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[Música] bem-vindos aos 10 anos de observador nascemos a 10 e a rádio A5 assinalamos esta década com uma série de entrevistas especiais em procuramos os bastidores dos momentos mais marcantes de cada ano eu sou o João perfiro editor de fotografia eu sou a Patrícia Reis escritora e curadora da exposição 10 anos do Observador para este Episódio convidamos o diretor executivo da sociedade Nacional de Belas Artes Rui Penido a cada conversa associamos uma fotografia Rui Hum o que é que vê nesta fotografia Bom dia Vejo um cortejo e de população nas ruas saudando uma coluna militar eh que tanto quanto já percebi e replica aquilo que aconteceu na na madrugada de 25 de abril de 1974 é exatamente esta fotografia foi tirada no 25 de abril de 2024 exatamente no dia em que se comemorou os 50 anos da revolução dos cravos e esta fotografia é exatamente o momento em que coluna Militar de salgar Maia vinda de Santarém faz todo o percurso ao minuto até chegar ao Largo do Carmo esse momento tão simbólico para a Revolução estávamos aqui nos Bastidores a falar com o r sobre se ser parado ou não na Fontes Pereira de mel no sinal vermelho porque em 74 pararam na na na Fontes Pereira de mel Mas é uma reconstituição e é uma das fotografias que faz parte da exposição 10 anos do Observador e é uma maneira também obviamente de O Observador assinalar os 50 anos da Democracia 50 e esta exposição faz parte de um grupo de 80 fotografias que estão até que estavam que estavam até este fim de semana na sociedade Nacional de Belas Artes eh estiveram durante um mês o Rui foi o nosso anfitrião a acompanhar-nos durante os bastidores de montagem da exposição aceitou a nossa proposta foi uma pessoa incrível e este é o último episódio deste podcast eh e portanto achamos que era a pessoa ideal para para conversar connosco Rui como é que foi a experiência de ter que nos aturar não foi aturar Obrigado pela simpatia eh foi um prazer e é uma exposição um pouco diferente daquelas que a sociedade Nacional de Belas Artes normalmente acolhe a maioria das Exposições também não são de fotografia embora a atual direção tenha uma sensibilidade e talvez mais abrangente para as várias formas de arte e portanto não só a pintura não só o desenho ou A escultura mas a fotografia hoje em dia e na sociedade Nacional de Belas Artes temos várias posições por ano de fotografia e portanto esta ainda talvez mais particular de fotojornalismo e abrangendo um período também mais mais alargado de 10 anos eh 10 anos de de observador esta fotografia faz parte da cronologia na na sala do primeiro piso da exposição 10 anos do Observador e Nós escolhemos uma fotografia por cada ano da década Esta é a última Como João disse celebra os 50 anos do 25 de abril de 2024 o mesmo ano em que o jornal faz 10 anos h e a minha pergunta é o Além da da fotografia não ser muito Evidente como objeto de Exposição na sociedade Nacional de Belas Artes embora cada vez mais Como acabou de dizer h o que é que o surpreendeu neste projeto ou Nada pode-me responder assim ó Patrícia tenha lá paciência já vi tudo até um porco a andar de bicicleta e nada me surpreendeu e ele mantém esta pausa quer dizer que nada surpreendeu João não talvez talvez o facto de um jornal entrar dentro das portas da sociedade de Belas Artes não is e esse não na experiência que não é longa e na sociedade Nacional de Belas Artes minha pessoal H é a primeira vez que acolhemos um projeto assim acolhemos projetos de pintores ou artistas plásticos que têm 20 anos de carreira 30 anos de carreira 40 anos de carreira e o que é que é mais fácil aturar jornalistas ou aturar artistas é s uma provocação acho eu diria que foi os jornalistas talvez por estarem fora do seu habitar natural os artistas se calhar são mais complicados porque têm uma uma perceção e curatorial do seu trabalho diferente pronto e e vincada difente e eu acho que e a vossa exposição chegou já