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bem-vindos ao hora da verdade a nossa convidada desta semana é Ana Isabel valente que desde agosto é presidente da Comissão Nacional de promoção dos direitos e proteção das Crianças licenciada em Direito era anteriormente vereadora do PS na Câmara Municipal de Cintra entre 2013 e 2015 foi também chefe de gabinete do secretário de estado do emprego eu sou a Ana Catarina André e comigo está a jornalista do público Ana Dias Cordeiro Obrigada desde já por ter tado o convite para esta entrevista eh tomou posse como presidente da comissão nacional H em agosto nestes 3S meses e pouco como é que tem sido o seu contacto com as comissões de proteção no terreno Olha bem nós temos feito eu tenho tenho feito tenho ido apresentar às comissões às comissões de de proteção nadamente através de encontros regionais Aproveitei Os encontros regionais que são feitos regularmente eh pela pela comissão nacional em que estão presentes as todos os presidentes e secretários das das comissões de proteção de crianças e jovens daquelas área daquela área geográfica eh tenho de referir que ainda falta a região Centro mas porque isto tem sido tem sido uns meses muito intensos em termos de trabalho ainda não houve oportunidade de conjugar eh calendários para se poder fazer o encontro enro o encontro regional do centro mas até agora está também marcado é o também o que falta o da madeira que será para próxima para o próximo mês no meio de Dezembro também estará também estarei na madeira no encontro Regional E é assim que me Tenho vindo a apresentar às comissões de proteção muito embora o meu telefone e o meu e-mail está sempre disponível para eles naturalmente e seria importante também visitar as comissões locais uma uma eh poderá ser se eventualmente acharem que que devo que devo lá ir e estarei estarei naturalmente sempre disposta a fazê-lo até para ver porque umas Têm umas condições de trabalho melhores outras têm outras condições uma das condições de trabalho piores no entanto os os Comissários e que exercem as funções de Presidente e de de secretário também me têm dado essa nota do que é que preciso do que deixam de precisar nas eh no nos seus nos seus loca nos locais das suas em cada uma das suas comissões nestes encontros regionais portanto para já e repar são as as comissões de proteção são 313 pelo país e naturalmente que é um bocadinho complicado estar a ir a todas demora pelo menos um ano pelo momentos disse recentemente que o número de sinalizações tem vindo a aumentar de que aumento é que estamos a falar exatamente Ora bem eh os aumentos os aumentos das sinalizações e têm estado em entre 2% 3% depende também da situação de perigo que estamos a que estamos a a a falar eh porque há várias tipologias de de situações de situações perigo que aliás estão estão previstas na lei e eh e de facto tem-se vindo a verificar algum aumento no entanto esse aumento pode ter várias pode ter vários motivos várias razões não sabemos exatamente se corresponde a um aumento real ou se corresponde a uma maior consciencialização das pessoas em sinaliz em sinalizar as situações de perigo reparo por exemplo aqui há uns anos se uma pessoa visse qualquer pessoa visse um pai ou uma mãe a agredir um uma criança se calhar desvalorizava essa situação porque também uma questão cultural os meninos precisam de não é um palmadas protetoras não S não é não é dessas que estou a falar alguns toques eh protetores não mas e se se viam alguém um pai ou uma mãe eh a bater com alguma violência numa criança eh desvalorizavam e não sinalizavam hoje em dia sinalizam há mais essa consciencialização de resto também a primeira linha com responsabilidade na em crianças e jovens em matéria de crianças e jovens como sendo as escolas os hospitais as forças de segurança a própria comunidade as pessoas que nos municípios trabalham nomeadamente na ação social e que eh têm noutras funções têm acesso e têm conhecimento de determinados casos as pessoas sinalizam e e isso é positivo essa sinalização Às vezes o aumento pode não corresponder a uma coisa má pode corresponder a uma consciencialização uma maior consciencialização das pessoas relativamente aos direitos humanos e em particular aos direitos das crianças e é uma coisa positiva não temos no entanto a forma realmente de saber e de provar se corresponde a uma maior constitucionalização ou de facto a um agravamento ou uma maior uma um aumento real da situação de perigo isso não temos forma de provar quais são e só aqui ainda