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[Música] pegue nas malas e embarque na viagem pelos cinco continentes o programa Da rádio observador em que viajamos pelo mundo e analisamos a geopolítica internacional isto não se faz André Maia sem o historiador Bruno Cardoso Reis que está nos Estados Unidos Bruno muito bem-vindo mais uma vez bem-vindo Bruno Olá obrigado Bruno vamos começar este programa de sábado pelas guerras pelos dois grandes conflitos em curso na Ucrânia mais propriamente falamos das reais dificuldades militares do exército ucraniano Mas do lado Russo também nem tudo é um mar de rosas por agora a Rússia está concentrada em identificar alvos na Ucrânia para responder aos ataques de longo alcance em território Russo com com armas ocidentais sendo que estes alvos poderão ser centros de decisão na capital como instalações militares e empresas industriais e de defesa o que eu te pergunto Bruno é será que estamos à beira da terceira guerra mundial como diz o novo enviado trump para a Ucrânia bem eh eu espero bem que não até porque estou aqui na capital dos Estados Unidos Portanto teria razões para est estás no epicentro e exatamente quer dizer eu não vejo que seja de todo racional que faça o mínimo sentido que Putin liberad alargue a guerra escala a guerra para uma Terceira Guerra Mundial isso seria ou seja uma Terceira Guerra Mundial Como já insistimos aqui não não Dev não é uma metáfora e para fazer sentido e tem de ser usado com Rigor é é um é algo demasiado sério para se para se brincar ou para se usar com uma espécie de de de mecanismo literário e portanto significava no fundo um um conflito direto entre as principais potências globais ou ou no mínimo entre as duas entre duas das principais potências globais eh até ISO poderia discutir com o Rigor seria realmente o equivalente a uma guerra mundial Mas enfim mas para todos os efeitos pelo menos isso eh e e portanto não temos sinais de que seja assim Aliás a própria mudança de administração nos Estados Unidos reduz os incentivos para que isso aconteça há toda a expectativa de que a administração trump seja bastante mais benévola e eventualmente benéfica esteja mais disposta a fazer cedências à à à Rússia de Putin do que a administração biden portanto estamos a pouco mais de um mês de da posse de de do presidente trump portanto da segunda administração trump e portanto isso não faz não faz sentido agora isso não quer dizer que não haja uma escalada que não esteja já a ver uma escalada e que não haja reais dificuldades em particular do lado ucraniano mas também do lado Russo do lado eh ucraniano do lado Russo isso é o resultado da natureza desta guerra é um conflito prolongado é um conflito cada vez mais prolongado E como eu insisti tive várias vezes num conflito prolongado h o o o a questão fundamental é o teste e a resiliência da dos beligerantes e os seus aliados ou seja por um lado a Vontade de continuar a combater e e a a Vontade de continuar eh no fundo o esforço de guerra que é aux em vidas e em e por outro a os meios para para para levar a cabo esse esse eh esse esforço de guerra o que depende quer dos próprios beligerantes quer dos dos seus aliados e E aí obviamente no caso da Ucrânia muito mais dos seus aliados a Ucrânia tem a partir da uma desvantagem sobretudo num conflito prolongado mas desde o início que tem essa desvantagem que é um país muito mais pequeno em população em território em meios militares estamos a falar de simetrias 10 ou 20 para um em em meis Aéreos ou ou em mei Navais ou ou ou em artilharia e portanto tudo isso teve de ser compensado em parte por um grande esforço de ajuda dos países ocidentais questão é também aí põe-se a questão Será que esses Aliados continuam disponíveis para ajudar na mesma escala eh e por quanto tempo eh claramente no caso dos Estados Unidos a resposta é cada vez mais não apesar de tudo este general kellog no fundo é alguém e enfim que que já tem experiência na anterior administração trump era era o conselheiro de segurança do vice-presidente Mike Pence eh portanto é é alguém com algum crédito em termos de enfim de conhecimento nesta área da enfim da guerra de de questões militares da estratégia e eh nas declarações que tem feito no fundo parece-me que ele procura transformar eh digamos aquilo uma posição de trump que do meu ponto de vista é é é é é bastante criticável esta ideia de fazer a paz já eh e e sem definir condições mínimas eh e e e no fundo transformar isso em algo que faz um pouco mais de sentido em termos de gestão estratégica ou seja de fazer aqui um um exercício de coersão sobre os dois lados usar o f armament à Ucrânia como uma forma de pressão para a Ucrânia aceitar algum tipo de negociação mas também ameaçar a Rússia que se essa negociação não for feita de boa fé que isso pode resultar em reforço do apoio militar à Ucrânia que é também Mita linha de do congressista do Mike walts que é o novo Conselho de Segurança Nacional Donald trump que será aqui uma figura chave na gestão de toda a dimensão externa à partida pelo menos tiver uma relação próxima com com o Donald trump e e portanto portanto enfim claramente a resposta em relação a uma Terceira Guerra Mundial não em relação a a dificuldades elas são muito reais no caso da Rússia elas também