🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
[Música] Este é o som do porin não é resposta com o psicólogo Eduardo Sá Hoje vamos falar de um pai que vê a filha apenas num ponto de encontro familiar Ou seja num local supervisionado não sabemos os contornos exatos da situação mas sabemos que este pai está a sofrer por ter apenas estas visitas banais e diz que a filha que pelo e-mail se presume ser um bebé não está a criar um vínculo com o pai Eduardo Boa tarde este pai diz ainda que por ser pai é tudo mais difícil juridicamente isto ainda é verdade aos dias de hoje Olá h hoje dito eu não acho que seja mais difícil juridicamente acho que é mais difícil judicialmente ou seja se nós nos perguntarmos até que ponto é que algumas decisões judiciais podem correr o risco de ser sexistas com muita tristeza minha eu digo-lhe podem Sem dúvida podem e não deviam porque é óbvio que a imparcialidade a prudência sobretudo a sabedoria de uma decisão judicial não devia eh pender para este tipo de coisas segundo aspecto eu tenho muito medo deste tipo de práticas jido com toda a sinceridade e tenho medo porque em muitas circunstâncias elas se banalizam de uma forma que eu acho que é preocupante se não vasa eu não quero questionar os motivos pelos quais um tribunal decidiu fosse o que fosse a ponto de chegarmos a este patamar o que eu questiono é até que ponto é que o Tribunal presume que um contacto supervisionado duas vezes por semana num ambiente de imensa tensão estamos a falar de uma criança muito pequenina uma imensa atenção por parte desta criança uma imensa atensão por parte destes Pais porque como se compreende quer dizer não é a mesma coisa estarmos a interagir com um filho pon de forma natural tranquila descansada ou pelo contrário termos a noção de que temos uma ou duas pessoas com uma prancheta e uma checklist a fazer check check check por ali abaixo no sentido de perceber até que ponto é que somos ou não somos adequados para este tipo de interação a mim preocupa-me porque eu já vi de facto este tipo de situações vezes demais e este tipo de interações supervisionadas às vezes prolonga-se por dezenas literalmente dezenas destes destas situações e eu pergunto-me se as pessoas a certa altura fazem uma avaliação séria e Clara sobre a validade deste tipo de coisas ou se pelo contrário os tribunais eh bom acabam por deitar mão a este expediente para não decidirem sobre o que o que o que se calhar deviam decidir e ao mesmo tempo para irem ganhando tempo para que finalmente passado eh um período relativamente prolongado chega alguém a tribunal a dizer sim este pai já é competente para lidar com esta filha ou a linha B esta filha ou Este filho não rejeita o pai e portanto passemos para o capítulo seguinte e como se compreende nada é assim tão linear de onde fico muito muito muito preocupados DIT H este pai diz que não consegue criar um um vínculo com esta criança naturalmente e isso percebe se tendo em conta que só está com ela 3 horas por semana ó hoje dito sim mas ainda é pior porque como se compreende por muito pequenina que seja esta criança ela percebe que estão ali duas estranhas bom a a monitorizar tudo e e mais a a mandar naquela interação para além do que é razoável ou seja o pai ou a mãe se ela porventura também lá estiver bom então acabam por não ter tanta prevalência sobre aquilo que se pode passar e est estão lá a acatar um conjunto de instruções a obedecer essas instruções e portanto é natural que uma criança pergunte porquê e já agora se meu pai gosta tanto de mim porque é que de alguma maneira precisamos destas pessoas a tomar em conta do meu pai e e etc um conjunto de questões que fazem com que a utilidade prática de tudo isto sobretudo para uma vinculação seja muitas vezes exatamente paradoxal e já agora eu gosto muito que os tribunais usem termos que vêm da Psicologia mas cuidado não usem vinculação a torto e direito porque aquilo que um tribunal entende que é uma vinculação muitas vezes não é vinculação nenhuma e portanto é razoável que ten uma prudência humildade de perceber que às vezes estão a chamar vinculação a coisas que não são bem assim e não é qualquer técnico com a formação mais diversa bom e de uma forma muito empírica que tem a capacidade de avaliar uma vinculação Mas é isso que se passa e por isso é que há tantos Mal entendidos e tantas situações que se prolongam no tempo sem utilidade nenhuma e com prejuízo Manifesto sobretudo sobretudo para uma criança hum lá está e é sempre preciso é pensar no superior interesse da Criança e acho que enfim nem sempre nem sempre isso acontece Eduardo um grande abraço Obrigada encontramo-nos outra vez amanhã combinados Pri [Música] [Música] mané se gostar deste podcast pode seguir dar cinco estrelas e comentar o episódio na Apple podcasts ou no Spotify pode também subscrever e gostar no YouTube Assim recebo uma notificação sempre que houver um novo episódio