relativamente à ação social e às sinalizações Tem havido famílias sinalizadas às comissões eh não por colocarem os pais colocarem em perigo asos seus filhos mas porque perderam a casa ah e são enfim normalmente são sinalizadas e as cpcj consoante e o o tratamento que dão abre um processo por negligência Ora bem isto não é bem uma negligência da família como é que se resolve este problema bem esse esse problema também tem de ser resolvido num contexto mais alargado e também juntamente com os os municípios são muito importantes nesta em toda esta matéria por causa da proximidade que têm com os casos e repar que aí não é só a criança que está em perigo é toda a família é todo o contexto familiar que que que estará em perigo porque não tem habitação o problema da Habitação é realmente um problema que nos têm também de convocar a todos e é um problema grave que temos no nosso país eu conheço várias situações eh de pessoas que realmente ficaram sem casa e que estão com os filhos a a viver na rua aquilo que muitas vezes víamos naqueles filmes americanos viver no carro com as crianças eh neste momento parece que que deixa de ser não que que H também não é ficção eh mas de facto H Isso é uma questão que também tem de ser resolvida não só para e para proteger a criança a nossa no caso das cpcj as cpcj o seu papel é a proteção da criança mas tem de ser também conjugado também com o município de forma a arranjar uma solução para aquelas famílias mas há o risco das Crianças serem retiradas à família Se estiverem a viver na rua sim pode haver pode haver eu não tenho conhecimento de todos doos casos e também não queria falar casos eh de casos particulares até porque as cpcj têm autonomia relativamente a essa aos casos na a comissão nacional eh faz auditorias às às às cpcj mas não relativamente aos casos é só o seu funcionamento se funcionam com todas as pessoas com todos os membros que estão que está previsto na lei se se fazem é essencialmente é eh São auditorias ao funcionamento e à organização das cpcj n aos casos nós não auditamos casos Ministério Público é que faz inspeção aos casos nós não cois e por isso as cpcj têm avaliam fazem o diagnóstico e veem se realmente é uma situação limite que têm de tirar ou se e eh ou ou se têm de encontrar outras formas para resolver o problema todo da família eu também tenho que dizer que a maior parte dos casos são resolvidos em meio natural de vida maior parte dos casos de perigo pelas cpcj são em meio natural de vida ou seja são junto da família seja ela uma família família restrita ou família alargada eh e só quando não é possível é que vamos para as questões de acolhimento familiar Ou Residencial só ainda ainda às sinalizações H Quais são as situações mais comuns de risco há pouco quando falava deste aumento de 2 a 3% referia que havia aqui uma diferença sim as mais comuns é negligência eh que também e absentismo escolar negligência maus tratos e violência doméstica são as mais com mas põe-se a possibilidade desse aumento na negligência também se dever a casos relativos a falta de habitação não tenho a certeza não não estamos repare que nós o a lei identifica elenca várias tipologias de de perigo dentro dess dentro das tipologias pode acontecer uma Miria de de situações e de facto crianças viverem na rua não é admissível não é não é admissível crianças viverem na rua se formos também mais longe também não é admissível famílias viverem na rua e isso tem de ser realmente ponderado se não não é possível encontrar uma solução rápida uma solução rápida mesmo rápida para essas questões de facto a a criança terá de ser encontrada uma solução para a criança que não a deixe ficar na rua essa Essas são as situações que mais a preocupam isto tendo em conta o conhecimento que vai tendo também da realidade Nacional Olhe todas as situações de perigo de uma criança me preocupam eh é evidente que estas estas eh é esta é uma é uma situação que está agora mais mais Evidente pode estar a a ter aqui algum aumento mas todas as situações me preocupam sim uma criança em risco ou em perigo e é uma criança a mais e isso e isso isso claro que que me preocupa até e deve nos preocupar a todos como comunidade e como estado porque o estado é que tem tem de ter a função de proteger de proteger as crianças a a comissão nacional eh que agora Preside foi encarregue pelo anterior governo também de fazer um estudo Nacional sobre abusos sexuais na infância nos diferentes contextos sim a sua antecessora disse que este estudo seria feito com base em dados