🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
euranet bem-vindos então ao casa comum nosso espaço de análise da atualidade nacional e europeia sempre à quarta-feira neste espaço bem-vindos Mariana Vera da Silva e Duardo Pacheco Duardo Pacheco está connosco de forma remota Mariana começa por si nestas votações na especialidade do orçamento de estado dos pontos tem a ver com os salários dos políticos o fim do corte de 5% dos salários de políticos e gestores públicos ora esta proposta foi apresentada eh pelo PSD eh com efeitos imediatos eh o PS apresentou a mesma medida e mas apenas a mandatos futuros à data da entrada em vigor da Lei eh independentemente do enfim da forma ou deste pormenor eh porque é que se justifica neste momento acabar com o corte do salário dos políticos bom muito muito boa tarde são são 13 anos h de um corte salarial h e Julgo que era importante que o país deixasse de ter quaisquer cortes salariais na sequência da crise financeira o momento já é o outro o país tem os seus desafios H mas sabemos que também pela forma como a nossa lei tá construída e as equivalências que depois existem era importante H acabar com este com este corte e e dar esse sinal também numa altura de crescentes populismos que era possível um grande número de partidos na Assembleia da República acordar acabar com este corte não é o primeiro ano que esta tentativa eh existe e é importante julgo eu que possa concretizar-se é é preciso termos em atenção que Portugal quando comparado com muitos outros países aquele que ganha um primeiro-ministro um ministro com os países eh no nosso espaço europeu tem salários eh muito baixos isso é particularmente eh significativo nas câmaras municipais nós temos cada vez mais respons idades nas câmaras municipais com a transferência de competências e salários na maioria das câmaras muito abaixo daquilo que me parece ser H um salário equivalente à responsabilidade que aquelas pessoas que aceitam ser presidentes de câmara e presidentes de junta medida antiopa julo que é importante ser ainda possível em Portugal o PSD e o PS pelo menos chegarem a acordo numa medida deste tipo acho que é um bom sinal não vai aar os populismos Esse é sempre a dúvida que que existe Quando temos os populismos sentados à mesa e por isso acho muito relevante o o a coragem e o passo para se dar nós já vivemos numa altura em que todos os portugueses tinham cortes nos salários e nas pensões sucessivamente foram sendo levantados até que mesmo o pessoal que trabalha nos gabinetes na Assembleia da República Também deixou de ter restavam estes e eu acho que é um passo importante H 13 anos depois 14 anos depois da aprovação dos primeiros cortes salarios o país ultrapassar de forma definitiva a troica neste Campo dos salários Pacheco eu penso que em programas anteriores já uma ou duas vezes falou sobre esta questão do salário dos políticos Este era o sinal que esperava uma boa tarde a todos sim eu só tenho aqui uma questão é que eu acho que este corte este fim deste corte só vem tarde mas mais tarde do que nunca Como dizia Marian há poucos anos eh chegou praticamente a um acordo entre o Dr António C e o Dr Rui Rio para se avançar nesta e tem toda a racionalidade pelos dois argumentos que a Mariana apontou e em primeiro lugar porque e esse esse era um corte específico para agentes políticos A somar todos os outros cortes que osados portugueses tinham ou seja se as pessoas tiver um corte de 10% um cor 10% mais 5% em cino e entretanto felizmente e estamos hoje numa situação financeira completamente diferente terminamos aquela que foi eh o o programa de reajuste financeiro e e sucessivos governos foram terminando e repondo a situação que estava eh inicialmente da questão dos fiados a questão do do corte das pensões na prão no corte eh nos salários e ficou este eu acho que até se tivesse sido em conjunto com os outros tinha passado de uma forma muito mais clara quer dizer olha acabamos com todos ponto e mas na altura não houve coragem houve agora ainda bem e em segundo lugar porque e de facto os salários e não são bons aquilo que estava a dizer a Mariana eu já tive duas negas agora no processo autárquico falei com o médico é o meu médico pessal gostava que você viesse e competir para nas exões autárquica se ele rse