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[Música] quando nos mandavam limpar nós limpável um batalhão de comandos na guerra Colonial em Moçambique era tendente Coronel graduado durante o verão quente de 1975 chefiava o Regimento de comandos chegou a Major General é figura incontornável na guerra Colonial é também uma das figuras do 25 de Novembro sobre a guerra em África diz essa frase quando nos mandavam limpar nós limpável o 25 de novembro e apontar para os partidos da esquerda no Parlamento André Ventura usou exatamente esta frase o momento foi assim como dizia Jaime Neves sobre a guerra no ultramar era mesmo assim quando nos mandavam limpar nós limpamos tudo Já começamos vamos continuar nisto uma ameaça defende o partido liderado por Rui Tavares que André Ventura fez uma Apologia de crimes de guerra sobre José Pedro Aguiar Branco lamenta o livre que o presidente da Assembleia da República não tenha condenado as declarações o livre garante que vai levar o caso à comissão de Ética do parlamento é a tema em debate aqui na rádio observador comigo Miguel Cordeiro está também a judit França neste tir temas recebemos Isabel menes Lopes Líder parlamentar do livre e Cristina Rodrigues deputada do chega bem-vindas Cristina Rodrigues h citaram militar numa frase como esta que tem um pendor agressivo e que há quem considera até que se pode igualar a crimes de guerra parece-lhe uma boa forma de defender o dia que André Ventura definiu no Parlamento como o verdadeiro dia da Liberdade Olá muito boa tarde a todos obrigada pelo convite e até pela oportunidade de podermos se calhar esclarecer um bocadinho mais esta esta situação relativamente àquilo que foram as palavras ditas pelo Deputado André Ventura eh que tem toda a liberdade para as dizer e felizmente Graças também ao 25 de Novembro aquilo que o livro está a tentar fazer é puramente uma utilização política é explorar politicamente uma coisa que não tem qualquer sentido aliás qualquer pessoa viu durante as legislativas eh de norte a sul do país o chega tinha outdor que diziam eh precisamente vamos limpar o vamos limpar Portugal se eu não estou em erro e portanto qualquer pessoa de boa fé entende exatamente o que é que se pretendia dizer e aquilo que se está a tentar fazer é descontextualizar e sinceramente aquilo que parece que o livre quer fazer é que os deputados tenham que novamente voltar a enviar as suas intervenções Para uma determinada pessoa se calhar para as pessoas do livre para que estes possam passar o lápis azul e de facto chega nunca concordará nem com pactor com nada disso os deputados são absolutamente livres de se expressar da forma que entenderem especialmente no Parlamento Isabel menes Lopes como é que reage esta acusação que é deixada por Cristina Rodrigues e e se de facto e não não fez o livro essa ligação também ao que está dito nos cartazes do Chega ou se este é um caso diferente Bem primeiro muito boa tarde judit e Miguel e obrigada pelo convite h eu eu sei que para a Cristina Rodrigues as palavras não têm valor porque enquanto deputada independente trabalhou com imensas pessoas apresentou propostas para a defesa dos direitos das mulheres pelo alargamento do prazo para a interrupção vitária da gravidez contra as touradas proteção das pessoas LGBT e depois traiu todas as pessoas com quem trabalhou foi trabalhar foi e foi Eleita por um partido que defende ao contrário portanto sabemos que as palavras não têm valor mas as as palavras T palavras as palavras têm muito valor eu não interrompi eu sei que eu não disse as as mentiras que a senhora está diz é complicado percebermos O que cada uma está a dizer principalmente na rádio numa chamada por telefone na ligação telefónica e portanto peço que rodges deixe apenas terminar o que está referir Isabel menes Lopes temos espaço para debate e para prosseguir nos próximos minutos Isabel menes Lopes então continuando eh as palavras têm muito valor e tem muito muita uma ação muito concreta eh na vida das pessoas e o André Ventura sabe muito bem o que é que disse a intenção com o que disse e foi uma ameaça muito clara porque foi exatamente no seguimento das palavras de Jaime Neves sobre a guerra do ultramar era mesmo assim quando nos mandavam limpar nós limpável Assassinas de aldeias onde mulheres crianças homens eram assassinados eram mortos dur Durante a Guerra do ultramar e portanto associar isso depois à limpeza das bancadas e da da dos partidos da esquerda é uma ameaça muito clara isso para nós não há dúvida absolutamente nenhuma hoje nós sabemos e o deputado and Ventura também sabe que isto é uma ameaça Clara e sabe a gravidade do que disse e sabe