Vídeo: Documentário «A Revolução da Energia Limpa»

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[Música] a transição energética eh é Um Desafio [Música] monstruoso nós estamos a falar em substituir infraestruturas mas não é só infraestruturas é um modelo cultural cultural conc grande económico social que se instalou no último século e tal eu já trabalho nesta área há mais de 20 anos que é um bocadinho assustador dizer e e nunca hav a velocidade de implementação de renováveis acontecer a esta escala nós temos empresas desse setor que são maiores do que o próprio país e e nós temos um capital humano que é talvez a nossa maior riqueza nesta área é absolutamente [Música] importante em grande medida a história da humanidade avança ao ritmo das revoluções energéticas e pela primeira vez dos últimos 200 anos investimos mais em sol e vento do que em petróleo e carvão o mundo em particular a Europa estão a repensar o modo como utilizam energia porque é preciso desacelerar as alterações climáticas e a perda da biodiversidade ao mesmo tempo enfrentamos o desafio de garantir energia Verde suficiente para uma população cada vez maior à escala do planeta uma questão essencial é perceber que papel podemos ter nesta mudança de paradigma e concretamente enquanto cidadãos e sociedade O que podemos ganhar com isto [Música] eu não sou português diferente dos outros eu gosto de poupar gosto de dizer que que paguei menos de eletricidade que os outros e estava constantemente a receber faturas com valores cada vez mais elevados isso foi o clique para decidirmos avançar para a aquisição de painéis solar que nos permitisse produzir a nossa própria [Música] energia a fatura veio números rondos para 50% o facto de cura de eletricidade 50% são impostos e os outros 50% é é exatamente do consumo e o acesso às redes portanto os impostos têm um peso grande em todo isso mas a fatura veio para [Música] metade fundamental foi a eh foi um uma surpresa fantástica Sem dúvida eh e eu concorri ainda bem concorri eh estamos a falar de uma poupança para metade com fundo ambiental é verdade e o próprio site do fundo ambiental tá muito bem conseguido porque tinha atualizações diárias se não estou em erro temos o número de candidaturas que que estão entregues que estão em avaliação que estão em aprovação que já foram pagas rejeitadas e o e e o montante disponível portanto é muito interessante para verme assim on vai chegar a minha vez qude é que vai chegar a minha vez agora vai vai vai calhar a mim Mas correu muito bem Esta possibilidade que hoje temos de ter um edifício em que a pessoa consegue produzir a sua própria eletricidade é importantíssimo e porque dá oportunidade à pessoa de ser um agente de mudança portanto e não há transição que se possa fazer sem a pessoa mas a pessoa tem que fazer sentir que faz parte do movimento e que ganha com esse movimento os números são fáceis no verão podemos carregar um carro em casa com a produção solar total para fazer 100 Km num carroo que é interessante neste momento a capacidade solar em Portugal superou a capacidade de gás natural para produção de eletricidade e por mto já é um marca incrível Isto é histórico da mesma maneira como a idade da pedra acabou e não foi por falta de pedras também a idade dos hidrocarbonetos tem que acabar não é por falta de petó de GS ou Car V olho de carvão tem para mais de 300 anos não há é [Música] atmosfera vemos que temos 5 bilhões de motores de combustão instalados nos carros nos caminhões etc que na transição para a a mobilidade Elétrica A hidrogénio o que seja tem também que sofrer uma alteração profunda é é disso que estamos a falar se eu andar 30 anos para trás importávamos mais de 90% da energia que consumían a importar muito mas é 3/4 [Música] se nós conseguirmos efetivamente implementar a transição energética deixamos automaticamente de estar dependentes do exterior acabamos por ter uma estabilidade genérica quer na disponibilização da energia ou seja nós temos a certeza que vamos eh utilizar Quando necessitarmos porque ela estará disponível para nós porque é Nossa não é e e também no que toca aos própr pros e preços Associados porque o que nós verificamos com com toda a instabilidade dos conflitos dos mercados internacionais energéticos a volatilidade dos preços portanto a instabilidade nos preços é é muitíssimo grande e portanto esta transição energética é efetivamente emergente nós neste momento de acordo com dados da direção-geral da energia de energia e geologia a nossa produção de eletricidade renovável H em 2023 foi de cerca de 61% e portanto 61% é ótimo aliás Portugal tem sido uma referência Mundial porque tem conseguido combinar de forma muito muito inovadora h a produção de eletricidade solar e eólica com a hidroelétrica há outros países do mundo como por exemplo a Noruega ou o Brasil que tem produção de eletricidade renovável muito maior porque funcionam quase tudo com barragens e concentres hidroelétricas nós não é bem assim até temos anos muito secos mas estamos a consir ir aumentar imenso a nossa participação renovável na eletricidade com solá e eólica e portanto eu até costumo dizer a brincar às pessoas que Portugal não é só bom no futebol nós somos muito bons na eletricidade renovável