem e na altura referimos que um uma das coisas que funcionou bem no modelo alemão foi a chamada Costão portanto a gestão que é feita com os sindicat com os sindicatos que T representação nos conselhos de administração ora aqui há uns 10 anos atrás houve um CEO da Volkswagen que quis fazer uma restruturação semelhante àquela que vai agora acontecer em situação de pré-certificação e perdeu perdeu a votação no Conselho de administração designadamente porque todos isso implicava uma restruturação com dispensa de trabalhadores e os trabalhadores bloquearam portanto não foram só eles também os acionistas mas ali o o fator fundamental foi esse portanto há modelos Que Nós criamos na Europa que são muito muito confortável ou melhor que foram muito confortáveis para as pessoas que hoje têm média de idade para cima mas que são muito pouco confortáveis para quem está da Média idade para baixo porque são pessoas que querem fazer coisas diferentes e novas Eu acho que isso é algo que temos que compreender Eu Eu recordo eu penso que a primeira vez tive uma conversa um bocadinho mais longa com o p de Santa Clara eh que uma parte Imagino que uma parte das pessoas não conheça tão bem como Eu o conheço foi assim talvez não sei já não sei se ital exatamente no tempo mas talvez uns 15 anos em que ele uma vez queria-te apresentar um projeto gostava que me viesses conhecer o projeto eh e eu lembro ter com ele é uma um edifício muito bonito que existe que prémio penso que até prémio V mour que fica não muito longe fica ali entre o Corte Inglês e e o Supremo Tribunal de Lisboa e e o Tribunal de Justiça de Lisboa e que era na altura o edifício onde e se realizavam os mestrados da Universidade da faculdade de economia da Universidade nova da de Lisboa e o projeto dele era fazer carcavelos portanto aquilo que tens lá na no teu concel ao pé lado teus vizinhos portanto e E ele disse há aqui uma oportunidade eh com portanto naquilo que toda a gente via que era um problema que era o sistema de novo sistema dos licenciaturas de apenas 3 anos e portanto o sistema de Bolonha mas há aqui uma oportunidade porque a seguir Ninguém vai querer ficar só com 3 anos vão querer TR 5 anos portanto temos uma oportunidade dos mestrados e portanto Quem chegar primeiro o first camer como costum a dizer vai ter vantagem e o que eu quero é ter um sítio para ser uma das melhores escolas de negócios da Europa atrair alunos de toda a Europa e para isso preciso de um não posso fazer isto aqui em Campo de orque e portanto ten que ir fazer para outro S Campo oric não campo liido em Campo liido Tem não posso fazer em campo lido temho que ir fazer para outro sítio e tal e pronto mas como é que é possível onde é que vais buscar dinheiro e como é que apesar de tu tinha sido uma lei que dava as univ cidades uma autonomia diferente que já não era que que elas usaram muito mal a maior parte delas a maior parte do tempo mas na altura havia a possibilidade de transformá-los em Fundações houve imensa Oposição a isso mas a universidade noa tinha-se transformado em fundação podia buscar outro tipo de financiamento e fez aquilo que hoje em dia é indiscutivelmente uma história de sucesso portanto P Sant depois Partiu para outros projetos fez o como tu referiste o 42 e o tum portanto que são não TM a mesma dimensão e são menos conhecidos mas têm outro tipo de importância um potencial de internacionalização como acabamos de perceber sim mas o fim o 42 também veio de outro país portanto é uma é uma algo que começou noutros países mas que foi bem foi bem bem feito em Portugal eh e e não não temos que ter problemas com isso não é portanto importar boas ideias também é bom não é portanto como é óbvio e e o e e e aqui o que há é eh quer dizer naquele caso concreto felizmente houve um número suficiente de empresas que permitiram que se construísse aquele Campos eh felizmente temos uma praia em frente onde os alunos têm uma coisa felizmente o projeto foi bem feito até há um túnel que passa diretamente de das salas de aulas para a praia para quem quera fazer surf entre duas vemos muitos fatos de surf a secar ali naquelas naquelas janelas naquelas janelas e portanto mas isso isso O que é que depois o que que aconteceu depois aconteceu depois ali tudo está a correr bem depois aconteceram duas coisas muito curiosas que foi primeiro um movimento contra o que é isto de começar a iniciar ensinar em em escolas portuguesas que ainda não morreu ainda há pessoas aí a resistir como verdadeiros nem sei bem como verdadeiros últimos Moicanos e a a essa ideia e depois há o o efeito cópia só que o efeito de cópia já não a cópia não que é o nunca é o nunca é a primeira ideia e portanto eh e desse ponto de vista às vezes podemos ter boas ideias cheia demais também acontece e portanto não chega no tempo certo mas não podemos é matá-las e portanto e e é preciso H condições para que ela para que elas se se desenvolvam e desse ponto de vista e aquilo que me parece que nos muitas vezes nos limita mais é nesta voltando esta frase é por um lado resolver um problema que não está resolvido basicamente na Europa aquele o problema do financiamento em grande escala para projetos de grande escala não está resolvido porque se não está resolvido na Alemanha esta frase era de votar o livro escrito sobre Alemanha se não está recebido na Alemanha onde é que estará e devo dizer que aquilo que que neste livro se escreve sobre a evolução do sistema bancário alemão é de ficar de cabelos em pé portanto e e nós tínhamos a ideia que na ocorreram muitos desastres na banca europeia mas na Alemanha não desenganem-se não é não é verdade não foi isso que aconteceu e a situação a a situação é eh e teve alo e algo tem tem tantos lados parecidos tantos lados de concubinato com o poder político que até eh que até é feliz e por outro lado precisamos de menos de burocracia e eh Há pessoas a dizer isso aí não é Portanto o Mário drag escreveu agora um relatório a dizer isso mas eu tenho ideia tenha quase certeza absoluta que nós quando chegarmos a ao fim daqui a uns anos quando olharmos para trás vamos ter mais burocracia do que do do que temos hoje porque essa é a inércia e a lógica que está dentro dos nossos sistemas dentro dos nossos temas e não sei porque é uma das coisas que também é enfim toda a gente está a ver com com um arte Pânico quase a nomeação do Elan musk para aquele lugar na administração americana eu não faço ideia se ele vai ter algum sucesso e o que é que vai acontecer agora e não sei se a ideia de reduzir o o tamanho da administração no 1/3 e faz sentido mas ele o projeto o aquilo a encomenda que lhe foi feita não foi essa a encomenda que lhe foi feita foi também produzir a quantidade de papéis e de burocracia e de red tape como eles dizem em inglês e que é necessário para para tudo e nós sabemos que eles têm muito menos do que nós portanto será que isso nos vai convencer a nós a mudarmos e a mudarmos as nossas lógicas boa parte desta desta burocracia acontece porque há medo do Risco voltando ao tema do Risco sobretudo de um risco que a maior parte das vezes Red tape não resolve que é o risco dos atalhos e os atalhos TM outro nome mais feio que é chamado corrupção ou empenho ou Cunha ou que tu quiseres mas que não que não são as formas de garantir que há e caminho para a Inovação porque quando há quem quem tem vantagem sempre na guerra dos empenhos e das cunhas é quem já está porque esses é que conhecem esses é que tem o número telemóvel do ministro ou do presidente da Câmara ou do assessor do presidente da câmara do assessor do ministro e vão resolvendo os problemas assim porque quem não tem quem chega de novo quem tem 21 anos quem tem 22 anos qu tem 23 anos não consegue a não ser que esteja em famílias às vezes mas isso também é outro problema que o eternização das mesmas famílias A não ser que tenha um tio ou um padrinho ou não sei que que lhe faça o telefonema não consegue sair da ca torta e e eu acho que temos que olhar para isto desta forma e achar que vale a pena correr o risco de de vez em quando eu vou dizer uma coisa que é muito provavelmente muito contracorrente de vez em quando termos dinheiro mal mal mal encaminhado para quem não merece do que e acabar por usar mal em projetos que estão todos retinhos em mas que é uma distribuição de dinheiro às meinhas por coisas que não valem nada sim pois aqui