do iné eh pergunto se lhe parece suficiente eh usar esses estados já existentes para fazer um retrato desta realidade eh eu Julgo que não será suficiente Pelo que eu sei e que tentei procurar essa eu souo desse estudo foi foi foi-me feito uma Alerta o estudo ainda não existe a eu Julgo que não houve portanto a única coisa que existe neste momento são os dados portanto não houve mais nada nada aconteceu houve de facto julgo eu uma uma intenção de de fazer o estudo mas isto é um estudo que não é vamos lá ver não será feito com a prata da casa naturalmente Isto será um estudo científico apurado com base em dados do iné mas acho que neste momento só existem os dados do iné e e por isso não não existe não não não teve evolução que eu tenha conhecimento e Pelo que andei a procurar não houve não houve de facto evolução eh parece-lhe que para que se possa fazer um retrato mais completo desta realidade e para que se possa dar oportunidade às vítimas visto que a intenção era abordar todos os contextos sociais onde as crianças enfim H estão se se não se não deveria ser uma dada essa oportunidade às vítimas de contarem a sua história de forma semelhante à que aconteceu Por exemplo com a comissão independente que fez o estudo sobre os casos na igreja cas na igreja eh H Olha a metodologia desse estudo a ser feito E terá também de ser escolhida por quem for a quem lhe for encomendado eh digamos assim porque isso as metodologias são são são da da responsabilidade e são da responsabilidade dos autores mas e com certeza que todas as dimensões têm de ser têm de ser apuradas e todas as as dimensões têm de ser vertidas para se conseguir realmente identificar e todas as causas todas as e eh Tod todos os motivos as consequências e apontar as soluções portanto E terá de não sei se a metodologia que foi seguida no caso dos abusos sexuais da da igreja será mais conveniente Sinceramente não sei portanto não não posso estar a a dizer será mais conveniente para este tipo de abordagem quem quem fizer o estudo eh será E e essa Continuará a ser uma competência da comissão nacional como o anterior executivo definiu outou terá de ser o governo agora a definir quem é que vai fazer esse estud a comissão nacional não sofreu alterações relativamente à à sua lei orgânica portanto a sua missão e à sua eh e à e às suas competências portanto Calculo que será eh que será uma competência Continuará a ser uma competência da da da da comissão nacional nção ainda sem ainda sem prazo definido ainda sem prazo definido não me foi não é como lhe digo eu procurei eu procurei eh saber o que é que estava a acontecer com esse estudo e e e não nada encontrei portanto não houve Ainda nada claro que eh estes estudos precisam de financiamento e para o financiamento eu terei de o poder de de tentar obter de outra de outra forma claro que o governo não está fora disto a tutela não estará não poderá estar fora disso não é portanto ainda ainda Sem essas ainda sem sim não tem não tenho não tenho previsão sequer para a elaboração da do estudo porque realmente a única coisa que neste momento existe mas mas reconhece a sua importância neste sentido em que para se atuar pú nesta área É preciso conhecer a realidade exatamente não e para situar nas políticas públicas nesta área noutra ou noutra área é absolutamente essencial a evidência científica portanto Claro que sim mas aante so a Dra Rosário farmus passou-lhe digamos na transição na saída dela e na sua entrada se houve uma passagem digamos de past em que foram discutidos os assuntos não não houve dout Rosário saiu e eu entrei portanto as os assuntos que estavam a ser tratados pela anterior presidente da comissão nacional como T não procurando não é agora eu tenho a minha vice-presidente é a mesma por isso há aqui uma continuidade D mar João Fernandes portanto há aqui uma continuidade eh temos um trabalho O trabalho nesse aspecto continuou e as organizações são as organizações e valem também por elas próprias portanto as pessoas com continuam os colaboradores os trabalhadores da da da minha da nossa daan da comissão nacional são os mesmos são esforçados e trabalham com com condições porque com condições quase não não não direi precárias mas trabalham com condições escassas com recursos escassos trabalhamos com recursos escassos mas são de um empenho e de um e de uma dedicação inveis por isso mas não teria sido natural essa passar de informação de Presidente para Presidente não não não aconteceu portanto Mas falando recursos aa sim aa ainda ao só um pouco atrás