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Este programa tem o apoio da k [Música] pmg ora viva as empresas de familiares são uma realidade relativamente discreta na economia Portuguesa São muito mais do que pensamos e t uma lógica própria que muitas vezes nos escapa e é precisamente de empresas familiares que falamos hoje e vamos fazê-lo com o José germ de Sousa é presidente da associação das empresas familiares é médico e administrador do grupo Clínico germ de Sousa e com Luís Magalhães é o responsável pela área da Consultoria fiscal da K pmg eu sou o Paulo Ferreira e este é o GPS gestão pessoas e setores um podcast observador em parceria com a KPMG sejam ambos bem-vindos é um gosto recebê-los aqui e este nosso GPS como sabem tem três segmentos que nos vão conduzindo pelo setor neste caso pelo tema das empresas familiares um número relevante uma ideia de futuro e um protagonista decisivo eh Jé German de Sousa e começando por si H vamos começar pelo números Qual é é o número é bonito fala-se muito em 75% do do do PIB nacional é responsabilidade das empresas familiares isso é verdade mas também temos que pensar sempre naquilo que é o que é que é uma empresa familiar não podemos só dizer o número é esmagador número é esmagador claramente estamos a falar de PIB emprego e por aí F muito isaro que nós percebemos o que é que são empresas que têm grande legado muitas gerações mas todas as empresas até que o pai e a mãe tem um filho tem tudo a ver com responsabilidade de Capital o risco do investimento o risco do capital e esta Se quiserem é uma definição associada àquilo quem é que assume o risco do seu investimento do seu negócio a partir do momento que é uma família toda a família tá implicada na hipoteca que fez dos seus ativos para o banco emprestar dinheiro naquilo que como é que tem dinheiro para pagar as contas etc etc Começa por aí podemos pensar nas maiores empresas nacionais pensar que top 25 muitas empresas nacionais eh uma maioria qualificada são empresas familiares sem sem discussão estão-me lembrado de algumas cotadas grupo sonai semapa por aí fara e são famíliares clar ex Jé de mel famílias clar etc e vamos para aí Claro e aqui é que tá a grande questão eu assumir risco é a diferença entre o dinheiro não é meu é diferente o mundo Corporate associada àquilo que é obviamente rotatividade de administrações as responsabilidades são diferentes é preciso ter consciência disso portanto isso coloca-nos aqui neste ponto na questão do Risco e também Luís Magalhães e dos vários formatos dimensões que as empresas familiares podem ter falamos aqui agora das vai das grandes às Micro basicamente não é sim sim é verdade nós nós temos o privilégio já há muitos anos acompanhar a Vida desta destas empresas e também da associação com o Zé enfim e antes disso com o Peter também e e e e é verdade isso nós temos desde empresas cotadas com com com free capital razoável e eh e outras não e depois nas outras que são aquelas que tipicamente são mais associadas ao conceito de empresas familiares temos empresas como a Germano de Sousa eh que é conhecida por várias razões eh e temos empresas mais pequenas e eu acho que o mercado no geral associa o conceito de empresa familiar àquilo que pode ser chamada micro ou pequena empresa não é e em termos de número Talvez seja isso que mais representa Claro mas não esse não esse o Paradigma e a ambição das empresas familiares é crescer e e ganhar ganhar relevância no mercado através de uma coisa que José ainda não referiu mas eu imagino que ele vá referir que eu sei que ele gosta muito que é a perpetuidade Ou seja a gestão de uma empresa familiar além do Risco capital que já referiu e é muito marcada e nós sentimos isso muito é muito marcada por contraponto às empresas de Capital aberto e puras digamos assim empresas cotadas não familiares é muito marcada pela preocupação genuína que existe portanto não é fake não é a fingir a preocupação genuína com as novas gerações muitos deles já daram este legado eh e tem a preocupação e nós sentimos isso tem a preocupação de assegurar que aquilo que vão entregar está em Melhor estado do que receberam Claro portanto a ideia perfeit idade a ideia de que aquela empresa aquele grupo aquele negócio Se quisermos é para sempre e Irã José eh é é para sempre porque a família basicamente tem ali o seu grande ativo a sua fonte de rendimento também sim mas mesmo o pai educador tem que ter sempre muito respeito primeiro que tudo por pelo pela questão daquilo que é quais são as regras da sucessão o pai tem que ter respeito por isso e perceber os filhos que têm educação que lhes deu a forma a clarificação das regras do jogo o acesso a a serem ou não trabalhadores na empresa etc a perpetuidade passa por isto tudo muito respeito muito respeito pela por estas regras muito respeito pela suão porque se facilitas rapidamente tens uma empresa e desvirtuar