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Olá seja bem-vindo a este Episódio 282 de e rest é história com a dupla que já conhece o historiador Rui Ramos eu chamo João Miguel Tavares hoje não estamos como habitualmente nos estúdios da Rádio observador mas sim num cenário de luxo o palácio Nacional de Cintra e estamos aqui a convite da parques de Cintra para celebrar um acontecimento muito importante em 1995 a Unesco classificou a paisagem Cultural de Cintra como património Mundial e em breve estaremos a comemorar os 30 anos dessa classificação e e de certa maneira nós temos a honra de dar o pontapé de saída às celebrações desse Bel pontap Belo pontapé às celebrações desse desse acontecimento e portanto não há melhor oportunidade para falarmos da história desta Vila extraordinária que deixou inúmeros estrangeiros embasbacados desde o final do século XVI que fez as delícias poéticas de de Lord barren e e que se tornou a capital do Romantismo português a do século XIX foi Virgílio Ferreira disse num poema famoso eh muitas vezes citado aqui por esta zona que Sintra é o único lugar do país em que a história se fez Jardim e e de facto não existe nenhum outro lugar em Portugal com esta acumulação imensa de de de paisagens Palácios castelos Conventos parques chalés Rui eu tenho essencialmente duas perguntas para ti como é que era Cintra antes de ser esta Sintra monumental que hoje todos conhecemos E porque é que em certo momento histórico a aristocracia portuguesa descobriu Sintra transformando-a nesta notável e coleção de de quintas de Palácios e de castelos únicos Ah bem e antes do Byron só para lembrar que Camões chegou primeiro e a Cintra em termos de poesia nos Lusíadas no canto quto eh Logo no início é mencionada a fresca Serra de Cintra hum os olhos se alongam precisamente porque a armada estava a partir e era o último referência da terra Portuguesa que tinham a razão é óbvia quer dizer aqui a geografia em História explica muitas coisas aqui Este é um dos casos seintra 528 m de altura no ponto máximo é uma das Serras que se vê de Lisboa hum com rábida do outro lado do do Tejo é também uma das Serras mais pras do e do mar no literal português em que eh Geralmente as montanhas estão mais para o interior aqui está está muito perto e e e e e este facto este facto geográfico Explica explica três coisas quer dizer primeiro explica a e a existência de fortificações e século xo dizem os arqueólogos historiadores como o castelo dos chamado Castelo dos moros e de Cintra bem mor porque ainda vem desde o tempo dos mores sim a ideia é essa do século X portanto Aliás o início da ocupação ou muito do próximo do início da ocupação muçulmana da península e ibérica pelo menos Daí poderá ter havido talvez já uma tradição de fortificações ali de outro tipo anterior H E percebe-se porquê são são pontos eh São posições fáceis de defender eh permitem um a visão dos Campos e também do marqu também era importante o mar eh em redor eh Cintra eh neste eh na idade média na nesta Idade Média pré portuguesa digamos assim faz parte da rede defensiva de Lisboa com Almada palmela Enfim no enfiamento da Serra da arrábida Santarém eh c interter é reconquistada pelos cristãos quando cai Lisboa Isto é quando cai Lisboa basicamente se entra eh entra pega-se porque faz faz parte da defesa de faz parte da defesa de Lisboa 1147 H nos anos seguintes Os Cavaleiros de Cintra são fundamentais na defesa de Lisboa lembremos que esta er aqui o a linha do Tejo e do Sul é a linha da frente entre cristãos e e muçulmanos aqui na península ibérica mas o que é isso dos cavaleiros de cinta Os Cavaleiros de cint São aqueles a quem Dom Afonso Henriques dão carta de foral Isto é dá uns estatutos e de maneira que organizarem ass município em 1154 portanto Eles são muito importantes provavelmente para até para a defesa eh de em relação a ataques marítimos alcer do sal ainda então é um Porto muçulmano a umas Armadas muçulmanas ali em alcer do Sol e provavelmente vinham de vez em quando aqui à costa eh como aliás se Manteve até ao século XV quase até ao século XIX uma tradição mas aí já a partir do norte da África de pirataria aquilo que nós cham pirataria muçulmana mas aqui seria mesmo atividades atividades militares muçulmanas aqui é preciso lembrar eh santaré ainda está cercada por muçulmanos em 1184 portanto eh 1147 naqueles 40 50 anos seguintes estamos Isto é a linha da frente quer dizer é a linha da frente em relação aos muçulmanos portanto Cintra tem uma uma importância enorme e tem uma carta de foral Isto é o rei reconhece direitos aos seus moradores Provavelmente porque os queria fixar aqui os queria manter aqui muito antes de Lisboa ou de Santarém terem uma carta eh carta de foral isso é portanto instituições municipais eh 1179 isto B instituições municipais reconhecidas pelo reino não quer dizer que não tivessem já uma organização aquelas e populações