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[Música] António Costa úrsola Van derline e Roberta metsola já tiraram a fotografia de Família o presidente do conselho europeu junt às reconduzida presidentes da comissão europeia e do Parlamento europeu o novo mandato nas altas instituições europeias começou ontem com António Costa optar por arrancar os trabalhos com uma visita à capital da Ucrânia hoje no final da reunião Costa e vanderlin escreveram no x disseram que este é o princípio de uma parceria forte para a Europa sublinharam também que os desafios que estão por diante não serão um passeio no parque mas consideram que podem superá-los e precisamente para falar dos Desafios do novo presidente do conselho europeu e da nova vida das instituições europeias estão hoje no tir teimas os eurodeputados do PS Marta temido e Paulo Cunha do PS Boa tarde aos dois bem-vindos a este tir teimas Marta temido começava por si eh António Costa é o primeiro português e também primeiro socialista à frente do Conselho europeu já sublinhou a importância da unidade na Europa vimos em Portugal que António Costa consegue fazer quebrar muros até que ponto é que essa estratégia poderá ter sucesso também entre os 27 Olá muito boa tarde trazar um cumprimento à rádio observadora a Raquel Cassis e a Luis soar e também naturalmente ao Paulo cunha bom eh eu acho o seguinte o discurso que eh o novo presidente do conselho fez eh na sexta-feira passada é eh exemplo significativo daquilo que é a sua capacidade de trabalhar eh com diferenças no momento em que o o presidente do conselho eh diz que eh a Europa eh é neste momento mostruário de diversidade e que nós temos que terrar respeito por essa diversidade e por essas diferenças eh anuncia toda toda uma uma uma diferença Face àquilo que são posições h mais eh deer tá boa raza daquilo que são as diferenças e a diversidade dentro da própria União Europeia Ora nós sabemos que eh em cada alargamento que temos feito e nos futuros que viermos a fazer e todos queremos que eles aconteçam vamos ter eh mais diversidad de culturas de economias que pessoas estamos aqui com algumas dificuldades em ouvir a Marta temido com com boas condições está num num local com pouca rede parece-me Marta temido não sei se consegue ir para um local onde tenha um bocadinho mais de rede para para conseguirmos ouvira em melhores condições olha vamos lá ver eu estou aqui no Parlamento europeu eh melhor agora parece b pronto parece melhor agora aproximei-me da janela parece melhor agora pode continuar sim pronto dizia-lhe que de facto o discurso de de o primeiro discurso que o presidente do conselho fez que é impressivo eh sobre aquilo que é uma portura diferente em relação à à à forma de lidar com as diversidades que a União Europeia cada vez mais tem cada vez mais incorpora e com aquilo que nós sabemos que eh é é o fruto o efeito do dos dos alargamentos que temos nos últimos anos e que Queremos continuar a ter uma união europeia com mais eh eh pessoas com culturas diferentes eh sociedades diferentes economias diferentes e eh isso exige de cada um de nós maior respeito por aquilo que são eh maneiras de ver um conjunto de realidades nas quais Nós provavelmente não nos revemos mas que temos que respeitar e temos que conseguir caminhar com essa diversidade eu acho que este este é um primeiro passo eh distintivo Face àquilo que era eh uma postura mais eh tentativa de uniformização daquilo que é a união europeia a união europeia não é uniforme eh Marta temida um dos um dos grandes e principais problemas que a Europa tem eh para enfrentar neste momento E terá eh no futuro é a questão da da da Ucrânia e da guerra na Ucrânia eh António Costa decidiu como gesto para o seu primeiro ato como presidente do conselho europeu visitar kieve e reunir-se com o zelensky acha que foi um sinal importante no apoio europeu à Ucrânia agora que começa a haver muitas dúvidas sobre como é que a Ucrânia poderá ficar eh no fim de de destes longos meses e até já mais do que um ano mais de do anos de guerra a visita que foi feita foi uma declaração política claramente uma declaração de que eh a Ucrânia eh não será esquecida uma declaração de que o apoio à Ucrânia será da parte da União Europeia condicional e irrenunciável o que é que isso quer dizer quer dizer que eh não pode haver paz sem eh uma uma participação ativa da Ucrânia no no processo de paz eh e isso significa que neste momento eh aquilo que e a Ucrânia está a tentar fazer que é é é é encontrar a melhor solução no terreno possível que lhe permita ir para uma eventual negociação com um conjunto de territórios eh do seu lado eh terá que ser também terá esse esse processo terá que envolver ativamente a Ucrânia E terá ser ser eh de acordo com aquilo que a Ucrânia aceite não pode ser uma paz imposta por isso é que nós falamos de uma paz duradora eh e e sabemos que os próximos as próximas semanas os próximos