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[Música] [Música] quando surgiu este convite qu seria o disco que eu levaria para uma ilha o meu pensamento pensou numa coisa que fosse intemporal e numa música que eu não me cansasse umaa música que pudesse ser um recurso energético e de alguma forma também pensei em música que viesse de ilhas porque de alguma forma parecia-me que o facto de ser feito numa ilha Talvez seja bom para para que nos possamos aguentar com com esse com essa música também numa ilha daí a andei assim a investigar várias possibilidades Mas de repente lembrei o que que onde é que eu tive mais próximo de estar assim numa ilha e curiosamente ou metaforicamente foi durante a pandemia e este Disc posso dizer que foi daqueles que salvou a minha vida a dos meus colegas de pandemia na altura o Lu Gabri L Dan a Sara mer este disco durante aques momentos mais Med furo quando nós apertamos o play logo pela manhã esqueciamos um bocado isso e partíamos a dançar então este disco é um disco chamado bit do danielar que é um cantor poeta da Ilha reunião uma ilha que se situa no oceano Índico perto de Madagascar entre África Índia e uma ilha que tem muita história ancestral e acima de tudo um pon encontro de várias culturas e também por isso eu escolhi esse disco Este trabalho do Daniel Barô eu acho que é da música orgânica ao mesmo tempo mais eletrizante que eu conheço é incrível porque ela lá está não é uma música que tenha qualquer eletrónica nela mas tu realmente ficas ligada à corrente eu conheci o Daniel em 2016 em ces no ano em que a criatura também tocou e tive o prazer de conhecer pessoal não o conhecia e havia um dos elementos da banda que disse temos de ver este concerto e vimos todos juntos esse concerto e foi um momento muito especial como banda de recebermos aquilo mais tarde curiosamente o Gonçalo Frota escrev escreveu sobre os vários concertos de sim ses nesse nessa edição h e e até foi engraçado porque El ele criou de alguma forma uma ponte entre a criatura do Daniel oô que falava exatamente que se calhar a criatura precisava de ouvir mais Daniel oô para perceber como não encher tanto um espectro sonoro e perceber como é que a simplicidade apenas de vozes e propões tem tanta força então eu tive o prazer nessa noite de dar um abraço a Daniel Barô ainda estou a de ver uma visita à ilha da reunião e desde então que fiquei a ouvir a música Aos discos dele e e a forma como concentra África como concentra índia como concentra também de alguma forma sem esquecer até a própria língua francesa ainda que a reunião seja um sítio que tenta desde pelo menos os anos 70 desvincular-se cada vez mais vai ser mais autónomo este estilo de música que o Daniel baro faz que concretamente é o maloia o maloia é uma música de resistência e é uma música que como várias outras que a gente conhece pelo mundo fora ela veio das pessoas escravizadas acima de tudo os africanos escravizados acima de tudo os pobres também que trabalhavam nessas Quintas eh e nessas terras eh e que foi uma forma de resistência ela acabou por ser abolida até na altura dos anos 60 70 era proibido tocar uma aloá até que entretanto voltou a Renascer e tem esta curiosidade que o o Daniel oô ele é branco e ele também fala exatamente que não tem o preconceito de trabalhar porque ele próprio veio de uma família de de de brancos pobres e que é nisso que vive mesmo batar cit o nome do disco significa bastardo E ele fala isso mesmo que ele próprio se considera um filho bastardo e que a própria reunião e o próprio Malá também ele é um filho bastardo de toda essa junção que a faz