entraves quase culturais entranhados em Portugal gilas a burocracia Imagino que neste novo mundo não é problema é com ironia que lhe faço esta pergunta aqui também nestas fábricas de startups e unicórnios a burocracia é um entrave eu Creo que oel explicou muito bem o o problema que é no tema de dos subsídios mas não só se falamos de vistos se falamos de da própria regulação em si o e este esta camada de regulação que a Europa e depois os próprios estados membros acrescentam e adicionam que tornam estes o a Europa aqui uma posição um bocadinho mais di difícil e aquilo que falavam há pouco desis constrangimentos e que foi bastante bem explicado o o relatório dragi de facto tem aqui uma grande vantagem porque põe pela primeira vez a nu aquilo que já se sabia mas que falava-se e os comentadores diziam mas que parecia que aqui um bocadinho o poder político na sua grande maioria ignorava e e o ponto José Manuel referiu a nível de da máquina europeia tá montada para regular e não para facilitar é um problema porque como é que se muda uma máquina de um dia para o outro e para conseguir que se começa a pensar nesta mentalidade de desburocratizar e de poder tornar aqui este bloco europeu competitivo a nível de inovação a nív em primeiro lugar faç aos Estados Unidos e agora com a eleição trump obviamente vai haver um maior protecionismo e depois também com a China que obviamente é é e vai ser aqui um campeão de inovação e depois há uma terceira região também parecer que é o médio Oriente o médio Oriente também está a ocidentalizado se puder usar esta expressão tá a querer normalizar e quer começar a ser também um motor de inovação e muito recentemente acabaram de anunciar um fundo só a Arábia Saudita de 100.000 Milhões de Dólares só para Inteligência Artificial aqui no webs Tenho vindo a falar com várias delegações do médio Oriente e todas elas estão com planos de de expansão e de ambição de se tornarem verdadeiras motores de inovação são que muito grandes e portanto nós aqui na Europa temos aqui de facto olhando para aquele relatório Drag e olhando aquilo que são as nossas eh ambições de continuarmos a ser aqui um um um farol de de de qualidade de vida de de envolvimento económico de de boas práticas temos de facto que abraçar a Inovação porque a Inovação vai ser aqui o futuro e e o que vai transformar as sociedades eh daqui para a frente hum eh o Temos que falar realmente do do relatório drag que tem tem esse retrato não é tem o diagnóstico os caminhos estão estão claros e tem expectativa de que haja até na na nova comissão europeia um um olhar mais claro e mais assertivo com sobre a estratégia para a Inovação pronto eu fiquei um pouco com a sensação que este relatório foi falado quando saiu e que agora parece que voltamos outra vez ao ao normal anterior e aos e aos problemas antigos exatamente aqui alguma esperança que não seja o caso e mas a verdade é que deixamos de falar portanto foi notícia espero que nos corredores de Bruxelas estejam a prestar atenção àquele relatório aponta uma série de direções que fazem sentido de facto o a esta facilitação e da para a Inovação ter aqui a oportunidade das dos Estados membros terem ecossistemas em que as startups podem crescer e podem escalar e sem terem que ir para outros mercados e aqui a inteligência artificial é mais uma vez um bom caso de estudo e a Europa foi tá à frente de qualquer outra geografia a regular a inteligência artificial e panto antes de tempo na sua opinião na sua opinião antes de tempo ano antes de tempo para performma a proteger os consumidores só que esta com boas intenções boas intenções só que tem dois problemas um primeiro problema é que muitas vezes voltando à aquele também ao exemplo que Manuel Falou de muitas vezes o dinheiro bem investido o dinheiro investido num projeto que no Papel até para soar bem pode dar asneira aqui também muitas baias à partida pode resultar em que não não se faz nada e quando temos outras geografias que não TM o o mesmo eh esta mesma mentalidade reguladora o que vai causar é que esta inovação vai ser feita noutras geografias e mais uma vez Europa em vez de passar a ser um produtor de inovação que deixou de ser vai passar vai continuar a ser um consumidor de inovação e consumidor de inovação feito a notas geografias porque nós pomos estas Barreiras à à inovação dentro de fronteiras portanto regular antes de saber exatamente o que é que se está o que é que está a crescer não é antes e isso isso vai vai vai criando outros outros limites falta também a tal cultura de risco a cultura como é que se muda a cultura de risco a cultura de risco acho que tem aqui vários passos e vou enumerar três passos que acredito que possam fazer aqui a diferença primeiro é a educação e acho que aqui Os projetos que Clara referiu e a própria sistema de ensino tem que fomentar muito mais esta cultura de risco o que nós de facto já não estamos assim tão mal eu vi uma estatística da União Europeia o outro dia que foi uma sondagem feita aos Estados membros 54% dos jovens portugueses gostavam de montar o seu negócio O que é uma percentagem muito relevante e portanto passamos ao segundo ponto que é dar-lhes essa capacidade portanto se de facto já existe essa vontade temos que criar as ferramentas e os processos e daqui entra a fábrica de unicórnios deos ajudar a poderem estruturar poderem saber com quem falar ter não Não precisarem de de est ter os tais atalhos que foram referidos terem a capacidade de terem contacto com possíveis investidores ter contacto com possíveis parceiros terem contacto com mentores queos vão ajudar a desenvolver os seus projetos nas mais diversas áreas e aqui é uma área que na fábrica de unicórnios temos feito muito neste último ano que foi lançar muitos programas de empreendedorismo jovem ajudar os jovens A pensar como é que se a partir de uma ideia se estrutura se valida E se prepara uma apresentação que se possa ir a investidores possa se ir a empresas e a partir daí começar a fazer o seu caminho o e este é o segundo passo portanto aqui apoiar esta passagem esta trans de para projetos sim concretizá-las e depois passamos ao terceiro ponto que é esta capacidade de escalar e de crescer percebeu pela minha expressão que vamos ter que atualizar as notícias lembro-me de uma de uma de um pequeno comentário que foi feito recentemente por um professor universitário com longa experiência ele tem Portanto tem mais ou menos a minha idade já está no fim da sua carreira digamos universitária em que dizia quando eu entrei o sonho dos meus colegas era era serem Funcionários Públicos hoje é criarem uma empresa é verdade do emprego do estado para criar a sua própria empresa temos muito ainda para falar Gila zevedo eh e também com a Helena Matos e outros convidados agora eh a pausa para as notícias até já são agora 11 da manhã vamos à habitual síntese de notícias com a edição da Carla Jorge de Carvalho e começamos com uma notícia de última hora o inem está a registar falhas por causa de constrangimentos informáticos mas háo observador fonte oficial do inem ressalva que não há atraso no atendimento das chamadas estes problemas informáticos surgiram nos últimos minutos não há para já mais informação é uma notícia que contamos desenvolver mais à frente entretanto o governo quer evitar demissões na sequência desta crise mas reconhece também que vai ser difícil eh uma bomba ao retardador é como de resto descreve a atual situação no inem uma fonte do executivo ouvida pelo observador o governo reconhece que vai ser difícil evitar demissões neste caso mas define como prioridade segurar a ministra da Saúde O Observador apurou que as responsabilidades podem cair sobre a secretária de estado da gestão da saúde ou do próprio presidente do Inema Ricardo Leão vai ser substituído no cargo de presidente do PS de Lisboa a 10 de janeiro o socialista que é também presidente da Câmara de Loures demitiu-se do cargo na Federação do PS de Lisboa na sequência das declarações em que defendeu que quem cometeu crimes contra o património não deve ter direito à habitação Municipal ontem à noite a comissão política da Federação da área urbana de Lisboa aprovou por unanimidade a convocação de eleições mas apenas para um cargo de presidente desta reunião socialista saiu também mais um possível candidato à assução Filipe Costa o ex-presidente aicep confirma