existem se não existissem exemp L exatamente se não existissem a Rússia não tinha todo este exercício constante propagand em desinformação a ameaçar com a terceira guerra mundial que é uma Evidente forma de fazer tentar fazer chantagem sobre as opiniões públicas mais impressionáveis nos países ocidentais não estaria a recorrer a tropas norte-coreanas certamente muito pior treinadas m mais difíceis de integrar de comandar até por questões linguísticas etc do que tropas Russas fala-se até de recrutamento de ú no yemen etc eh não estaria a recolher a recorrer a mísseis e a drones iranianos e também norte-coreanos e enfim não teria uma situação económica nós queixamos da economia na Europa ou nos Estados Unidos bem a taxa a taxa de inflação na na Rússia é cinco vezes o que é na Europa é ou nos Estados Unidos são 10% a taxa as taxas de juro são 10 vezes o que são na Europa são são são 20% 21% neste momento portanto há também aqui uma um enorme desgaste do par da parte da Rússia agora a Rússia tem uma vantagem em relação à Ucrânia e aos países Democráticos ocidentais é que não tem uma verdadeira democracia portanto é um regimo cada vez mais autoritário e repressivo em que se quer falar em guerra dá 15 anos de cadeia e portanto basicamente tem muito mais formas de evitar que a eventual insatisfação com este enorme custo se reflita n algum tipo de alteração na política russa e e portanto isso é muito mais provável de acontecer e já está a acontecer por exemplo dos Estados Unidos e e pode acontecer n outros países inclusive países europeus Claro Bruno vamos acelerar aí nesta altura o envio de tropas europeias para a Ucrânia volta a estar também em cima da mesa foi novamente a França a levantar a questão mas também já se falou do Reino Unido esta ideia faz sentido o que é que pode e deve a Europa fazer bem a Europa pode e deve fazer muito este ano no fundo uma oportunidade para afirmar a sua autonomia estratégica agora o grande problema e é um pequeno eu diria que é um pequeno grande problema é que a Europa não existe ou seja nós não temos um estado europeu e temos dezenas de estados europeus temos 27 e estados europeus na União Europeia Temos 30 estados europeus no no contexto no total de 32 da da Nato e esses estados não estão todos necessariamente alinhados todo o tempo apesar de tudo muito mais do que muita gente prevu no início tem-se mostrado muito alinhados no sentido certo que é a necessidade de travar a agressão russa de fazer pagar um preço muito elevado à Rússia por esta agressão fazer perceber a Putin que isto enfim é al que é inaceitável para os europeus e vai ter reflexos em termos de sanções económicas de apoi militar a quem for agrad etc agora pedir no fundo à opinião pública europeia que a par disso aceito fornecer tropas colocar tropas europeias a combater na Ucrânia isso realmente parece-me um passo que não é realista no no contexto atual ou seja não me parece que haja eh apoio na opinião pública eh entre os principais estados europeus que teriam meos militares para fazer isso Inclusive a própria França para para isso acontecer H isso mesmo a França está aliás em dificuldades por razões que vamos referir adiante em termos de estabilidade do seu governo de questões económicas está com um déficit muito elevado portanto tudo isso torna pouco provável que fosse muito fácil de vender à opinião pública desde logo francês esta ideia eh de um investimento maior inclusive com tropas portanto arriscando não só eh recursos mas também vidas para defender a Ucrânia isto em todo o caso lembra-nos que realmente quem está aqui a fazer o grande sacrifício a correr os grandes riscos inclusive em termos da escalada que está realmente a acontecer que é mais ataques Aéreos mais ataques com missas contra eh alvos civis na Ucrânia contra infraestruturas críticas cidades isso são são realmente os ucranianos os britânicos Aliás já vieram esclarecer que isso não está em cima da mesa a mim parece-me que isto é um pouco eh Digamos um repetir desta ideia de um certo eh ambiguidade estratégica um certo Bluff Se quisermos que o próprio Presidente macron também já já fez há há uns tempos atrás e eu acho que isso tem algum lugar numa guerra no fundo manter o inimigo a adivinhar as nossas intenções mas não se pode levar isso demasiado longe eh e sobretudo eh também eh isso cria o risco de de criar falsas expectativas seja entre a própria opinião pública seja por exemplo entre os ucranianos que depois não se concretizam Portanto acho que há que ter aí algum cuidado uma outra hipótese a questão de contratados Eh Ou seja no fundo estas eh estas empresas de segurança que em muitos casos têm meios bastante poderoso e e t eh no fundo contratam antigos soldados muitas vezes até de forças especiais etc eh mas mesmo isso enfim poderia ter aqui algum Impacto indireto não teria as mesmas implicações eh mas aliás corresponderia no fundo ao que a Rússia constantemente diz que está a acontecer e que não é verdade que é que há um envolvimento direto eh de países ocidentais mesmo isso seria um envolvimento eh ainda assim indireto eh mas H mas na verdade eh mesmo isso enfim não parece haver para já um consenso Claro nesse sentido e a acontecer em todo caso seria sempre com números bastante limitados que dificilmente fariam aqui uma