perfeitamente encaixada pensada planeada e portanto foi uma questão de executar aquilo que estava inicialmente programado e teve tem tem tem temos noção se esta exposição sendo no jornal num local onde não é habitual que exista este tipo de Exposições que eh a sociedade de Belas Artes em Lisboa tenha sido visitada por pessoas que habitualmente não a visitam e que se esta exposição ajudou um bocadinho também a que outras pessoas conhecessem aquele local expositivo que é emblemático da cidade sim seguramente H diariamente e ent visitantes na sociedade que na portaria perguntam onde é a exposição do Observador e ao contrário também acredito pessoas que não sabiam que a exposição do Observador lá estaria que são V vossos habitué das vossas posições e que de certa maneira ficaram surpreendidos com se calhar terem ali uma exposição de um jornal sim sim também acontece visitantes habituais H que visitam a exposição do Observador como uma exposição de de um artista plástico exatamente nos mesmos modos então o Rui diria que foi uma experiência positiva apesar de ter que nos aturar uns uns meses antes nós começamos por umas visitas técnicas por o normal das Exposições normal das Exposições mas muitas visitas técnicas muitos telefonem mas ó Rui preciso da sua ajuda ou Rui Será que posso fazer isto ou Rui Será que ó Rui Socorro preciso de uma fita de duas faes também houve estas coisas engraçadas retive mais Rui preciso de um manequim isso é culpa aqui do João perfo de repente mandou-me um saco preto com o colete e à prova de bala e o capacete o colete e por si só pesa 12 kg eu nem sequer sei como é que o João consegue vestir Ah porque é um peso morto é uma coisa mesmo impactante na na no no corpo não é e e disse-me e pá tá aqui eu gostava muito que isto ficasse num manequin e eu hum E agora onde é que a gente vai buscar o manequim e o Rui respondeu-me com ar muito tranquilo Ah nós temos um manequim pronto embora nunca me tivesse sido solicitado eh durante uma montagem já usei manequins mas estavam planeados e eraa uma manequinha era uma menina Era sim não consegui melhor não não não não era uma menina nós demos-lhe o nome e tudo teve algum improviso mas pronto conseguiu-se sim a exposição tem não só fotografias como aqui dissemos mas quem não viu Eh também já não vai ver mas mas só para ficar em registo a exposição tinha mais de 80 fotografias tinha também os livros que todos os jornalistas que oos jornalistas aliás todos os livros que os jornalistas do Observador escreveram eh estando ou não relacionados com trabalhos diretamente publicados no observador tínhamos um pequeno apontamento para a rádio eh isso também acredito Rui que tenha sido uma novidade naquele espaço onde Montamos uma uma espécie de de rádio onde os visitantes da exposição podiam experimentar eles próprios ler noticiários de Notícias escolhidas pela Patrícia que tenham marcado os últimos 10 anos Isso não é verdade não fui eu que escolhi fica aqui já um disclaimer Não fui eu que escolhi foi o Pedro Castro nosso diretor aqui da rádio que fez uma seleção de de de notícias e as pessoas de facto podiam ler e depois recebiam um MP3 em casa ou terão recebido um É melhor dizer assim terão recebido em casa com com havia muita gente que achava que aquele espaço não ia funcionar e e eu percebi ao longo dos dias que era o espaço onde as pessoas tiravam mais fotografias porque sentavam-se na poltrona ficavam ao pé do microfone aquilo de alguma forma cumpriu algumas fantasias eu acho isso é é interessante também acho que funcionou muito bem nomeadamente os sábados Teve sempre ali um pico de visitantes e e eu acredito que foi por essa possibilidade de poder ali ler as notícias não é estar personalizar um um determinado boneco também temos as revistas também tínhamos as revistas do aniversário eh todos os anos O Observador publica revistas e dando este privilégio ao papel hh também estavam expostas e o no isto no andar de cima no andar de baixo