é esta questão de de que que referia sobre a necessidade de pedir financiamento para fazer Este estudo vai pedir ao governo este financio e para que este estudo seja feito pronto eu espero que eventualmente ele possa ele possa ser feito vou vou vou falar com a tutela no sentido de de ver qual de estabelecer aqui prioridades naturalmente eh ainda sobre os recursos de que falava há pouco eh as comissões locais têm escassos recursos não é eh mas muitos processos instaurados e portanto poucos técnicos para trabalhar eh quando são iniciados os processos mas também para os acompanhar e sobretudo para os acompanhar porque T estar têm que estar sempre muito Alerta relativamente aos processos que entram e às situações que eh aparentam ser as mais urgentes depois não havendo acompanhamento pode haver uma recaída pode haver uma situação mas não há esse acompanhamento H isto não quer dizer que se pode estar aqui a negligenciar o cuidado das crianças sabe que os recursos na administração pública agora são aliás vocês devem estar fartas de ouvir isso são escassos em todo o lado e as cpcj eh não sei se têm consciência mas as cpcj têm autonomia relativamente à à comissão nacional eh e não e e e trabalham sobre o modelo de representação a h as comissões as cpcj têm uma comissão alargada que é representada por variadíssimas entidades e depois uma comissão mais restrita de cinco pessoas onde têm de estar Obrigatoriamente uma pessoa oriunda da Segurança Social um comissário oriunda da Segurança Social outro do município outro da Justiça desculpe da saúde e outro da educação e depois mais um que poderá ser ocupado ou de uma ipse ou cidadão eleitor que vem da da tal comissão alargada Isto é a a estrutura da cpcj e de facto as próprias entidades representadas que estão representadas têm dificuldades de Recursos Humanos para disponibilizar a tempo inteiro para as as cpcj ISO é de facto um problema que que temos e que e que estamos a tentar resolver eh dando valorizando mais os próprios recursos recursos humanos que trabalham nas cpcj São pessoas que são eu eu acho que tenho o privilégio de trabalhar com pessoas especiais porque embora não tenha elas estão São autónomas relativamente em termos de poder de direção e de poder de de de autoridade mas têm mas mas mas pronto mas mas estão é o sistema e e e também fa parte do sistema e fazemos comissão nacional faz parte do sistema H é um privilégio trabalhar com pessoas que com imensas dificuldades cerca de nas comissões alargadas e cois são 5000 ao longo das 313 cpcj cerca disso São pessoas que estão no idealmente deveriam ser quantos não não tenho não eh isto depende muito depende do número de processos depende do número reparo onde há mais processos também há mais técnicos afetos a esses a esses processos há há há comissões que têm felizmente muito poucos processos e Há outras que infelizmente Têm muitos processos eh por exemplo aqui na na área metropolitana de Lisboa as quatro de Lisboa as duas de Cintra a da amadora têm mais de 1000 processos em cada claro que Nós também a comissão nacional temos damos técnicos panto pagamos os técnicos para ajudar os cinco das comissões restritas que não conseguem não conseguem dar dar conta do do número de processos mas é evidente que é preciso um esforço na valorização e na na dar-lhes mais emp ento chamemos-lhe assim é necessário porque são pessoas que trabalham em condições muito difíceis e condições mesmo muito difíceis muito desgastantes emocionalmente e não têm horas para nada porque pode haver uma uma situação sinalizada à meio da noite e a meio da noite Alguém tem de estar na casa onde mas como é que concretamente se vai resolver esse problema e se vai haver ou não reforço das equipas Nós estamos neste momento há um grupo de trabalho que está que está a a estudar precisamente essas E essas questões eh que pode passar por alterações a nível da composição e do funcionamento das cpcj na lei de proteção de crianças e jovens em perigo e por isso eh eu não queria estar a adiantar o que é que o grupo de trabalho está tá a fazer mas a ideia é essa a ideia é realmente reforçar a eh reforçar quer As equipas e reforçar também a e e alterar se calhar muito Muitas vezes a forma de funcionamento para poderem Para poderem mais expedit tamb a chegar aos casos sempre com Portanto o o único objetivo é proteger as crianças não há outros objetivos Mas esta questão da escassez de de meios é o principal desafio do seu mandato ou Há outras questões ser um grande vai ser um grande desafio eu não sei