e tem sido uma referência mesmo Mundial mesmo assim ir de 62% de eletricidade renovável para 85% de eletricidade renovável é um grande desafio Portugal tem 3 milhões e meio de edifícios ou seja Há muitos telhados e aberturas potencialmente disponíveis para se tornarem mini centrais fotovoltaicas acontece que a capacidade de investimento das famílias é limitada E aí precisamente que as comunidades de energia podem fazer toda a [Música] diferença estamos a em figueiros vimos num quartel de Bombeiros e nós sabemos a importância que os bombeiros têm nesta terra ou seja não é por acaso que que estamos não de facto aqui é um um local ideal para nós começarmos uma comunidade de energia e podemos contribuir ativamente para criar valor aqui nesta região com energias renováveis numa lógica de de comunidade de energia renovável isto começa então numa instalação de panis fotovoltaicos mas funciona verdadeiramente como portanto Nós instalamos eh uma central fotovoltaica no telhado aqui na do dos Bombeiros eh e depois podemos partilhar o excedente desta energia para os membros da comunidade aqui ou seja abastece o próprio quartel abastece a mas também comunidade em redor e sendo uma comunidade de energia permite-nos abastecer mais energia para o próprio quartel e depois o excedente ir para a comunidade não ser desperdiçado E permitir que as pessoas que vivem aqui à volta os pequenos negócios of fram de energia a preço mais acessível [Música] exatamente as comunidades de energia renovável são de facto o grande a grande mudança de paradigma eu acho absolutamente Fantástico que qualquer um de nós possa passar a ser um agente e neste mundo da energia coisa que nos estava verdada e que era só possível às grandes empresas aqui com os bombeiros de figueiro dos vinhos nós temos numa fase inicial do da da comunidade temos e 24 eh kil pico instalados a que neste momento estão no fundo a permitir H fornecer em termos de autoconsumo 69% para e os bombeiros consumirem internamente e depois conseguimos com excedente estar a apoiar 12 famílias e pequenos negócios e aqui na proximidade dos [Música] Bombeiros eu fiz dois contratos neste caso fiz aqui para meu Espaço Clínico e fiz para a minha casa eu em termos de poupança diferença será bastante significativa neste momento estará a 21 e para quem faz parte da comunidade irá por volta dos 13 dos 13 cêntimos o kil portanto e neste caso a comunidade irá funcionar no Rai de 2 Km e portanto irá reduzir também os preços da utilização da própria rede [Música] temos um conjunto de cidadãos que em conjunto procuram soluções comuns para um problema comum e isto é muito interessante porque nos traz para um mundo de e muito mais coesão social bem diferente da dos dos extremos que andamos a ver todos os dias a produção descentralizada traz benefícios para para para todo o setor no sentido em que há precisa de menos investimento em redes eh por outro lado também há menos perdas entre a produção e o consumo e também como a produção descentralizada precisa de mais mão obra para operação e manutenção também acaba por criar mais emprego do que a produção centralizada conseguimos estar a a permitir que aumentem e aumente a produção de renovável eh num país sem necessariamente trazer estes investimentos adicionais para as redes portanto mais uma vez winwin onde de facto ajudamos a a rede elétrica a lei das Comunidades de energia renovável está em vigor em Portugal desde 2019 e são já mais de 200 os grupos de vizinhos a Gerar e a partilhar eletricidade entre si e muito mais poderiam ser se não houvesse um grande entrave a [Música] burocracia no sío onde nós nos enc amos é o bairro do agrodom mial e foi aqui que nós eh colocamos no topo destes edifícios os painéis fotovoltaicos para produzir energia e para fazer daqui juntamente com estas 180 famílias que aqui habitam uma grande comunidade de partilha de energia eh eu devo dizer que estes painéis fotovoltaicos já foram montados quase Há dois anos eh no topo dos edifícios de lá para cá estas 180 famílias ainda não conseguiram beneficiar eh de energia ora isto deve nos preocupar a todos isto deve-se ainda a um processo excessivamente burocrático eh de licenciamento na direção Geral de energia eh mas também depois naquilo que é o passo seguinte que é eh a entrada em funcionamento e a articulação daquilo que são os consumos e as Produções através do distribuidor de energia que nós temos a concessão Nacional em baixa tensão e articular estes parceiros todos demorou muito tempo e isto deve nos preocupar a todos confesso que tenho algum receio que se não conseguirmos acelerar em tempo não vamos conseguir provavelmente alcançar as metas que nós temos que nós nos propusemos Portugal comprometeu-se a ser neutro em carbono até 2045 isto significa que é preciso reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 90% face ao ano 2005 isso só será possível com uma profunda adaptação do sistema eletroprodutor em 1951 dava suu arranque da eletrificação por força da água com a construção da barragem de Castel de bode e somente 35 anos depois surgiria no país um parque eólico o solar para a geração de eletricidade viria mais tarde e em 2008 Portugal criaria o maior parque do mundo da altura na amareleja mas é