ao observador que está de facto a ponderar essa possibilidade entretanto Ricardo Leão reagiu à polémica e reagiu num artigo assinado hoje no jornal público assumo que teve um momento menos feliz ao defender despejos sem dó nem piedade em Loures mas diz também que ser de esquerda não pode significar enfiar a cabeça na areia a temas sensíveis de gerir o Presidente da Confederação das micro pequenas e médias empresas considera que é Preciso olhar para a realidade do tecido Empresarial português para perceber as diferenças salariais entre homens e mulheres um estudo feito pela consultora Mercer mostra que em Portugal os homens recebem em média mais de 10% do que as mulheres e também que metade das empresas portuguesas inquiridas admite que ainda não conhece bem a diretiva europeia sobre transparência salarial eh são Dados divulgados hoje dia nacional da Igualdade salarial o Presidente da Confederação salienta que o tamanho das empresas tem também Impacto nesta realidade já foi eh entretanto retomada à circulação no metro de Lisboa depois da greve parcial dos trabalhadores desta manhã a paralisação durou até às 10 horas o metro a empresa confirma que a circulação foi entretanto retomada está no ar a segunda parte do contracorrente hoje a partir da fábrica de unicórnios no Beato em Lisboa estamos a debater o digital a tecnologia a Inovação e o empreendedorismo contamos com a sua opinião Lig para o 91002 4185 Ou escreva o que pensa sobre este mundo as nossas redes sociais é o mundo é um mundo Helena matados e sabemos e aliás na primeira parte do contracorrente já muito se falou que inovação não rima propriamente com envelhecimento ora então Portugal que oportunidades é que tem nesta matéria bem eu não sei que oportunidades é que temos nesta matéria Mas penso que temos uma história para contar ao mundo de como é que eh não basta Inovar e como nem sempre aqueles que inovam melhor são S aqueles que depois se acabam a tornar numa história de sucesso Isto é a história dos descobrimentos Ou seja quando nós vamos para os descobrimentos havia e o vamos é não é propriamente o verbo mais adequado para o termo Ou seja no outro lado do mundo havia quem o estivesse a fazer e muito melhor e há mais tempo e há mais tempo e incomensuravelmente melhor com barcos muito melhores com muito mais meios e com muito mais recursos até tecnológicos falando ou seja eu estou a falar da China ou daquilo que que se chama as viagens do do do Tesouro ming isto começa no século XV há um Imperador o Imperador iong eu não certamente não estou a pronunciar bem o nome que ordena que sejam Constru os grandes mas quando digo grandes S muito grandes navios eh e para lá dos grandes navios havia outros de média dimensão bem Digamos que as nossas as nossas Caravelas ao pé disto não era uma coisa absolutamente irrisória e por exemplo isto e depois com e à frente destas destas expedições estavam almirantes almirantes altamente capacitados isto também tem muito a ver com com aquilo que o mais destacado deles é o zeng h que é um um um um conhecido eh isto também tem a ver muito com a preponderância dos eunucos na corte e e este Almirante por exemplo para uma das viagens que faz a primeira missão ele teria quase 28.000 soldados 317 navios 62 dos quais de uma dimensão que nós nunca tínhamos visto até Pois é por ex o o o o o Fernão Magalhães levou 237 homens não é nós aqui estamos a falar de 28.000 portanto pode perguntar-se então porquê porque é que com eles porque é que conosco resultou e com eles que tinham tudo isto e e eles fazem viagens eles eles chegam a Moçambique não é à celebre ilustração da da da Gir ilustração não a pintura da da girafa que tinha vindo da Somália não é porquê porque é que não porque é que não resultou não resultou aliás depois sabe-se como é que isto acabou portanto m do Imperador a d altura é dada a ordem para a destruição destes navios dos navios que já tinham sido construídos é incorrem pena capital quem construísse juncos com uma dimensão superior a alguns metros poucos portanto há quase que aqui uma decisão de preservar o o o o reino não é do do do das consequências que subversivas que que tudo que tudo que toda esta partida para um comércio mundial e para uma descoberta Mundial poderia trazer eh esta é geralmente a primeira conclusão que nós tiramos não é portanto que a China resolveu virar-se novamente para dentro um pouco como algumas pessoas eu lembro-me sempre desta história quando ouo aqui dizer que se eh que se tem de parar e por exemplo o caso da Inteligência Artificial não se consegue parar no caso da China porque estava no século X conseguiu isolar-se mas hoje porque estamos no século XX isso mesmo seria muito mais difícil esta ideia de que nós podemos fazer todos de conta que somos o reino do botão não é eh que é é é muito interessante nós vemos as fotografias sobre o reino do botão as histórias do Rei do botão a a a princesa do botão Os Filhos do Rei do botão tudo aquilo é maravilhoso mas porque é o reino do botão não é pronto sem qualquer desprimor tudo aquilo me parece ser encantador e aquilo que acontece aqui no século XV mas não é apenas uma questão de fechamento e de alguma forma de se tentarem preservar daquilo que poderiam ser as consequências destes comércios e destas trocas também não é apenas uma questão eh de de lutas dentro de lutas dentro de acordo porque é claro quando morre o Imperador e depois quando o facto dos eunucos terem perdido preponderância Face a outros grupos dentro de acordo o que nós temos também de pensar é que Muito provavelmente mesmo que que os imperadores seguintes tivessem querido continuar com com com esta grande empresa é duvidoso que ela tivesse tido sucesso e porquê porque ela estava assente em exatamente na vontade do Imperador ou seja nós não podemos pensar que as sociedades novam e estão efetuam grandes mudanças assentes naquilo que é uma vontade do poder e com uma cultura total de obediência ou seja as nossas Caravelas minúsculas cheias de criaturas improváveis como basta ler a peregrinação para perceber quão improváveis eram muitos deles ou quase todos eles estavam muito mais apetrechados para o sucesso do que os grandes barcos dos Imperador e as grandes frotas dos do imperador chinês Aliás a prova de que isto não correspondeu a uma real inovação que e que não havia cultura para isso embora fossem Tecnicamente admiráveis é que quando o Imperador o novo emperador determina que os barcos vão ser destruídos e que não mais se fala desta experiência é como se ela não tivesse acontecido ou seja aquilo não correspondia a nada de da sociedade as nossas Caravelas cheias dos Tais improváveis não é a roceiros ladrões eh eh licenciosos na verdade eles estavam eles não tinham uma autoridade Central à qual report assem até porque nós temos sempre muita ideia dos descobrimentos como uma iniciativa da coroa não quer dizer havia algumas delas como alguém que nós já tivemos aqui no no programa várias vezes como conv que a fazer contra ocorrente connosco no verão o Ricardo Rais da Universidade Católica explica muitas vezes que aquilo era uma ppp muitas daquela muita daquela expedição funcionou no sistema ppp nós vamos encontrar muitas daquelas Caravelas eram propriedades de aristocratas destaca-se aqui sempre eu sei que hoje estamos no dia da igualdade e salarial então deixem-me que que vos refira a sogra de Dom João I que em matéria de igualdade salarial Dona Beatriz ali para aqueles séculos estava muito furos acima de imensos homens e e claro provavelmente todas as mulheres do do do reino e a não ser talvez da sua filha mas ela sim seria mais rica e e portanto a a Inovação não é apenas uma questão de muitos meios até se podem ter já os meios e não conseguir fazer nada com eles e aqui esta questão parece-me ser essencial que é a cultura da Obediência aquilo que nós encontramos e nas Tais esquadras do c são para haver inovação não se pode responder como um exército embora se consiga inovação respondendo como como um exército mas depois é preciso mais não é e essa parece-me ser respondendo então à tua pergunta se nós temos alguma coisa para ensinar ao mundo nesta matéria eu acho que sim portanto Basta ver como é que nós incomparavelmente e com com meios mais insignificantes conseguimos fazer aquilo que os chineses não fizeram não porque não tivessem meios mas simplesmente porque não