que as ameaças são crime e portanto hoje já houve um recuo a dizer ah não mas Nós já tínhamos há muito tempo os os cartazes a dizer que queríamos limpar Portugal mas eu quero lembrar que também esses cartazes têm a fotografia de adversários políticos com o x vermelho em cima da cara no que também é uma referência à eliminação e portanto o chega vai cont x vermelho é uma referência à eliminação S quando quando nó quando nós quando nós pomos quando nós pomos a cara de uma pessoa e pomos um X em em cima da cara dessa pessoa é uma referência uma iluminação e mas é sobretudo uma desumanização que o chega faz continuamente de adversários políticos ou de imigrantes ou de uma série de pessoas e esta é uma técnica muito conhecida e é uma foi uma técnica usada há 100 anos muito antes logo antes do período mais horrível que nós tivemos na Europa e portanto eh nós não podemos levar estas estas palavras de animo leve não podemos encolher os hombros não podemos simplesmente abanar a cabeça porque eh eh são são muito graves e nós eh a verdade é que depois nós eh denunciamos denunciamos que são palavras inaceitáveis e e o chega quando é confrontado acob guarda-se como hoje vimos também no plenário Houve aqui um recuo mas a verdade é que os Democratas não podem ter medo de denunciar quando há ameaças quando há discurso de ódio tem este discurso tem de ser denunciado porque há sempre limites para o aceitável em democracia e tendo haver um mínimo de respeito parao debate democrático e eh não é uma questão de liberdade de expressão quando nós falamos eh de ameaças em espaço público na verdade é uma ameaça à liberdade de expressão de quem está a ser ameaçado não de quem está a ameaçar portanto eh parece-nos que é muito claro o que o que o que está a ser feito aqui e qualquer conivência e das das autoridades das instituições com este tipo de discurso é um problema muito grande para a democracia e por isso é que o livre se sentiu na obrigação não durante a cerimónia solene mas se calhar Devíamos ter feito na na cerimónia solene mas logo na primeira e ocasião em que Aguiar guiar Branco estava a presidir novamente a ao plenário H nós tivemos de denunciar aquilo que tinha sido dito e portanto parece-nos que esta situação é muito clar e não pode ser deixado passar passar em branco Cristina Rodrigues considera que a liberdade de expressão na Assembleia da República deve ser Total naturalmente e aliás é isso que a nossa Constituição prevê não é até precisamente por razões históricas em que houve presos políticos não é e parece que é aquilo a que o livro quer retornar efetivamente porque aquilo que deve ser e aliás oado Andre Ventura teve hoje oportunidade de dizer aquilo que deve ser um combate político e um combate nas urnas o livro quer transportar para um um um combate judicial que é absolutamente desfasado não só da realidade como também um um grande desrespeito pela democracia e efetivamente para a democracia um dos seus princípios basilares é precisamente o princípio da liberdade de expressão princípio esse que parece que são os partidos de esquerda têm uma enorme dificuldade em saber lidar Como de resto ficou absolutamente explícito pela intervenção que a senhora deputada teve agora e e para Além disso relativamente Depois aos limites da Liberdade são que obviamente volto a reiterar não podem haver nenhuns se houvesse Colocaria isse a questão de quem é que iria definir esses limites e eu pergunto seria ol Livre era isso era isso que eles queriam quer dizer temos que ser eh coerentes temos que ser conhecedores da lei que também me parece que existe algum desconhecimentos tanto da Lei como da Constituição e temos que ser sérios nas interpretações que fazemos agora dizer que aqueles cartazes que que o chega tinha eram ameaçadores ou que era uma proposta de eliminar pessoas sinceramente é uma coisa absolutamente estapafúrdia nem sequer consigo utilizar outra palavra para caracterizar tal situação Isabel mes Lopes o O livro está a levar à letra H expressões que são metáforas desculpem não sei que metáfora é que é esta a do X por exemplo não é da eliminação quer dizer Digo eu porque n umaa dessas pessoas foi eliminada não é é de desumanização é de desumanização dessas pessoas e o que foi dito na segunda-feira foi muito claro foi uma referência à situação de Jaime gana de Jaime Neves peço desculpa sobre que a guerra no ultramar quando nos mandavam limpar nós limpável da esquerda Já começamos e vamos continuar portanto isto é uma referência muito clara eh e eh e e eu queria voltar também à questão da liberdade de expressão ninguém impediu o deputado André Ventura de falar e além disso e claro que