portanto a questão da frutificação este ponto alto aqui nos arredores de Lisboa é muito importante para compreender de repente haver aqui um Castel e uma tradição uma tradição de defesa militar etc remonta a sim iní no século X X quer dizer antes antes do reino de Portugal incluir Aqui Esta incluir Lisboa e Santarém já já havia aqui já havia castelo e depois a a questão que estás a referir que referiste a existência depois de outros Palácios out outras construções aristocráticas Quintas etc etc isso quando é que começou eh isso deve ter começado Nós não sabemos bem quer dizer mas deve ter começado e no século XI fim do século XI já ideia de que há uma residência real aqui e no tempo de onde iní portanto e e depois nitidamente século XIV princípio século XV há aqui o o palácio que do João iiro constrói aqui portanto pelo menos desde essa altura portant os reis de Portugal compreenderam muito rapidamente que isto é um sítio extremamente bem isto o Lisboa tem e o clima tinha o as temperaturas no verão são terríveis a Lisboa na cidade H devia haver muitos problemas de higiene e de saúde numa cidade sem as infraestruturas de saneamento eh de hoje e portanto enfim pestes ou aquilo que os que na idade média se designava por pestes e portanto uma serra como Cintra garantia muita coisa garantia um ambiente fresco quer dizer aí até a Serra a fresca Serra de cinta do Camis eh mas também garanti outra coisa a aristocracia que era caça caça aos quer dizer que eles praticavam eh aqui e portanto Dom João I já quer dizer portanto já há uma residência real aqui anteriormente mas é é Dom João io que faz obras aqui grandes e converte eh eh eh aqui o eh Palácio de eh Cintra num dos palácios e reais da atual área metropolitana de Lisboa portanto havia o palácio da alcassa no castelo h de São Jorge depois havia outro em Lisboa também no Limoeiro Há outras residências Lumiar belas temos notícias de outras residências aqui em Lisboa Mas esta é uma das residências Este é um dos palácios principais no tempo Dom João I princípio do século X e e e e é curioso que começa imediatamente na no palácio e neste Palácio portanto construído e e em grande medida por Dom João iiro começa a notar-se uma coisa curiosa que depois vai marcar as construções reais e aristocráticas aqui na zona de nesta zona que é H ou opão por estilos mais ou menos fantasiosos quer dizer isto é uma certa uma certa excentricidade um certo exotismo no estilo quer dizer aqui Este também a decoração aqui recorrendo um bocadinho a inspiração de que também estava na moda em e Castela da arte modja quer dizer com os pavimentos de em tijolos AZ oleiros etc portanto há há Cintra uma é esta é Esta área fora de Lisboa onde Os Donos das edificações se permitem dar largas a uma certa fantasia quer dizer imaginar cois também porque parece uma outra coisa em relação ailo que é Portugal dier há um estilo exótico aqui que isto é isto puxa este a de repente Vamos criar aqui uma coisa um ambiente diferente do ambiente que estamos habituados o ambiente era diferente um p o ambiente já era diferente Depois temos portanto quer Dom João iiro quer o seu filho Dom Duarte quer Dom Alfonso quin são muito afeiçoados quer dizer vivem muito neste Palácio nós temos uma descrição do Palácio deix n Palácio onde estamos neste momento a gravar o programa deixado por e por Dom Duarte no nos livros do no livro dos concelhos quer dizer ele ele acaba descreve portanto sabemos que tinha eh tinha salões muito grandes que tinha eh casas casas privadas casas de banho tinha as cozinhas com as duas e eh e depois tinha também e tinha também eh no perímetro tinha também casas eh para cortesãos portanto para os nobres que acompanhavam o o rei eh mas também tinha uma coisa interessante tinha tinha também compartimentos para tratar dos negócios do Estado quer dizer portanto temos uma casa do desembarco casa quer dizer uma sala casa do desembargo uma casa dos escrivães uma casa de secretaria etc o o que dá a ideia de como o palácio estava destinado portanto para estadias longas e em que Cintra tinha de funcionar e como uma espécie de Capital administrativo e judiciário onde era preciso resolver e assuntos etc aliás é no há muita coisa que acontece aqui quer dizer no É no Passo de Cintra 1426 quando tinha 69 anos que o Dom João I faz o testamento ele depois eh morre uns anos depois em Lisboa mas vim de Cintra portanto é vem vem de vem de Cintra ou seja ele gostava mesmo disto gostava muito gostava muito disto O Dom Duarte também gosta muito o Rei Dom Alfonso V filho de Dom Duarte nasce aqui no palácio em 1432 e depois morre também aqui no palácio em 1481 quer dizer portanto nasceu e morreu em em Sintra o que fez com que em 1481 Dom João I Portanto o filho de Dom Alfonso qu tivesse sido aclamado Rei aqui em Sintra quer dizer é aqui em Sintra não em Lisboa mas aqui em Cintra que ele é e aclamado Rei portanto Há