e diz tens a percepção Eu numa semana aqui no consultório recebo mais do que se for para a câmara mas acho que eu vou degradar a qualidade de vida da minha família pela política de igual modo uma outra pessoa que a convidei disse eu sou diretora financeira de uma empresa ganho o dobro daquilo que ganharia comia agora não estou disponível para abandonar a minha vida profissional e para ir ganhar metade daquilo que eu ganho hoje são casos Concretos e depois deixando-nos que as pessoas que são na política nem sempre são aqueles que que todos nós gostaríamos de ter e pois não mas se nós não somos disponíveis para lhe pagar em troc o populismo porque os movimentos populistas acham que vives até trabalhar de graça e ser esados todos os dias de manhã aou pequeno almoço e assim talvez as coisas tivessem já ficar já já estariam satisfeitos mas como felizmente não é essa o estado da arte porque esses partidos não governam o país é bom que quem tem e capacidade para se entender e para gerir resolve estes problemas como é o caso agora entre os dois principais partidos já agora no segundo tema há quem queira ir para cargos políticos e públicos que é o caso de ser ou não candidato à presidência da república Este é um tema que globalmente quando não se quer eventualmente dar uma opinião Ou acha que não é o momento diz-se que é não é o momento enfim mas a verdade é que o tema está em cima da mesa e e nomeadamente tomamos nota nos últimos dias da disponibilidade Ou pelo menos a sinalização nesse nesse sentido de António José seguro e no campo do digamos socialista eh sabemos também que há outros nomes nessa área e no campo social-democrata temos Marcos Mendes a prometer uma resposta eh em breve e sobretudo o Almirante gve Melo que eh vai dando todos os sinais de que vai avançar com uma candidatura eh presidencial Mariana Vera da Silva vou direito ao assunto deste ponto vista em relação ao seu espaço político o secretário-geral do PS diz que o partido vai ter e vai apoiar um candidato neste momento há aqui um militante chamado António José seguro que Aliás estava numa lista que o o líder socialista avançou Penso que em agosto deste ano eh qual é o problema em apoiar António José segund bom eh objetivamente é cedo e é cedo porquê é cedo primeiro porque o país ainda trar umas eleições ainda com muitos candidatos por representar e por isso ainda há um um espaço que nos distancia das próximas eleições presidenciais E também porque me parece que os partidos devem começar por pensar eh que perfis de presidentes da República é que o país precisará para os próximos tempos nós vivemos um período particularmente tenso na no mundo e Julgo que devemos partir sempre do princípio que H um partido político cabe E aí estou totalmente de acordo com com o secretário-geral do meu partido apoiar um candidato o partido socialista nem nem sempre tem conseguido fazê-lo mas um candidato que parte também do partido socialista e possa alargar a sua a sua esfera mas teve militantes partidários nas últimas presidenciais e nas duas últimas aliás C mas para termos para escolhermos um candidato para para o partido socialista a apoiar nós não devemos precipitar as decisões nem deixar e que as decisões se tomem S estava na lista do secretário geral o secretário geral também disse nessa entrevista agora não citou que está arrependido de ter começado a falar comer os erros mas como mas nomeou e Certo certo e eu acho que é cedo é cedo para falarmos de nomes eh precisamos de perceber também que candidatos É que são umas eleições diferentes não é São umas eleições em que a candidatura em princípio parte de cada um dos cidadãos e o partido socialista para decidir quem é que apoia deve saber eh um pouco mais do que nós sabemos hoje sobre quem são os potenciais candidados foi o que aconteceu em presidenciais anteriores e e não correu particularmente bem porque depois tínhamos muitos candidatos e o partido socialista dividiu-se para conseguir algo mais ou seja ter um candidato que o partido socialista apoia essa decisão deve ser ponderada e Eh é bom que existam pessoas disponíveis para ser candidatos É Preciso Saber se há mais para depois o partido socialista poder escolher no fundo do candidato não corre o risco de haver mais do que um na área socialista para e e