tinham a a cultura de não é diz acentar e porque tinha um sistema que era meritocrático em muitos aspectos portanto era um sistema que não era apenas hereditário como era por exemplo um fism europeu ou as monarquias europeias exeto claramente para o Imperador tinha um sistema meritocrático mas hiper Centralizado é por isso que por exemplo a maior inovação uma das maiores inovações da história que é a prensa de Gutenberg portanto que é considerado e mudou o mundo em muit em muitos aspectos é uma revolução aquela a tecnologia em si tinha sido inventada na China três séculos antes mas e não tinha servido para nada porque o sistema era Centralizado e aquilo e serviu na Europa para muita coisa precisamente porque o sistema era descentralizado foi uma invenção alemã uma invenção alemã é esta Esta eu acho que é é o início da globalização não é exatamente pois mas foi o início da globalização porque havia uma forma de viver que permitia isso portanto não basta eu acho que a primeira coisa como se sabe eu tenho dito frequentemente a ideia assim do animalzinho eu sei que Fantástico do unicórnio não me agrada nada bicho não eu faço parte de uma geração de pais muito traumatizada com a proliferação dos unicórnios de plástico e portanto aquilo assombrou assombrou a proliferação desses animalejos lá por casa e e portanto mas mas sim esta ideia de que basta haver um invento para que se possa transformar é falsa não é fáil é preciso mesmo que se possa fazer alguma coisa mas depois não se consegue fazer nada transversal a outra coisa que eu também gostaria de de de de de abordar é a questão do da ideia de que se então faz-se o invento e muda-se não é preciso também que exista uma cultura para isso portanto não é só não ter medo do Risco do risco não ter uma cultura de dependência mas são precisos muitos nós eu sei que nós adoramos a ideia do géo que inventa uma coisa sozinho lá em casa não é mas quando nós olhamos para aquilo que são os períodos áureos da ao que nós consideramos áureos hoje com estas coisas todas já nem sei se ainda se pode dizer que peros e mas por exemplo a arte ensina Tudo isto porque não há nada que seja mais inventivo mais criativo mais extraordinário que a arte e nós temos sempre ideia que está ali o artista sozinho e que da cabecinha dele Brota aquilo tudo não há nada mais fal Ou seja quando nós olhamos para aquilo que é o renascimento em Itália nós percebemos aqueles pintores circulavam de oficina em oficina não é tem de haver uma cultura para independentemente de haver pessoas que são de facto Geniais não é e que até podem ser Geniais mas o géo sozinho não não funciona quando nós por exemplo olhamos para o século XV em Portugal e nós ficamos assombrados um dos grandes problemas é dos dos escritores que que viveram ao mesmo tempo que o Camões é que houve alguns absolutamente excecionais e e que acabaram a ficar ofuscados muito pela figura do Lis Cis que é realmente uma coisa ímpar ou seja há um ambiente de nós às vezes pensamos isso por exemplo em relação à pintura não é que di os espanhóis não é o facto de terem um dois três é que têm muitos que são muito bons não é portanto esta ideia de que o Génio está ali e e alguma coisa vai nascer daquela cabeça e então haverá mudança eu sei é muito bonito mas é só para os filmes porque na realidade para que e aquilo que é genial se transforme em mudança e inovação é preciso mais portanto é preciso um ambiente para não é um um calo de Cultura para E aí Realmente não podemos ter medo do risco não devemos ter uma cultura em que as pessoas não dizem às fias sejam elas no ambiente laboral sejam elas no ambiente de outros poderes de facto o que pensam e como é que se podia fazer diferente portanto não não adianta nada que se invente se não houver uma cultura ela uma cultura em que as pessoas eh de facto tenham um ambiente propício a que aquilo que se inventou a se transforme de invento em inovação e e em transformação esse esse processo é replicável então agora Aquilo é que estamos a acontecer já se juntou a nós o Paulo Dimas que é coordenador do centro para a inteligência artificial responsável muito bem-vindo Paulo Dimas vamos pegar aqui nesta nesta ideia da Helena Podemos dizer que a inteligência artificial são os novos descobrimentos são os descobrimentos do Século XX e sim eu confesso que as as analogias que os descobriment fazem assim um bocadinho é um bocadinho olhar para o passado eu acho que tudo mudou não é o mundo completamente Global portanto a velocidade de comunicação é impressionante eu há umas horas atrás quase 24 horas estava em Pittsburg em são em na universidade de carig Melon eh e nós estamos a transferir conhecimento lá para cá uma velocidade uma velocidade incrível eh eu acho que a in arcial deve ser eh interpretada mais como de facto uma revolução eh mais uma revolução digamos na evolução da nossa espécie Portanto acho que tem de ser at ser vista nesse nesse contexto com todo o impacto que que tem eh e e portanto o impacto ao nível da distribuição da Inteligência nós no fundo estamos a democratizar o acesso à inteligência a nível Global eh portanto isso nunca aconteceu antes o que fizemos foi aumentar a capacidade humana do ponto de vista digamos de força física no fundo das máquinas eh e agora estamos a trabalhar ao nível de inteligência isso nunca nunca aconteceu e portanto eh é uma novidade para todos nós e portanto no fundo é uma espécie de privilégio estar a viver esta estes estes anos agora eh que que que se vão seguir e e e portanto e todos estes avanços eh portanto nós sabemos que eh por exemplo eh nós conseguimos e a nível de já de impacto nas nas empresas e fazer com que pessoas que entrem nas organizações consigam rapidamente a evoluir a nível de de competências graças à inteligência artificial portanto no fundo a incia aproxima eh digamos pessoas menos experientes das mais experientes nas organizações nós temos todos por exemplo feitos pela Harvard Business School com com o Boston Consulting group onde e pessoas intermédias Consultores intermédios aumentaram digamos as suas as suas competências em em mais de 20% e portanto é isso que está a acontecer em todas as em todas as organizações e e e e pronto claro que isso levanta muitos muitos desafios a nível de enfim da força de trabalho da mobilidade Imagino que falar sobre isso mas eu acho que aqui a parte importante é nós temos essa perceção e e e temos essa perceção no s senido de abraçarmos como a oportunidade da década para Portugal eu acho que nunca se conjugaram e fatores como a capacidade de criação de talento que nós temos cá em Portugal nas nossas universidades temos o melhor talento Mundial isso é inequívoco e nós vemos com em colaboração com por exemplo com K melan que os nossos alunos são dos melhores a par de alunos internacionais eh nós temos neste momento a capacidade de investimento nós temos um um programa que é o o prr que tá numa fase que tem de ser acelerada ao máximo e portanto e que está a olhar para esta área e que está a olhar para esta área precisamente portanto a nossa agenda mobilizador o centro paraar responsável foi exatamente criado neste Neste contexto eh e Se nós formos a ver do ponto de vista de investimento Inteligência Artificial eh comparativamente com o que acontecia com o financiamento público por exemplo da fundação para a ciência e tecnologia nós estamos a falar de uma escala 10 vezes mais investimento em ência ar social é sempre mais um zero nós vol estamos a desenhar o consórcio que junta scaleups com a com a fidai que tem aqui a sede aqui on perto onde nós estamos e com a Sword HS que são empresas portuguesas que exportam mais assim como a b que exportam mais de 95% daquilo que queriam eh E no caso da Sword e da e da fids tem cotas de mercado nos Estados Unidos na casa dos 50% portanto eu estava lá agora em em Pittsburg com o com o Paul Mark ele tava a dizer que que fits é um dos Biggest players na na área deles da atenção de frado e portanto Isto é nós temos esta capacidade de facto de criar estes players globais porquê Porque temos o talento e agora eh e essa parte é a parte que temos de aproveitar há aqui um sentido de urgência muito importante que é esta Esta esta capacidade este este músculo financeiro para para executar eh digamos o o prr eh dando um impulso muito grande um impulso transformador à Inteligência Artificial