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Este programa tem o apoio da k [Música] pmg ora Viva o setor que nos vai ocupar neste Episódio é o setor financeiro e vamos fazê-lo com o convidado José Maria Rego ele é head of consumer finance do novo banco e com João patron que é associate Partner da área financeira da k pmg Portugal a cada episódio e olhamos para um setor fundamental da economia eu sou o Paulo Ferreira Este é o GPS gestão pessoas e setores e um podcast do Observador em parceria com a k pmg sejam bem-vindos ambos eh sabem que neste nosso GPS temos aqui três segmentos eh que nos conduzem pelo setor orientam basicamente aqui a nossa conversa um número relevante uma ideia de futuro e um protagonista decisivo Hoje vamos falar de banca concretamente de uma modalidade de crédito que está em Franco crescimento e que tem características muito próprias é de facto ele o protagonista deste deste Episódio Jé Maria Rigo Quem é esse protagonista Olá Paulo Olá João o protagonista é consumer finance ou o financiamento a particulares Hum que é uma modalidade de financiamento que tem estado e em Fran crescimento nos últimos na última década hum é uma modalidade que tem como objetivo ajudar as pessoas eh particulares as famílias eh conseguirem obter financiamento para os seus projetos eh projetos esses que podem ser eh projetos de curto prazo podem ser projetos de longo prazo podem ser podem ser pode ser para adquirir um um uma viatura pode ser para para financiar algum tipo de de obras de remodelação numa casa enfim variadíssimas eh variadíssimos propósitos para para este para esta tipologia de financiamento e que tem estado em Fran crescimento h porque de facto vê-se por parte das famílias das pessoas uma vontade cada vez maior e uma capacidade cada vez maior também de contrair este financiamento e e são várias formas de acordo com a finalidade também não é há o crdito aí que se colocam por exemplo crédito automóvel eh Há o crédito pessoal sem fim determinado a utilização de cartão de crédito al uma vez tudo isso entra aí nessa classificação sim exatamente Nós estamos Nós estamos aqui a falar de essencialmente três tipos de de financiamento temos um financiamento automóvel que é um que se calhar pronto muita gente utiliza para comprar eh comprar os seus carros hh e e que pode ter pode ir até 10 anos de de duração portanto um prazo bastante alargado temos financiamento ao consumo para as Tais projetos que falei há pouco sem finalidade específica podem ser dos mais variados tipos hh aqui para prazos até aos 7 anos habitualmente H também um prazo relativamente alargado h e depois temos também os cartões de crédito financiamento de curto prazo Se quisermos ver para realização de pagamentos pontuais que as pessoas podem ter necessidade Claro João patron Este é um produto com cada vez mais players Isto é cada vez mais protagonistas no mercado oferecê-lo eh sim e diria que sim obviamente os os Players tradicionais portanto aan tradicional H dito isto é um setor que tem sido bastante apetitoso para sobretudo aqui as as chamadas fintec e portanto tem sido um segmento em que essas fintec tem tem entrado com grande força com com soluções eh de certa forma inovadoras não é e portanto obviamente dentro doss dos padrões que que o que que o Zé elencou vemos um conjunto de soluções eh que ou estão acopladas a uma jornada de pagamento ou uma jornada de compra ou o próprio o próprio modalidade de parcelamentos portanto há um conjunto de de soluções que que enfim embora na substância sejam crédito ao consumo e não não divij daquilo que osé lencou na sua forma eh tem alguma inovação associada e portanto daí entrarem eh enfim entidades de de índole de índole tecnológica e que de alguma forma por um lado podem concorrer com osos bancos ou atuarem em simbiose com com com os bancos portanto existem na verdade as as as duas modalidades no no setor Claro quando nós e vemos isso anunciado muitas vezes por lojas de retalho de vários tipos de produtos eletrónica por exemplo aquela oferta de prestações estamos a falar de crédito a consumo quando fazemos em loja sim portanto e enfim na na na gíria do setor