voltar à fratura que impediu o apoio a candidatura estou-me lembrar de Maria de Blan certo mas isso não se evita eh um ano e tal antes apoiando o candidato pelo contrário evita-se deixando o tempo correr ver que candidatos estão disponíveis não sei mas é é a nossa capacidade de estar sempre anticipar as eleições seguintes e est e estas nem sequer são as eleições seguintes acho que temos tempo quer à esquerda quer à direita e é muito importante termos presente que estas são eleições difíceis teremos provavelmente a primeira retura geracional digamos assim H em matéria de eleições com a geração dos fundadores da nossa Democracia é o mais provável é que estas sejam as eleições que do ponto de vista das presidenciais H nas legislativas isso já aconteceu tinha estejamos perante essa essa rotura geracional e é importante perceber quem é que os partidos têm Para apoiar quem é que Avança mas julo que é cedo o meu ponto principal é que para uma candidatura vencedora Isto é verdade para o partido socialista mas na verdade também é verdade à direita é preciso que essa candidatura alargue para além do espaço de cada um desses partidos e essa é a escolha que nós temos que fazer uarto Pacheco Aparentemente o Almirante goveia Melo procura capitalizar ganhar alguma força exatamente neste espaço para além dos partidos o que Aliás está em linha com algumas reflexões de eleições noutros países onde nem sempre tudo está nas mãos de um partido ou de uma fileira partidária desse ponto de vista até onde é que o PSD vai esperar por exemplo para que Marcos Mendes anuncie a sua candidatura em primeiro lugar fazer esta referencia precisamente uma candidatura pessoal e e os últimos três presidentes da república avançaram por si e depois é que tiveram o apoio dos partidos os partidos não andaram lhes a bater à porta a combinar qual era o melhor momento para eles apresentar a candidatura no caso do Dr Jorge Sampaio do Professor cavac Silva ou do do professor Marcel ruel de Sousa isto é uma candidatura pessoal o que não significa que essa candidatura depois até V até ao fim e professa que militante a b ou c o PS ou PS torna público que tem intenção de concorrer depois vai ver se tem apoios que lhe permitam fazer um uma uma campanha com com capacidade de ter um resultado satisfatório pode vencer se fegar a meio do processo di os apoios que eu tinha pensado não se estão a reunir eu retiro a minha candidatura isso nos Estados Unidos acontece isso não tem acontecido em Portugal Eduardo Pacheco aliás há aqui um risco à direita Não há aqui um risco à direita e de eventualmente o Almirante GV Mel se impor por exemplo no espaço centro direita que um militante do partido como como deseja Luís Montenegro eu não sei se o Duardo Pacheco deseja o militante do partido ou não mas que possa ocupar esse risco existe existe quer para a área socialista quer para a área para a área do PSD por uma razão muito simples Eh agora quant a mim fal mas quer dizer as pessoas estão cansadas daquilo que é a vida partidária o o cidadão em geral e quando aparece alguém que aparece fora dos partidos acaba por ter um apoio eh mais forte quer dizer po podemos considerar que é não é justo mas a vida é o que é não não é aquilo que nó desjar admite admite que o PSD pode vir a apoiar gov ml não eu não disse isso eu disse não estou a perguntar eh bem numa segunda volta logo logo saveria agora numa primeira volta já D temos sinais que haverá candidatos eh do PSD de da área do PSD que se vão apresentar a cidades da área do PSD que vão apresentar é natural que o apoio Vá para uma dessas pessoas se se depois chegarmos uma segunda volta em que nenhum desses despa teré que ser analisadas as as possibilidades estão em cima da mesa dar o exemplo de aquilo que acontece nas eleições autárquicas em que vemos os movimentos de cidadãos que muitas vezes até São pessoas que fizeram a vida nos partidos e que por qualquer motivo se se chatearam aparecem como movimento de cidadãos independentes e que cresce a sua popularidade porque dizem olha vocês é batem aos partidos a este capital de desconfiança com os partidos políticos que o o o Almirante goel pode tentar segurar como fez Aliás o Dr Fernando Nobre há uns anos atrás para foi candidato presidencial e com um excelente resultado para ele só