especialmente eh na administração pública Especialmente na na nos serviços do Estado eh nós sabemos que eh não sei se se se viram o relatório do Tony Blair que é extremamente ambicioso um bocadinho talvez até até demasiado do ponto de vista dos valores da ordem de grandeza que está a falar mas e é muito quantitativo eh no sentido em que nós sabemos por exemplo que os professores do secundário gastam eh mais 12 horas por semana em atividades extracurriculares eh que eh Digamos que podiam ser automatizadas nós sabemos que eh nós podemos aumentar a eficiência dos nossos hospitais com isso libertar camas mais rapidamente e nós temos é um exemplo de um dos produtos que tá a ser desenvolvido no âmbito do do centro pela pela prã eh que no fundo assiste os médicos quando estão a Decidir sobre uma alta médica eh portanto reduzem muito o esforço administrativo do médico nesse nesse processo E se nós conseguimos libertar mais camas se nós conseguimos alcançar uma ocupação de camas nos hospitais na casa dos 85% Nós vamos estar a salvar vidas nós vamos estar literalmente a salvar vidas Porque só pessoas que chegam às urgências dos hospitais e ficam nos corredores eu no outro dia tava estava a falar nisso e disse ah não olha um famíli meu eh nem sequer ficou no corredor foi para casa e morreu em casa e agora estamos a falar todas as crises no no inem isso tudo e portanto Isto é um tema portanto a incia artificial pode de facto contribuir para isso eh e acho que esta conjugação de de um salto tecnológico Tremendo com esta capacidade agora também de de financiamento eh é é é única agora este este financiamento tem de ser feito de forma virtuosa não pode ser feito e nós falamos muito isso para financiar projetos é o mundo tá cheio de projetos que eh então ao nível da Europa é o melhor exemplo de como não se deve fazer não é por não é por projetos não é por projetos é por produtos nós temos de criar produtos que vivam para além eh destes financiamentos produtos que tenham uma ambição Global nós dizemos sempre mais de 95% de exportações que sejam acelerados em Portugal que tenham como rampa de lançamento estas estas parcerias sempre funcionarem parcerias com a indústria e portanto nós no Consórcio temos a Bial uma das empresas mais inovadoras em Portugal a terceira que investe mais em em inovação e e investigação eh temos eh o o grupo estana que estava agora recentemente com Gonçalo Oliveira ele estava-me a dizer que isto é o ano mais incrível para grupo estana do ponto de vista de crescimento mas sempre olhar para o futuro sempre olhar para a competitividade e enar social para eles é uma ferramenta de competitividade global eh temos também a a sonai na área do retalho e depois temos dois hospitais eh um dos hospitais mais inovadores no setor público Hospital de São João e depois um hospital privado em Lisboa hospital Hospital da Luz que o maior hospital privado portanto Isto são fontes de F para estas startups que permitem que estes produtos sejam digamos aplicados ao mundo real porque também o mundo tá cheio o Gil sabe isso Tá cheio de de startups com soluções à procura de problemas e e isto tem de ser invertido é claro que é muito bom partida tecnologia da oportunidade mas nós temos também de mapear com os problemas reais e e e este espaço este ecossistema de incia artificial Que Nós criamos a uma escala de mais de 70 milhões de de investimento e permite fazer isso e portanto Esta é uma oportunidade de facto uma op é muita oportunidade e vimos o nosso Prime Ministro agora nos tá a abrir o we Sam a anunciar precisamente anunciar isso já vamos e já vamos para aí temos aqui também outra vez a questão do relógi Gil está quase ir embora é importante esta tem tem esta noção também de que esta década é oportunidade e o prr pode ajudar a a mudar aqui até a dinâmica ou a velocidade da dinâmica que está a ser construída em Portugal eu dou um um um pequeno passo atrás porque estamos aqui a falar muito de inovação e acab eu acho que se calhar para as pessoas podem perguntar mas porque é que a Inovação desta vez está a ser é mais importante do que foi antes e porque é que a Inovação impacta as nossas vidas e acho que há aqui dois pontos que gostava de referir um que foi o que o Paulo referiu e se pensarmos aquilo que foi a industrialização para multiplicar a nossa capacidade de fazer e agora com a inteligência artificial esta capacidade de potenciar muito o pensamento e isto pode resolver vários problemas o Paul falou o tema dos hospitais já falamos na parte na hora anterior da falta de professores e se conseguirmos ter um trabalho dos professores muito mais eficaz também podem ter mais horas para lecionar e também resolver o problema e também todas as profissões de facto temos agora pela primeira vez esta capacidade que o Paulo falou de nos podermos multiplicar aproveitando a tecnologia e que também fala-se muito aqui da semana dos quatro dias se calhar é o caminho daqui a uns anos de se conseguir finalmente poder chegar a esse ponto portanto Isto é um Isto vai de facto a nível de transformador ou seja H há há uma relação Direta com o nosso bem-estar porque às vezes é muito etério falar de Inteligência Artificial e não percebemos que impacta mesmo na no nosso modelo de sociedade e com o noso bemestar ex ponto portanto isto de facto vai vai transformar as nossas vidas pelo lado positivo e em segundo lugar do lado económico Ou seja a Inovação traz Mais Emprego e melhor emprego com mais valor acrescentado traz é uma pergunta não é uma afirmação é uma afirmação porque se pensarmos e nós na fábrica de unicórnios este ano vamos apoiar 250 novas empresas das quais 50 são empresas que já estão a internacionalizarem estas 50 empresas há 5 anos não existiam hoje em dia são 1700 postos de trabalho que estão criados e portanto todas estas empresas nessas fases emergentes e à medida que vão escalando estão a criar postos de trabalho e portanto estes postos de trabalho e acabar com outros Mas isso faz parte da quando há uma transformação tecnológica a seguir social isso acontece há empregos que se que terminam e outros novos nem e aqui o exemplo que Clara teve cá antes o 42 é exatamente uma forma das pessoas poderem adaptar-se para novas profissões para novos caminhos e é um caminho que se vai fazendo mas depois também tem um ponto bastante importante que acho que em Portugal é bastante relevante e tem sido muito falado que é a retenção dos jovens os jovens e querem trabalhar em projetos novos já falamos aqui há pouco o José manuelo até falou da mentalidade que se mudou Isto é a oportunidade de Tend cá projetos inovadores de conseguir com que os jovens se retenham cá porque estão a trabalhar naquilo que querem e estão a trabalhar em trabalhos de valor de elevado valor acrescentado portanto não só cria emprego não só atrai investimento como também retém os jovens que é um grande um dos nossos grandes problemas Inovação de facto tem este papel bastante importante o prr é eu creio que a há projetos bem conseguidos projetos menos bem conseguidos no prr e acho que há muitos projetos que não vão ter o impacto Que que foi pensado quando foram desenhados neste caso concreto acho Houve aqui a felicidade de ser uma área que de repente trans também ficou ganhou aqui muita importância e Portanto acho que é um programa e nós somos parceiros do centro aqui para o novo h de inovação de a inteligência artificial que lançamos ontem e que temos aqui a sorte de ter aqui o o Paulo e o centro como para vem trazer também muito conhecimento aqui para o ecossistema Mas acima de tudo esta capacidade do do prr Poder ser uma plataforma de partida porque o prr vai acabar agora a 25 de eh em setembro de 2025 eh O que é que deixamos a nível de plataforma para que possa para que possamos continuar a crescer e não estarmos a dependentes mais uma vez de subsídios europeus acho temos ser capazes de criar essa estas plataformas e acho que a fábrica de unicórnios tem essa vantagem que nos últimos dois anos conseguiu criar aqui uma plataforma bastante relevante de apoiar empreendedores a lançarem Mas acima de tudo escalarem os seus projetos e é esse que tem de ser aqui o o grande objetivo do país se pudesse desenhar uma medida para ajudar a impulsionar este este movimento qual seria o movimento de inovação de inovação sim seria facilitar acima de tudo facilitar porque