o que é que o o resto do mandato me trará que eu acho que destas coisas os desafios vão surgindo não é e acabam Isto é tão dinâmico que se calhar este desafio agora daqui a uns tempos Pronto está feito e resolvido quando ficar resolvido com certeza que aparecerá outro mas esperam-se então novidades Novidades no princípio do ano vão ter novidades sobre vai ser vai ser Digamos que vai ser repensado o modelo é isso tá a ser sim está a ser repensado não será nenhuma revolução mas Haverá aqui a ideia é aprofundar e melhorar eh melhorar realmente este modelo H ainda sobre as comissões locais portanto as cpcj as 313 H precisam Enfim enfim T autonomia tem essa autonomia de que falou eh mas eh também devido à à à natureza das das funções da das situações desgastantes também que que mencionou H dão dão sinais de precisarem de uma liderança eh que lhes transmita segurança porque às vezes são situações muito complicadas como esta também que cria às vezes dilemas da da Habitação não é de uma família que não tem casa o que fazer eh a minha questão aqui era saber se como é que vai ser ou como é que vai definir a sua intervenção eh junto da das cpcj e como é que essa intervenção se vai caracterizar ao longo dos 5 anos do seu mandato ol H pronto como como aliás e disse também eh elas tê autonomia não é e o presidente da cpcj que é eleito entre os seus pares eh é que lidera a cpcj eu não lidero as cpcj no entanto a comissão nacional eh o que faz é transmitir orientações dar formação eh de também eh ter aqui alguma intervenção em modelos agora o que eu eu pretendo eu tenho-me colocado H sempre à disposição para da da dos presidentes das CP das cpcj para aquilo que necessitarem Uma das uma das questões que realmente pode aqui fazer alguma diferença é começarmos já a pensar em aprofundar eh o modelo e em fazer algumas alterações também no funcionamento isso pode ser um primeiro passo eh depois haver aqui h o darl e e e naturalmente eh dar-lhes dar-lhes mais dar-lhes mais condiçõ mais condições e trabalhar muito com As equipas locais As equipas regionais que essas sim da CPC que temos na na na comissão nacional e As equipas regionais que trabalham mais profundamente com as cpcj mas relativamente aos processos eles têm elas as as os Comissários reúnem são eles eles que votam e são eles que decidem as medidas a aplicar nós não temos interferência relativamente relativamente a a essa questão eh naturalmente que as pessoas já trabalham em condições muito desgastantes e sobretudo emocionalmente muito desgastantes Se tiverem algum reconhecimento e eu pretendo dar esse reconhecimento aliás eu aproveito aproveito para dizer que eh se que eles trabalham incessantemente para que não haja para para proteger as crianças e que como em tudo há uns melhores outros piores mas no Conjunto As cpcj trabalham eh trabalham realmente muito e trabalham muito na proteção e na e e na das crianças e tenho às vezes pena que só sejam chamadas ou só sejam eh evidenciadas quando alguma coisa não corre tão bem ou que parece não correr tão bem eh porque todas as situações e todos eles também todas as situações de sucesso nunca são notícia eu compreendo isso mas para quem está a dar tudo todos os dias até muitas vezes altas horas da noite eh só quando há uma situação que corre menos bem é que é que é notícia acaba ser também ser um bocadinho desmotivante Mas o que eu ten tenciono fazer é darl trabalhar o mais possível para para o seu reconhecimento e para que tenham melhores condições para conseguir cumprir as suas funções que já enfim já posso dizer que cumprem muitas vezes até sem sem sem grandes condições para isso H ainda antes de de de de ir aqui a esta à próxima questão é só para fechar este tema aproveitava para lhe perguntar H falou tradicionalmente de situações de violência doméstica de negligência mas tem sido eh novos novas situações digamos assim novos novas tendências naquilo que são as situações de perigo e de risco das crianças está a aparecer aquelas online não é Portanto o as questões as o mundo virtual está a ser de facto realmente perigoso há situações de e pronto aquelas situações que nós realmente que que que temos conhecimento aqueles jogos online que estão que levam quase até muitas vezes ao suicídio ou automutilação ou há há de facto as situações de do próprio bullying que que está a chamada violência interpares que que também tem uma que que está a ser muito motivada pela pelo mundo virtual pela internet J que para os Miúdos é muito fácil até chegarem à Dark web sem sem grandes