num minuto para amos em relação ao Mirante com v Mel não é uma personalidade qualquer porque está no ativo é tem um cargo importante na estrutura militar e isso é relevante desse ponto de vista Mariana veira da Silva acha que gov Melo como chefe da armada tem tido uma conduta irrepreensível n na gestão da seu próprio timing político bom eu eu relativamente às decisões futuras a unnica coisa que sei é o que é o que vem nos jornais que vem nos jornais não sei se houve alguma comunicação com o governo e portanto não não a posso comentar obviamente eh por motivos evidentes trabalhei muito perto com com a almeirante com veel no no período da pandemia e no processo de vacinação e por isso não não posso deixar de reconhecer o mérito e as competências que que demonstrou agora o a candidatura a presidente da república e e é por isso que não é bom nós anteciparmos muito estas estas conversas implicam um compromisso mais alargado sobre muitas áreas em que nós objetivamente não não conhecemos o posicionamento nem o pensamento do do do do almirando gouveio Melo h não lhe conhece esse pensamento não sobre outras áreas não acho que ninguém que eu saiba ninguém eh eu eu mesmo tendo tido o privilégio de ter esse trabalho muito próximo e e portanto nós a estava a ouvir o Eduardo Pacheco É verdade que às vezes as personalidades dos partidos têm esta crítica mas também porque os partidos raras vezes tentam ter personalidades que possam Ir Além do seu espaço partidário e esse esse é que eu acho que é o desafio principal que para o meu partido que que é aquele de poss teve essa experiência que é aquele de que posso falar certo mas em invés como compartimentar em vez de compartimentar alargar Esse é o compromisso e esse é o objetivo e é para isso que precisamos do tempo para que o a direção Nacional do partido socialista possa fazer o seu trabalho e as suas escolh no minuto ardo Pacheco acha que o Almirante covel tem gerido bem Esta dupla condição de ser o chefe Militar no ativo e ter eventualmente este cenário em cima da mesa a curto prazo e ele não vai tomar posição sobre esta matéria e não o deve fazer enquanto estiver em funções e a seguir se não tiver nes funções de passar à reserva é um cidadão como outro qualquer e e a favor e contra a favor o facto de e o al Mel não pode ser e descartado pelo facto ter uma experiência profissional ligada ao exército ou neste caso à Marinha às Forças Armadas eh por exemp as pessoas têm uma vida profissional as pessoas não caem do céu nem nem aparecem ali completamente virgens as pessoas quando aparecem ou tiver uma carreira Empresarial ou uma carreira académica uma carreira militar é a vida não podem difundir as coisas no momento em que assume essa esse desafio deixa-me só perguntar-lhe uma coisa preferia que o PSD se antecipasse eventualmente à apresentação do Dr do Almirante que ve Melo Por uma questão da conversa daquilo que estávamos a falar antes nesta nossa conversa permita não é o PSD que se anticipe ou o candidato na área do PSD isso mesmo os candidatos da área porque o só é apresentado só o Partido Comunista português é que re o seu comité central e se sabe que a partir daquele dia o militante X é o candidato do PCP não é o nosso caso e portanto aquilo que agora se se me perguntar se o candidato do PSD devia aparecer antes dessa decisão do o senhor Almirante Acho que sim e era era fantasioso para para a democracia e para o posicionamento depois do próprio partido social democar finalmente deixa só dizer em relação ao senal direo eu subscr t inteiro que disse a Mariana há pouco que é a falta de pamento polí não é pelo f mililitar porque isso cada um tem a sua vida para trás é o que é que ele pensa sobre todas as matérias relevantes nomeadamente sobre a geoestratégia mas sobre a união europeia sobre o relacionamento com os países portuguesa eh é matéria Senor Presidente da República vai é sempre chamado a a tomar posição e eh até pelo resguardo carreira militar exige Nós não sabemos o seu pensamento e isso é é algo que não é bom para quem quer ser presidente vamos ao tema europeu desta semana cop 29 terminou em baku com muitas contestações relacionadas com o financiamento previsto para os países mais pobres a cimeira esteve praticamente a colapsar eh deste ponto de vista mas acabou