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senhor presidente senhor primeiro-ministro senhores membros do governo caros convidados civis e militares Dime também especialmente à família de Mário Soares em especial aos filhos mas também à família aos amigos que hoje estão aqui presentes nesta intervenção começo por recordar o Óbvio o papel incontornável do homem que marcou também o 25 de Novembro que nos impediu e lutou por isso de ter uma ditadura de sinal contrário marcada pelo apoio da União Soviética e por um homem que deu os primeiros passos na Europa por parte de Portugal mas não podia hoje Estar Neste plenário perante a minha consciência e perante o país se Não deixasse Claro e transmitisse em nome do partido a que presido que esta cerimónia solene desta for dele não deveria acontecer nem estar a acontecer quem foi Mário Soares o que nos deixou e aquilo que quis para o futuro de Portugal se foi tudo isto que acabei de dizer Mário Soares é também cúmplice e ativista de um sistema de donos disto tudo que se iniciou à sua sombra e que se Manteve à sua sombra durante muitos anos após 25 de abril de 1900 e 74 à sombra de Mário Soares muitos enriqueceram por si ou por intermédio a sombra de Soares muitos ficaram com dinheiro do Estado sem nunca o devolver e cobrindo-se institucionalmente de um país que era incapaz de andar para a frente porque tinha sempre o medo de uma revolução ou de uma contra-revolução à luz e às mãos do Mário Soares o PS ou aquilo que era o PS ou esse espírito do PS apoderou-se do aparelho estado português e os donos disto tudo em vez de se Lutar em vez de lutarem e de fazerem pela democracia Lutaram e fizeram para se apoderar dos mecanismos de estado daquilo que era a riqueza do Estado daquilo que era o poder do estado ficou célebre a frase senhor presidente perdoem-me por recordá-la de Mário Soares após ser apanhado numa multa de trânsito a 199 km/h disse então Mário Soares Não se preocupem o estado paga é este estado paga que marcou e marca uma cultura de absoluta impunidade de apropriação do aparelho de estado e de apropriação do dinheiro público que os portugueses não podem aceitar que nós não podemos aceitar que o país não deve aceitar a sombra de máo Soares criou-se uma cultura de impunidade política que se desenvolveu até hoje já até hoje as suas teias e o seu rasto permita-me novamente senhor presidente Recordar de visita ao então primeiro-ministro José Sócrates Num ataque Claro à justiça portuguesa dizendo esse grupo de malandros que querem atacar um primeiro-ministro exemplar esse grupo de malandros que quer atacar um primeiro-ministro exemplar senhor presidente e senhores deputados nenhum gosto de viver nenhum gosto de partilhar nenhum gosto de ser mais livre ou menos livre pode tolerar aquilo que foi uma das maiores operações históricas portuguesas não pelos escravos não pela Celeste ou pela Maria não pela democracia nem pela Liberdade mas por uma das maiores apropriações de sempre do estado que ainda hoje estamos a pagar e de que Mário Soares é também cúmplice em Portugal estamos ainda a pagar por ela não queremos pagar mais por ela senhor presidente e senhores deputados foi já referido não apenas chega o processo de descolonização desastrosa e desumana que Mário Soares também encabeçou permitirme a novamente esta interpelação atirá-los aos tubarões a frase de 1977 marcou uma geração e uma geração empenhada também na sua liberdade a tirar os brancos aos tubarões atirá-los nas províncias para aqueles que resistiam a uma descolonização mal feita e a um império que se per definitivamente atirá-los aos tubarões em Angola em Moçambique na Guiné em Timor atirá-los aos tubarões atirá-los aos tubarões àqueles que lá estavam ainda a lutar porque tinham sido abandonados não por qualquer direita não por qualquer esquerda mas por aqueles que governavam Portugal abandonamos as nossas colónias e abandonamos aqueles que lá viviam deixando tudo para trás e senhor presidente e senhor presidente para qu atirá-los aos tubarões se anos depois eles faziam as malas para vir para cá viver muitos voltando ao país que lutaram e contra o qual Lutaram à capital que odiaram e à capital que quiseram um dia incendiar voltam agora como voltam para toda a Europa Basta ver que a descolonização deixou os seus frutos ainda marcados só em Moçambique H hora a que estamos agora mais uma guerra civil deixada porel os amigos daqueles que lá ficaram provoca ainda 80 mortes nas últimas duas semanas por um processo eleitoral mal feito senhor presidente e senhores deputados não podemos nem depois de morrer nem 100 anos depois de nascer ser branqueados na nossa responsabilidade nós falhamos aos retornados falhamos às colónias falhamos aos ex combatentes Mário Soares também é responsável por isso mesmo se necessário disparem sobre os que lá estão a frase é de agosto de 74 referia-se então aos brancos que nas colónias lutavam ou permaneciam em luta mas referia mais do que isso aos portugueses que tinham sido abandonados nas antigas províncias a frase é de agosto de 74 quando muitos dos nossos soldados ainda estavam em território Ultramarino quando muitas das nossas forças armadas ainda estavam ao seu abandono no território Ultramarino disparem Se necessário sobre os que lá estão nenhuma frase pode ser branqueada com isto nenhum Capítulo histórico pode ser encerrado com isto senhor guarda desapareça nós não queremos polícias terá dito também Mário Soares na presidência aberta de 1993 Nós não precisamos de polícias senhor guarda desapareça todos sabemos o papel que teve na amnistia que foi atribuída às Forças fp2 às Forças do fp2 de Abril senhor presidente e senhores deputados perante a minha consciência e perante a consciência do partido que represento nenhuma cerimónia evocativa podia a algum dia esquecer aquele que é também um legado profundamente negro daqueles que depois do 25 de Abril conduziram Portugal e de que Mário Soares é um dos principais responsáveis nenhuma cerimónia nenhumas flores nenhuma Evocação ou nenhuma dor por mais que a família ou sinta e que nós compreendamos essa dor e essa família pode branquear ou obstaculizar aquilo que para nós é mais importante porque será sempre sempre e sempre em primeiro lugar a pátria havia um poeta que dizia sobre os sonhos do mar e nós os deu sinal cumpriu-se o mar e o império se desfez senhor falta cumprir-se Portugal Mário Soares talvez tenha querido cumprir senhoras e senhores falhou