o próximo mês eh será decisivo também h a alteração que foi feita recentemente relativamente à utilização de de armamento e dos Estados Unidos não é inocente Claro Paulo Cunha olhando também para esta questão e para a forma como António Costa poderá desempenhar o seu papel António Costa disse em entrevista ao jornal público que o diálogo com os Estados Unidos deve continuar apesar da eleição de Donald trump Que que resposta deve dar a Europa e o presidente do conselho europeu perante um presidente que norte-americano que tem as questões da Defesa Mas por outro lado também a questão das tarifas comerciais como como ameaças a à União Europeia Boa tarde a vós a Mara tívia que nos acompanha através da Rádio observador antes de mais e a União Europeia tem uma posição de protagonismo à escala global e e portanto não pode deixar de desempenhar um papel de liderança e que aquele que os europeus e particularmente aqueles que integram a união europeia esperam e de qualquer Líder europeu seja ele do Conselho europeu da comissão do Parlamento em qualquer outra dimensão a questão específica que eu coloco em relação aos Estados Unidos da América e há uma tradição transatlântica num relacionamento forte que tem múltiplas dimensões dois o económico e o ao nível da Defesa particularmente na relação com a Nato e eu penso que a circunstância da eleição de Donald trump como presidente dos Estados Unidos da América uma circunstância que não pode afetar essa disponibilidade da União Europeia e dos atores europeus de interagir com os Estados Unidos e com com o governo americano é fundamental que acordos seculares numa relação tão intensa e tão duradoura como Aquela que isto e vai muito além das circunstâncias específicas quem governa agora os Estados Unidos ou quem lidera agora os órgãos europeus e deve obviamente ser superior a isso H um lado intuicional nesta dimensão que deve superioridade sem qualquer outra em relação a qualquer outra dimensão não somos nós não somos europeus quem escolhe os líderes americanos o Estados de América é um país democrático é um país livre os americanos tomaram as suas decisões nó obviamente devemos respeitá-las e nas circunstâncias que são conhecidas procurar e estabelecer o melhoramento possível nas várias dimensões a parte da Defesa como sabemos e adquiriu nos últimos anos por força do que está a acontecer entre a Rússia e a Ucrânia uma um protagonismo maior aqui na minha opinião muito mais do que um qualquer desinvestimento americano na Nato nós devemos olhar para a união europeia como tendo um interesse em investir mais na Nato em ser mais protagonista a ser mais participativa num projeto de defesa que não é exclusivamente mas que tem uma peça europeia de grande relevo portanto eu acho que do ponto de vista da Defesa Nós somos o primeiro interessado em reforçar o posicionamento da Nato ponto de vista comercial a união europeia primeiro tem que apostar internamente h o mercado interno que é preciso desenvolver é preciso criar condições para se consolidar um mercado interno que está longe de estar encerrado enquanto processo e depois nós temos que ser liderantes também a nível económico porque nós somos os primeiros do ponto de vista da cria questão também que lhe queria colocar porque uma das prioridades da nova da da enfim da reconduzida presidente da Comissão europeia é pôr em prática as conclusões do relatório dragi mas isso levanta muitas questões e uma Europa que tem muitas dúvidas em eh H em em pôr-se de acordo em relação à à emissão de dívida comum eh e aquilo que eu lhe perguntava e depois se calhar também já diretamente à Marta temite também é como é de que forma é que se pode financiar er uma subida de investimento e e e e e este plano que dragi propõe para que a Europa Não perca o seu peso na na no no no nos nos parceiros internacionais pal Cunha primeiro se calhar e depois Marta temido bem A questão não é só financeira a questão é criar condições nós somos muito fortes no contexto da Startup mas depois no scaleup nós falhamos ou seja nós temos poder de iniciativa temos criativos temos universidades temos capacidade para patentear mas depois não conseguimos des envolver temos criar um ecossistema e de inovação que funcione e que Evite o que está a acontecer com uma sangria Há muitos criativos que e que na fase quase da prototipagem da ideia o faz his europeu mas faz desenvolvimento nos Estados Unidos até na China que já acontece é poro nós sabemos reter esse talento e colocá-lo ao serviço económico da Europa em segundo lugar a união europeia durante muitos anos negligenciou a dimensão económica alguém se com eh pré-conceito possível nós mantemos um estatuto de direitos um estatuto social como aquele que é hoje conhecido na Europa e que é invejado no monir ao ponto de suscitar fluxos migratórios que são conhecidos sem desenvolvimento económico sem aposta na economia sem aposta na indústria fala-se hoje