nos últimos 20 anos que Portugal dá o salto desde 2018 mais de metade da eletricidade tem como fonte energias renováveis e daqui a 5 anos a água o sol e o vento deverão garantir 85% da eletricidade do país serão mais 20 pontos percentuais do que no dia de hoje a questão é se conseguiremos lá chegar nós aquilo que tivemos a fazer no laboratório Nacional de Energia e geologia foi passar o território de Portugal Continental a pento fino e as conclusões a que chegamos é que do ponto de vista da eletricidade renovável felizmente temos recursos naturais que chegam e sobram para descarbonizar a nossa produção de eletricidade aquela que precisamos agora e a que iremos precisar provavelmente até 2050 temos água temos vento temos sol temos o calor da terra chamada geotermia temos praticamente todos os recursos energéticos renováveis necessários para fazer esta transição de uma forma eficiente também custo eficiente [Música] este momento é uma grande oportunidade para Portugal nós conseguimos produzir com a mesmo investimento muito mais energia que outros países conseguem produzir eh por exemplo na Alemanha H eles conseguem produzir à potência instalada à potência nominal e 800 900 horas por ano em painéis usando painéis SL fotovoltaicos nós vimos para o sul de Portugal para o alentejo e conseguimos ter produtividades de 10000 horas por ano ou seja quase o dobro daquilo que existe na Alemanha nas renováveis o investimento é capital intensivo eu tomo o risco toda à cabeça por isso tenho que estudar o sol tem que estudar o vento tem que estudar a água tem que estudar a geotermia tem que estudar a biomassa tem que estudar as coisas à cabeça tem que escolher muito bem o equipamento mais adequado para o recurso que tenho tudo tem que ser bem efeito porque depois o funcionamento é muito barato elas são o preço da chuva o preço do vento o preço do Sol e portanto os preços dessa dessa dessa eletricidade vão cada vez descer mais e apenas estamos a pensar que há necessidade de pagar os custos de investimento Portugal Tem vantagens competitivas enormes Face aos outros países europeus nós temos o custo da do kWh e renovável mais barato da Europa ao país traz-lhe grande oportunidades de desenvolvimento tecnológico Industrial com criação de empresas industriais queem trabalhar não só ao nível do desenvolvimento de equipamentos mas também de consultoria de muito alto nível muito avançada que com isto permite ter emprego altamente qualificado bem pago eu estou na enercon há 16 anos vinha de um setor diferente portanto que era o setor de reparação de equipamentos de escritório e e a a introdução da energia eólica nesta região despertou uma curiosidade dentro da máquina eólica estamos sujeitos sempre a inúmeros riscos de queda de altura riscos elétricos riscos Mecânicos de entalamento exige alguma destreza física Se temos que ter a cabeça no lugar quando estamos dentro da da da máquina eólica a executar tarefas quer salientar um momento muito importante que foi o 2008 o concurso que permitiu o lançamento do das fábricas e da produção nós eólica que que começou com o E4 Como disse 2000 m na altura e era toda importada mais de 90% das máquinas eram importadas há um grande concurso h que várias empresas internacionais e portuguesas se juntaram o resultado foram as fábricas de Viana do Castelo foram fábricas em sever de voga foram fábricas em Aveiro foram fábricas por todo o lado de repente começamos a produzir quase tudo geradores paz Torres quase quase tudo e a exportar e a exportar houve anos em que se exportaram 400 milhões de euros de máquinas eólicas nós que não que em 2001 não tínhamos nada nem produzíamos eletricidade a partir do vento nem produzíamos os equipamentos que são necessários para utilizar o vento e de repente produzimos hoje mais de um quarto da eletricidade do país é vem de origem eólica e as máquinas São exportadas e e exportamos [Música] Estamos na casa das máquinas temos acesso a toda a área da máquina inclusive ao exterior onde temos que fazer algumas verificações nomeadamente por exemplo a a posição das descargas para rajos que existem nos anéis das spaz E H parte do revestimento à parte da sinalização aérea à parte de medição de Vento para que a máquina se posicione corretamente ao a vento a nível mundial e e são recolhidos dados de todas as máquinas eh com uma Cadência de 10 minutos para que H todos os sensores todos os equipamentos que se encontram dentro da máquina eólica sejam monitorizados e o cliente possa saber H momentaneamente o que está a acontecer em cada local dentro da máquina sem transição digital não vai haver transição energética essas fontes de energia áveis e por inerência portanto se se dependerem do sol ou dependerem do vento por exemplo elas são intermitentes passa uma nuvem e os meus painéis Solares vão passar a gerir menos a Gerar menos Eletricidade do do do que estavam a fazê-lo antes o vento sopra mais ou menos e a única forma de eu de eu garantir esse balanceamento é estando permanentemente a medir tendo acesso em tempo real a essa informação para poder Balancear e poder tentar fazer esse equilíbrio entre a geração e a e a e a procura somos um país de sol mas que durante anos ignorou o recurso mais abundante que tinha à disposição