uma grande ligação desta dinastia Davis ao e a Cintra e aqui ao palácio que depois Dom Manuel i o sucessor de e Dom João I volta a fazer grandes obras aqui no eh aqui no passo no princípio do século X e temos uma nota de Damião de Gois que escreve a crónica de Dom Manuel depois publicada em 1566 1567 e ele diz o Damião de Gois diz que Dom Manuel e o rei por altura das calmas Isto é do calor portanto das calmas do calor ia para Cintra e e diz assim por ser um dos lugares da Europa mais fresco e Alegre hum eh devido aos Bons Ares da Serra e porque havia muita caça aos também porrei e por ter a água mais fria de toda a extremadura uma coisa importante antes dos frigoríficos etc portanto este para pensarmos também na importância de cinta temos também de pensar que estes Reis De que estamos a falar Reis do século XV Reis do século XV estes Reis são muito Reis do Sul quer dizer são muito Reis aqui de Lisboa e Évora Santarém só para dar um exemplo no século X O Dom João I foi rei 36 anos portanto não foi rei pouco tempo nunca foi ao Porto nunca em 36 anos nunca foi ao Porto quer is dá ideia de que estavam aqui e portanto Este era um sítio mesmo agradável eh muito agradável para eles e claro atraía também eh aqueles que faziam parte da casa do Rei eh a aristocracia vinha também muito aqui para conhecia obviamente Cintra podia inst tentar instalar-se aqui etc portanto temos portanto essa este esta situação de Cintra com uma zona de vilegiatura quer dizer ou de Veraneio como nós amos passar o verão antes da moda das praias as pessoas refugiavam do calor nestas zonas e Era óbvio eraa um sítio Óbvio aliás um pouco também como o Azeitão ali na na outra margem que também há ali palácios do século XV e posteriores porquê Porque tem aqu atenção real V Mais é para aqui é para aqui não é para aqui que está é mais é mais prático tá relativamente perto de Lisboa e ao mesmo T naquela altura acho que ainda não havia ainda ponte sobre tej não era não ainda não isso é muito muito mais é muito mais tardia tinha de se passar tinha de se passar com o barco barco etc enfim era uma coisa era uma era uma operação um bocadinho mais mais complicada mas mas qualquer maneira portanto esta esta zona de Veraneio explica um bocadinho a atração de cinta e depois o o a outra o outro elemento que explica a atração de cintas tem a ver com o significado eu diria religioso das Serras quer dizer das das montanhas atrai outro tipo de residentes os religiosos querem ficar viver afastados da sociedade isolados e oração e contemplação eh queer porque quer porque uma serra tem acessos mais difíceis portanto não é uma zona de tão fácil de passagem de e de e de frequência como uma planí como um vale H quer também por causa da aura e tradicionalmente sagrada da dos pontos altos não é mais perto do céu quer dizer portanto há uma há uma consideração há uma sacralização destes pontos altos e e portanto eh em cter tal como aliás eh na Serra da arrábida tal como aliás em outras Serras do Sul como por exemplo a serra dosa portanto há uma tradição de ermitas com ventos desde desde a idade média e e e e aqui em cter temos por exemplo enfim algumas alguns exemplos dessa dessa tradição eremítica o convento dos capuchos né das dos Frades da ordem de São Francisco construído no fim do século X com o nome de convento Santa Cruz é um convento peculiar porque é um convento que não tem aquel aquela grandeza por exemplo do convento da Serra de São Paulo da Serra dosa uma coisa monumental Este é um convento em que há uma há uma recusa da grandeza há uma opão pela modéstia e portanto alast um bocadinho também como no no conventinho da da da rábida e isso impressiona muitos impressionava quer dizer isto é a grandeza impressionava mas ao mesmo tempo este género de quase de gruta não é que eu concreti etc é uma impressionou impressionava mesmo na altura e e os reis também favorecem Isso quer dizer a dinastia de Avid Dom João iir também edificar Conventos aqui de Conventos de religiosos para a ordem da Santíssima Trindade que é uma ordem dedicado ao rescate de cativos em África ou para a ordem de São Jerónimo o caso do mosteiro da panha longa eh e que é e e que é usado pelos Reis Por exemplo Dom Manuel I em 1517 quando morre rainha Dona Maria ele ele retira-se para o convento aqui de panha Longa em Cintra portanto vem para aqui tá duas semanas aqui Retiro em luto e a mesma coisa faz Dom João I quando morre um filho em 1539 um dos muitos filhos que morreu aliás ou terceiro coitado hh também se retira para este convento e e passa aqui uma uma uma uma temporada Portanto o que Estás a dizer é que sobretudo no século XV foi muito intensa a presença real int a presença real que está muito e tá muito presente faz muito parte do circuito da eh da corte el o rei movimenta-se muito mas aqui no sul Os Reis movimentam-se muito sobretudo aqui no sul Isto é Lisboa Santarém santaré Almeirim Évora