muito em reindustrialização é fundamental um olhar de novo para a economia por forma a que a Europa Aposte decisivamente na questão económica e para que dessa forma consiga eh alavancar um conjunto de direito e estatuto social que os europeus OB tiverão ao longo do tempo e por último a questão concreta colocou do financiamento e o relatório drá é conclusiv em relação ao financiamento a questão da dívida comum é uma questão central e que deve ser colocada mas também a questão das contribuições dos próprios estados membros e por último a questão da da alocação de recursos privados em parceria com recursos públicos para que em conjunto possamos atingir um patamar de investimento mais alargado a própria comissária Marta temido perdão comissária mar pe desculpa Marta tem como dentro do seu portfólio se portfólio seu portfólio o objetivo de alocar investimento privado nós temos que olhar para setor privado como um parceiro também de ponto de vista do investimento e só conjugando nas múltiplas dimensões é que nós conseguimos mais capacidade financeira para Digamos que alimentar este conjunto de iniciativas que permitam um maior desenolvimento económico marido muito bem eu estou de acordo com o Paul Cunha quando identifica estas três linhas de financiamento que precisamos de e alavancar por um lado o o financiamento privado e a pasta da comissária mar Luiz alquerque é muito orientada para essa para essa vertente e para aquilo que é a necessidade de completar a união bancária e um conjunto de instrumentos de relacionados com com a área bancária com a área a no fundo a aplicação de fundos que permita à União Europeia e garantir que poupanças que são investidas dos europeus que são investidas eh do aforro privado naturalmente que são investidas n outros países ficam dentro da União Europeia Isso é uma linha eh garantindo-lhes naturalmente as condições de segurança eh de que os seus equipamentos não são não são perdidos depois há uma outra linha que também foi referida que tem a ver com a a hipótese de eh haver eh um aumento eh das contribuições dos Estados membros que é um tema de que do qual normalmente os estados membros eh não querem ouvir falar eh e é muito difícil com 1% do PIB daquilo que é o produto de dos Estados membros eh responder a todas as ambições que a União Europeia tem neste momento portanto é uma discussão que temos que ter e temos que a ter neste mandato e depois há evidentemente aquilo que já foi referido que é a questão eh da missão conjunta de dívida que foi a a a bola mágica que permitiu eh a construção do plano de recuperação em resiliência e que irá alavancar outras respostas no futuro mas atenção nós ainda não encontrarmos forma de eh fazer no fundo a o pagamento daquilo que foram os empréstimos do e do dos instrumentos de recuperação e resiliência e portanto enquanto não tivemos esse tema resolvido eh Imagino com muita dificuldade que se possa voltar a a discutir com seriedade uma outra uma outra eh uma outra arma desse tipo em que é que o que é que eh no relatório da da competitividade do senhor dragi a eu eu estou mais sem des acordo e mais me preocupa dois temas eh que acho que e podem estar a ser Mal entendidos ou ou poderão estar muito exacerbados na Perspectiva do Senhor drag por um lado o tema de que o mercado europeu tem de ser um mercado eh concorrente com o mercado americano e com Mercado Chinês Ora bem nós só vamos fazer isso se fizermos um Down um Down grading social e que eu penso que e não queremos fazer é evidente que e nós precisamos de ser mais competitivos e e há muitos caminhos para fazer isso mas há receitas que eu penso que são contrárias ao modelo europeu e eh como foi quando foi apresentado o relatório drag eh designadamente a família socialista eh do Parlamento europeu alertou muito para a preocupação sobre a ausência da dimensão trabalhadores condições de trabalho neste relatório um relatório sobre a competitividade tem que ter uma dimensão sobre o trabalho depois há uma outra há uma outra preocupação que se prende com Eh aí uma afirmação mais mais clara do relatório que é o tema da simplificação eh simplificação sim Eh estamos de acordo com a simplificação mas cuidado que a simplificação não seja a a desregulação porque eh uma coisa é uma são é legislação mais ágil porventura eh mais eficiente eh a uma série de atributos que que poderá ter mas desregulação dos mercados não nos traz nada de bom e e se é isso que nos que que que são as armas que se pensa que vão trazer a competitividade não vão trazer a competitividade vão trazer pelo contrário sociedades eh que não são eh de acordo com aquele que são os os modelos e os valores e da da sociedade europeia muito bem eh eh vou aproveitar a presença dos dois aqui também para falar de um tema que ocupa por estes dias muito eh eh aqui os portugueses é inevitável falarmos do estudo de opinião da intercampus que dá o Almirante Gouveia e mel como