temos talento atalhos sem atalhos obscuros exato temos talento temos capacidade temos um país que é fantástico ainda o outro dia um destes unicórnios internacionais que se instalou em Lisboa eh que foi a itabel que é uma empresa americana eh estávamos a falar com o CEO da empresa ele dizia-nos estava na dúvida depois de terem analisado uma data de cidades as últimas duas cidades que sobraram foi Dublin e Lisboa Uhum e ele disse-nos nós estávamos muito na dúvida nas duas então o que é que fizemos fomos perguntar aos nossos colaboradores onde é que eles gostavam de morar e e a resposta foi unânime e portanto o foi meio maior foi um esmagador é uma melhor expressão e demonstra de facto nós temos aqui condições boas para poder Inovar e ter aqui abraçar a Inovação como um dos nossos motores de de crescimento e é exatamente esse o caminho que o o relatório drag aponta temos é de facilitar temos é de ser capazes de criar as condições para estes empreendedores possam arriscar e possam ter possamos ter esta cultura de risco que estávamos a falar há bocado facilitar Gila zevedo muito obrigada eh despedimo-nos e Agradecemos muito esta eh eh o contributo aqui para esta discussão e e e Paulo Dimas estamos aqui a falar na necessidade de facilitar mas po Há Há sempre um lado mais eh negativo de de quando quando existem mudanças eh Isto pode aumentar os desequilíbrios sociais Sem dúvida nós sabemos que em todas as revoluções há um período de transição de de turbulência e e até às vezes de medo eh em relação à tecnologia é dizer não não se deve ter medo deve-se ter receio deve-se ser proativo as organizações devem pensar à frente eh e criar Digamos um espaço seguro para que os seus os seus colaboradores sintam que isto no fundo é uma nova ferramenta não na prática não não vai substituir o ser o ser humano em na maioria destas profissões eh é é é muito ilusório e é muito especulativo e até pessoas como o Prémio Nobel da da física O joffrey hinton que foi o uma das principais figuras no desenvolvimento da aprendizagem profunda que no fundo é a tecnologia que está por trás da do CH CPT e com a grande alavanca depois do transformer Model portanto feito na Google eh e ele previa em 2016 que e a profissão de radiologista iria desaparecer passado 5 anos portanto não fazia sentido estar a formar mais radiologistas ao fim de 5 anos eh El ele está em vídeo gravado e agora tive a oportunidade de estar no está está está na para a posteridade Não exatamente exato ela estava na nós íamos a oportunidade de estar na no palque principal do ai for good Global summit portanto a maior simeira do mundo eh das Nações Unidas para o uso de inteligência artificial para bem e com com um dos produtos de referência que é o que é o hellow eh depois posso falar sobre isso Se tiver interesse eh mas ele também teve também T presente e ele de facto admitiu que se enganou eh enganou E porque é que se enganou é importante perceber isso primeiro porque há sempre muita especulação as pessoas exageram sempre muito o efeito de curto prazo da tecnologia até um é um é um paradoxo à volta disso no curto prazo Ah isto vai ter o fim do mundo não sei quê mas depois minimizam no longo prazo pronto portanto e de facto o efeito da inciar social vai ser muito mais durador muito mais transformador do que nós eh Antecipamos agora neste neste momento que que estamos a viver o momento Ah E porque é que então estas profissões não vão claramente desaparecer porque é que os médicos não vão ser substituídos por modelos de Inteligência Artificial eh porque é que os controladores de tráfego aéreo não vão ser substituídos por pên artificial sei lá porque é que os juízes não vão ser porque todas estas profissões são compostas por n tarefas e e a tarefa no caso dos radiologistas de interpretação de um raio X é apenas uma eh existe uma base de dados das ocupações nos Estados Unidos que define eh enfim todas as tarefas que estão relacionadas com uma ocupação e a de radiologista segundo essa base de dados tem eh mais de 20 tarefas um radiologista vai ter sempre de falar com os pacientes vai ter sempre de falar com outros médicos vai ter sempr de tomar decisões sobre o futuro do do hospital não vai haver uma desumanização da sociedade não vai haver e aliás eu acho que o que vai ser muito interessante de observar é que os Skills mais valiosos no futuro vão ser precisamente os Skills de humanidade os Skills os Skills de empatia os Skills que têm a ver com os nossos sentimentos e não os Skills que têm a ver com a automação todos esses Skills de automação Claro estão condenados a serem e digamos substituídos eh por exemplo nós temos o caso eh dos Call Centers de telemarketing que já foram substituídos é uma coisa foi uma velocidade incrível como startups nessa área substituíram operadores de telemarketing por agentes de inciar social Mesmo que às vezes seja muito irritante Concord mas atenção eu no outro dia dia estava num painel com uma pessoa da da zuque e ele estava-me a dizer sim sim agora venham cá substituir os nossos agentes de call center eh que é uma seguradora porque quando ligam vuque as pessoas estão tão chateadas que aquilo normalmente é porque correu qualquer coisa mal não é como uma asseguradora normalmente é porque há um problema qualquer e agora Imaginem de ser uma ência artificial a atender essa chamada e Tod a pessoa aí aquilo portanto partia tudo eh e portanto e nós temos de ter em conta e onde é que de facto as qualidades humanas onde é que de facto a empatia é fundamental e eu acredito e insubstituível eu acho que a empatia tá ligada naturalmente aos sentimentos os sentimentos estão ligados à vida é uma discussão muito longa que nós temos tido com com o Professor António que faz parte também do do do centro e e que teve o ano passado um um debate incrível com com o professor lin Oliveira em que cada um a representar perspectivas completamente antagónicas sobre social uma centrada na vida outra centrada na na máquina e e portanto todas esses esses Skills eu acho que vão ser valorizados e portanto nós vamos começar a ter empresas que se vão diferenciar porque há um tratamento humano um tratamento mais personalizado Isso vai ser uma vantagem competitiva portanto nós no fundo o que estamos é cominar aquelas tarefas que não apetece a ninguém fazer quem é que já imaginam a chati que é um senhor est a trabalhar num Call Center a fazer aquelas chamadas telefónicas ah ló estou a falar com o o Dr Paulo Dimas ou uma coisa assim ah eu estou a ligar da empresa x não estaria interessado em rever a sua eletricidade é uma coisa horrível essas pessoas devem ter uma taxa de rejeição das chamadas que as deve deixar deprimidas ao fim do dia Isto é ótimo ser substituído por uma máquina quer dizer não panto portanto essa essas profissões de facto vão vão ir O que é bom eh as outras profissões vão ser aumentadas eh e aí o que é importante e e pensar ao nível da da das organizações em geral é que as organizações que não adotarem diência ar social pronto Se quisermos voltar atrás ao exemplo do radiologista os radiologistas que não usarem ência artificial esses poderão ser substituídos Ok eh porque não estão a adotar as as ferramentas mais avançadas e portanto o mindset Aqui tem de ser um mindset de adoção da tecnologia no sentido de nos aumentar a nossa capacidade e não o mindset do Medo do receio de ser substituído e tudo isso claro que como como referia no início Temos de pensar proativamente e nós temos de mapear e já há trabalho até a nível analítico e e lá em cmu está equipas de investigação a trabalhar nisso no sentido de mapear as funções dentro das organizações eh e de certa forma antecipar a necessidade de mobilidade de Trabalhadores de uma função para outra e pronto ISO depois está muito associado também à questão do ris Killing que é um um tema per si toda a parte de sim pronto todas as nossas perguntas e em parte todas as respostas se trocam entre entre pessoas que vivem e e aqui muito no caso europeu isso é muito elevado na minha opinião a extremos indesejáveis de de universos muito protegidos Nós criamos uma ilusão de mudança eh sem dor não é de de que não e de que é digamos que é uma mudança que na verdade não muda mas que continua por outro lado Estamos também numa parte do mundo que tem uma uma população extraordinariamente envelhecida e tudo aquilo que disse eu acho