atrasando em relação à Espanha à Grécia mas também à Alemanha ou ao Reino Unido com o preço dos equipamentos cada vez mais acessível Portugal Tenta agora recuperar o tempo perdido em Junho deste ano 2024 a capacidade instalada de fotovoltaico era de 4,6 GW mas as metas até 2040 obrigam a multiplicar por seis esta potência trata–se claramente de um desafio técnico mas sobretudo [Música] social mas sou Ant de pais portanto sou médico veterinário masou sobretudo a minha vida profissional é sobretudo a agricultura a silv a pastorícia estamos na Herdade da ame joaf é uma propriedade de família que se situa no litoral alentejano portanto que é uma zona muito boa de produção de cortiça e e de pasto embora seja a atividade principal seja a cortiça porque realmente a cortiça é de grande qualidade eu não sou contra as energias renováveis nem pouco muito mais nem pouco mais ou menos acho que o futuro passa por aí neste caso em concreto acho que o projeto é mega Loman aqui deste lado portanto é um l que são os tais 12 60 haar eh do do do tal projeto Fernando sono um mega projeto um enorme projeto Digamos que sou praticamente engolido por a por a [Música] central O problema é que no alent test tê sido aprovados pelo menos recentemente 10 projetos de energias renováveis com dimensões superiores a 100 haar dois desses projetos localizam-se no mesmo município que é o município de Santiago do caé portanto temos o projeto do cercal e o não muito distante daqui o projeto do Fernando Pessoa que tem uma dimensão de 2000 ha e que envolve o abate de 1.5 milhões de árvores portanto nós temos aqui artificialização de terreno associado à transição energética como se gosta de chamar [Música] nós estávamos preparados para para esta realidade em que os projetos aparecem tem uma grande dimensão e chegam à porta da casa das pessoas ao contrário de uma de uma de uma fábrica que uma fábrica nunca vai ser feita à porta da casa das pessoas e na verdade eu acho que não não é só Portugal a união europeia por exemplo não está a gerir muito bem esta este conflito do Sol e esta ocupação do solo se nós fôssemos super rigorosos e super criteriosos e se começássemos a excluir todas as áreas em que nós achamos que pode haver um conflito nós ficamos com 1,8 do país em que nós identificamos como é uma área natural em que a partida deverá haver pouco poucos conflitos este 1,8 do país dava para cumprir com as nossas metas do Plano Nacional de Energia e clima nós em termos de irradiação solar no alente sabemos que realmente é um bom sítio mas o que nós argumentamos como movimento é que nós vivemos aqui numa zona em que pobreza energética é muitíssima E agora o que é que estas pessoas vão ganhar com esta transição a energia gerada não é para as pessoas é para a indústria nós sabemos que com os desenvolvimentos de cinas não é temos o datter Center temos o hidrogo aumenta em seis vezes a necessidade energética desta zona a capacidade instalada que nós temos em solar fotovoltaico é quase metade em grande escala e metade é descentralizado eu acho que precisamos das duas porque as coisas têm que acontecer de prça e talvez pensarmos um bocadinho que por cada megaw de grande escala que instalamos se calhar temos que instalar 1 ou 2 MW em [Música] coberturas uma das grandes apostas de Portugal para a transição energética er transformar o país num exportador relevante de hidrogénio Verde acontece que apesar dos Av voltados subsídios do Estado a produção e o armazenamento continuam a ser extremamente caros e é por isso que muitas empresas estão a abandonar Grandes projetos nacionais a pergunta que resto é relevante é se será possível descarbonizar o país e a Europa sem recurso ao hidrogeno Existem várias indústrias não só química mas outras que tem uma componente térmica muito forte e essa componente térmica neste momento é suprida em processo produtivo muitas vezes por consumo combustão de gás natural Ora bem esse GS natural pode ser misturado ou substituo por hidrogo que é produzido já há muitos anos pela indústria química primeiro o tal hidrogo Cinzento desde a década de de 60 com base em gás natural mas agora também mais recentemente o próprio hidrogénio Verde [Música] no caso da ikem nós produzimos hidrogénio através de uma tecnologia de eletrólise de água salgada e por essa via produzimos hidrogénio e clorato de sódio produzimos hoje 1700 toneladas de hidrogo por ano mais ou menos 4 a 5 toneladas por dia desse hidrogénio sempre que usamos energia renovável o nosso hidrogénio é [Música] verde atualmente cerca de Du toneladas por dia são de hidrogénio Verde Mas a partir do início do próximo ano estaremos em de chegar a 100% de hidrogénio [Música] Verde temos que pensar que no futuro vamos utilizar cada vez mais hidrogénio para produzir combustíveis sintéticos combustíveis sintéticos para para os transportes marítimos para os transportes aéreos e portanto Isso significa que nós vamos assistir ao aparecimento de grandes frotas de eletrolisador nas redes elétricas do futuro e quando eu estou a falar de grandes frotas estou a falar em potências instaladas da ordem dos gigawatt vários GW estamos perante uma transformação avassaladora do sistema de produção elétrica em Portugal há dias consecutivos em que