tínhamos uma homenagem aos bombeiros eh de pedrogão grande e de figira o dos vinhos Castanheira de pera eh temos uma grande fotografia de pedrogão grande da estrada da morte a estrada nacional 236 h e depois eh neste espaço de homenagem aos bombeiros tínhamos um áudio que são o as gravações de rádio CESPE que foram utilizadas que foram feitas eh durante os incêndios de droga onde se consegue ouvir com eh consegue-se ouvir sobretudo a angústia a angústia dos Bombeiros por não conseguirem salvar Todas aquelas casas e aquelas pessoas e porar não terem água e não terem recursos e é muito angustiante esse áudio mas eu acho importante que as pessoas possam ter essa possibilidade de ouvir eu não sei se é muito habitual as Exposições terem este elemento sonoro sim eh haver instalações sim nem sempre são sonoras h no vosso caso acho que funcionou muito bem sim acho que é um momento muito impactante depois de descer a escadaria eh soube a fotografia em grandes dimensões da Estrada da Morte O que é que o que é que mudaria na exposição Já que é provavelmente a pessoa que melhor conhece a seira a Patrícia vz que está vi lado todos os eu conheço melhor que eu porque o rio eu montei fui lá e deixei larguei e vou lá desmontar e mais nada o Rui tem tem ido lá todos os dias não sim sim estou lá todos os dias o que é que na sua experiência não mudaria nada ou quando fizermos os 20 anos quando fizermos os 20 anos Rui vai ser consigo na sociedade Nacional de Belas Artes pode já pôr no calendário Obrigado pelo voto de confiança eh eu acho que o processo curatorial é um processo muito pessoal e depende de pessoa para pessoa duas pessoas com exatamente a mesma matéria prima as mesmas obras farão obviamente dois trabalhos diferentes nem um Tá certo nem o outro tá errado forçosamente Eh eu acho que o trabalho que a Patrícia fez eu acho que é um trabalho de curadoria também muito partilhado Rui é preciso dizer isto Ah porque eu acho que uma curadoria artística tradicional tem de facto esse cunho muito pessoal mas aqui a curadoria foi uma curadoria para pada com o João foi uma curadoria em consonância com aquilo que a direção do jornal pretendia e teve também um auxílio muito precioso do designer que fez o layout da Exposição Pedro Leitão Ah e acho que nesse sentido é uma coisa um bocadinho mais jornalística do que propriamente mais sim não sei se é mais difícil é diferente eu diria que sim na exposição de um artista plástico normalmente estamos a falar se não estivermos a falar de exposições antológicas estamos a falar de o trabalho de um determinado ciclo de um determinado ano ou de uma determinada temática portanto podemos ter 20 30 trabalhos e se calhar não vamos expor 20 30 Mas vamos P 17 ou 22 é uma seleção relativamente mais simples do que aqui que estamos a escolher momentos de 10 anos e não é só 10 anos da vida do jornal é da vida do país da Vida internacional é do mundo nós tínhamos em média 2600 não era fotografias por mês de cada ano portanto era uma loucura foi uma pequena uma pequena loucura de selecionar as fotografias mas é muito engraçado porque agora retrospectivamente eu até acho que foi bastante simples sim porque nós o nosso papel e acho que isso espelho um bocadinho na exposição foi H um bocadinho procurar Quem eram as pessoas que de facto tinham marcado a década e os acontecimentos que a tinham marcado e com isso já tínhamos talhado bastante caminho e já excluir diamos algumas pessoas e alguns acontecimentos mas obviamente que esses momentos marcantes e essas pessoas marcantes da década nós temos inúmeros registos delas eh e e e portanto foi difícil na mesma foi muito complicado e acho que hh nós quando entramos na sala de baixo Rui vemos um uma nós somos quase absorvidos por quase 80 imagens ali que nos comem quase à atenção e temos até um banco no meio circular a forma do logotipo do jornal que nos permite quase andar ali à roda a ver as imagens O que é que o Rui bastante conhecedor e e