que quer dizer percebe-se neste nestes Mundos em que nós estamos e claro que há sociedades muito diferentes e nós pemos claro que que a questão do do de sociedades como como os Estados Unidos que têm um um uma outra adesão à à mudança ou mesmo outros países até por razões políticas o caso da Argentina agora não é mas há outra a minha grande dúvida por exemplo é como é que num continente Como o continente Africano que é um continente muito muito muito muito jovem mas com estruturas de governação e Muitas delas ditatoriais ou autocráticas não é em que e é é como se a tecnologia estivesse ali não é mas em que é que pode nós vemos agora nós fizemos aliás um programa um contracorrente sobre o Moçambique e est e estas contestação que está a acontecer em Moçambique já são muito mais que distúrbios e a dado altura uma das pessoas Dizia um dos nossos convidados muito e que teve uma intervenção muito interessante ele dizia quer dizer sim tudo isto é sim a pobreza tudo aquilo não é mas cada pessoa por mais pobre que seja tem neste momento um telemóvel o que segundo ele trazia um outro Impacto completo à à àquilo que nós estamos a assistir de tal contestação em que medida é que toda esta e tudo isto de que aqui nos falou pode vir também a impactar na forma como como se vive noutro em alguns locais do mundo e e como se e Como se manda e como se contesta em alguns locais do mundo Sim Sim esse é um é um tema é um tema fascinante e e que leva a várias a várias várias reflexões se nós olharmos para para a história por exemplo a história dos pagamentos eletrónicos e países como como a Nigéria eh saltaram o cartão de crédito é uma coisa saltaram logo paraos pagamentos por telemóvel que o portanto nos Mundos no nos saltaram degrau exatamente foi Fantástico eles no fundo foram os os basicamente no no em África sal tou-se o telefone analógico exatamente nunca chegou a existir foi-se logo F para o telemóvel para telemóvel que foi logo porque como o SIM Card não é aquele chipz que tá dentro do telemóvel é uma forma de autenticação super forte aliás é usado em muitas muitas formas de enfim Passos bancários e tudo isso e portanto eles rapidamente saltaram por isso eu acho que que esta oportunidade é incrível para para para esses países porque lá está permite distribuir inteligência Portanto o nós estamos aar aqui distribuição de inteligência pelo pelo planeta a uma escala nunca Vista Porquê esse é outro dos fatores fundamentais aqui é que ao Contrário de outras tecnologias passadas nomeadamente tecnologias como a web ou mes mesmo essas que foram de acesso muito muito fácil o que nós estamos aqui é a eliminar completamente a barreira à utilização porque pela primeira vez isto era algo que se achava impossível eu lembro ter um almoço com o com o pedy cos grave no ministério da ciência em que também estava o Dr Vasco Pedro fundador da ar B grande especialista em pamento de língua natural e todos nós estávamos a falar que iria demorarem uns 10 20 anos até as máquinas compreenderem a língua natural portanto todos estes cidadãos destes países em em vias desenvolvimento Eles não precisam de fazer mais nada e do que simplesmente escrever e depois aí entramos então nos desafios a seguir mas vamos imaginar que todos estes modelos suportam as línguas locais nesses nesses países o que não é verdade e portanto existe aqui uma questão de desvantagem e portanto isso por acaso foi discutido na simeira das Nações Unidas mas imaginando que sim isso não é não é uma coisa muito difícil de fazer eh vão poder interagir com estas máquinas falando com elas Com estes modelos de inar social falando com eles na sua própria língua isso nunca aconteceu no passado antes era preciso uma literacia mais um bocadinho mais técnica H por exemplo a minha mãe quando quando se Lig à universidade Sena já tem 91 anos tem de carregar lá nos botões do zoom e depois aquilo desliga e depois não sei quê aqui não aqui nós estamos a falar não é e falar é aquilo que foi desenvolvido no cérebro humano há 150.000 anos portanto é uma coisa mais do que escrever até portanto nós temos eh no caso do do agora do deste modelo que ch o Advance M mode nós nós conseguimos ter conversas eh que podem inclusive ser interrompidas eh com a inciar social portanto qualquer pessoa num país em vias de desenvolvimento pode eh ter acesso eh à à ência ar social depois aí temos é as questões digamos dos dos dados e do investimento que tá que tá a ser feito nesses países na criação nomeadamente de llms portanto de modelos que preservem a identidade cultural desses países que que no fundo assegurem que essas línguas não são discriminadas foi uma das discussões também na no âmbito das Nações Unidas que é como é que nós garantimos que há Equidade no acesso a esta tecnologia e aqui temos os fatores económicos sempre a imperar assim como não faz muito sentido a openi estar a criar um modelo de linguagem e um llm e especializado na língua mirandesa dizer o mesmo pronto nem na Portuguesa falada em em Portugal porque o nosso mercado é demasiado pequeno eh e por isso daí haver a necessidade de haver uma iniciativa eh digamos articulada ao nível do do do estado para isso eh também ainda faz muito menos sentido fazer isso eh em nas nas nas línguas faladas em muitos desses países porque existem milhares de línguas que são faladas em nomeadamente em África e portanto as nações unidas agora no relatório da daquela do High level advisory group portanto um um um board de de aconselhamento criado pelo secretário geral eh dos quais faz parte a Virgínia dignum que também faz parte do do do nosso centro que vai dar agora uma ke note na na terça-feira eh uma das digamos recomendações das Nações Unidas é precisamente criar um fundo para a inteligência artificial que permita eh dar acesso à ência ar social a esses países em em vias de desenvolvimento pronto portanto isto tem de ser Não não é a Open ai nem e a Google de facto tem tem projetos incríveis mas Open ai tá tá obviamente menos interessada Nisso porque o que eles querem conquistar mercado o mais rapidamente possível eh mas e que vão digamos investir na questão da representatividade cultural destes modelos nas na na língua falada nesses países portanto Essa parte é uma parte que é Um Desafio que nós temos de essar eh mas a base porque senão o que vamos o que vai acontecer é que todos esses países vão ficar ainda mais digamos ocidentalizados não é portanto vão eh ainda mais ser digamos reféns daquilo que são os dados usados para treinar nos Estados Unidos estes modelos de de grande escala e portanto é importante e endereçar essa essa vertente da tecnologia agora que é uma oportunidade incrível é um outro tema também relacionado com digamos o o dar acesso aá social e por exemplo na área da saúde que é uma das áreas mais como pode ter mais Impacto que pode salvar mais vidas nesses nesses países é a questão de eh e por exemplo a Google há uns anos atrás fez um projeto nessa área em que eles usavam modelos genen social para dar acesso a no fundo eh expertise de oftalmologia uhum eh em regiões remotas da Índia onde não havia médicos oftalmologistas E então era usado em dienci social para fazer diagnósticos de doenças oftalmológicas eh aqui tá também mais um desafio porque de facto nós podíamos certa forma Criar e modelos e de medicina que no fundo de certa forma aí substitui o médico porque o médico não está lá agora Existem os tais riscos da inerência ar social e alucinar de de prever patologias que não são não são os verdadeiros portanto aqui há uma questão muito interessante que tá a ser muito discutida na comunidade que é Quest a questão do Risco benefício O que é que o que é que fará mais sentido é dar algum acesso a esta tecnologia que pode de facto ajudar a salvar vidas com o o risco que ela ainda tem h e e por exemplo uma das áreas fundamentais é a área da explicabilidade porque ela não tem capacidade de se explicar portanto simplesmente prevê que a pessoa tem uma determinada doença mas depois a parte de explicar é difícil a parte empática parte e a parte também da da da impag essa parte portanto é uma discussão muito muito interessante mas que eu acredito que os avanços que que estão a ser feitos a confiança naar social vai vai aumentar e nós vamos poder dar acesso a a a médicos a de uma forma se quisemos virtual até um até um certo nível em zonas onde isso