por Ser aprovada uma resolução que permite um financiamento anual da ordems 300.000 milhões de dólares para os países mais pobres até 2035 seja como for o processo sai mais uma vez chamuscado do ponto de vista do multilateralismo uma vez que há muito tempo que se neste âmbito das conversas das conferências climáticas se fala de uma certa falência do processo negocial o que nos leva também à questão relacionada com o próprio multilateralismo porque com trump na Casa Branca as coisas podem ser um pouco diferentes no quadro da ONU Mas uma coisa de cada vez Mariana para onde é que vai a sua reflexão pós cop 29 bom eh exatamente como aqui tínhamos antecipado ou Infelizmente como aqui tínhamos antecipado e tudo aquilo que se podia espar daquela que era apelidada como a cop dedicada ao financiamento destas políticas ficou muito a quem e dos objetivos é evidente que é bom apesar de tudo ter sido possível fazer um acordo e ter algo de que partir mas nós estamos numa situação muito difícil porque h o tempo vai ficando cada vez mais curto e o aquecimento cada vez mais acelerado e e a falta de compromisso dos diferentes países com o processo principalmente com o processo dos países em vias de desenvolvimento e ou é é é muito preocupante eu tinha aqui citado como exemplo aquilo que Portugal fez quer com São Tomé quer com Cabo Verde H uma troca de perdão de dívida com investimentos nesta área e Julgo que olharmos para este tema da dívida dos países e mais pobres é mesmo um dos instrumentos que apesar de tudo temos quer bilateral quer multilateralmente para poder fazer Face aos desafios o mundo depois de Janeiro com a tomada de posse de de Donald trump tende a ser mais assustador no que diz respeito à capacidade destas discussões multilaterais E para isso é muito muito importante que a União Europeia ocupe o seu espaço lidere estas dimensões da política e utilize a sua força e a capacidade que ainda tem de tomar decisões coletivas para poder eh especialmente junto dos partidos dos países eh por exemplo com dívidas eh externas elevadas poder fazer um caminho também nesta área ambiental não foi eh aquilo que o mundo precisava esta cop 29 h e sabemos que esta não é a agenda de Donald trump e isso dá uma responsabilidade acrescida à União Europeia já vamos aí aí e a questão europeia duard Pari com a mesma questão deste ponto de vista como é que olhou para os resultados da simeira do clima pessoas tentar ser um bocadinho mais otimista foi alcançado um acordo isso é positivo o que é que estaríamos a dizer hoje aqui se nem este acordo dos mínimos olímpicos tivesse sido alcançado e 300.000 milhões é muito é muito agora é suficiente não não não é e portanto é pr isso continuar a trabalhar para reforçar este aquilo que se alcançou agora em Acre que as alterações climáticas vão ciz porque não é só o financiamento mas é todo um conjunto de políticas nomeadamente relacionadas com as com as fontes de energia que têm que ser alteradas eia muito abertura de alguns países para o fazer e portanto isso obrigará a uma ação concreta finalmente e há aqui um problema com o multilateralismo quer dizer nós entendemos sempre que multilateralismo é muito melhor do que uma ausência desse tipo de campo de negocial porque se passaros para o bilateral quem tem o poder impõe sempre as suas as suas razões a sua vontade ao parceiro do lado que seja mais frago no campo multilateral estamos todos à volta da mesa e portanto essa questão de força já é es batida pelo facto de não estar um parceiro do outro lado poderem estar 10 ou 20 com coincidência de pontos de vista Ora bem multilateralismo Tem estado em crise ver se isso que não conseguimos com as organizações internacionais pôr um fim aos conflitos que nós estamos a viver seja no Sudão seja no Yen seja eh no sael seja naem Israel ou seja no Ucrânia e e por outro lado quando vamos ter uma administração americana que já reafirmou que volta e a fazer com que os Estados Unidos se retire daquilo que são os compromissos do acordo de Paris para ir em frente porque não acredito n alterações climáticas eh quer dizer Ficamos um bocado eh estressados porque eh são os nossos filhos que vão eh pagar isto tudo um eh uma segunda Ronda rápida a Mariana veira da Silva a união europeia eh deve avançar mas a união europeia