chama-se O by Now pay later não é que tem tem tido bastante bastante expressão Ou pelo menos enfim mais visível como como vetor vetor de inovação H embora quer dizer de certa forma os bancos e quer dizer o o Zé obviamente vai diria que vai fazer esse ponto os bancos já ocupam esse espaço e mas diria de uma forma diferente quer dizer os os cartões de crédito já têm soluções de parcelamento que na verdade o bu Now payletter também também também oculpa e na verdade essas soluções estão agora associadas a uma jornada de compra e portanto de facto estas estas fintec h t um tem um papel ou tem um um diria uma vantagem competitiva aou posicionarem na jornada de compra h no no no sentido em que tão na aquisição do cliente e portanto aí de facto e aliás o valor destas companhias está sobretudo aí e não necessariamente no desempenho financeiro porque enfim Muitas delas ainda nem sequer estão a produzir eh desempenho financeiro positivo Mas tem uma aquisição de cliente muito Claro claro é a base de facto da disso João patron continuando ainda comci vamos passar aqui para o nosso número Que número é que escolhe No fundo aqui sobre o o crédito a cons bem na verdade Paulo tenho dois vamos a isso Vamos aos dois Claro portanto H os oito b e agora bi billion T dizer exato 1000 milhões portanto os billion na na na gíria anglo-saxónica e que foi a produção em Portugal dos dos 12 meses fos aem AG portanto de Agosto a agosto não é ou de Setembro a agosto Se quisermos não é 12 meses fos em agosto de 24 foi a produção de crédito ao consumo em Portugal Isto é novo crédito de novo crédito e é um é um é um número Record mas na verdade esse Record tem sido tem vindo a ser e renovado sucessivamente nos últimos tempos e portanto de facto é um é um é um setor que tem uma dinâmica de crescimento muito muito expressiva h e o número aliás surgiu em conversa com com com o Zé que são os 3.5 de pessoas com crédito a consumo Claro de facto dão algum algum enfim algum são é é 70% 70% da da da população ativa em Portugal da população ativa sim se excluímos jovens até aos 18 não é isso É não e estamos aqui a falar de de um número muito muito expressivo e de facto que faz e mostra como esta realidade do do do financiamento às famílias é uma realidade que está entre todos ou seja há um aspeto se calhar pronto de do antigamente em que as pessoas diam ah tinham até algum estigma em em falar deste género de de financiamento porque estava sempre associado um bocadinho à a uma necessidade a uma necessidade ou um bocadinho aquela ideia de ah pessoas está a viver um bocadinho além das suas possibilidades eu acho que hoje em dia o este esta tipologia de financiamento tem muito muitos muitos propósitos tem muitas H tem muitos objetivos eh e as motivações das pessoas que que o fazem muitas vezes não tão pronto já está completamente desenquadrado dessa dessa forma antiga de de pensar ou seja claro que que isso leva-nos também aqui à nossa ideia aqui na nossa matriz e a ideia sobre crédito consumo que é precisamente o estigma que ele tem ainda cai ainda ainda cai muito estigma sobre esta esta forma sim Possivelmente eu acho que acho que cada vez menos e e e são acho que muitas pessoas já perceberam também e há um eh que há também um o crédito o financiamento é uma alavanca das pessoas na sociedade as pessoas usam para comprar uma casa toda a gente usa para comprar uma casa eh usam-no para fazer tem cartões de crédito para fazer pagamentos para usam e podem usá-lo também para outras finalidades e para e e para também ser uma alavanca diferente muita gente que escolhe hoje fazer um financiamento para não ficar descapitalizado o que obviamente Isso não é um um ou seja há que dizer que os financiamentos têm custos e portanto isso uma lo lógica de custo é sempre superior a pagar a pronto não é mas mas pode ser uma uma escolha consciente da da família para obviamente conseguir gerir melhor o seu o seu capital e eu acho que nós vivemos períodos de alguma incerteza e grande transformação inclusivamente e quando não tivemos num mercado de trabalho e em vários em várias dimensões da da vida e portanto é um haver esta opção da pessoa poder