seja de que forma for Claro claro e que pode ficar em risco absolutamente claro então vimos já este este número 75% de peso na economia no emprego nos nos grandes indicadores de empresas de empresas familiares eh Luís magalhãe vamos vamos passar à ideia que a ideia do contexto legislativo eh O que é que há a dizer sobre isso em relação às às empresas familiares vamos ver as empresas familiares Como como é como é evidente e eh an familiar são empresas tem as preocupações iguais a qualquer outra empresa do ponto de vista regulatório do ponto de vista da concorrência do ponto de vista fiscal também não é tem as mesmas preocupações tem algumas particularidades e e que eu Julgo que estão muito ligadas a este conceito que José já referiu de capital rescate da família e eh perpetuidade e desse ponto de vista nós temos tido enfim várias interações com vários governos ao longo dos últimos tempos eh e temos tentado sensibilizar para preocupações que eu acho que são legítimas deste tipo de entidades H procurando criar um quadro normativo estável e mais que estável enfim nós muitas vezes falamos da estabilidade fiscal e e mais gostável diria previsível porque nós vivemos num mundo altamente instável mas que se perceba Qual é o c qual caminho tal e qual não não a estabilidade no sentido de imobilidade não é isso que se defende não é mas antecipação porque quem Gere como Ótica de longo prazo como no caso as empresas familiares precisa ainda mais do que as outras empresas de ter um quadro normativo que seja antecip Vel e que consigam tomar decisões H adequadas e portanto eu acho que há algumas matérias que podiam ser podiam ser otimizadas do ponto de vista regulatório e falo daquilo que percebo que é de impostos eh no sentido de estimular e apoiar operações de concentração e este governo já o disse tem um pacote enfim que tá tá tá desenhado nessa nessa nessa linha e portanto proces de concentração outro tipo de colaborações não tem que ser fusões de empresas há vários tipos de interação em fileiras verticais temos o caso do téxtil do Calçado do ferro enfim na agricultura também muita coisa pode ser feitar e eu acho que tá Tá a ser pensado e a esse nível e José German de Sousa H nesta questão do enquadramento legislativo de uma forma genérica para além do fiscal eh O que é que que mais impacta neste neste neste formato empresas deixa-me dizer dizer dizer isto nós somos corredores de fundo Nós pensamos sempre para as gerações não estamos aqui a e a trabalhar trimestres para um prémio e e para para é diferente do raciocínio sempre se quiserem pedimos emprestado do nosso ativo legado para as próximas gerações Isto é tudo uma realidade é muito verdade e aí o posicionamento perante o negócio é completamente diferente temos legislativos precisamos de estabilidade precisamos prisos de salidade precisamos de de acreditar como nós Assumimos o risco nós temos de para assumir risco também queremos ter obviamente est estabilidade relativa é fundamental nesta que o Luís disse uma coisa muito interessante e e é óbvio que nós temos sempre que pesar aquilo que é o país em que vivemos nós não vivemos na Europa nós vivemos em Portugal e quando eu falo de empresas familiares claramente há um peso muito grande empresas apesar da associação não ser uma empresa de empresas portuguesas mas há um peso importante naquilo que são as empresas portuguesas e claramente aquilo que é a escala que nós conseguimos obter em Portugal hh nós somos castigados quando temos escal em Portugal não acontece na Europa não acontece mais lado nenhum do mundo quando eu cresço em Portugal eu sou castigado tenho uma derrama uma derrama Estadual que me castiga a partir de 1 milhão e meio de euros de lucro parece que é um número isto talvez tenha sido criado no prec não é eu tenho um número incrível que é ter 1 milhão e meio de lucro a partir de 1 milhão 1 milhão e meio de lucro eu tenho uma derrama estadual ou seja sou castigado por ter mais lucro não faz sentido para Além disso também se eu quero criar escala em Portugal na nossa dimensão que é mínima eu tenho que olhar para aquilo que são as regras da concorrência na minha dimensão portanto é muito complicado a maior empresa Nacional quer criar escala mundial em Portugal poder comprar a segunda empresa do setor Claro não é permitido não temos uma um enquadramento Dep depois vem alguém de fora depois vem alguém de fora e compra essa segunda empresa maior Ou seja estas variáveis já já consegue e já pode Claro são são são são duras Isto é realidade a realidade é a nossa história Claro portanto essa dificuldade que o enquadramento tem no fundo bem pelo menos não ser um travão pelo menos não ser um travão à escala à escala deix deixem-nos trabalhar deixem-nos trabalhar basicamente ex e e e José outra coisa que que é importante nas empresas familiares e que está sempre presente é e o protagonista e neste que