bastante experiente em Exposições mas como é que o Rui vê aquela sala o que é que aquela sala lhe transmite visto que tem tanta história do país e do mundo e o que é que acha que aquela sala e dá às pessoas aos seus visitantes Anes do seu espaço eu acho que aquela sala foi também um ponto de atração não só pelo banco Mas pela possibilidade da da visualização 360º H tem desporto tem cultura nacional tem cultura internacional tem política nacional tem política internacional portanto era um ponto forte da exposição e acho que foi bem trabalhado em termos curatoriais e daí ser absolutamente apropriado o banco ali e o banco usufruindo do vosso logotipo Redondo o eh facilitava o tem alguma fotografia favorita agora agora é que o tramamos vá não acho que há ali várias fotografias Eh que que marcarão a da estrada da morte é até porque de alguma forma todos nós infelizmente nos lembramos nos lembramos e e foram imagens que durante vários dias nos eram transmitidas em qualquer canal televisivo que se abrisse ou rádio era o assunto do do momento e foi o depois também durante longos tempos Infelizmente sim não pelas piores razões e pelas melhores razões que fotografia é que destacaria hum talvez ali o eurofestival e acho que é ali um momento de de alegria h a fotografia que o Rui se refere a uma fotografia em que está H filme na cautela Silvia Alberto Daniela rá e Catarina FT fotografia tirada pelo João prefiro a Silvia Alberto teve aqui no podcast podem encontrá-lo no site do Observador falando sobre esse momento da eurovisão é um momento em que elas estão fora do palco já depois de de fazer em direto aaluma é e nota-se perfeitamente porque um um um beijo Eh entre entre duas apr dizer que João não queria esta fotografia vá João tu não crias esta fotografia apesar de ser minha eu não posso negar tal tal afirmação é verdade Houve aqui algumas algumas na verdade houve relção a duas fotografias não é essa e uma referente aos aos incêndios de pedrogão Sim claro porque o Rui imaginará e e quem nos ouve imaginará que há muita há há muita muita fotografia que nós gostávamos de ter mostrado às pessoas e e isso acho que se nota na exposição e mas obviamente o espaço é limitado e e não não o podíamos fazer e tínhamos que fazer escolhas e como a Patrícia tem uma frase desde início que que marca e que marca muito este projeto que é eh escolher é reduzir é excluir é excluir exatamente escolher é é excluir e não podemos ter só desgosto também foi uma frase que eu batalhei muito porque era muito fácil ter só fotografias de desgosto não é de momentos trágicos eraa fácil ter só guerra conflito eh desentendimento pandemia claro é preciso não esquecer que vivemos a pandemia não é atravessamos o período da pandemia eh incêndios quer dizer era muito fácil escolher só TR havia desgraça suficiente para fazer os 10 anos mas ninguém aguenta só desgosto em cinza em negro não não ninguém aguenta não mas acho que foi obtido um bom equilíbrio e acho que aquela parede porque também houve momentos bons Claro e Portugal foi campeão europeu de futebol Ora lá está teve cá o Papa foi um momento muito feliz para muita gente importante para muita gente os 50 anos do 25 de Abril também é um momento de alegria H quer dizer tínhamos que balançar bastante bem equilibrar aqui a coisa não é sim nós estamos quase aí para intervalo Rui mas eu gostava de lhe fazer uma pergunta que é como é que E H como é que a sociedade Nacional de Belas Artes escolhe este projeto em detento de outro projeto porque eu sei que a vossa agenda é muito difícil e eu sei que tem uma agenda ocupada até 2026 salvo erro não é já estou a trabalhar para 27 já tá a trabalhar é melhor marcarmos já se fermos alguma coisa é para os 20 anos não éos 20 anos temos tempo melhor estamos aqui à conversa com o diretor executivo da sociedade Nacional de Belas Artes Rui Penedo deixamos esta conversa e já voltamos é um intervalo muito muito curto [Música] Esta é uma história de Guerra