uma diferença enorme em termos das dinâmicas no na na frente de combate na Ucrânia Bruno da Ucrânia passamos para o médio Oriente tivemos finalmente o acordo entre Israel e o hes bolá para um cessar fogo de 60 dias no Líbano ainda assim Bruno Israel já acusou O H bolá de ter violado esse esse sar fogo primeiro queremos perceber porque é que temos este sar fogo no Líbano e não em Gaza e depois se achas mesmo que vai durar os 60 dias porque avaliar por estes últimos desenvolvimentos não parece bem eh porque porque no Líbano e não em Gaza é muito mais simples ou seja no Libano nós apesar de tudo temos um estado um estado que funciona muito mal nem sequer tem aliás Presidente o presidente devia ser CR e até por por força do peso do es bolá eh e enfim desta tentativa de marginalizar os os setores cristãos que tipicamente são mais moderados e mais hostis ao conflito com Israel que tem enormes custos para o Líbano um país já com imensos problemas económicos etc portanto mas apesar de tudo esse governo existe existe um exército libanês e não apenas uma um movimento de carilha terrorista Como como é o caso do H bolá embora mais uma vez bastante fraco e precisar aliás provavelmente de apoio H portanto eh não há este esta questão de saber quem é que vai governar quem é que vai reconstruir quem é que quem é que garante a segurança eh se não se confia no es bolá não é portanto no caso de Gaza nada a única coisa que existia ou existe é o hamas eh não é portanto era o hamas controlava a administração do território controlava a segurança do território há a questão dos reféns obviamente dos reféns israelitas conv vem não esquecer não é eh e portanto e nada disso nada dessas complicações vamos dizer assim existem no caso do Líbano Agora continua a haver uma questão que é enorme desconfiança entre as partes eh e portanto é isso que me levou sempre a dizer que primeiro eraa preciso ver o acordo realmente assinado e depois era era preciso ver eh a sua implementação porque muitas vezes isso é aliás uma questão eh geral em termos de de negociações diplomacia muitas vezes para se chegar a um acordo o preço do acordo é alguma ambiguidade em relação a questões chave e mais difíceis de resolver o problema é que depois quando chega à fase da implementação é preciso resolver realmente essas questões na prática eh e a resolução não se a implementação prática não corresponde àquilo que eram as expectativas de um dos lados isso pode levar e no fundo a ao fracasso desse desse acordo e portanto aqui obviamente esse nível de desconfiança entre as partes é ainda muito maior Portanto vamos ver para já já tivemos aqui um sinal desses problemas realmente ou seja Israel já veio dizer eh houve atividades suspeitas nós atacamos Essas atividades suspeitas portanto isto não pode ser usado pelo es bolá para se manter ou para reconstituir as suas o seu Arsenal nós não não vamos permitir isso Eh agora o problema é que se há muitos incidentes destes quer dizer se temos um sar fogo mas em que Israel continuar a disparar contra o es bolá parece-me bastante provável que o es bolá cá por recomeçar a disparar também foguetes em relação contra Israel e portanto no fundo há o risco do sar fog realmente não durar sequer estes 60 dias portanto para já é um é importante sublinhar Isso é uma trégua de 60 dias não é um acordo digamos h de paz minimamente formal que que resolva a questão é é é uma tentativa aqui de dar algum alívio às partes em todo caso e para para o ES bolá isto permite no fundo tentar reconstruir um reconstituir-se um pouco eh depois desta enorme pressão desta brutal pressão de Israel inclusive sobre a sua liderança permite ao seu Líder ou seu novo líder pelo menos sobreviver mais uns 60 dias prov pelo menos e também permite a Israel concentrar esforços novamente em Gaza e aumentar a pressão sobre o amag no fundo passar esta mensagem de que o amas está isolado não conta já sequer com o apoio do ebola e portanto nesse sentido havia aqui algum interesse das partes E também permitir à população do norte de Israel regressar eh às suas casas vamos ver por quanto tempo e também a população do Sul do Lima regressar às suas casas vamos ver por quanto tempo claro Bruno temos 3 minutos até ao final Eh vamos fechar esta primeira parte e falamos dos Estados Unidos o que é que podemos deduzir aqui das escolhas de Donald trump para a sua equipa económica por exemplo o Secretário do Tesouro o secretário do Comércio isto numa altura em que o novo presidente também americano já renovou a ameaça de tarifas sobre eh o Canadá e também sobre o México que consequências é que se pode trazer a Europa Está também preparada bem eh muito sinteticamente temos estes nomes foram aliás objeto de uma enorme disputa e até aparentemente já de um processo portanto um dos um dos advogados trump estará pedir dinheiro ao Scott bessant para fazer Lobby para convencer o presidente a nomeá-lo portanto no fundo eh o secretário do tesouro no fundo será mais ou menos o nosso Ministro das das Finanças eh o secretário do Comércio já um bocadinho o nosso Ministro da Economia e portanto Scott bessant Howard lutnik são nomes digamos relativamente mainstream ligados ao Wall Street sobretudo Scott bessant ouve aliás Lobby de de Allen mus contra ele porque era visto como alguém