vai ser o nosso protagonista mas é a sucessão sim sim claramente e a preparação e aqui a associação entra entra com preocupações a associação existe exatamente naquilo que é a sensibilização e a e a preocupação com estas variáveis as variáveis daquilo que é governance familiar a forma como a empresa a família organiza não só o seu Family Office como a sua empresa e como é que organiza e prepara as gerações a seguir tem o risco do capital Não se esqueça que a responsabilidade é total sobre os séniores da família a partir daí tem que cometer o mínimo de erros possíveis não são os acionistas que depois vão ficar a dizer que perderam aquilo e que já não há problema nenhum que despedem os administradores e vêm outros não a família tem que gerar fórmul que nunca são perfeitas mas que T que ser respeitadas claro Fas que na governance na gestão do do da família e naquilo que é a sução muito respeito por estas por estas variáveis Luís Magalhães há certamente boas práticas aqui não é pelo menos algumas que estão instituídas e que devem ser seguidas independentemente depois da da especificidade de cada grupo ou de cada empresa boas quais são assim as boas regras principais para a suão eu acho acho que a evolução nessa matéria tem sido m Evidente muito Evidente e eu sou originário do porto conheço bem a indústria e do norte do país muito marcada por um paradigma se calhar diferente daquilo que temos hoje e e sealar em todos os casos correram bem Eu hoje vejo muito quer no porto quero aqui no sul também vejo muitas empresas a Tratar deste assunto de uma forma muito mais profissional respondendo à tua pergunta H muita muita comunicação comunicação e e capacidade de saber ouvir sobretudo dos patriarcas ou matriarcas saber ouvir e e interpretar os desafios mais novos procurar ajuda externa e muitas dessas empresas recorrem a não é k pmg que fi Claro mas há pessoas especializadas nos temas deção familiar consultor consultas que sim matérias fiscais ajudamos mas no ponto de vista do governance que eu acho que é a tua pergunta do governance da assão procuram ajuda externa e muitas vezes até não Portuguesa em mercados também onde estes desafios nomeadamente o alemão foram bem tratados no no nos últimos anos e portanto o assunto encarado com transparência assumidamente como sendo um desafio eh que pode não correr bem e portanto nós sentimos quer do lado dos mais velhos quer do lado dos mais novos e a associação tem um grupo Os next in line e que neste momento já tem posições de liderança também na associação panto essa ponte entre as preocupações e as ambições tá muito bem tratada e a associação tem feito um trabalho acho que é exemplar Claro eh eh José não não há fórmulas certas aqui desde por gestores profissionais até ter gestores da família portanto os dois caminhos são viáveis claramente O que é preciso é gerir e probabilidades de risco e ter o mínimo de risco possível isso isso de de falhar todo todas as variáveis temos experiência enorme com muitas famílias todas as experiências são são válidas Há de tudo e todas resultam tem a ver com a cultura da família tem a ver com a forma como os pares são competentes ou não competentes e estão profissional competente familiares competentes não competentes etc há uma variável que eu gosto muito e que acho que é muito importante na educação dos filhos o filho o filho as gerações novas têm que ter fome tem que ser educados para ter fome de ambição tem que ter fome de inovação tem que ter fome para rasgar o que o que o que tá instituído e que está errado e essa educação é Pilar daquilo que é o futuro das empresas familiares que têm futuro obviamente nem Todas têm Claro no fundo eh a preparação para uma eventual sucessão dentro da família começa na educação nos primeiros passos de alguma maneira essa essa fome de que fala basicamente Isto é fome e clarificação das regras do jogo CL e não provavelmente não educar na abundância não sei sim sim é óbvio que essa variável Todos Nós pensamos que o filho do pai que tem tudo dá tudo ao filho acaba aportado barriga che encostado no sofá claramente essa essa esse esse exemplo é um exemplo claro que é um exemplo mas Paulo deixa interromper dizer uma coisa que que que eu eu também como digo assisto e acompanho muitas empresas destas e e estas famílias têm uma preocupação genuína em assegurar que no caso de a decisão e apontar para que a suão ocorra dentro da família em termos de gestão e dotar as suas crianças os seus filhos os seus jovens com a educação mais qualificada que possam arranjar portanto já não é Tu não vais sucederme a mim só porque és meu filho tu vais-me suceder e se estivessem condições de fazer portanto há uma preocupação muito forte na educação quer em Portugal quer no estrangeiro e o que é interessante também a experiência da Associação É que quem é associado tem essa preocupação e estamos a falar das maiores empresas