e e Cintra fazem parte do circuito quer dizer onde os rest estão muito frequentemente eu parece-me eu estou a dizer parece-me porque não enfim talvez outros historiadores tenham outra opinião que essa preferência por Sintra talvez tenha declinado um bocadinho no século X por Cintra aqui o os Palácios daqu séculos eh 1 e 18 a atenção real de sim a presença quer dizer há dois sinais para isso quer dizer o primeiro é o facto de em eh entre 16774 e 1683 portanto estamos a falar depois da restauração etc H é no passe de Cintra que o Infante Dom Pedro Eh manda prender o irmão o rei eh Dom Alfonso vi depois de lhe tirar o o governo em 1667 Portanto ele primeiro esteve no na no passe da Ribeira eh em Lisboa e depois teve nos Açores preso portanto preso no Passo da Ribeira preso no nos Açores e depois é enviado para precisamente para o para aqui para o Palácio de Cintra mal para prisão eh ele queixava-se muito acho que isto Era bastante frio no inverno quer dizer mas claro ele não estava propriamente estava preso não estava contente não estava aqui tinha aqui uma guarda pesada quer dizer uma guarda de 200 soldados de Infantaria sem de Cavalaria e depois há aquela lenda do ladrilho lá do quarto dele coitado que estaria gasto dele andar dele andar lá a passear portanto não não não deve ter sido muito agradável poit não devia ter os os guardas aqueles que o tinham aqui em que tinham no por enfim que tinham o Palácio de facto tinha-se Tornado uma prisão digamos assim tinha uma Tornado prisão portanto os governadores dessa dessa prisão aparentemente nem todos o terão tratado bem portanto isso é um sinal Isto é de repente e por preso aqui o o rei não é o rei porque ele continua a ser rei Regente é um regente ainda era Regente Dom Pedro o infa Dom Pedro não estava propriamente a pensar Ah que que aborrecido agora tá lá o meu irmão preso não posso não posso ir lá não posso ir para lá e depois também por pelo facto de eh já no século XV e Dom Joan Quim ter decidido mandar construir Inicialmente um convento e depois outro Palácio em Mafra portanto nesta zona quer dizer mas e mas um outro Palácio a mesma coisa faz um filho depois de Dom João ali no Palácio de queus que aliás ainda faz parte aqui dos dos eh parques de de Cintra portanto H há uma deslocalização em relação a Cintra aqui de de repente eles estão a fazer outras construções e a ignorar Esta Aqui nós temos o privilégio de estar em Cintra num num Palácio na sala dos Cisnes e portanto rodeados de muita história eh para falar desta desta Vila tão marcante de Portugal Quando se inicia as celebrações dos seus 30 anos como eh paisagem cultural e como património Mundial paisagem Cultural de Cintra como património Mundial Rui estávamos estávamos quase a chegar Bom enfim estávamos numa altura em que Sintra Parecia ter perdido a sua centralidade como grande amor da aristocracia é a minha impressão é a minha impressão daquilo que li mas talvez haja o historiadores com outra opinião mas portanto estamos assim no século X e vamos chegar à Aquele momento que ao século século X parece o século finalmente de grande glória da maior Glória de Cintra e que marca a imagem da da Cintra como ainda hoje é verdadeiramente a construção da Cintra de hoje quer dizer nós temos não não estamos a dizer que as coisas tenham começado no século X mas de facto é no século X que elas adquirem a dimensão a ressonância cultural imaginária que nos é hoje quer dizer não é bem a Cintra medieval é a Cintra do século X que depois imagina também a Cintra medieval mas vale a pena e compreender isso através do Romantismo Isto é do que é que é o romantismo é uma como é que nós podemos compreendê-lo brevemente qu dizer a definir brevemente é uma espécie de uma reação Religiosa e até sentimental uma nova cultura sentimental e religiosa reação à cultura racionalista utilitária clássica do século XVI daquilo que é identificado com uma as na o Iluminismo eh na Europa ou a tradição principal do Iluminismo racionalista utilitário clássico e há esta reação esta reação religiosa esta reação sentimental eh ainda no século 18 a esta a esta cultura H é assim que começa na Alemanha na Inglaterra em França com escritores com artistas que já não seguem necessariamente as práticas H religiosas das igrejas estabelecidas não são propriamente homens piadosos mas que se entusiasmam com o misticismo com as emoções eh e eh e passam a a imaginar aquelas épocas em que eles julgam que esses eh impulsos místicos eh emocionais teriam prevalecido com a idade média com os seus castelos eh com aquilo que na na Europa de então é visto como ruínas tradições populares que cheg que chegaram ainda portanto esse isso é de alguma maneira aquilo que define o romantismo incluindo uma afeição muito especial à paisagem eh pitoresca ou à paisagem dramática Marc paisagens marcadas por desníveis perspectivas vacilador como é como são as montanhas e e