D uma catanada aqui na cabe António Lobato foi o português que mais tempo esteve em cativeiro na guerra de África 7 anos e meio [Música] eu levantei assim buc é também uma história de amor a carta era muito simples querida estou vivo eu voltarei e é também a história da operação secreta para o resgatar em plena Ditadura do estado novo agora vamos medo coma acabo destes gajos todos que este é o sargento na cela 7 uma série para ouvir em seis episódios faz parte dos podcast do Observador é narrada por mim p rapazote com banda sonora original de Noise pode acompanhar no site do Observador ou nas plataformas de Podcast R PED diretor executivo da sociedade Nacional de Belas Artes é o nosso convidado desde que é o último episódio do podcast 10 anos de observador um podcast que surgiu a partir da ideia que criamos na exposição comemorativa do jornal que esteve até este fim de semana passado na sociedade Nacional de Belas Artes deixamos uma pergunta Rui como é que se escolhe o que é que se quer exibir na sociedade Nacional de Belas Artes e sei que vocês têm uma agenda e uma uma lista de requisições e cunhas embora cunhas seja Possos sapatos mas mas cunhas vá vamos dizer assim para para terit cunhas Rui eu já meti uma cunha não é portanto cunhas Hum como é que como é que se faz essa escolha como é que a direção faz essa escolha o que é que é mais difícil e nos órgãos sociis da sociedade Nacional de Belas Artes existe um um órgão eh que é o conselho técnico que é composto por uma dezena de artistas plásticos desde pintores escultores arquitetos designers e e todos os projetos são passados eh em reunião nesse nesse conselho técnico uma vez validados passam depois para a área da direção para se tentar calendarizar eh o melhor possível por exemplo um artista plástico faz uma proposta de Exposição ele e para esse esse esse órgão especialista em decidir se sim ou se não ele tem que levar as peças como é que funciona como é não é o Projeto vem na forma escrita ou exatamente o mais detalhado possível com uma bi do artista com o portfólio das obras com o projeto a sinopse do projeto dispositivo muito bem H preferencialmente também pode indicar datas eh a nossa limitação tem a ver com o número extensíssimos de candidaturas que presentemente a sociedade tem o que significa que há de facto uma grande atividade artística e uma grande vontade de expor não as pessoas nunca pensam nisto as pessoas acham que verade enfim há aqui uma exposição há ali uma exposição a sociedade Nacional de Belas Artes tem sempre Exposições a acontecer sempre nós presentemente fazemos na ordem das 30 Exposições anuais temos três salas h e e Poderíamos tentar se os meses tivessem mais 30 dias ou o ano mais que 12 meses fazer mais Exposições porque nós temos dezenas e dezenas e dezenas de candidaturas e falava há pouco já está a trabalhar para 2027 isso quer dizer que já estão a a a pôr no calendário posições para mais daqui a mais do que um ano de distância exatamente Sim umas por a sua complexidade porque complexidade é isso também queríamos falar sobre isso complexidade de de preparação é isso sim Sim Sim há obras que H têm que ser solicitadas em museus em eh Fundações colecionadores particulares E isso não se faz para a semana preciso daquele quadro Claro e depois todo o trabalho Carpintaria que não temos esquecer que est nos bastidores de uma grande galeria que é o trabalho Carpintaria pintura pintura par alguma scenografia que é necessária de acordo com os projetos positivos S vocês têm essa equipa eh eh convosco eu sei que hoje em dia é muito habitual o outsourcing mas eu nesse aspeto Ainda sou velha escola e portanto a sociedade tem uma estrutura ainda que muito pequena temos uma equipa própria na área da pintura da carpintaria da iluminação é a mesma equipa João que hoje no dia em que o podcast for transmitido dia 9 de Dezembro estará a cortar os pulsos desde manhã com a quantidade de pregos e buracos que nós deixamos