seria completamente impossível se bem que o modelo que que deverá ser prevalente com com o desenvolvimento de todas essas economias é sempre o médico a ser assistido pên artificial portanto mas aqui entramos numa Fronteira muito interessante que é o que é que fará mais sentido é de facto transportar digamos as competências médicas a regiões remotas ou e ou ou não o fazer e e ter sempre ter um médico envolvido nesse nesse processo portanto é uma discussão muito muito interessante claro que isso em Portugal não não não não faz sentido eh e e portanto é sempre fundamental ter ter o ter o papel do do médico apesar de já haverem pessoas e eu fui uma delas e que fui fazer uma ressonância magnética recebi o relatório da ressonância magnética eh pus Aquilo no chat CPT perguntei se estava tudo bem E ele disse que sim e depois já não voltei ao médico e acreditou e acreditou nos svt não mostrou ao médico já não voltei ao médico portanto já dto tu ele disz que tá bem já aliás senti-me logo melhor quando ele fez o diagnóstico Portanto o Dr aqui no naão é um um bocadinho mais é um upgrade do Doctor exatamente João Miguel vamos ainda r e estamos com pouco tempo mas vamos a alguns comentários que estão a chegar Manuel Reis preocupado escreve que ainda não ouviu falar de uma Startup que Produza alimentos e considera que é importante eh olhar para este setor deixa a pergunta ao Manuel Reis Como vamos fazer no futuro quem vai a produzir alimentos para nos alimentar a Ana Lopes lamenta e o Espírito cultural muito entranhado nas empresas portuguesas escreve A Ana que eh dentro das empresas portuguesas ajudaria imenso ao aparecimento da Inovação e ao desenvolvimento da Inovação se as hierarquias estivessem abertas ou mais abertas a novas ideias e também a sugestões a Eduarda Costa Ferraz enviou-nos um e-mail a propósito de uma intervenção da Helena Matos sobre o caldo cultural que levou a aparecimento da escola de pintura espanhola escreve a Eduarda Costa Ferraz que Portugal não dá oportunidades nas áreas mais iadas os escolhidos e aceitos são sempre os mesmos pelas mãos dos mesmos não há interesse na obra dos artistas exto se forem recomendados pelos que interessam e eh podem e que podem abrir eh novos espaços enfim novas discussões tudo isto é transversal a todas as áreas Suponho também que Eduarda esteja a referir-se à inovação e à tecnologia remata a Eduarda Costa Ferraz que a cultura está nas mãos de quem não tem horizontes uhum eh enfim é irresistível Paulo Dimas perguntar-lhe sobre a questão da alimentação H áreas onde a inteligência artificial não tem soluções eh sim a a área da da alimentação é uma das áreas que que tá a ser explorada eh portanto no outro dia eu não percebo muito de dessa dessa área mas e assisti uma uma apresentação de de uma de uma Startup que está a trabalhar eh na área de transformar portanto e no fundo células e portanto no fundo replicar células do ponto de vista de criar de criar alimentos e dar e eh acesso à alimentos em zonas eh digamos onde onde ter mais mais onde são mais casos dos G extrangeros dos desculpem agora está-me a faltar est trangênicos mesmo obrigada é capacidade de multiplicar células portanto a parte nós ainda não conseguimos sintetizar as células do do do zero do do nada não é portanto é é aquela coisa maravilhosa da da vida não é em que a vida é uma coisa ainda não pronto não não é de eh digamos de engenharia de portanto no fundo genética e clonagem Exatamente exatamente e portanto conseguimos no fundo transformar uma célula num num bif não é não sei como é que vai saber mas mas é possível é uma área muito intensa de de de investigação E estávamos a discutir isso por exemplo no contexto de dar acesso a a a alimentos na na em regiões remotas eh de de de certos certas geografias eh e e depois das tensões que são criadas e em aos produtores locais que obviamente não querem que isso aconteça porque pronto e e as tensões que existem mas mas pronto há um imperativo aqui maior que é de facto combater a fome e que ainda existe em muitas regiões do planeta eh e portanto eh mas é preciso lá Estar estávamos a falar e acho que um dos dos dos ouvintes também também referiu isso que é a questão da da da mudança porque uma coisa é ter a tecnologia que permite de facto eh dar acesso à e combater a fome outra coisa é as pessoas quererem adotar essa tecnologia e e aceitarem portanto e esse esse é um mindset que que é muito enfim é é determinante vai ser vai ser determinante um minuto para cada um Elen jos marel bem eu eu acho que há uma coisa que nós nunca podemos esquecer e que é muito relevante é necessário eh para Essas tecnologias todas para isso tudo e para haver calo de cultura é necessário a chamada investigação Fundamental e portanto ter e nas no sistema público no sistema público e privado porque no caso dos Estados Unidos é também assista privado eh na Europa menos investigação fundamental porque ela de alguma forma permite perceber o funcionamento mais profundo do mundo no fundo não é e ajudar a resolver alguns destes destes destes problemas mesmo que aqueles aquelas pessoas que estão a fazer isso e e por exemplo quando estava aqui na na uma das coisas que mudou na Alemanha não não não teve consequências imediatas mas uma das coisas que meou na Alemanha no último século é que e boa parte dos prémios nobis eh antes da segunda guerra mundial eram de origem alemã tinham estudado e universidades alemãs e depois com com o nazismo e a segunda guerra mundial mudaram-se para os Estados Unidos ficaram não se mudaram todos sabemos que lá ficaram alguns muitos de nós viram aquele filme sobre o openheimer e portanto sabem que alguns ficaram lá e alguns muito importantes que até estavam muito avançadas na altura mas nunca mais recuperou essa essa essa capacidade eh e inclusivamente nas áreas de tecnológicas neste momento tem uma percentagem de alunos que já é inferior do Reino Unido quando antes era ao contrário portanto eh E isto é algo que eh não quer dizer que em muitos aspectos não acontece apenas no sistema Universitário começa também eh nas escolas e naquilo que são os estímulos que são Dados e que são Dados nas escolas e não na aquela ideia de que por exemplo a máquina já faz tudo quer dizer porque a máquina pode fazer muita coisa que nós fazíamos antes mas a máquina não tem entre outras coisas e não não sei se algum dia vai a ter algo que muitas vezes tem a ver com aquilo que referi que tem a ver com os sentimentos que é intuição intuição e capacidade de inventar umas coisas com que não quer dizer o princípio da Inteligência Artificial é é é conhecer tudo o que existe para tirar daí conclusões portanto aquilo que não existe a inteligência artificial não chegou lá uhum Helena Olha eu acho que a principal questão é que as pessoas se deixem do tremendismo ou seja diferentes gerações têm vivido enormes alterações do ponto de vista tecnológico e eh é óbvio que provavelmente em muitos momentos se achou que ia ser o fim do mundo mas eh nunca foi o fim do mundo e e portanto Talvez seja melhor percebermos que ou inovamos ou morremos ou então vamos para o reino do botão mas fôssemos todos para o reino do botão o reino do botão deixava de existir portant deixava de ser o reino do bão deixava de ser o reino do botão portanto temos não não é o fim do mundo e não se consegue parar a Inovação e o Paulo Dimas ajudou-nos muito a mostrar este mundo Muito obrigado só acrescentar aqui só só um ponto só para para complementar que é a questão da importância do talento jovem em cência arte social de criar condições para que eh fique em Portugal que vá lá fora que depois regresse não há problema irem lá fora mas tem têm de regressar e estamos a criar condições para issos com bons desafios Como como o Gil referia há pouco com conhecimento e também com condições económicas para para para o alcançar E aí que é o fundamental temos que criar valor económico senão e ficamos nos projetos e não no desenvolvimento económico em geral fica essa mensagem Paul mas muito obrigada um bom dia é o fim do contracorrente vamos continuar aqui na fábrica de unicórnios no Beato em Lisboa a partir das 3 da tarde vamos conhecer projetos tecnológicos que estão a fazer a diferença vamos perceber como se financiam startups e também negócios ligados à Tec até já
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Som baixo.