que remetem sempre para aquele para aquilo que os românticos gostavam muito que é essa transcendência encontrar lugares transcendência Ora bem Cintra combina precisamente isso tudo quer dizer temos Castelo Palácios coisas medievais Minas Mosteiros e depois temos uma serra uma serra com paisagem também com uma paisagem também bastante dramática faz o Bingo do Romantismo faz o Bingo do rematismo e depois no princípio do século XIX sint está é um nome que tinha entrado e na na imaginação dos leitores de jornais da Europa porquê Porque em 1808 há invasão de Portugal pelas por tropas francesas ou em 1807 em em 1807 é a invasão eh peço desculpa em 1808 eh Há um exército britânico que desembarca para combater os franceses os combates são aqui na região oeste e e entre os franceses e os ingleses são aqui na região oeste do do país e é em Cintra que se faz a convenção e para a retirada dos Franceses eh de Portugal é a convenção de Cintra e essa é uma convenção que é imensamente discutida não só em Portugal mas em Inglaterra porque se considera que os Generais Aqui foram bastante benevolentes para com os os franceses e portanto Há uma grande discussão Há uma grande discussão e portanto seintra associada à convenção sim em parte também daquilo que as bagagens acho que iam bastante mais pesadas do que à entrada e portanto Cintra torna-se conhecida e É nesse nessa conjuntura portanto conjuntura de guerra que um jovem aristocrata britânico um Lord Lord Byron em 1809 ele ele vai fazer uma viagem a Malta no Mediterrâneo mas passa por Portugal Onde está cerca de duas semanas e claro tem de vir a Cintra quer dizer tem de vir a Cintra vem em Julho vem aqui tinha só 21 anos não é era meso muito no anos era muito novinho e mas já destinado muito à sua glória Portanto ele Claro tinha de vir a Cintra Cintra é conhecida em Lisboa provavelmente alguém lhe terá também indicado para vir assime visita ao palácio de seais eh Aliás ele repar que o palácio Seti está decorado eh Ao estilo inglês porque tinha sido um Palácio construído por um um cônsul Holandês Portanto ele reparou nisso que aquilo era um er um enfim familiaridade do mais uma vez aquele género de coisas exóticas aqui de estilos exóticos aqui enfim visita também Mosteiros fala Latim com Ficou ali no no no hotel Lawrence é p parece aparentemente fica fica aí e entusiasma-se com Cintra quer dizer entusiasma consentra eh na sua correspondência eh eh particular onde ele diz que é um um dos uma das eh dos sítios mais bonitos do mundo quer dizer enfim aos 21 anos provavelmente não não enfim se calhar já tinha comp tinha v v não tinha visto muito mas não se enganou mas não se enganou eh e depois vai incluir Sintra no eh no poema que vai publicar em 1812 o child Harold pilgrimage child quer dizer Cavaleiro jovem Cavaleiro eh e e e esse poema tem um sucesso enorme quer dizer em inl em Inglaterra é de facto o começo do Romantismo em Inglaterra literariamente está associado muito a este a este poema de Byron porté o típico é o o jovem melancólico mais ou menos misantropo que vai em busca do estímulo de paisagens exóticas e remotas e portanto viaja como Baron tinha em parte viajado Portugal Espanha Grécia também a Suíça Claro pelas paisagens alpinas e depois a Itália eh e portanto ele vai chamar a a a a Cintra um um Eden glorioso quer dizer portanto um jardim paradisíaco eh mas ao mesmo tempo vai lamentar os habitantes os Não exatamente os habitantes S os habitantes de Portugal Lisboa quer dizer e ele achou muito ignorantes muito sujos que o que era absolutamente típico do Viajante do Norte no sul da Europa hum fazia parte do preconceito além de haver alguma razão para isso mas já já vinham predispostos para aixar ignorantes e porque obviamente os os habitantes do sul da Europa não eram protestantes portanto eram católicos e já os classificava como ignorantes e para para um para um para um protestante do Norte e e depois porque o aparente sobretudo a higiene em termos públicos quer dizer porque em termos de higiene pessoal às vezes eram os habitantes do Sul que achavam os habitantes do do Norte um bocadinho sujo quer dizer mas mas em termos da higiene pública era Portanto ele vai fazer essas essas eh essas considerações e depois aquele verso famoso dos Pobres escravos quer dizer referindose aos portugueses eh que nasceram no meio destas paisagens fantásticas nobres e depois aquela inveti à natureza porque é que eh desperdiçaste as tuas Maravilhas com estes com estas pessoas Isto é porque é que se está aqui em Portugal e não está em Inglaterra que fazeria eh mais sentido portanto Byron obviamente é importante numa obra que tem em Inglaterra em dois ou TR anos aquilo o child darold pilgram tem cerca de 10 edições panto vende imenso e depois há um é traduzido etc portanto de repente se entrar no mapa literário da Europa mas mesmo assim Se nós formos pados eh do século X e pudessemos