preferido numa eleição presidencial o primeiro possível candidato da esquerda aparece apenas em quinto lugar Marta temido este cenário preocupa eu confesso lhe que e eh sondagens não não leio a sempre com alguma cautela e ainda não consegui penso que Luís paixão meriz penso que li o livro do luí pão Martins eh passei a ter muito mais cuidado sobre sobre as análises rápidas Sim euv esses dados Percebo o que me está a dizer eh é evidente que eh eh eu gostaria de ter um presidente da república que viesse da minha da minha família política Eh agora estamos em dezembro de 2024 e eh por muito que alguns queiram acelerar o tempo também sabemos eh e e no passado isso até pode ter resultado na algumas circunstâncias históricas também sabíamos aquela frase das jia desportiva que o primeiro milho é paraos perdais hum eh Paulo Cunha o o antigo primeiro-ministro Pedro pazos Coelho que aparentemente não será candidato aparece melhor na lista do que Marcos Mendes por exemplo o facto de Luís Montenegro a querer e obrigar a que o candidato apoiado pelo PSD seja um militante foi no seu entender uma decisão acertada o rmg não disse isso vamos começar por ir não obrigou a que o candidato apoiado do partido fosse militante pres prente preferencialmente sim preferencialmente são são questões diferentes eu preciso de colocar essa questão para não haver dúvidas sobre isso disse is Isso significa que acha que ainda pode ser um não militante Ou seja que que o jogo não tá fechado quando nós dizemos preferencialmente a próprio significado da expressão é esse Nós preferimos alguém que seja militante mas admitimos o cenário de apoiarmos alguém que não seja militante agora ele afirmou foi corajoso e fez muito bem e uma preferência aquilo que o parti gostaria que acontecesse e a política precisa muito desta dimensão afirmativa e lismo foi afirmativo e disse claramente ao que vinha na sua Moção que levou ao congresso em Braga e que foi aliás eh aprovada sem qualquer sem qualquer discussão do ponto de vista da da Alternativa agora a Marta tem dizia É verdade é muito cedo aliás eu olho para o universo dos que foram sondados não há lá nenhum que tinha dito que que era candidato eh e há outros com certeza que nada disseram não foram objeto de sondagem e até podem vir a ser mas Portanto o que eu deduzo da resposta dos dois é que os dois ainda estão à espera eh nos enfim nos nos respetivos setores políticos de outros nomes que venham a aparecer eu tenho a certeza absoluta desculp ser desta forma que há nomes que estão naquela lista que foi objeto da sondagem que não serão candidatos e há nomes que não estão lá e que serão candidatos portanto a partir daí a sondagem Vale que vale e a Marta temido está de acordo com isto disse que o primeiro milho era pró para dais Vamos lá ver é evidente que eu olho para a lista e tenho preferência não lhe vou dizer qual mas tenho uma preferência Ah mas isso é seu sempre se se discutirá agora o que o que francamente também digo eh é eh por muito respeito eh que nós tinhamos pelas pelas diversas individualidades e pelos seus percursos e pelas pelos pelas suas profissões eh eh temos uma determinada eh imagem associada àquilo que é a figura de um presidente da república gostemos mais ou gostemos menos de cada um dos nossos presidentes da república eles chegaram a presidentes da república depois eh de serem bastante conhecidos eh politicamente dos portugueses Eu acho que isso é importante nós precisamos de ter eh o Presidente da República pode ter lidar com as circunstâncias mais difíceis da vida do país e nesse sentido como é que justifica que que pelo menos a a esta distância e já não é a primeira vez seja um não político que aparece como o preferido dos portugueses é um sin tempos que nós vamos vivendo é um sinal dos tempos que nós vamos vivendo eh não me não me eh não me preocupa que seja militar não me preocupa que seja um não político mas acho que há um desencanto muito grande eh das sociedades com a política com os políticos e portanto procuram eh eh fora da daquilo que é o universo tradicional respostas e portanto não me não me espanta que que que seja essa seja essa a lógica aliás nós vimos noutras noutros países da União Europeia e escolhas que di Gente olha o o senhor o senhor que veio da do espetáculo não é deix deixa-me só perguntar Marta temido por estamos mesmo a acabar o nosso tempo ao pal Cunha se concorda em 30 segundos com o que disse Marta temido eu genericamente concordo acho que de facto a pração das pessoas acerca da política tem evoluído negativamente e nós que somos atores políticos desejavam forse diferente mas tamb bom é bom também reconhecer que aqueles que se dizem não políticos e que estão disponíveis para assumir no lugar desses são políticos nem sentido âo da palavra E aí esse que me Parece mais adequado Paul Cunha Marta temido muito obrigado por terem vindo a este ti at obrig Ober obrigado obrigada [Música]