naquelas paredes eu peço já desculpa antecipadamente mas também não hav outra hipótese isso é o habitual mas é essa equipa também faz isso não é faz cada exposição que sai tem que preparar a sala para exposição que vem a seguir portant a vossa equipa também tem essa função de restaurar digamos assim examente todos os espaços positivos para acolher o novo projeto muito bem e e falamos H que TM muitos artistas a comunidade artística está muito ativa e quer muito mostrar o seu trabalho e há pessoas para a ver há público há público e será um público Talvez um pouco particular gosta mais de aparecer no dia da inauguração Ok H mas temos visitantes a sociedade Nacional de Belas Artes não vou dar números ainda deste ano que não estão ainda devidamente fechados mas o ano passado passou os 50.000 visitantes feos h e s que há cerca de 8 anos quando eu lá cheguei h os números que foram enviados para o ine davam cerca de 9.000 visitantes num ano período de um ano num período de um ano é isso portanto já responde à minha pergunta que eu lhe perguntar se tinha havido um decréscimo ou ou um acréscimo de visitantes mas claramente não o o grande decréscimo que houve foi obviamente ali durante a pandemia do ano 2020 e 21 e o Rui sente uma grande dificuldade em comunicar as Exposições da sociedade porque hoje em dia a luta por conquistar um espaço de divulgação de um evento cultural seja de que natureza for e é uma luta eh séria porque não é tão fácil assim o espaço que se dá hoje à comunicação cultural é é cada vez menor é verdade eh Se bem que temos um uma ferramenta à mão e que é as redes sociais e portanto através das redes sociais onde a sociedade também está prente presente no seu Instagram Facebook e LinkedIn eh A gestão é feita por nós os custos são controlados por nós e aí não sentimos essa dificuldade e a relação com a imprensa Aí sim e mais difícil é mais difícil sim e é um facto a sociedade também tem uma estrutura muito pequena muito reduzida e apesar de ter um gabinete de comunicação não tem ninguém da área do jornalismo ou do jornalismo cultural à frente Portanto tem designer e tem alguém a assegurar um pouco ali da comunicação mas mais ao nível do Social h e portanto é difícil nós enviamos para cerca de 150 contactos os nossos Express release e às vezes sai uma coisa às vezes sai duas coisas mas também tá relacionado com o artista se for um artista digamos da da primeira linha de certo do Panorama cultural nacional e pega a imprensa pega mais facilmente claro claro claro isso isso independentemente da valia artística ou até às vezes de obras internacionais e há uma relação próxima de vocês com a egac que é o Instituto que tutela digamos assim algumas das atividades culturais da da Câmara de Lisboa há uma proximidade com a própria da Câmara de Lisboa e o plor da cultura há uma interação entre os vários equipamentos culturais da cidade essa rede existe de apoio de partilha de comunicação existe mas eu acho que é também muito e devida à proximidade dos responsáveis que estão presentemente nessas nessas organizações nessas estruturas porque nem sempre foi assim porque nem sempre é assim eu acho que continua a haver aqui para além do relacionamento institucional h a relação pessoal Portanto o contacto direto o conhecimento a confiança que existe entre os responsáveis nomeadamente das das instituições que acabou de falar seja egac seja Câmara Municipal H com a sociedade Nacional de Belas Artes sim o orçamento da sociedade Nacional de Belas Artes vem de onde vem a exclusivamente de receitas próprias portanto e dos Associados e das receitas que a sociedade conseguir gerir seja dos seus Fundos seja da sua atividade eh Porque é importante também não esquecendo da pergunta da da Patrícia mas é importante também dizer que a sociedade tem inúmeros cursos eh disponíveis para todas as pessoas que quiser uma escola não é também uma escola Sim já já lá vamos mais à frente mas mas que acho que é importante