tem estado sempre na primeira linha da questão climática a questão agora é que vai ficar sozinha deste ponto de vista eh o que o que acrescenta as responsabilidades que tem nós não não temos uma ingenuidade eh Talvez mas não repare não há grandes alternativas e perante eh aquilo que nós esperamos que venha a ser a atitude do Donald trump porque também em bom Rigor em bom Rigor uma das dimensões mais preocupantes é a forma como isso é bastante imprevisível a União Europeia movimenta-se no espaço eh do mundo global e tem que assumir eh esse papel de liderança deste dossiê ninguém mais eh o fará na nossa vez mas é mais um porque se juntarmos isto à questão da Ucrânia eventualmente aquilo que vai ser debatido sobre a questão da Nato também a a união europeia começa a ficar relativamente sozinha deste ponto de vista pois mas às vezes cabe e a necessidade de liderar e a necessidade de ter criatividade nessa liderança e neste momento é isso que se espera da União Europeia assim seja possível E também não temos sinais muito positivos nessa matéria que continua a ser possível chegar a acordos dentro da da da União Europeia nós eh apesar de toda a crise do multilateralismo não nos podemos esquecer que do ponto de vista da capacidade de colocar temas na agenda de fazer os alertas é às Organizações e nomeadamente às Nações Unidas que nós temos eh ido eh procurar algum conforto e avanço nos temas e isso Continuará a ser foi Bom Termos este acordo só porque não tendo não teríamos por onde começar é preciso perceber que este esta verba não chega para o caminho que o mundo precisa de fazer e por isso cabe agora H aos países da União Europeia liderar mais uma vez este caminho Eduardo Pacheco a mesma questão eu estava a entrar aqui pela questão da Nato mas eu penso que podemos falar voltar a falar sobre este assunto que já falamos várias vezes mais à frente mas a verdade é que a União Europeia começa a ter aqui uma outra vez um conjunto de pesos na na sua agenda Global apesar de por exemplo António Costa que vai começar a 1 de dezembro a seu mandato ter quer ter eh um uma um conselho europeu com mensagens fortes por cada uma das reuniões ou seja e não haver uma espécie de lista enorme de problemas para resolver mas iso é outra questão Eduardo Pacheco deste ponto de vista a união europeia não fica com carga a mais não precisa de encontrar novos parceiros por exemplo primeira coisa dar desejar as melhores felicidades ao Dr António Costa dado que finalmente se inicia eh segundo eu eu estou aqui Estou aqui um pouco mais pessimista que que a Mariana porque eu concordo interamente a união europeia tem que assumir as suas responsabilidades e estando praticamente sem que parceiros nesta área essa responsabilidade aumenta esse desafio aumenta e e isso é nestes momentos que se vai ver capacidade de liderança porque se as pessoas perante um grande desafio se cardam limitam-se a ser bons gestores do momento se perante um grande desafio crescem são verdadeiros líderes e eu Deus queira que a União Europeia tenha pessoas a esta à sua frente com esta envergadura porque se liderarem este processo e se as pessoas perceberem o resto dos outros parceiros se perceberem que nós estamos não vamos vacilar que vamos em frente e que sabemos o que queremos será fácil encontrar outros parceiros no entanto temos aqui uma questão que já repetidamente aqui falamos que é a ausência de voz única na União Europeia e E eu aí é que eu tenho é onde eu sou mais pessimista porque eu tenho o receio seja quer dizer a união europeia para chegar à acordo dá cada vez chegando um acordo de mínimos muito mínimos eh e e e isso significa que nó deixamos de ter capacidade de liderar porque se as pessoas perceberem que nós queremos liderar um processo mas que para ir a uma velocidade de 2 km/h a vez daquilo que seria desejável e as pessoas os outros parceiros Como dizia deixam de confiar que aqui têm um porto e um companheiro de de viagem não não não não irão tentar e aquilo que nós temos vivido nos últimos anos com alguns líderes europeus ac as posições eh per si independentemente daquilo que se acorde eh não me dá eh grande otimismo para o futuro é um tema que certamente Voltaremos sen Não mesmo já na próxima semana encontramo-nos na próxima quarta-feira euranet Plus