a eletricidade na rede é 100% renovável agora é preciso usar com eficiência energia Verde em setores críticos como os edifícios e os transportes Mas será que estamos preparados para adaptar a casa onde vivemos ou alterar o modo como nos [Música] deslocamos eu acho que nós na eletricidade estamos a fazer um percurso incrível melhor seria impossível nos Transportes acho que ainda temos um bocadinho mais a pedalar não só eletrificar mas também tentar tirar as pessoas doss carros Nós andamos uns anos mais para trás tínhamos 300 km de autoestrada um pouco mais de 300 km hoje temos mais de 3.000 portanto fizeram-se 3000 km de autoestrada e o que aconteceu Ao caminho de Ferro diminuiu 1000 km as linhas em utilização passou-se de 3000 e um centenas de quilómetros para 2000 e centenas de quilómetros o que é que dá dá com mais cerca de 88% dos passageiros em Portugal andam com quatro rodas não há dinheiro para isso porque a eficiência energética de um automóvel é [Música] miserável em Portugal há quase um carro para cada dois habitantes e 96% do Parque automóvel ainda funciona a Gas óleo ou a gasolina os transportes estão por isso dos maiores responsáveis não só pela importação de combustíveis como bem pela emissão de gases com efeito de estufa Ora se até daqui a 20 anos temos de ser neutros em carbono é preciso mesmo acelerar a transição na [Música] mobilidade Pedro vamos aqui diretos ao assunto pegando no caso português quando é que Andaremos todos ou quase todos de carro elétrico iso é difícil de prever há uma uma libração da União europeia Proibir a venda do veículos a combustão em 2035 estamos a falar dos novos mas há os outros H há todos aqueles que estão a circular e que estarão Nessa altura e os carros têm um tempo de vida no caso de Portugal até mais do que a Mia europeia significa pelo menos mais uma década ou até mais ainda haveremos carros a circular que não são elétricos [Música] o caminho que nós temos pela frente é o da eletrificação da mobilidade e a eletrificação do calor e do frio se nós fizermos tudo isso abandonar os combustíveis fósseis na geração de eletricidade e apostar apenas em fontes renováveis de energia elétrica eletrificar estes outros setores atingimos facilmente 80 85% de redução de gases com efeito de estufa questão crítica é sempre a questão da Autonomia a evolução tem sido no entanto flagrante tem sido enorme os primeiros carros que vieram para o mercado ali por volta de 2011 tinham autonomias pequenas tinham baterias pequenas as baterias eram muito caras Nessa altura hoje em dia a maior parte dos carros que são vendidos no mercado têm autonomias de 300 400 km e até mais somos para carros de topo de Gama e em relação ao número de carregadores temos os carregadores designadamente os rápidos suficientes para o para o número de viaturas não temos não temos e e praticamente nenhum país tem o rácio entre veículos e agregadores em Portugal até abaixo tamb mé europeia por isso há muito para fazer o que se estima é que o que há para fazer é cerca de 10 vezes aquilo que já ser [Música] feito o grande desafio é este é como é que nós por exemplo no nosso caso fazemos carga rápida ou carga Ultra rápida ou carga para camiões como é que conseguimos fazer uma estação que tenha MW de potência instalada para carregar vários camiões ao mesmo tempo ou para carregar muitos veículos ao mesmo tempo por isso esta integração com a rede elétrica acho que é fundamental Não é um problema mais uma vez da quantidade de energia mas da capacidade deorr num determinado local num determinado momento o sistema elétrico como um todo é uma das máquinas mais perfeitas que o homem desenvolveu até hoje e e naturalmente que se estamos a aumentar o consumo porque estamos a eletrificar a rede elétrica tem necessariamente que se adaptar e tem que ser expandida e fala-se que na costa portuguesa possam vir a ser instalados 10 GW de centrais eólicas offshore pois naturalmente que a incorporação dessa produção exige o reforço da infraestrutura da rede de transmissão em [Música] terra um carro ocupa 10 m qu esses 10 m qu seriam de espaço público se o carro lá tiver não é público e as pessoas não usufruem desse espaço portanto a cidade é muito isto mesmo é uma vivência é um espaço e de facto esse espaço precisa de estar ao serviço das pessoas e portanto isso o carro elétrico não resolve [Música] eu vim para cá em 2007 como quase todos os portugueses escolhemos a casa e não vemos tudo no verão não se pode tar nos quartos a maior parte dos dias nem dormimos nos quartos dormimos aqui na sala porque a sala de facto é um pouco mais fresca muito embora quando está muito calor não é e no inverno os quartos também são muito frios muito frios os nossos edifícios são antigos portanto foram geralmente produzidos na na década de 60 80 a maior parte deles e portanto são pouco eficientes do ponto de vista térmico E isso tem duas implicações obrigar-nos i a consumir mais energia para para ter conforto mas tem outra pior é que muitas vezes nós não temos conforto nas nossas [Música] casas em 2022 tivemos cerca de 2000 mortes causadas por excesso de calor e outras tantas por frio nós sabemos que a comissão europeia por exemplo nos diz que 75% das habitações são ineficientes em Portugal