também referirmos isso porque eh Há muita gente à procura deste tipo de Formação diria um bocadinho mais rápida ou ou menos in S csos abertos são cursos livres exato com grande flexibilidade custo ou são gratuitos não tem custo Essa é é uma das for a maior fonte de receita de há alguns anos é esta parte da sociedade Nacional de Belas Artes é daí que a socied e os cursos podem ser sobre história de arte podem ser de desenho uma coisa mais prá temos área prática e a área teórica e área teórico ou prática e temos cursos de fotografia teórico ou práticos temos cursos de pintura práticos temos cursos de desenho práticos vários tipos de cursos de desenho vários tipos de de cursos de pintura desde o o regime tutorial O atelier livre O atelier experimental o desenho in com modelo e ilustração o estudo da cor e anatomia h e depois temos a área teórica propriamente com história de arte contemporânea Universal portuguesa eh teoria da imagem estética tem uma panóplia muito grande tudo com professores universitários devidamente credenciados e naquelas instalações é fácil e conjugar estas atividades todas porque a sociedade embora o edifício seja magnífico não é muito grande pois pois visto fora parece bastante grande vai da rua Castilha até à Rua é o praticamente do quarteirão mas depois lá dentro lro as Galerias ocupam uma área muito considerável H da área total mas sim H temos duas salas de pintura para para as áreas práticas temos duas salas de desenho para as áreas práticas temos uma sala de fotografia e temos mais três salas para as aulas teóricas os nossos horários são fundamentalmente pós laborais portanto sempre no período da tarde h e o que é que as pessoas teri terão que fazer para se inscrever vão ao vosso site AAS vossas redes sociais redes sociais ao site tem tudo disponível porque os cursos começam eh não é o ano civil imagino eu não não os cursos Têm alguma semelhança com cursos letivos exatamente portanto arrancam em outubro finalizam em meados de Junho Pronto Muito bem e e e os cursos têm saída digamos há muita procura por esses cursos Qual é o curso que tem sempre muita procura acredito eu tinha um palpite Seller que é qual é o teu palpite pintura pintura mas posso na nas áreas práticas sim pintura e este ano com um forte incremento e nas áreas práticas eh é aquele que teve maior número de inscrições na área teórica estética normalmente é dos cursos mais procurados e a média de idade o escalão etário destes frequentadores destes cursos é tem vindo a baixar um bocadinho a média de idade porque o aluno eh maioritário da sociedade tá acima dos 40 anos eh quando não já cessou ou a presta-se a cessar a sua atividade profissional portanto entrou na reforma e teve um gosto a vida toda por desenhar ou por pintar Sempre lhe disseram que tinha muito jeito e um dia descobro tenho jeito mas se calhar não percebo assim tanto disto preciso de aprender alguns Alguns ensinamentos básicos para um artista plástico e portanto frequenta as nossas e e já já há na história da sociedade algum aluno desses cursos mesmo que tenha acontecido H há bastante anos mas que depois veio a expor na sociedade imensos imensos todos eles não mas com exposição própria própria sim imensos ou seja alguém que começou do zero ou ou do de um gosto que já teria adquirido e que depois evoluiu de tal forma que teve lugar que é difícil é preciso dizer iso é difícil eh lá está porque o Rui dizia são tant tantas solicitações que é difícil terem um espaço para expor e e portanto isso já aconteceu alguém que começou no vosso curso e que depois teve lugar muit muitos isso acontece com imensa regularidade premiados em prémios nacionais e até em concursos internacionais alunos da sociedade isso acontece com frequência e vocês ainda têm outra coisa que é têm Associados os artistas podem se associar à sociedade Nacional de Belas Artes tem um custo anual certo h e depois há uma exposição coletiva Sim estamos quase quase a chegar a essa