H ter um um um um formato de financiamento que não descapitaliza para um determinado projeto acho que é uma mais valia e acho que é uma conquista das nossas socidades porque este género de de financiamento não é um financiamento de mercado desenvolvido Ok Isto é um financiamento de de de país desenvolvido tem um sistema de pagamentos em que tem uma população estável em termos de emprego e de rendimentos e para aí fora Claro tem formação ou seja há informação sobre as pessoas h e que pronto que é possível Depois aos agentes aos bancos e às e e aos agentes de de de crédito conseguirem fazer conseguirem analisar não conseguirem ter informação sobre sobre P fazer rating de alguma forma Claro exatamente fazer essa essa análise e João patrone e a questão aqui não é tanto eh a utilização do crédito mas a forma como se utiliza como é evidente não é eh portanto há formas mais responsáveis e menos responsáveis Se quisermos não é portanto há aqui uma série de informação e de forma de literacia se quisermos Como José Maria Rego acaba de dizer que também é importante não é sim claro aliás isso depois acaba por por por rondar depois num debate mais mais lado podíamos estar aqui baio das horas a disistir literacia financeira h e E aí de facto até há um papel importante dos dos dos reguladores e dos e dos supervisores não só no papel da literacia mas também enfim em em em em promover uma Enfim uma gestão sã do do do do setor e aliás esses esses diria excessos hoje em dia estão de certa forma h enfim controlados pelo pelo ambiente pelo ambiente de de supervisão h a forma de facto quer dizer e pegando um bocado no que o Zé dizia h e e pegando no tema do estigma eh quer dizer nós hoje temos financiamento crito ao consumo para adquirir painéis escolares e quer dizer porque não não é é investimento não é ex nem sequer faz sentido comprar sem ser através de financiamento em muitos casos Porque é tão acessível e é tão bem estruturado que que é uma mais valia fazer o s sim quer dizer dando um passo atrás se calhar mais Macro nãoé o o crédito não é mais do que uma um Enfim uma ferramenta de suavização do padrão de consumo só que isto obviamente é mais Óbvio Quando pensamos no crédito habitação porque enfim porque suavizamos esse padrão de consumo ao longo de 30 a 40 anos não é e quando passamos Quando pensamos no no crédito ao consumo pensamos na televisão não é hh mas mas de facto é muito mais vasto que isso e e em muitas modalidades aliás destas novas às vezes nem sequer acarreta juros portanto muitas destes players no no no B Now pay later e nem sequer comportam juros e portanto nem de facto não é um tema de de acréscimo e do do do custo do bem ou do serviço que é adquirido na verdade é é de facto é um é um argumento de de suavização do padrão de consumo para para no fundo para auxiliar uma família no seu planeamento financeiro não é claro eh o o que é que h a prevenir aqui é um setor muito regulado este José Maria reggo não é o banco de Portugal aliás define taxas máximas para cada tipo de de crédito Este não é sim é um setor muito regulado e e e acho que faz sentido que o seja não é portanto Isto é é um setor regulado tem taxas máximas tem tem eh padrões de de Conduta bastante bem definidos padrões de comunicação bastante bem definidos aquilo que se pode dizer ou não se pode dizer eh como é que se pode fazer marketing enfim e e e e é importante que assim o seja não é porque falamos aqui de facto de um tipicamente de instituições grandes não é bancos que que estão a a a fornecer a disponibilizar crédito a a pessoas não é portanto há aqui um uma certa uma certa assimetria de de de tamanho de dimensão e isso é importante que seja regulada essa essa relação e e e pronto e é uma e temos agora já há muitos anos que é regulado em Portugal de forma bastante H bastante ativa vai agora ser ainda mais regulado a nível europeu eh vai haver uma um um processo de homogeneização de de de regulação a nível europeu eh também para incluir temas como o b later que que vão vai como João estava a dizer eh nos últimos anos passaram um bocadinho entre os pingos da chuva aqui ou ali eh na Esfera da regulação e agora vai