O que é um número extraordinariamente grande geralmente para evitar ligar o aquecedor no inverno o que nós fazemos eu e a minha filha visto que somos as duas que atualmente vivemos aqui em casa o que fazemos é usamos e mantas coberturas hum utilizamos uma água o saco de água quente às vezes até temos que usar um passa montanhas porque o nariz também fica muito frio visto que este é uma das salas que têm um vidro assado maior e como é vidro simples portanto não é de todo confortável não é o edificado desempenha um papel importante eh na transição energética por várias razões em primeiro lugar os edifícios consomem cerca de 33% da energia consumida no país e são responsáveis por cerca de 19% das emissões de gases com efeito estufa este consumo energético nos edifícios tem várias componentes tem uma componente que é as águas quentes que é aquele talvez que em termos de consumo e unitário consome mais combustíveis fósseis nomeadamente o gás e e depois tem uma componente significativa de aquecimento que em Portugal ainda é muito feita com biomassa por exemplo as lareiras e temos depois componentes que são muito elétricas como a cozinha A iluminação e os equipamentos que utilizamos a estratégia de longo prazo para renovação de edifícios um documento produzido pelo governo e Indica que poderíamos poupar 34% de primária se fizéssemos obras de reabilitação no parque edificado até 2050 é claro que por outro lado temos o quinto relatório de acompanhamento desta mesma estratégia que nos diz que estamos extremamente a quem dos objetivos podemos hoje em dia colocar isolamentos nas fachadas 2 a 5 cm e isso tem muito impacto na poupança energética mas também podemos mudar janelas portanto com vidro duplo e por exemplo ter bombas de calor que no fundo multiplicam por três ou por quatro a capacidade da aquecer deicer e de aquecer as nossas casas portanto não é por falta de tecnologia que nós não o vamos fazer agora o que é muito importante é que as políticas públicas estejam alinhadas para privilegiar o financiamento naquilo que é mais difícil de [Música] pagar existe o Fundamental e eu quero mudar algumas das janelas já fiz já pedi um orçamento é caríssimo só esta aqui da sala é muito cara e eu ainda não consegui porque o fundamental tem assim conveniente hum para lá está para a classe média porque para as pessoas com tarifa social de energia e com menos recursos existe o vale eficiência que é um cheque e as pessoas podem vai diretamente para o fornecedor da janela com as pessoas de classe média média baixa como eu nós temos que investir à cabeça e depois é que é avaliado e é verificado se realmente a pessoa H está dentro daquelas dos critérios que eles estabelecem que são critérios bastante [Música] apertados a verdade é que esse fundo está com um atraso enorme na na devolução de parte do valor O que significa que e só as pessoas que têm de facto capacidade económica é que se puderam candidatar o que pode não ser a melhor ocupação de dinheiros [Música] públicos para o meu perfil de consumo porque eu sou um português normal que trabalho fora de casa a minha esposa igual e os filhos também estão na escola e voltam à meio da tarde ou final da tarde depois cozinhamos é normal portanto toda a energia que eu consumo dentro de casa os 100% 75% vem da rede e 25% vem da da produção solar é este rácio eu não consigo gastar tudo o que produzo infelizmente temos energia solar a meio da tarde não estamos em casa portanto e muita energia é devolvida à rede de tudo o que o painel solar produz eu só consumo 40% os outros 60% são devolvidos à rede e aqui depois equaciona Compramos uma bateria sim ou não o sistema elétrico tem esta característica é que a cada momento a procura varia e a cada momento também a geração pode variar e eu tenho que ter sempre equilibrada a oferta e a procura daí que a questão da do armazenamento seja crítico sob o ponto de vista técnico e também sob o ponto de vista económico há várias formas de fazer armazenamento de energia nós aqui em Portugal também somos campeões numa delas já há muito muitos anos que é a bombagem nas barragens já fazemos isso há imensos anos e e agora estamos a começar a explorar outras formas em baterias a em hidrogénio e produzir hidrogénio e armazenar hidrogénio que é uma forma relativamente cara mas que também existe e outras possibilidades que começam a aparecer e por fim há que também diria eu ser um bocadinho pragmático e dizer sim senhora Vamos apostar em 85% de eletricidade renovável e se calhar vamos manter algumas centrais a a a gás prontas a arrancar Se tivermos um enorme azar de ter e um verão horrível em que não há água não há vento e não há sol ou então vamos comprar eletricidade de Espanha as baterias são uma tecnologia chave na transição energética estima-se que em 2025 o mercado baterias de lítio se aproxime dos 90.000 milhões de euros mas não há como ignorar os impactos sociais e ambientais da extração do lítio com apenas 5% das Baterias a serem recicladas tecnologias alternativas como o silício ou o sal T gerado grande interesse mas a maturidade Industrial não está para breve se armazenar é um grande desafio o foco nesta altura está no combate ao desperdício nós como consumidores que que gostamos e queremos ter