perguntar a um escritor como Ramalho Ortigão quem é que tinha posto eh Cintra no mapa ele não escolheria eh Lord Byron hum eh escolheria e outra personagem também um estrangeiro mas um estrangeiro mais nacionalizado Digamos que é o Rei Dom Fernando o Rei Dom Fernando I um príncipe alemão um príncipe alemão casou com eh Dona Maria I em 1835 é o Dom Fernando sax Coburgo goth faz parte de uma família prin peix calma bastante culta bastante dadas às Artes um primo dele casa com a rainha Vitório o principal Alberto e também tem as mesmas características estamento artístico eh interessado por enfim por arte curiosidade história etc e o dom Fran SAC Coburgo interessa-se imenso logo imediatamente por eh Portugal eh e eh por arte por arquitetura eh Portuguesa e em 1838 eue quase compra eh basicamente ele compra quase Cintra quer dizer compra o Castel dos moros compra as ruínas do convento e da pena e compra e decide também fazer uma construção como o Dom Manuel O Dom João I antes eh antes muito antes dele também tinham feito construções e aqu el e resolve fazer mesmo uma construção a partir do enfim das Ruínas do convento da pena fazer uma construção um Palácio eh um Palácio que faz lembrar os Palácios da Alemanha daquela zona do ren é uma obra começada em 1842 completada em 1854 ele tem um arquiteto e não é um arquiteto aliás é um um engenheiro que também é arquiteto amador mas que também é alemão já está cá há muito tempo em Portugal e no Brasil que é o barão de e Vega h e que o ajuda ao Rei portanto nos planos para a construção daquilo que vem a ser o pal mas ele prprio tinha muitas ideias para o o rei tem imensas e desenha imensas coisas e precisamente sem sempre naquele estilo de obter efeitos exóticos Isto é isto aqui é nitidamente uma zona de sonho de fantasia quer dizer vamos vamos fazer aqui uma coisa medieval mas ao mesmo tempo manuelina e mourisca vamos misturar os estilos todos num Palácio de Fora parece germânico mas depois lá dentro tem uma quantidade enorme de outras coisas nós Hoje sabemos que enfim sabemos o palácio da pena acertou sabemos que acertou acou uma espécie de emblema de simra eh e e isso permite em 1886 quando o Dom Fernando morre o Ramalho Ortigão nas farpas dizer que dizer o seguinte vou citá-lo pode-se dizer que foi Dom Fernando quem fez de Cintra a linda Vila de vilegiatura que ela hoje é uhum Isto é foi ele para Ramalho Ortigão foi Dom Fernando que fez Sintra o que era então já no fim do século X obviamente isso isto corresponde esura tinha aí o significado Veran verar de férias férias exatamente H eh isto corresponde um bocadinho à aquela tese que eh Ramalho Ortigão desenvolve bastante e que é e que é muito frequente na imprensa da época que é os portugueses não ligam àquilo que têm tem de ser os estrangeiros que lhes vem dizer Portanto ele também tornar Dom Fernando o criador de de cinter é uma manira de dizer estão a ver nós tínhamos aqui Cintra ele aliás até chama a atenção no texto das fpas diz assim ainda por cima o o rei comprou isto baratíssimo em 1838 comprou o castelo comprou as coisas todas aquilo parece que era muito barato quer dizer mas é a ideia de os portugueses não ligam portanto nós estamos aqui numa numa num momento que é eh um momento de eh rotura com o passado que é a Revolução Liberal nos anos 20 e nos anos 30 sobretudo em que deixa muita coisa que até então tinha estado integrada na igreja como os Conventos por exemplo hh quer abandonados quer à venda e comprar há uma Ide de que bem deix deixamos muita coisa ao abandono quer dizer o ramal Ortigão é nesta altura alguém que faz muita propaganda da arte portuguesa da necessidade de conservar as nossas quer quer arte ornamental quer os edifícios quer as paisagens portanto há todo um movimento no fim do século X para isso e é precisamente um um dos elementos dessa tentar preservar ou reconstruir aquilo que eram estas paisagens estes meios Aliás mais do que esses sistemas este ou uma espécie de ecossistemas culturais reminiscentes daquilo que tinha sido a grandeza de de Portugal mas a verdade é que a paisagem arquitetónica de Cintra muda realmente muito no séo x porque porque de facto as construções de Dom Fernando devem ter inspirado imensa gente porque nesta altura que vem para aqui que vem muitos outros Isto é que há outros casos de construções e e sempre com construções com aquelas características de exuberância de exoticism Como por exemplo o palácio os parques de Montserrat em estilo oriental de mercador inglês o Francis Cook em 1858 e depois a Vila sassetti construída por Vítor Carlos sass o proprietário do hotel bragan em Lisboa em a partir de 1890 ostilo italiano da lombardia portanto as pessoas vinham aqui e construíam aqui aquilo que tinham gostado uma viagem ou uma coisa qualquer sim temos aqui toda a regaleira do famoso Monteiro milhões o milionário o Carvalho Monteiro que e a partir também do fim dos anos 