haver uma maior eh clarificação sobre essa sobre essa matéria O que é o que é positivo não é positivo para para para o para o consumidor primeiro é positivo para h depois para o ecossistema de concorrência não é porque isso é sempre um aspecto que também é importante ter ter em consideração hum João patr esta estas regras que vê da comissão europeia basicamente genericamente sem traem muitos tecnicismos o vão nos criar que uma melhor simetria entre os vários players sim ou seja h de facto estes players de est ftech falamos há pouco crédito no no ponto no ponto de venda de do produto bater exat vai é um movimento que vai normalizar as regras do jogo basicamente portanto as regras é que o setor financeiro tradicional estava sujeito a passam a ser em grande medida aplicáveis também também estes estes players que E agora se calhar Divindo um bocado do que o José dizia Isto é bom para todos menos precisamente para estes players porque de facto vão deixar de ter essa vantagem porque tinha um um um peso e de de supervisão que era menor e portanto isso obviamente depois reflete-se na na estrutura de custo destas empresas estas empresas agora vão ter que vão ter que fazer Face a um a ambiente regulatório diferente e e mais exigente o que lhes coloca um enfim um um um tema de diria de de sobrevivência n algumas delas porque muitas vezes tem custos não é criar uma estrutura para responder à supervisão exatamente e portanto de certa forma muitas destas destas destas empresas viviam de um aquisição de cliente em grande massa e está-se refletindo nas nas nas avaliações quando elas são transacionadas mas quando se olha para para desempenho financeiro ainda não ainda não ainda não está lá não é e portanto agora vai pôr de certa forma um um o setor num encruzilhada que é Ok eh estas empresas que viviam neste ambiente agora vão ter que um ou acupulse outro outro conjunto de serviços que que podem ser enfim contigos ao crédito ao consumo porque adquirem muito cliente mas eh já não vai margem de alguma maneira a margem vai ser vai ser vai ser estreitada e portanto vão ter que vão ter que diversificar de alguma forma ou por outro lado podem ser por is simplesmente adquiridas por alguém que já tenha serviços eh eh enfim complementares ao crédito a consumo e traz a um motor de de de aquisição de cliente e ou por isso simplesmente eh enfim eh muitas destas fintec também quer dizer isto é um ambiente Startup ficar pelo caminho o bop later o modelo de negócio bop later é essencialmente o modelo de aquisição de clientes e de fidelização de clientes ou seja não está aqui em causa um modelo de crédito Ok portanto não há negócio de crédito no bop letter sim em escala eh e a quisição de clientes não vem ass mesmo pronto exatamente tem que ter um fim não é e o fim da aquisição de clientes e obviamente depois ser possível ou ao ao ao ao prestador de serviço de de bal pator ou à empresa que está associada não é que está a vender o produto conseguir ter aqui alguma mais valia quer seja de fidelização quer seja de e pronto e essa fidelização resulta em mais vendas e portanto Esse é um grande desafio do deste desta deste novo modelo de de de pagamento barra financiamento não é porque os dois mundos juntam-se e e e é um que eh tem M forte concorrência não é porque nós hoje em dia já conseguimos parcelar com cartões de crédito e portanto há aqui de facto um um um modelo de negócio que está a ser levado a cabo por algumas empresas não são muitas a nível Mundial que levam este modelo de negócio à frente hh e que vamos ver como é que as coisas agora assentam há um aproximar há um grande um aproximar significativo entre os mundo fintec e o mundo da banca eh uma convergência natural não é é uma convergência natural e acho que este é mais um um exemplo desse mesmo Sim muito bem ideias finais neste GPS aqui dedicado ao setor financeiro sobretudo ao crédito ao consumo e José Maria reg João patron obrigado pambos por terem estado aqui a partilhar a vossa experiência o vosso conhecimento sobre esta área fundamental nós ficamos aqui neste Episódio Voltaremos brevemente com novo tema novo setor e novo convidado até [Música] lá AM