um maior controle sobre o nosso consumo a nível doméstico para sermos mais resilientes a preços mais elevados precisamos que institutos como o Ines que desenvolvam soluções que garantam interoperabilidade com electrodomésticos que temos em casa com com a capacidade de nós monitorizar esse consumo mais próximo do tempo real e reagirmos a preços que podem eles também ser mais dinâmicos e esse desenvolvimento é sido feito e nest teec e noutras instituições nacionais e são fundamentais para para a transição energética portanto se caminhamos cada vez mais para um sistema dinâmica em que os preços de energia passam a ser eles próprios variáveis ao longo do dia claro que nenhum de nós tem capacidade ou tempo para andar sempre a ver qual é que é a melhor altura Se tivermos uma plataforma que nos ajuda isso é que é o fundamental o Que Nós criamos tem vários componentes imaginemos o caso de um consumidor que tem uma máquina de lavar uma máquina de secar inteligente que já consegue programar remotamente imaginamos utilizador define que tem interesse em que a máquina opere para lá da meia-noite que onde tem preços mais baratos o que noss estima fase é olhar para esse caso e perceber há um caso melhor do que este ou não se houver um caso melhor então proponho ao utilizador que o escalamento da máquina seja feito numa outra hora ou seja perceber se calhar que lhe interessa mais não que ela opere à meia-noite do dia seguinte mas se calhar ao meio-dia do dia seguinte porque só precisa da loça lavada para o próximo jantar e tira partir do foto voltaic tem a sua casa fotovoltaica e consegue aproveitar a produção fotovoltaica que tem lá apesar de haver todos esses sensores toda essa internet das coisas nós hoje em dia os cidadãos comuns não têm ainda acesso a essa informação acho que ainda falta dar esse passo as redes do Futuro são a combinação disto tudo são a combinação de termos um crescente consumo de eletricidade com um grande número de consumidores que são cada vez mais flexíveis que são cada vez mais capazes de se adaptar às variações de uma oferta que tem características de variabilidade temporal e que é muito importante o cidadão desempenha um grande papel porque ele próprio poderá consumir produzir a energia não é consumir esta energia que que produz ou até mesmo disponibilizar esta energia à própria rede não só a energia mas por exemplo um ativo ou seja uma bateria de um veículo elétrico que sempre que a rede necessitasse de algum auxílio poderia recorrer a este ativo e portanto havia aqui um mecanismo de flexibilidade e o próprio cidadão também ele ser remunerado nesta transição energética bem Podemos dizer que se reinventa o papel dos cidadãos geram eletricidade nos telhados procuram usar energia quando é mais barata e podem até vendê-la aos vizinhos ou seja podemos dizer que são ao mesmo tempo produtores e consumid e falar até em prosumidores a questão que resiste é esta e é relevante até onde pode ir neste caso o contributo de cada um de [Música] nós Ana Rita lá de São silvestra em Castelo Branco o exemplo concreto de do ganho que pode haver num investimento como este exato estamos no meio de 320 painéis fotovoltaicos que produzem 140 MW a ano que é o equivalente a 80% do cons consumo de energia elétrica do Lar de São Silvestre 80% do que se consum aqui não é um investimento único no projeto Copérnico pelo contrário não é não é Copérnico nasceu há 10 anos já com esta vontade de apegar em poupanças de cidadãos que se juntam à Copérnico portanto são nosos cantes eh e com essas poupanças já temos mais de 2,5 milhões e meio de euros investidos em todo o país em pequenas centrais como esta portanto no modelo descentralizado mas que permitem às ipss poupar a energia da rede e também reduzir a sua fatura de energia vocacionado particularmente para esse tipo de instituições Sim nós damos primasia às parcerias com as com outras entidades de Economia social o modelo energético anterior Era um modelo muito concentrado poucas empresas muito grandes a prestar um serviço que era uma commodity Hoje em Dia com as cooperativas o que se procura é quebrar um pouco este [Música] molde eles são donos da sua empresa social de energia no sentido em que todos nós temos capital social da Copérnico e todos nós temos o mesmo eh voto em assembleia geral onde são tomados as decisões mais importantes da vida da nossa cooperativa desde se vamos investir mais em produção renovável ou se se o nosso foco vai ser a comercialização e como depois o nosso modelo é trazer também devolver benefícios económicos deste investimento em energias renováveis aos cidadãos diretamente e como se são eles que nos emprestam o dinheiro então é eles que nós vamos pagar juros pelo dinheiro que nos [Música] emprestaram um investimento por parte de uma cooperativa tem um efeito multiplicador superior ao efeito multiplicador de uma empresa a diferença é cerca de três vezes superior para o lado da cooperativa No que diz respeito a melhorar as condições sociais desse investimento a transição energética para as cooperativas não pode ser só uma transição de fontes de produção de energia elétrica não é só tirar os combustíveis fósseis e trocar por energia renovável mas é também tornar a pôr o cidadão dentro do