demasiado alinhado digamos com com o sistema eh mas a verdade é que qualquer dos dois deixou bastante Claro por exemplo Scot P vai dizer não há nenhum problema de inflação com estas tarifas de Que Donald trump implementar que é algo que nenhum economista Sério acredita se elas forem min ente implementadas na escala que estão que foi anunciada vão ter um custo enfim as estimativas são entre 1 e 2% mais de inflação nos Estados Unidos um custo talvez mais de 2000 em média por em termos de gastos de uma família durante um ano e mas portanto Isto mostra que no fundo eles independentemente digamos do seu percurso anterior e vão ser lealistas vão seguir a linha trump em última análise quem decide nesta administração trump é realmente trump muito mais do que aconteceu entre 2016 e 2020 e ele tem esta opção com as com as tarifas com os impostos alfandegários do meu ponto de vista aquilo que eu pode dissuadir é eh custos em termos de popularidade de imagem no interior dos Estados Unidos eh e eventualmente também eh coisas que ele valoriza Como por exemplo o o Dow Jones enfim os índices de das ações que para já não mostram nenhum sinal de preocupação com com isto mas isso não quer dizer que estejam estejam certos eh em relação à ao Canadá e ao México ele avança com eh eh com a ideia de que vai decretar tarifas de 25% eh isso eh seria terrível porque as são economias completamente Integradas eh os Estados Unidos Por exemplo importam imenso petróleo gasolina Se quisermos do do Canadá importam imensos eh imensas partes que depois são usadas para por exemplo para montar automóveis do México etc portanto seria uma receita para o caos Eh vamos ver se isso realmente avança eh se se avançar terá consequências terríveis é o que o Canadá e o México já vieram dizer mas também disseram que Estão dispostos a negociar a fazer algumas cedências por exemplo reforçar a segurança nas fronteiras o controle quanto ao tráfico de de facientes de drogas etc do do meu ponto de vista a Europa tem de estar preparada numa dupla dimensão que é rapidamente deveria avançar com eh havendo eh estas novas se estas novas tarifas eh entrarem em vigor avançar com eh Retaliação ou seja avançar contra setores sobretudo setores económicos que eh são de apoiantes Donald trump como por exemplo a agricultura soja eh o Whisky do tennesse etc e e ao mesmo tempo disponibilizar para negociar e pode ser que trump no fundo queira sobretudo aqui a oportunidade de aparecer como alguém que consegue compromissos favoráveis para os Estados Unidos e por exemplo aí uma via óbvia Eu já falei disso várias vezes é comprar comprometer-se a comprar mais armamento norte–americano é algo que Aliás a Europa precisa de reforçar muito os seus arsenais eh ou inclusive comprar mais gás natural também li feito norte-americano que é que a Europa também precisa Portanto acho que é possível avançar com alguns compromissos mas a Europa tem de ser sobretudo Coesa e forte que é coisas que são aspectos que também não estão garantidos que os 27 realmente tenham aqui uma posição Coesa a convergência de interesses apontaria nesse sentido mas eu não dou por garantido que será realmente assim Bruno ficamos por aqui na primeira parte regressamos já seguir com os cinco continentes na rádio observador na segunda parte vamos falar sobre vários assuntos como o balanço da cop 29 e na Europa vamos olhar para a situação política em França e também na roménia são apenas alguns dos destaques logo a seguir à notícias até já até já já [Música] estamos de volta segunda parte do cinco continentes na rádio observador com o historiador Bruno Cardoso Reis que todas as semanas nos leva numa Grande Viagem bilhete gratuito para analisar a geopolítica É isso mesmo para analisar a geopolítica Internacional e Bruno conforme o prometido no final da primeira parte começamos a viagem desta segunda parte em bacu vamos falar da cop 29 que balança é que fazes deste encontro onde se discutiram os grandes desafios da política climática internacional bem e esta cop 29 ou seja a conferência das partes E e é 29ª Portanto o processo começa no rio em 92 depois enfim há um processo de ratificação primeiro em 1995 eh enfim é o que existe de tentativa de ir chegando a acordos globais porque é o que é preciso para resolver um problema que é obviamente global que é a questão do da do aquecimento eh do aquecimento global da da crise climática enfim da propensão que isso depois gera para eventos climáticos extremos etc eh e portanto o problema aqui sempre e desde o início é tudo isto é depende do emfim da vontade dos Estados portanto é um processo voluntário que implica acordos entre 193 estados e sobretudo entre as maiores economias H ele este esforço implica grandes custos e para no fundo financiar esta transição para por exemplo energias mais limpas que fazem sentido não só por causa da crise climática mas por várias outras razões eh por exemplo no caso da Europa aumentar a sua autonomia estratégica reduzir a dependência de de importações extremamente dispendiosas de petróleo etc mas a verdade é que isso é altamente Custoso eh e h e portanto a questão é quem é que vai pagar não é e aqui Temos esta discussão também que voltou a estar em cima da mesa esta vez que é os países menos desenvolvidos do Sul enfim por