fase este ano vai ser de a inauguração no dia 20 de dezembro é o salão anual de J sócios em que todos os associados em efetividade de direitos podem apresentar são convidados a apresentar uma obra sua e dá an fotografias cultura P independentemente da técnica independentemente da técnica todas e aind não há uma curadoria exatamente Ah o conselho O Tal conselho técnico e é o órgão responsável por esta exposição portanto valida e sem haver um júri sem haver um júri há algumas regras e nomeadamente em termos de dimensões máximas das obras porque o espaço não é ilimitado h e o salão apesar de ter quase 700 M qu de área livre disponível eh não tem colunas não não tem nada eh mas também há um espaço bastante versátil não é pode-se fazer ali o que se quiser pode-se pôr colunas pode-se pôr paredes pode-se exatamente criar uma cenografia a exposição dos 20 anos do Observador vai ser aí Rui é melhor Marc já porque eu sei que o salão É não e não é só isso é muito é mais requisitado que todos os outros espos não é s sim de fact é é a sala por Excelência H ou seja institucionalmente eh alguns protocolos eh até países estrangeiros através das suas embaixadas procuram-nos para para acolhermos eh Exposições muitas vezes do Dia Nacional desse país eh a dificuldade voltamos àquele assunto que já falamos aqui há pouco é o calendário portanto tenho gente a pedir-me Ainda ontem recebi uma chamada fónica era uma coisa para abril do próximo ano e tinha que ser em abril do próximo ano impossível temos pena mas já não vai acontecer não é pois não aqui na sociedade não aqui na sociedade eh eu vou comenter comer aqui uma Inconfidência o a exposição do Observador eh numa primeira fase era suposta a ter ocupado um outro espaço eh como curadora eu fico muito feliz por termos ido parar aos braços do rio penid da sociedade Nacional de Belas Artes e da sua belíssima equipa é preciso dizer que a equipa é pequena mas são pessoas eh profundamente disponíveis e e e muito amáveis e competentes ten muito gosto nisso e isso é preciso e dizer porque As equipas também as instituições são as pessoas lá está não é e e é preciso referir isso h para nós foi um prazer imenso eh a desmontagem na segunda-feira dia 9 em que isto está a ir para o ar não vai ser nada fácil mas esperemos que continuea a dar-lhe prazer vai vai vai vai ser e eu estava a pensar Rui Afinal em vez de fazermos só a exposição dos 20 anos cá podíamos fazer dos 15 e assim marcamos já o calendário reservá já C em cin Cinco em cinco talvez que é para o Rui não perder o hábito de lidar com os jornalistas acho que é importante também dizermos que a sociedade de Belas Artes em Lisboa a está situada na rua Barata Salgueiro número 36 muito perto da Avenida da Liberdade com parques de estacionamento com metro com com tudo e Agos autocarros sim e agora na época natalícia está tão bonita a avenir da liberdade e apoiar a nossa cultura é tão importante e e e e os nossos artistas e portanto não deixem por favor de visitar h e Sigam a sociedade Nacional de Belas Artes nas nas redes sociais isso e os artistas por favor inscrevam-se como sócios da Nacional de Belas Artes que é uma forma também de ajudar e quem quiser fazer um pezinho ir fazer um curso quem sabe será muito bem-vindo e Este foi o último episódio do podcast 10 anos de observador o nosso convidado foi Rui Penedo diretor executivo da sociedade Nacional de Belas Artes a quem nós temos uma enorme divva de gratidão Agradecemos muito ter vindo conversar connosco e os meses de auxílio para a construção da exposição 10 anos do Observador se não viu a exposição temos pena não sabe o que perdeu eh pronto Fica para uma próxima oportunidade se não for aos 20 anos aos 15 parece que tá a começar é isso mesmo é isso mesmo bom eu sou jum prefiro foi um prazer e um gosto fazer este podcast contigo Obrigado por existires eu sou a Patrícia Reis e este é o último Episódio de 10 anos de observador Obrigada Rui obrigado [Música] eu h