nacionais estão lá e por isso quem quem é associado partilha e Nação Nós temos muitos momentos de partilha momentos de de discussão sobre as as as nossas experiências a família tem uma experiência os mais profissionais do que outos neste nesta questão da sução e esta partilha traz modelos incríveis eu tenho já vi desde protocolos simples simp muito simples mas que funcionam até protocolos com um grau de complexidade gigante que também funcionam mais profissionalismo e ou menos profissionalismo mas cada família tem a sua a sua o seu modelo e e José Zando de Sousa h quando entramos naquilo que são as as políticas e isg há aqui também da parte das empresas familiares uma abordagem diferente porque algumas destes preceitos fazem parte do formato da empresa não vejam o exemplo português para as pessoas terem bem consciência do que é que é a realidade portuguesa dsg eh Alfred da Silva Família família Melo e tinha os seus colaboradores com hospitais e com serviços e sociais a todos os níveis absolutamente im Vilas habitação absolutamente à frente do seu tempo e esta é a história e este é o exemplo exemp e é a história daquilo que são as as empresas familiares repare nós somos exemplo nós temos o nome na porta somos a cara temos a relação com os colaboradores o nosso legado é muito forte nesta questão cultural da relação com os colaboradores Muitos são quase família não viramos as costas não vendemos empresa não não mudamos de empresa no no no triênio dos administradores não a empresa é Nossa nós temos as pessoas a responsabilidade fator humo é fulcral naquilo que é o isg o isg é o futuro é o caminho do mundo futuro não há outra hipótese só assim nós podemos ter um mundo melhor mas as empresas familiares estão fortíssimas em termos daquilo que é environment tudo o que é o ambiente o respeito pelo mundo Claro que sim prezamos pelas próximas gerações não é temos sociais todos os nossos colaboradores Hã o governance a fiscalidade fiscalidade a ética a ética na fiscalidade isso tem tudo a ver connosco não é estamos cá para durar não estamos aqui para alvar balanço os nossos balanços são os mais sólidos são os balanços que olham para o futuro isso está comprovado É lógico os investimentos têm que ser ponderados podemos assumir riscos mas os balanços são mais sólidos o facto de terem muitas vezes o nome da família associado à própria empresa e ao próprio grupo isso traz um peso diferente e anos diferentes traz um preo gigante Eu por exemplo tenho mais de 500 locais no país com o meu nome Vilas aldeias cidades na rua eu tenho responsabilidade sobre as pessoas e aquilo que é o sbre as pessoas do meus colaboradores mas também sobre os meus utentes e o e e as pessoas que vivem e que vem a minha loja não é ten aqui um um legado e uma e uma força de nome e um uma respeitabilidade não posso falhar Claro que vai para além daquilo que é a ligação estritamente profissional para além daquilo que é o negócio em si só não é como acontece com o gestor profissional dado é dado muito importante em relação ainda ao USG que vale a pena reter que é a capacidade que as empresas familiares têm eh de reter talento nós sabemos que no mundo em que vivemos eh tem sido difícil captar e reter talento e estas empresas queriam tipicamente mas tipicamente cria uma relação de de cumplicidade com com os seus colaboradores muito própria e portanto retém muito mais talento do que as empresas não familiares luí macanas mesmo para fechar esse caminho de evolução de da governance Se quisermos intitulado empresas familiares há muito caminho para andar ainda ou já estamos próximos daquilo que são as práticas de mercados como o alemão ou o suíço nós nós antes de começar esta entrevista em falávamos sobre isso há sempre caminho para fazer e no tempo que estamos a viver Como dizia há pouco e das coisas que mais me motiva mas também inquieta é a curva do tempo e a capacidade com que estamos nós empresas e país também e a capacidade que estamos a ter de abraçar esses desafios e eu acho que há aqui um há aqui uma urgência grande em fazer várias mudanças o tema da tecnologia e é evidente portanto os desafios que isto representa no ris Killing de quem já está connosco e na capacidade de reformar as estruturas de de gestão das empresas é evidente e portanto não temos muito tempo para para o fazer quando estamos em concorrência com mercados como os asiáticos os americanos portanto eu acho que há muita coisa a fazer H Associação certamente fará o seu trabalho Nós também Fazemos o nosso Mas é bom que tenhamos consciência que não temos muito tempo claro então há esse sentido de urgência Se quisermos também aqui luí Magalhães José German de Sousa obrigado a ambos pela presença neste GPS mais um episódio e de de gestão de pessoas e setores esta éé iniciativa do Observador com o Cap pmg Voltaremos próximamente com mais um tema e mais convidados Obrigado até lá [Música]