exemplo em África nós temos 60% de pessoas que ainda não têm acesso à eletricidade não é eh obviamente isso não é sustentável a prazo portanto nem é aceitável portanto quem é que vai como é que se vai fazer esse esse crescimento eh do fornecimento de energia por exemplo em África eh será de forma limpa ou não eh e quem é que paga no fundo esses esses investimentos e portanto o acordo que se foi que se jogou Mas enfim foi sempre muito contestado desde logo pelos Estados Unidos é que seriam no essencial os países mais desenvolvidos mais industrializados mais ricos a a a pagar esse esse custo e apesar de tudo o acordo que seou agora em baku foi Eh vamos triplicar esse esforço eh os países mais pobres os países em vias desenvolvimento dizem ainda é muito pouco foi só de 100.000 milhões para 300.000 milhões enfim muitos especialistas dizem que sim que seria preciso muito mais mas o problema também é eh cada vez mais há críticos no enfim nos Estados Unidos desde logo sempre existiu essa crítica e ela vai regressar ao poder com Donald trump e portanto este acordo foi assinado pela administração biden não é todo garantido que seja cumprido Portanto vamos ter é e a queixa é que é pouco mas pode ser ainda muito menos se os Estados Unidos não pagarem e é bem provável que não paga uhum eh isso vai aumentar também os problemas e e as críticas no interior da Europa no sentido de dizer mas então somos só nós que pagamos Ainda mais quando há aqui uma questão que foi desta vez e cada vez mais tem sido levantada pelos países europeus e ocidentais que é dizer bem quer dizer se o argumento é a China diz os países por exemplo do Golfo pérsico que tem enfim que tem neste momento das economias mais ricas do mundo enormes reservas de de Capital por causa da extração do dos recursos que estão a causar esta esta eh este aquecimento nomeadamente os hidrocarbonetos o petróleo gás se esses países porque esses países não contribui a nada porque o argumento deles é bem nós até aqui não causamos o problema e agora estamos a causar Mas é porque estamos a a sair da pobreza bem esse esse argumento apesar de tud Terá algum prazo de validado já é difícil dizer por exemplo em relação aos países do Golfo que eles estão a sair da pobreza acho que já saíram da pobreza há bastante tempo é um pouco difícil estarmos constantemente a ouvir dizer estes mesmos países Nigéria por exemplo se vai caixar muito a Índia para não falar da China dos países do Golfo eh que e enfim e o ocidente está decadente está acabado que agora o sul global é que é mas depois quando chega a altura de pagar alguma coisa de pagar as despesas no fundo desta comunidade Global quem paga são sempre os mesmos são são os decadentes e os irrelevantes eh E H inclusive com esta questão que é bem se a China diz bem nós temos de fazer isto porque estamos a sa da pobreza embora ao mesmo tempo diga já somos muito ricos e olhem para nós nós agora é que somos o modelo eh a Europa também pode usar esse argumento em relação ao histórico não é portanto a Revolução Industrial também foi a forma da Europa saída popra e portanto se nós não tivéssemos tido Revolução Industrial também continuamos a ser muito pobres não teríamos este dinheiro todo para poder pagar a transição energética portanto mais uma vez esse argumento tem praso de validade e portanto parece-me que eh este acordo podia não ter acontecido houve esteve enfim Até à última hora para ser aprovado também é o habitual nestas conferências muito internacionais muito amplas eh mas querme parecer que é talvez o fim de uma era ou seja ou realmente eh Há aqui mudanças de fundo e estes países emergentes começam a assumir uma parte deste custo e a assumir que isto é realmente uma agenda partilhada e que é do interesse de todos que não tenhamos um um planeta em que seja cada vez mais difícil viver e com enormes custos também por todos estes eventos climáticos extremos em termos de vida e até em termos de dinheiro também ou ou então provavelmente este modelo vai entrar em crise porque parece-me que isso é bastante Evidente já no caso dos Estados Unidos mas mesmo na Europa vai começar a haver uma reação crescente esta ideia que somos só nós a pagar pela crise climática uhum Bruno na Europa damos um salto até à roménia para falar dos resultados inesperados das eleições presidenciais o órgão regulador da comunicação do país pediu a suspensão imediata do tiktok eh isto porque cin Georges acabou por ser o vencedor da primeira volta das eleições contrariando todas as sondagens E porque é que falamos aqui do tiktok o tiktok poderá ter sido o grande caminho para essa vitória nas urnas Bruno Eh vamos ter a segunda volta dia 8 de dezembro qual é que vai achas que vai ser aqui o desfecho e já agora se o tiktok vai ser importante ou não bem vamos ter também eleições legislativas portanto eh realmente eh tudo pode mudar na na roménia eh este este Presidente este Enfim este candidato presidencial calinho Georges que não é o presidente eleito não é portanto como referiste vamos ter segunda volta ele El ele apesar de tudo só teve entre aspas 23% dos votos eh no fundo o voto moderado o voto dividiu-se muito eh desde logo digamos entre o centro direita e o centro esquerda eh a candidata que ficou em segundo lugar a Elena lascon teve 19% 19.17 por