sem sem grandes problemas eh e isso Isso é uma preocupação e aliás não tá a ser uma preocupação só Nossa a polícia judiciária tem uma tem um um eh um departamento altamente especializado nessa matéria e aquele o sistema de das adições dos comportamentos e aditivos o sidac está também já só tem um um uma uma parte só eh eh só eh só para as adições as adições online aliás drogas virtuais é também são é também agora uma realidade coisas que enfim não que a realidade tá noos a superar imenso não é tá tá a cavalgar e a superar noos imenso e e por isso Isso é uma é é uma é também uma questão de preocupação em que estamos articuladamente a a a tempos e a e e a ver realmente o que é que o que é que acontece mas é é eh É é quase como é que eu a dizer isto eh é acaba até acaba por ser um bocadinho frustrante porque a realidade cavalga mais depressa que nós isso exigiria novas políticas novas formas de olhar para essa questão com certeza que tem que ser olhadas as questões e estão a ser olhadas as questões de maneira a haver a haver pronto Muitas delas colocam-se no campo do crime não é E aí a polícia judiciária tem intervido com com tem intervido muito e com muito focada e e tem intervido muito bem nessas situa mas acaba uma e surge outra é infelizmente também é um é muito dinâmico um um dinamismo cruel mas mas que existe falando um pouco do seu percurso H como é que conjuga a sua área de especialização portanto direito mas sobretudo gestão tributária fiscalidade também com este tema das Crianças em risco isto isto já vem de Como disse Logo no início eu sou Ainda sou sou vereadora sem Loures eh mas durante sou vereadora sem Loures na câmara na Câmara Municipal de Cintra E durante anos e anos e 20 anos tem sido autarca eh de Assembleia de Freguesia da Assembleia Municipal agora de veração sempre acompanhei as áreas sociais isto e a minha isto tenho aqui dois compartimentos tenho realmente a área da gestão tributária de facto porque entrei para para a autoridade tributária quando logo praticamente depois de acabar o Cinda Trabalhei na juventude eu já tenho uma carreira longa estive na Segurança Social e no emprego quando fui fui chefe de gabinete do secretário de estado do emprego portanto eh e e e sempre acompanhei a ação social e olhe nomeadamente as cpcj por acaso sempre acompanhei em toda a minha atividade autarquica da de autarca e por isso não é nada não é novo para mim eh e e e de facto eu aqui também eu sou no fundo eu sou uma diretora geral não é sou sou uma gestora não de de uma organização Eh tenho uma equipa que que sabe imenso de toda e que sempre se dedicou muito a esta Esta área da proteção e e e por isso a par mas tem o perfil certo para este cargo eu acho que sim se eu foi um desafio que me foi lançado mas eu acho que tenho tenho tenho o perfil de gerir pessoas já já tive também outros cargos de dirigentes e e e isto é realmente a gestão de a gestão de de da organização e a gestão de de pessoas é é também importante porque é é é parte do meu é parte do meu trabalho e a sua escolha foi uma a sua nominação foi uma escolha direta não é da senhora ministra h a senhora ministra Dra Maria do Rosário Palma Ramalho já conhecia a seu trabalho já e conhecia-o pessoalmente também são também colegas de partido não é eh eu Julgo que a senhora ministra não é militante do do do PSD eu sou não não vale a pena estar a esconder mas não não é preciso procurarem um bocadinho e a senhora ministra fomos colegas de faculdade portanto já nos conhecemos há muitos anos podemos olhar também para esta nomeação como uma nomeação política Hum eu julo que não estas nomeações não as nomeações políticas são a outro nível acho eu mas mas quer dizer o facto de ter havido aqui uma mudança e não ter havido uma continuidade por exemplo da vi presidência comissão nacional a vice-presidente continua não eu sei eu sei mas se calhar seria uma continuidade natural não é mas foi uma foi cham Dra Ana Isabel Valente foi chamada para assumir um cargo que era da Dra Rosário farmá mas nada impediria que a senhora vice-president a Dra Maria João Fernandes assumisse esse cargo por isso é que nos leva a perguntar uma foi uma nção eu eu compreendo o seu o seu dilema mas de facto isto é uma foi uma escolha que não foi minha não é foi uma escolha que foi da senhora ministra não eu não não não vou discutir as escolhas da senhora ministra uhum H seja como for falou portanto ainda é vereadora sem louros mas isto como é que se vai processar as funções não sim eu pedi um parecer e eu pedi um parecer