90 do século XIX princípio do século XX um edifício eh Neo Manuel limita de uma fantasia e neo manuelina e depois até mesmo ainda associada a Dom a Dom Fernando ao Rei Dom Fernando o o Chalé o chal de tipo alpin da segunda mulher da sua segunda mulher a condensa de Edla Edla que aliás eraa cantora de ópera Elisa enla Suíça lá pessoas transformé suíço aqui também transformavam os seus sonhos em casasa era aqui que projetava se mas era em Cintra quer dizer era em Cintra que se construí estas coisas ou ou fantasias quer dizer nem era bem saudados havia a ideia de que bem aqui Podemos construir uma qualquer coisa de especial quer dizer de simbólico eh com uma série de teorias etc portanto desde essa altura desde Dom Fernando o palácio da pena Fica no roteiro de verão da família real nos tempo de Dom Luís e sobretudo dom de Dom Carlos A rinha Dona amela e o melhor de Dom Carlos e no palácio da pena temho aqui um gosto imenso do Palácio da pena isto obviamente torna também uma época cria aqui uma espécie da época das Quintas quer dizer da aristocracia que quando os reis estão aqui agosto princípio de Setembro também vem aqui para as quintas e depois a família real ia para Cascais para a cidad para a cidade Cascais e toda a gente se transferia também e para Cascais portanto H esse género de passa passa a fazer parte outra vez Cintra com muito importante tal como no tempo da dinastia da viis no século 16 Cintra fazer parte outra vez do roteiro da família realid e não não me surpreendia que isso não tivesse também a ver com uma espécie de nostalgia pela dinastia da viis no fim do século X princípio do século XX quer dizer há esta ideia de recuperar a grandeza de Portugal ISO vem na no hino depois naquilo que no hino Portuguesa que vai ser o in da República em 1900 11 H E essa ideia de repente voltar a investir nem estilos e em construções e lugares estão Associados a Essa época de grande grandeza do e do do reino de Portugal provavelmente também não é inocente quer dizer para além das outras razões práticas que é de facto isto Continuar a ser um bom lugar de Veraneio eh para suportar um os verão um verão quente no no eh no sul do no sul do país a partir de 1887 à Comboio para Cintra a partir de Lisboa primeiro de alcander e depois de 1891 a partir do do do re portanto facilita imenso as e as vindas e a Cintra e Vai facilitar depois no século XX na segunda metade do século XX suburbanização do aquilo que vai ser o concelho de Cintra que hoje é o segundo mais povoado do país depois de de Lisboa mas o que é que significava Cintra eu acho que nós podemos e apanhar isso bem nos Maias dessa de Queiroz publicados em 1888 no capítulo oo há uma há uma visita à Cintra de Carlos da Maia acompanhado pelo Maestro o cruz eh eles vêm a Cintra Carlos da Maia vem com a ideia de tentar encontrar Maria Eduarda depois não consegue e e e e é muito interessante ver h a maneir como essa de caros descreve Cintra aí portanto h a carruagem tá a chegar a Cintra e eles vão de carruagem portanto isto er nos anos o O livro é o os mais estão publicados em 1888 mas referem-se uma época anterior à década de 70 portanto eles vêm vêm de carruagem e e ele diz na carruagem diz essa de carir vou citar sentia-se já sem se ver a a religiosa solenidade dos espessos arvoredos a frescura distante das Nascentes vivas a tristeza que cai das penias e o repouso Fidalgo das Quintas de verão reparem estas esta a religiosa sidade a frescura distante a tristeza das penias o repouso Fidalgo Isto é todas as características que estão associadas a a Cintra e depois na página seguinte isto ele mostra o Cruz o o maestro e acontecer-lhe isto diz tá cruz recebendo como uma impressão religiosa de todo aquele esplendor Sombrio de Arvoredo dos Altos fragosos da Serra entrevistas um instante lá em cima nas nuvens desse aroma que ele servia que ele servia deliciosamente do sussurro doce de águas descendo para os vales portanto repito religiosidade frescura tristeza falia quer dizer é é uma espécie do resumo daquilo que era atraente in Sintra para um romântico no eh século XIX e aliás que vai ser vocalizado neste capítulo dos Maias pelo poeta romântico Tomás de lencar que o Carlos amaia e o Cruz vão encontrar em Cintra e que depois torna aquilo cada vez mais exuberante e depois é equilibrado no capítulo obviamente por aquele toco humorístico que é o facto do Carlos que vem nitidamente à procura de Maria Eduardo tá completamente desinteressado por Cintra E porque quer que seja e pela anedota do Cruz a quem a mãe quando ele vai sair de Lisboa encomenda queijadas cita não te esqueças das queijadas Ele está aqui em cter sempre a lembrar tem que comprar as queijadas atenção tem que comprar as queijadas E claro o capítulo acaba com ele a voltar a Lisboa na carruagem e dar um berro e dizer lá me esqueci das queijadas ter que eu muito bem Olha nós temos terminar com a anedota das