o terceiro classificado que era o primeiro-ministro que entretanto se demitiu e que estava à espera de passar à segunda volta por umas décimas não passou portanto Marcelo ciolac do digamos dos sociais Democratas romenos teve 19 P 14% portanto eh por 3S décimas não não passou a à à ao por qu1 Se quisermos não passou à à segunda volta eh mas portanto isto realmente gerou um enfim um terramoto político na roménia mas apesar de tudo as sondagens continuam a dar por exemplo o partido social-democrata portanto centro esquerda como o partido com mais intenções de voto à volta de 30% eh e portanto este candidato presidencial é um candidato independente portanto não tem partido constituído vamos ver se isso depois muda no futuro agora não há nenhuma dúvida que as redes sociais foram ciais para ele eh e mostram bem como um candidato populista mesmo sem rede partidária e que era também muito o caso Donald trump Donald trump fez a sua primeira campanha em 2016 muito contra o Partido Republicano tradicional realmente consegue uma ligação direta com as pessoas consegue um enorme Impacto sem depender da cobertura da Imprensa sem depender do aparelho partidário enfim vamos verse em Portugal isso também virá a acontecer com algum eventual candidato independente e enfim ele claramente seguiu uma linha muito nacionalista muito crítica da União Europeia numa linha populista muito crítica da Ajuda também à Ucrânia e manifestou enfim até se colou em termos de imagens e muita a Vladimir Putin e portanto isso obviamente causa aqui preocupação porque a roménia é um país vizinho da da Ucrânia que até aqui tem sido um aliado importante e também foi crítico da Nato tem sido é um candidato crítico da Nato a Nato Por Exemplo foi crucial para enviar tropas para a roménia para no fundo se dissuadir qualquer eventual tentação russa em relação também à à roménia mas Portanto vamos ver e em última á O que é que os eleitores decidem eu aqui em relação às redes sociais não desvaloriza a sua importância eh como referi acho que foi foi certamente muito importante e explica Sem dúvida muito este sucesso eleitoral agora eh quer dizer nós temos este problema nós vivemos em democracias onde há liberdade de expressão eh eu acho que tem de haver regulação sobre as redes sociais eh não me parece que seja aceitável que tenhamos centenas de milhares ou milhões de votos ou seja pessoas que não existem muitas vezes por resultado cortesia dos serviços de informações militares Russos ou ou chineses ou que seja a fazer-se passar por eleitores romenos ou portugueses ou americanos ou o que for portanto isso obviamente tem de ser ativamente combatido agora a ideia de simplesmente acabar com uma rede social eh isso já me parece mais complicado do ponto de vista daquilo que são os nossos princípios Democráticos nós as democracias têm esse problema são mais abertas portanto à partida são mais vulneráveis a campanhas de desinformação de propaganda aí a questão fundamental é em última análise as pessoas também só compram a desinformação que querem não é alguma coisa pode pode ser feita ao nível por exemplo de evitar esta questão de vamos dizer propaganda enganosa sobretudo por pessoas que realmente não existem assumir assumindo identidades que não t etc mas mas simplesmente acabar com uma rede social isso parece-me mais complicado Bruno ainda na Europa falamos do governo francês que já esteve mais longe de cair e esta crise Bruno até já está a produzir efeito com os juros da dívida pública a disparar que futuro perspectivas para o governo francês se é que existe um futuro não é bem confirma-se aquilo que aqui fomos falando que é o grande teste para o novo governo para que é um governo digamos eh liberal e liberais e e de direita mais tradicional com algum apoio ocasional da do partido da Senhora lepen do rassemblé Nacional eh na verdade dependeria sobretudo a questão crucial seria o orçamento sobretudo porque a França não tem opções fáceis está com um déficit de 6% o dobro daquilo que é permitido na União Europeia se fosse um país com Portugal já teria muito mais problemas neste momento a dívida como referi os juros da dívida francesa já ultrapassaram os juros da dívida grega eh e portanto obviamente também da dúvida portuguesa mas isso há bastante mais tempo e e portanto H A questão aqui é eh enfim como é que se faz esta quadratura do círculo aparentemente barnier se deu n algumas questões por exemplo num imposto sobre a energia que era muito impopular e que a frente nacional e r Nacional lepen Marin lepen tinha feito disso uma questão crucial eh também já se deu num aou outro aspecto que os partidos da da própria Coligação também tinham insistido que não podiam avançar e portanto Pode ser que por essa via ele consiga por um lado viabilizar o orçamento Eh aí eh na no sistema francês ele consegue fazer isso vamos dizer assim entre aspas por decreto portanto consegue passar mesmo sem o apoio parlamentar O problema é que isso automaticamente permite e moções de censura que podem levar à queda do governo e portanto aí é que é crucial depois haver um apoio enfim desta um pouco cont desta Coligação um pouco contra Natura um pouco forçada e mas portanto para já houve algum esforço da parte da barni que é realmente um negociador muito ável recordo que