para ver se era incompatível a minha continuação como vereadora sem po Lores eh com as funções que que desempenho e e foi e foi considerado que não era incompatível portanto se fosse incompatível naturalmente que deixaria de renunciaria a ao lugar de de de de vereadora mas atendendo a que as funções são compatíveis Até porque eu não tenho funções executivas na Câmara não é tenho no fundo as minha as minhas funções são eh são quase de fiscalização porque Embora esteja no na na no órgão executivo a única coisa que faço é aprovar ou não aprovar as propostas que são levadas pelos vereadores que têm que que tê plores por isso não uma vez que não se verificou a incompatibilidade continuo mas implica tempo na na câmara de sim é de 15 em 15 dias uma reunião é uma reunião de 15 em 15 dias se isso é é compatível do ponto Vista comp da exigência da comissão nacional sim sim é é porque eu não tenho horário não é portanto se vou Câmara depois há de ser h mais tarde que que faço portanto não há eh ainda também H relativamente à composição não é e da comissão nacional ou da nova comissão nacional é que Preside eh Há um órgão interno e que é muito importante não é porque tem competência para dar respostas Integradas para pôr enfim a funcionar a máquina e que é a a comissão alargada não é comissão nacional desculp Conselho Nacional o Conselho Nacional é chama-se Conselho Nacional é composta por representantes dos Ministérios imensos dos Ministérios sim e e não está não consta na página da comissão eh nomes de representantes desses Ministérios na comissão e eu vou-lhe explicar porquê porque ainda estou ainda não tenho as respostas de todos A primeira foi das primeiras coisas que fiz quando cheguei eh foi perguntar à aquelas entidades porque repare são eu tinha como representantes no Conselho Nacional adjuntos de gabinetes de secretários de estado que já nem existem não é para além dos gabinetes que enfim tem a outra composição havia algumas secretarias de estado que já nem sequer na nova orgânica do governo já são outras portanto foi das primeiras coisas que que fiz acho que Logo no início também deixei passar um bocadinho por causa das férias mas eh de perguntar a essas pessoas eh e esses gabinetes queriam manter aqueles nomes naturalmente que não e agora quem seria os nomes os nomes seguintes e e e e olha ainda estou a receber as respostas portanto enfim com a mudança de mas são representantes dos Ministérios que têm cargos técnicos não é portanto não são poderiam ter ficado porque da passagem do Dr Armando Leandro para a Dra Rosário farmus mantiveram-se muitos mas alguns mantiveram-se também mas eu não podia era deixar de perguntar às suas tutelas se os queriam manter ou não porce a questão a questão é essa alguns mantiveram sim muitos e e das outras entidades ou Procuradoria Geral da República da provedoria de Justiça da das do próprio Conselho Nacional de juventude portanto de outra várias entidades que os mantiveram e sem sem sem problemas a Associação Nacional de municípios também também mantiveram eh a educação por acaso também Man porque é de uma direção Geral agora havia realmente outras pessoas que não que eram adjuntos do dos gabinetes eh deixaram de exercer Essas funções muitos deles e por isso eu também não podia deixar de perguntar às suas tutelas se os mantinham ou não continuamos relativamente aos cupados também continuamos a a pedir a colaboração na naquilo para que eles estão para que eles estão vocacion E para aquelas colaborações que lhe pedíamos continuamos a pedir só não estou a pedir aqueles que ainda não estão designados pronto então há uma equipa e parte dessa equipa permanece e a outra parte não e por isso é que ainda não puseram ainda não pusemos no no cois e ainda não reunimos precisamente que ainda falta muit não está em funcionamento portanto ainda nesse as está neste aspecto no ponto de vista mais informal está está porque vamos pedindo as coisas Mas faltam realmente alguns já dis disse que que continuará como vereadora na câmara de Cintra até 2025 próximo ano e por se vai acumular a presidência da comissão nacional com outras funções partidárias eh funções partidárias dentro do partido Sim sou membro do Conselho de jurisdição Nacional fui Eleita no último Congresso mas isso também não me tira não me tira muito tempo S eu eu eu eu levo muito a sério os meus direitos de cidadania e por isso não tudo aquilo que não é incompatível e e de facto este Não não é incompatível não não me pode tolher a minha cidadania muito obrigada obrigada