setor energético e tornar o cidadão o centro desta transição [Música] energética tive sempre trabalhos precários e desde matar rato trabalhar numa bomba de gasolina então quando entrei na galpo foi o meu melhor trabalho então eu fui inicialmente para a unidade 1400 uma unidade que retirou o enxofre do Gasol depois fui para a unidade de destilação depois da destilação fui para para 3600 que era de fracionamento de gás e limpeza de gás e e depois vim para esta unidade Nova em que o estado deu 5 milhões em queou uma parte que foi para a Refinaria para ser modernizada e foi modernizada as STS tratamento dos gases para atmosfera as fornalhas aumentaram a eficiência das fornalhas e passaram queant era fol que era muito mais plente passado 8 anos fechou tudo [Música] consigo arranjar trabalho cortar carne patal outar pratos e outra já não sei foram as únicas que consegui em 3 anos foas propostas que eu recebi atualmente estou a fazer uma formação para marinheiro maquinista que tem muita matéria é lici transição justa é simples é exatamente aquilo que toda a gente sabe não é é pegar num hidrocarboneto que é pesado que é poluente e vamos vamos arranjar qualquer coisa os carros podem trabalhar hidrogénio podem e é menos poluente é Então pronto vamos investir no hidrogénio vamos fazer a formação desta rapasiada para hidrogénio e transita de um trabalho para outro não nós transitamos foi para o fundo desemprego a nossa transição justa foi só para para o fundo desemprego nós precisamos de capacitar imensas pessoas e pô-las no terreno a fazer coisas novas a fazer processos de licenciamento a aprender a produzir hidrogénio aprender a trabalhar com tecnologias novas h e e isto eu não sei se temos todos a noção da magnitude da da escala e da rapidez que é preciso para isto acontecer se queremos ter um mais competitiva temos que criar um cluster nacional para a descarbonização alguns passos já foram já foram dados o prr tem algumas agendas precisamente com esse com esse objetivo mas espero que daqui a 5 anos esse cluster [Música] existe coisa Não vai ser fácil este Tiano um dos ministros do da da ali do do médio Oriente do petróleo já depois da da da conferência do clima de foi no Dubai e então o que é que disse esse senhor Ministro de um dos países do médio Oriente veem reproduzido no Financial times foi vamos extrair até a última gota de carbonetos é óbvio estão a viver daquilo à grande e à francesa como se diz neste caso no no luxo e querem continuarmos com addicted portanto completamente viciados no petróleo Ainda Ontem foram publicados números sobre o consumo de petróleo no mundo no ano 23 e pela primeira vez na história foram consumidos mais de 100 milhões de Barris por dia de petróleo no mundo em 2023 portanto isto não é algo que vá acontecer de um momento para o outro mas estes países que nomeadamente se tornaram monod dependentes do petróleo têm de começar a pensar seriamente em diversificar as suas economias e não ficarem assentes apenas no barril de petróleo e no metro cúbico de gás é Um Desafio e eu diria talvez como nunca tenha existido em termos [Música] geopolíticos nós em Portugal não temos centrais nucleares e e não iremos ter certamente eh porque por várias razões Porque não são económicas e por além de razões ambientais também porque tê uma rigidez muito grande e aquilo que o sistema elétrico hoje necessita no no quadro desta transição energética não é da rigidez de grandes centrais que est que têm que estar sempre a funcionar mas é a flexibilidade de centrais que têm uma capacidade de adaptação às variações da procura quase instantânea são essas centrais nomeadamente as centrais a gás natural que nos vão acompanhar durante esta transição energética durante algumas décadas [Música] ainda eu ainda me lembro daquelas e velhos do restelo que diziam eh para fend do Camões que que diziam que o país as renováveis são intermitentes e que ia faltar a luz bom nós este ano estamos com imensos Dias acima de 90% da eletricidade de fonde renovável não faltou luz dia nenhum como é óbvio porque hoje em dia a matemática os computadores os algoritmos permitem prever o vento que faz amanhã a chuva que faz amanhã o sol que faz à manhã com as baterias com as barragens que são baterias naturais porque posso bombar água de uma barragem em baixo para a barragem em cima e guardar a água em cima etc posso fazer também baterias térmicas em guardo calor portanto as soluções mais do que existem não são complicadas e nós estamos a aplicá-las em Portugal tanto estamos a aplicá-la cá Dias 95 até já 100% de eletricidade totalmente renovável e ninguém se queixa Porque a luz não falta como é óbvio [Música] os conflitos mundiais os fenómenos climáticos extremos e a instabilidade dos mercados confirmaram que é decisivo repensar o sistema energético Portugal já é o sexto país da Europa com maior peso de renováveis no total da energia utilizada mas o caminho ainda é longo armazenar carregar continuam abaixo das necessidades e os cidadãos sentem-se à margem do processo por ser caro complexo e burocrático democratizar digitalizar descarbonizar são neste caso as bases de uma nova era energética resta uma interrogação se seremos capazes de não deixar ninguém para trás [Música] o [Música]