teve a experiência de negociação do brexit para tentar no fundo evitar uma queda do no governo e mas ela enfim e é uma questão que se colocou mais uma vez que se coloca que se colocará Ou seja é um governo muito frágil e isso é um grande problema para a Europa no contexto atual em que temos a Ucrânia no estado em que está em que temos o risco de uma guerra económica com os Estados Unidos ter e termos temos um um governo missionário na Alemanha temos eleições na Alemanha em fevereiro podemos ter um governo missionário na França ou certamente um governo muito enfraquecido em França é realmente uma péssima notícia para a capacidade de resposta eh forte da Europa a estes desafios Bruno vamos até à ao continente asiático isto porque o procurador do tribunal penal internacional prepara um mandado de captura para o líder da Junta Militar da birmânia isto por alegados crimes contra a humanidade Qual é que é o significado disto Bruno eh bem realmente é eu diria que talvez seja um bocadinho tarde mas enfim Melhor tarde do que nunca eh ou seja era uma das questões que era muito levantada por Por exemplo quando e quando se falou da questão da agora dos mandados sobre sobre natania e e mesmo sobre enfim sobre o líder provavelmente já de funo há mais mas sobretudo sobre o primeiro ministro Israelita e o e o ministro da Defesa Israelita que é como é que é possível ainda não ter aconteci nado em relação à birmânia não é em que há e enfim provas bastante manifestas provavelmente um genocídio aliás uma escala enfim como não se via provavelmente Desde o tempo do Ruanda e mas mas sobre os ringas sobre esta população minoritária de origem muçulmana na na birmânia que é um país de maioria budista a mas se não desun cídio certamente numa de uma limpeza étnica digamos numa escala numa escala Colossal portanto eh sendo que aí o envolvimento de enfim dos militares já antes deles terem feito o golpe de estado 2021 Era bastante Evidente e e portanto no fundo parece-me que enfim Isto mostra como realmente algumas das críticas sobre esta ideia de que esta Justiça por vezes parece um pouco politizada e e condicionada na sua agenda sobretudo na no no seu calendário muito por pressão externa e não por aquilo que devia ser que é no fundo a gravidade dos crimes e também a antiguidade dos crimes que isso parece eventualmente confirmar eh mas enfim em todo caso também significa eh no fundo o agravar das dificuldades eh da Junta Militar embora aí acho que o efeito será Marginal ou seja o governo militar da birmânia já está bastante isolado Não tem qualquer tipo de apoio ocidental o apoio que tem que é bastante significativo em particular de armamento por exemplo aviação por parte da Rússia para poder continuar a bombardear a população civil esse vai certamente manter o próprio Putin também é Alvo do mandato do tribunal penal Internacional e no caso da China há alguns sinais de tensão de impaciência da de Pequim com a junta militar Mas elas têm sobretudo a ver com a ineficácia da Junta Militar em resolver a situação em controlar e a questão de segurança o agravar no fundo da própria guerra civil com impacto direto nas fronteiras com com a China eh e portanto desse ponto de vista enfim diria marginalmente aumenta aqui as dificuldades e a deslegitimação do governo militar birmanês mas não creio que vá alterar muitas coisas pelo menos não não no curto prazo Bruno ainda na Ásia o novo primeiro-ministro do Nepal anunciou que vai primeiro à China do que à Índia quebrando assim uma tradição queria-te perguntar se isto tem um grande significado Isto também numa altura Bruno em que podemos ter um terceiro Men min da defesa da China so investigação por corrupção Pelo menos é o que diz o Financial times sim o o novo primeiro-ministro da do Nepal charma Oli vai visitar realmente a China na próxima semana e e portanto a tradição até aqui era sempre de que a primeira visita ao exterior fosse à fosse à Índia e o Nepal no fundo era um protetorado britânico integrado digamos no sistema Imperial britânico no conjunto da Índia que era muito mais amplo do que a india atual porque abrangia o Paquistão abrangia o banglades abrangia a própria birmânia que já falamos o botão e também o o o Nepal na na zona dos himalaias mas realmente a queda da monarquia de uma monarquia hindu Aliás na no Nepal eh a ascensão de dos maoístas digamos da de um partido de uma Guerrilha maoísta que obviamente Como o próprio nome indica olha sobretudo para a China como a sua referência eh os as próprias dinâmicas económicas o Nepal é um daqueles os casos de eh dívida excessiva e de investimentos questionáveis por parte da China isso não é sempre o caso mas neste caso estamos a falar por exemplo de um terceiro aeroporto internacional no Nepal que aparentemente não tem Aviões eh que foi pago com financiamento chinês e que agora o Nepal Tem dificuldades em em pagar essa dívida não é portanto uma um dos temas da viagem será eh Exatamente esse mas portanto isto tudo aumenta o nervosismo entre as elites indianas eh sobre esta ideia de que no fundo há uma série de países vizinhos eh que a Índia se habituou a ver como países aliados e até com uma certa relação de dependência quase subserviência o banglades por exemplo a queda da cheik cina que era muito próxima da Índia e agora