queijadas a nossa emissão para quem no está a ouvir em FM temos mais algumas coisas a dizer sobre Sintra Mas será que fica para o podcast para quem nos está ouvir em direto na rádio até para a semana então Rui bem querer Portanto o que nós temos esta fazermos o nosso remate final é a Cintra turística quer dizer esta Cintra turística fim do século XIX princípio do século X tem muito é atraente nestes termos românticos que é um bocadinho nórdicos novent florestais germânicos quer dizer há muito aqui este elemento mas Cintra é também profundamento Nacional quer dizer esse o Esse é o outro elemento que permite explicar também a sua importância isso é demonstrado enfim H demonstrar por vários autores mas acho que há um autor que o demonstra no fim do século X princípio do século XX mais do que qualquer outro que é anão branc freiro ané brac freiro foi o presidente da assembleia nacional constituinte em 1911 quer dizer portanto da Assembleia que fez a a Constituição da da República ele era um Fidalgo mas mas tinha se tornado Republicano presidente da Câmara Municipal de Lisboa H tinha nascido em 1849 e e ele no fim de no fim do século 19 em 1899 começa a publicar uma obra que vai ter três volumes sobre os brasões da sala de Cintra é este o é este o título e o que é que são os brazões da sala cinta bem O Rei Dom Manuel tinha feito grandes obras no passo de Cintra e uma uma delas foi aquilo que ficou conhecido depois como a sala dos brasões por volta de 1518 e diz dames Damião de Gois na sua crónica de Dom Manuel que Dom Manuel dizu mandou ver todas as sepulturas do reino para delas se notarem as armas as insígnias os os letreiros e fazer pintar todos os cudos com as suas cores basicamente o que o rei fez foi no teto desta sala sala dos brasões eh pôr pintar mandar pintar os escudos de todas as grandes famílias do reino estão as armas os brazões dessas famílias portanto no centro tem o o escudo do os Escudos do Rei e dos e dos seus filhos no centro e depois à volta tem 72 brasões eh em linhas enfim mais ou menos hierárquicas eh das várias famílias e o que é que isto dá bem eh obviamente para Dom Manuel Muito provavelmente isto teve como eh sentido eh fazer situar aquilo que era que eram as grandes famílias eh fidalgas portuguesas em relação ao Rei portanto estão todas em relação ao Rei ali jun Isto é representadas naquela sala numa posição de eh enfim de reverência para com o rei de ligação ao ao Rei mas é também uma conceção do reino isto é uma conceção do reino o reino de Portugal como este complexo de famí aí quade deidos conhecidos não só submetidos à família real ao Rei à família real mas como se o a memória do reino fosse formada por esta pela memória destas famílias Isto é a formação do reino e a sua expansão no ultramar está associada à história destas famílias exatamente como está noas de Luís de Camões segundo de ou o Jorge de Sena Isto é são as grandes famílias é a história das grandes famílias e dos representantes dessas grandes famílias que estão também nessa nessa está a dizer é que a teta o teto da sala dos bres é um livro de história é uma espécie de Lusíadas pintado no pintado quer dizer pintado no no no teto e o anselme baranca freiro faz isso quer dizer os os três volumes da da dos brasões da sala de cter é é de facto uma história de Portugal baseada no percurso das várias famílias Portanto ele vai contando a história do do eh das enfim ele ele aliás no no na reedição 1921 dizem eu não sou um genealogista eh diz também que não é um Historiador mas é um amador de história etc mas ele de facto faz ali a história faz a história da é daquele daquelas famílias e não é bem dos apelidos é das famílias de das famílias portanto Vai Vai contando a história a história deles até até à época do até à época eh até ao século XV e portanto tá a contar e e de facto Aquilo é uma história de Portugal quer é uma história daquelas grandes famílias que eh deste ponto de vista aristocrático uma história aristocrática de Portugal fizeram o eh reino de Portugal portanto na prática o o o que temos eh em Cintra também é uma espécie de lí das na construção quer dizer uma um espaço onde simbolicamente é evocada a história do a história do país portanto de no princípio do século XX ess torna-se também um daqueles Pilares daquilo que vai ser a imaginação a memória históric do país tal como outros monumentos da Batalha o mério da Batalha o e o castelo Guimarães etc quer dizer de repente aqui temos uma um sítio Onde está num lugar e é possível a propósito do teto numa sala contar toda a história do país até ao século X Como faz o CME Brancão é uma excelente sugestão de visita bom e assim termina esta edição de e o resto da história eu queria agradecer a parques de Sintra assim deste convite e o prazer que foi estarmos a falar de Cintra nesta sala não é dos brazões mas também vale muito pena e muito obrigado e até para semana até lá