tem de haver limites à liberdade de expressão e como como como o discurso de ódio é crime o o ameaças são crimes Mas qual é que foi o ódio Qual foi discurso Isso faz parte o discurso de dó estamos a falar estamos a falar de uma chacina estamos a falar de uma chacina e depois ligar essa assassina aos deputados da esquerda e quando acha que for foi discurso contra esquerda isso CL parece parece muito claro que estamos aqui com discurso de ódio e com uma ameaça muito clara e portanto parece-me que é muito grave que eh não tenha havido logo uma palavra parte do presidente da Assembleia da República a condenar eh porque eh o presidente da Assembleia da República diz que os deputados não se podem assar uns aos outros mas aqui foi até mais do que um insulto foi uma ameaça e portanto todos os dias os estados da esquerda dirigem todo o tipo de insultos aos deputados do fega e dizer aquilo que acabou dizer é mais uma vez uma enorme hipocrisia da parte do livre mas também já estamos habituados não surpreende ninguém mas efetivamente é o que acontece todos os dias e portanto dizer que foi discurso de ódio e foi dirigido aos Deputados de esquerda sinceramente até H uma falta de respeito pelas pessoas que efetivamente no seu dia a dia sofrem algum tipo de discurso de ódio e só para Isabel Manes Lopes gostaria de de fazer aqui uma questão sobre outras frases com duplo sentido eh com referências a armas Como por exemplo o voto é uma arma do Povo ou a cantiga é uma arma nada disto é literal eh porque é que neste caso tomam a letra O que dis andr Vent Miguel peço Miguel Peço desculpa e isto não foi foi uma situação muito clara relativa à guerra do ultramar à guerra à guerra Colonial eh por parte de de André Ventura portanto para mim é claríssimo que isto é uma ameaça eh e e é muito claro eh para muitos deputados que saíram muito perturbados desta sessão porque porque foi foi foi uma ameaça que foi muito clara eh e portanto a cantiga é uma arma as todas as coisas dependem do contexto em que são ditas eh e por exemplo se no Parlamento alemão alguém disser que vai Pô pessoas no vai para pessoas no forno estamos a falar de um contexto que é muito específico isto toda a gente percebe que isto é uma ameaça e que é completamente inadmissível dizer isto para o Parlamento português associar esta citação de Jaime Neves e sobre a guerra do ultramar a eh a pessoas que estão também no Parlamento também é uma ameaça e portanto nós temos de perceber o contexto em que as coisas são ditas e este contexto é muito Claro não vale a pena não vale a pena estar a inventar a dizer que são limpar de que saindo do plenário a senhora deputada ia ser eliminada e que a sua vida estava em risco foi isso que aconteceu com a senhora deputada e com os outros senhores deputados Cristina Cristina nós estamos a falar aqui nós estamos a falar aqui sim é uma ameaça é uma ameaça muito clara mas sentiu ameaçada sentiu que a sua vida estava em risco sentiu que quando mais uma ve uma casa fo isso crisa év Óbvio é óbvio que o sentimento de insegurança com este tipo de de de ameaças este tipo de discurso de ódio vai aumentando como é óbvio como é óbvio e é muito diferente é muito diferente neste momento e o sentimento de segurança dos políticos em Portugal is eu não tenho dúvida nenhuma Cristina Rodrigues não temo que os parlamentares sejam vistos pelos cidadãos como pessoas que se insultam a miúdo não há de facto alguns insultos no no Parlamento que não deveriam existir na minha opinião mas são insultos que acabam por acontecer por todas as bancadas E sobre isso acho que já tem havido alguma discussão e reflexão na Assembleia da República Mas isso é uma coisa outra coisa bem distinta é dizer que há um grupo parlamentar que está a ameaçar fisicamente outros deputados e isso é absolutamente falso e ad descabido e honestamente não acredito que nenhum Deputado se tenha sentido efetivamente ameaçado com aquelas que foram as palavras de André Ventura e aliás Dev viid até que realmente tenham imputado a interpretação que estão neste momento a tentar imputar lembraram-se disso dois dias depois porque acharam que politicamente I ser interessante ver is Bic isto isso não é verdade Cristina Rodrigues Isabel menos Lopes é um tema que e segundo o livro comunicou vai seguir para a comissão de Ética do Parlamento Obrigado por terem estado aqui na rádio observador neste tirat temas a discutir principalmente esta frase deixada na Assembleia da república por and Aventura tira temas na rádio observador [Música]
1 comentário
O Livre é só ridículo.
Não tem argumentos, e sabem que a única maneira de alguém reparar na sua existência é falar no Chega.