o Nepal também o o o o sri Lanca portanto há há aí vários desses países vizinhos da Índia onde a influência chinesa parece estar a crescer e isso é realmente algo que preocupa as elites indianas a questão é o que fazer e aí a resposta Nem sempre é muito Evidente mas as dificuldades também existem do do lado das como referi de facto estamos na perante a possibilidade de termos e basicamente um terceiro ministro da Defesa com com problemas de corrupção eh os dois antecessores imediatos eh foram afastados enfim um um já estava já já já tinha já estava digamos já tinha saído mas acaba por ser depois expulso do exército e e acusado de corrupção digamos já na reforma eh o ministro veio depois o o o ministro li Chang fu foi também foi foi entretanto afastado ao fim menos de um ano em funções eh e este novo Ministro deng que é um Almirante também pela primeira vez na na história da China é um sinal importante da importância que sent a Marinha desta dimensão de projeção de poder naval por parte da da China aparentemente segundo o Financial times eh portanto este Ministro dongjun também estaria sob Suspeita de corrupção e estaria a ser investigado h eu aí eh enfim o o governo chineses oficialmente negou ou seja disse que isso era fantasmas e Fumaça etc a verdade é que o times fo O Primeiro Jornal a anunciar o caso anterior ou os casos anteriores Se quisermos portanto costuma ter Fontes bem informadas na China eh eu diria em todo caso seria realmente um sinal péssimo Aparentemente o presidente xi apesar de todo o seu géo político deste culto da personalidade crescente tem grandes dificuldades em em escolher ministros da Defesa que não estejam envolvidos em casos de corrupção e poel gisto e se calhar quer dizer que há uma espécie de corrupção generalizada nas Forças Armadas chinesas eh e portanto isso levanta Grandes Questões so por exemplo Será que a China está realmente preparada para algo tão arriscado Como invadir Taiwan não é como uma eventual Ou pelo menos ameaçar isso de forma de forma credível uhum Bruno só temos mesmo um minuto até ao final e por isso diria para passarmos já à recomendação hoje tens uma recomendação para os nossos ouvintes e esta semana tens um livro de Memórias de alguém muito bem conhecido quem Ângela Merkel vai enfim publicou as suas memórias penso que ainda não estarão disponíveis em português mas já estão em alemão e e em e em inglês também eh portanto fright ou Freedom ou ou seja Liberdade eh enfim eh é uma mas memórias muito a estilo de de Angela Merkel ou seja não são propriamente revelações estonteantes ou um estilo de escrita digamos muito muito apelativo ou surpreendente vá ou surpreendente exatamente em certos aspectos em certos em muitos aspectos podemos dizer que às vezes são um bocadinho madoras mas não deixam de ser bastante interessantes eu diria eh a parte mais interessante Talvez seja a a parte Inicial sobre a sua Juventude a crescer na na Alemanha de Leste na Alemanha comunista sobre dominação soviética eh como filha de um pastor protestante e no fundo o sonho que era a liberdade e o ocidente eh isso ajuda a explicar algumas das suas escolhas mais questionáveis que come seram mais críticas em que ela arriscou mais até muito fora daquilo que era o habitual por exemplo a questão dos refugiados sírios em 2015 2016 ela no fundo sabia bem o que é que era viver num país onde as pessoas queriam fugir para outros países mais livres e mas mas não tem muitas referências a Portugal eu procurei ver tem algumas referências sobretudo a ao ao presidente da Comissão europeia Durão Barroso com quem ela tem uma boa relação Ecologia várias vezes também critica não há outro aspecto mas sobretudo esta ideia de que podia talvez ter negociado mais com a Rússia que é talvez o aspecto em que ela insiste mais e que talvez continuamos ser mais críticas e seja menos convincente esta ideia de que esta estratégia de procurar compromissos com a Rússia quase a qualquer preço até ela sair de funções Praticamente em 2021 que era algo que se justificava naquele contexto eh eu percebo eh e acho que por vezes ela pode ter alguma razão tem tem pelo menos a vantagem de desmentir esta ideia de que não se Tentou chegar a acordos com a Rússia de que a Rússia foi sistematicamente humilhada desprezada etc pelo contrário se houve aqui algum problema foi de procurar quase a qualquer preço e já quando era muito evidente que Putin não estava interessado boa fé em compromissos em tentar chegar a compromissos com eh com Putin e mas realmente enfim são como quase todas as memórias muito justifica muito Auto justificativas são muito pouco autocríticas mas em todo caso não deixam de ser bastante interessantes ter aqui alguma informação interessante inclusive sobre a gestão da crise do euro embora aí realmente a atenção maior é dada à Grécia e às instituções europeias Portugal que sear não foi assim tão problemático não merece assim tanta atenção como se poderia eventualmente pensar Bruno fica por aqui a nossa viagem nos cinco continentes estás de volta no próximo sábado é sempre um gosto um abraço daqui até aos Estados Unidos isso um abraço semana obrigado [Música]
1 comentário
Obviamente o Hezbollah nunca cumprirá nenhum acordo.
O Islão odeia os judeus, os cristãos, os hindus, os budistas, e a si próprio.